Câmara vota nesta quarta Escola Sem Partido; CNTE convoca categoria para participar e dizer não à “Lei da Mordaça”

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Não à Lei da Mordaça: votação será nesta quarta (31) na Câmara dos Deputados

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A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) convoca a categoria para participar da audiência pública de votação do Projeto de Lei da Escola sem Partido (PL nº 7.180/14), que será realizada nesta quarta-feira (31), às 14h30, no anexo II, plenário 8, da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).

Na ocasião, são aguardadas caravanas do Sinpro/DF, do Sintego e demais entidades representativas, a fim de somarem esforços para a rejeição do documento.

Entidade representativa de mais de 4,5 milhões de professores, pedagogos/especialistas e funcionários administrativos das escolas públicas do país, entre ativos e aposentados, a CNTE é contra o PL que tramita na Comissão Especial.

Em várias ocasiões, a Confederação demonstrou a fragilidade dos embasamentos jurídicos e pedagógicos do documento, que acusa os docentes de cometerem abusos em sua liberdade de ensinar e sugerem um rol de deveres para os professores, a ser aplicado em regime de censura, punição e perseguição no ambiente escolar.

A também conhecida como “Lei da Mordaça” interfere de forma ilegal e inconstitucional no processo democrático de organização escolar, ao sugerir código de conduta às avessas aos educadores e educadoras.

Defende o afastamento da oferta de disciplinas com o conteúdo de “gênero” ou “orientação sexual”, com consequência direta sobre os livros paradidáticos e didáticos, as avaliações para o ingresso nas universidades, as provas para entrada na carreira docente e as instituições de ensino superior.

Inclui, ainda, a fiscalização da prática docente, com canal de denúncia, e a ideia de que os valores de ordem familiar têm precedência sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa.

As atividades profissionais de professores e demais educadores já são acompanhadas por equipes pedagógicas e estão sujeitas a intervenções disciplinares, administrativas e até mesmo judiciais, quando for o caso, a exemplo do que ocorre em outras profissões.

Portanto, a Escola Sem Partido extrapola a competência de fiscalização do trabalho escolar, sendo, na verdade, uma proposição mal travestida de cunho reacionário.

Ainda dentro da agenda sobre o tema, no próximo dia 28 de novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a “Lei da Mordaça” em Alagoas.

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Comentários

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Hudson

Se esse projeto for aprovado, vai ser uma baita economia na Educação, reduzindo-se as matérias.

Serão automaticamente excluídas as disciplinas relativas a (por exemplo):

− ciências naturais (biologia, paleontologia, cosmologia etc.)

− história (pré-história, expansionismo, escravidão, “holocausto”, “revolução constitucionalista” etc.)

− geografia (Terra arredondada ou plana, Palestina, Malvinas, Amazônia etc.)

− educação física (polêmica com burcas, poses esquisitas etc.)

− filosofia (nem precisa exemplificar, né?)

− língua estrangeira (influência cultural anti-patriótica, especialmente espanhol, mandarim e russo)

− corpo humano e saúde (usar vacinas ou velas?)

− teoria das cores (fica proibido o vermelho?)

− aritmética (171>500? Que seja!)

− geometria (técnicas subliminares de dizer que a Terra é arredondada ou que há “pirâmides” sociais; termos impudicos, como “seno” ou “invertido”)

− gramática (além de ser coisa de anarquista gringo, usa termos obscenos como “sujeito passivo”)

− etc.

Sobrou o quê, mesmo? Curso prático de Uotissápi!

https://www.conjur.com.br/2018-out-18/senso-incomum-2222-kkk-esquerda-temas-galera-onde-blitz

https://www.conjur.com.br/2018-out-25/senso-incomum-nao-preocupe-cabo-nossos-disse-arvore-uats-mao

Fernando Carneiro

Escola sem partido é do partido PSL, ou seja, Partido Sem Liberdade.

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