Na Marcha anti-golpista, pedido por frente única de esquerda

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Da redação (este post foi atualizado para acréscimo de fotos, vídeos e informações)

No olhômetro diríamos que havia entre 500 e mil pessoas. Foi a Marcha Anti-Golpista, organizada em resposta à Marcha com Deus pela Família, versão 2014.

A original, em 1964, aconteceu no dia 19 de março e foi uma das justificativas para o golpe desfechado contra o governo constitucional de João Goulart, menos de duas semanas depois.

As duas manifestações deste sábado se deram no centro de São Paulo. A direita se concentrou na República. A esquerda, na Sé.

As marchas não se cruzaram.

Na Sé, as palavras de ordem mais frequentes foram anti-golpe e pela desmilitarização da Polícia Militar. Falou-se muito nos golpes da Ucrânia, Paraguai, Egito e nas tentativas de derrubar Nicolas Maduro na Venezuela para argumentar que a direita está se articulando para retirar direitos sociais e implantar o ultraneoliberalismo: na ausência de votos, pode tentar isso por outras vias.

Houve mais de um pedido por uma frente de esquerda com os movimentos sociais e para que anarquistas e comunistas deixem de brigar entre si.

A passeata da esquerda foi da praça da Sé ao prédio tombado do DOPS, onde houve um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da ditadura, algumas das quais presas e torturadas naquele local.

O único incidente foi ainda na praça, quando uma senhora retirou da bolsa um cartaz e uma bandeira do Brasil e começou a sugerir, gritando, que os presentes se mudassem para Cuba.

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Ela foi retirada da concentração e saiu numa viatura da Polícia Militar.

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Que as imagens falem:

Black Blocs participaram da Marcha; tropa da polícia acompanhou com escudos mas não interveio

“Pela vida, pela paz, militares nunca mais”, gritavam os manifestantes que foram da Sé à sede do antigo DOPS, no centro de São Paulo.

Durante o protesto, uma das palavras de ordem pedia o fim da Polícia Militar

A mulher que protestava antes de ser colocada numa viatura da PM

Militante conta que pessoas de vermelho foram hostilizadas na Marcha com Deus pela Família, organizada pela direita, que aconteceu no mesmo horário, também no centro de São Paulo.

Os jornais foram lembrados nos cartazes

“Fascistas, nazistas, não passarão!”, cantaram os manifestantes diante do prédio que serviu ao DOPS, onde houve um minuto de silêncio e leitura de poema em homenagem aos mortos, desaparecidos e torturados pela ditadura.

Trazendo de volta o antigo bordão

Cartaz colado na parede da Sé

Contra a impunidade dos algozes da ditadura militar

A escadaria da Sé lotou antes do início da passeata

Sincretismo: a bandeira comunista na porta da catedral

O pessoal de Vargem Grande veio protestar também contra as remoções

Mensagem singela

Relembrando o estudante Alexandre Vannuchi Leme

Cercados pela PM dos dois lados da rua

Quase um PM por manifestante!

A Revolta Popular

A PM supostamente protege o prédio que serviu ao DOPS

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