Beatriz Cerqueira: Aécio fala em ouvir o clamor das ruas, Anastasia não pratica
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Fotos Lidyane Ponciano (veja mais aqui)
por Luiz Carlos Azenha
Tensão em Belo Horizonte. Ninguém sabe o que pode acontecer nesta quarta-feira, quando Brasil e Uruguai fazem a semifinal da Copa das Confederações no Mineirão. A caminhada dos manifestantes será em direção ao estádio. A expectativa é de uma multidão maior que nas passeatas anteriores, onde as estimativas variaram entre 60 e 100 mil pessoas.
O senador Aécio Neves, possível candidato do PSDB ao Planalto, tem dito que é preciso ouvir o clamor das ruas. Mas, segundo a presidente do SindUTE, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, os tucanos mineiros não praticam o que pregam no discurso: o governo de Antonio Anastasia primeiro tentou proibir na Justiça as manifestações em todo o Estado. Quando a liminar caiu no Supremo Tribunal Federal, reagiu com força desproporcional à presença de manifestantes nas ruas, segundo a avaliação de Beatriz. Além disso, Anastasia não abriu diálogo com os manifestantes, ainda.
Os protestos em Belo Horizonte deixaram de ser marcados pelo espontaneismo. Contam com a participação de várias categorias organizadas. Beatriz, no entanto, desconfia da atuação de policiais infiltrados e relata informações de que integralistas e fascistas de outros estados teriam se deslocado até Minas para atuar nas manifestações. Ainda assim, defende os protestos e acredita que são essenciais para que as demandas populares sejam ouvidas.
Lembrei que o governo federal tem argumentado que a Copa de 2014 representará um investimento de cerca de 24 bilhões de reais e um retorno de R$ 140 bilhões, segundo uma consultoria. Ela responde que a população está frustrada por notar uma grande mobilização e rapidez no investimento público voltado para um campeonato de futebol, mas a mesma urgência não é demonstrada pelos governantes em questões realmente essenciais para a população.
Ouçam a entrevista completa abaixo, na qual ela ataca os tucanos mineiros:
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