Fora do Eixo: Revolução ou “empreendedorismo radical”?

Tempo de leitura: 11 min

Fazendo grana com o desconforto alheio?

Mídia Ninja e Fora do Eixo: uma polêmica necessária

por Yuri Soares Franco*

A entrevista de Pablo Capilé e Bruno Torturra para o Roda Viva da última segunda ampliou o debate sobre a novidade representada pela Mídia Ninja e pelo Fora do Eixo.

Primeiramente vou tentar fazer uma breve explicação sobre o que são os dois, já que ninguém é obrigado a saber tudo de antemão.

O Fora do Eixo é uma rede de trabalhos criada por produtores culturais que estimulam a circulação de artistas e produtores, o intercâmbio de tecnologia de produção e o escoamento de produtos.

A Mídia Ninja (Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação) é um coletivo de jornalismo em rede que produz e distribui conteúdo de forma independente e dentro dos acontecimentos, sendo especializado na cobertura de mobilizações sociais.

Desde a criação destes coletivos eles estiveram rodeados de polêmicas, seja com direitistas defensores dos grandes conglomerados de produção e distribuição cultural e midiática, seja com setores mais ortodoxos da esquerda.

As acusações da direita são previsíveis, já que defendem o status quo: um modelo de cultura e comunicação em que toda a linha de produção e distribuição é voltada para o lucro e a reprodução do sistema, com a alienação objetiva (econômica) e subjetiva (da consciência, dos sentidos) das pessoas.

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O que me surpreende é a postura defensiva de setores da esquerda, que reage assustada a estas novidades de uma forma que não contribui para que construamos sínteses, novos caminhos para a cultura, para as comunicações e para a sociedade como um todo.

Estes setores da esquerda criticam uma série de questões relativas ao funcionamento político interno e financiamento econômico do Fora do Eixo. Sobre o funcionamento político interno me abstenho de falar por puro desconhecimento. Sobre o financiamento econômico as críticas são várias, as duas principais me parecem ser a dependência do Estado e das empresas e a distribuição dos recursos obtidos.

Sobre a dependência do Estado e das empresas nenhuma novidade, vivemos em um sistema capitalista e todo mundo precisa comer. Artistas e comunicadores não são seres sobrenaturais que sobrevivem sem os meios concretos para tal. 

Não é possível viver à margem do sistema, tampouco criar alternativas dentro deste. A única alternativa verdadeiramente radical pressupõe necessariamente a superação do próprio sistema capitalista.

Não podemos exigir dos nossos artistas e comunicadores que morram de fome enquanto esperamos uma revolução social.

Nada mais justo que, enquanto não ocorre esta revolução social, os referidos coletivos busquem meios de financiamento público e privado para se sustentar e a seus integrantes de maneira profissional. Sempre devendo tomar o cuidado de manter sua independência.

Outro elemento que vem sendo colocado é sobre a distribuição dos recursos obtidos, que seriam destinados à própria rede. Esse me parece o argumento mais estranho vindo de pessoas de esquerda, já que o que a esquerda mais fez ao longo da História foi utilizar o tempo, as habilidades, subjetividades e mesmo os recursos financeiros dos indivíduos para financiar suas organizações.

Ou seja, não há pecado algum na destinação voluntária dos seus associados dos recursos obtidos para a sustentação da organização.

Sobre a disputa de hegemonia que o Fora do Eixo estaria realizando nos atos, assembleias e organizações, também não vejo isso como algo a ser criticado. O posicionamento político, a organização coletiva, a disputa de opinião, de espaços e de corações e mentes são saudáveis e devem ser feitos publicamente.

Na política o Fora do Eixo tem sido um aliado importante em pautas como a discussão dos direitos autorais, o Marco Civil da Internet, a democratização das comunicações, dentre tantas outras, sempre com posturas avançadas. Neste ponto devemos utilizar como critério de avaliação aquela máxima da prática como critério da verdade.

Minha crítica é que para conseguir avançar mesmo nestas pautas setoriais é preciso ter e se organizar numa visão sistêmica, discutindo o modelo político, econômico e social de forma ampla e global. O Fora do Eixo, Mídia Ninja e congêneres precisam avançar neste aspecto.

O Fora do Eixo me parece ser, em resumo, uma cooperativa. Não é um modelo tão revolucionário, mas também não é uma ferramenta a serviço do neoliberalismo e da exploração da mais valia como colocam alguns ultra ortodoxos.

Ao colocar as pessoas para morarem juntas, viajar, produzir, se integrar, se formar nas técnicas e no debate político e se doarem a uma organização coletiva, ele representa uma experiência válida e que deve ser apoiada e com a qual podemos aprender muito.

Registro o avanço que é terem formado uma universidade livre, fora das estruturas da tradicional e medieval universidade existente, e que ao meu ver precisa ser, senão superada, pelo menos radicalmente transformada.

Nas últimas décadas a esquerda tem se afastado desta questão da produção e distribuição cultural e de comunicação e da sustentação dos indivíduos envolvidos.

Os partidos e movimentos sociais se focaram em discussões nas conferências de políticas públicas, nos órgãos estatais e setoriais partidários, ou então resumiam a cultura a uma cobertura estética dos espaços de debate, como os shows e culturais que preenchem as noites de encontros estudantis ou sindicais. Na comunicação muitas vezes se via (e se vê) os profissionais de comunicação destas organizações e eventos como meras ferramentas de transmissão de informação em mão única.

Para termos uma nova sociedade precisamos construir uma nova cultura e uma comunicação nova. O Fora do Eixo e a Mídia Ninja não surgem com todas as respostas e não me parece se proporem a isso. Eu possuo uma série de críticas teóricas e estéticas ao trabalho deles, discordo de uma série de opiniões que eles tem colocado, mas eu prefiro fazer esse diálogo com eles, considerando-os aliados e buscando sínteses, do que empurrá-los para o outro lado do rio e me fechar nas alternativas auto proclamatórias já existentes.

Nos isolarmos em nossos coletivos e teorias é confortável, mas não nos levará a lugar algum. Precisamos experimentar, arriscar e criar novos rumos. Por ver esse pessoal experimentando e debatendo que eu sou um simpatizante do Fora do Eixo e da Mídia Ninja.

*Historiador e professor formado pela Universidade de Brasília, Secretário-Executivo do Conselho de Juventude do Distrito Federal.

*****

 Lulismo fora do eixo

por José Arbex Jr.*

“Imaginem um liquidificador em que se possa colocar as ramificações da esquerda, com estraté­gias e lógicas de mercado das agências de publi­cidade, misturando rock, rap, artes visuais, teatro, um bando de sonhadores e outro de pragmáti­cos, o artista, o produtor, o empresário e o públi­co. Tudo junto e misturado. O caldo dessa batida é uma nova tecnologia de participação e engaja­mento que funciona de forma exemplar para a circulação e produção musical, mas que, acima de tudo, é um grande projeto de formação política. O Fora do Eixo cria, portanto, uma geração que se utiliza sem a menor preocupação ideológica de aspectos positivos da organização dos movimen­tos de esquerda e de ações de marketing típicas dos liberais. É, como disse o teórico da contracul­tura Cláudio Prado, a construção da geração pós-rancor, que não fica presa à questões filosóficas e mergulha radicalmente na utilização da cultura digital para fazer o que tem que ser feito”.

O fantástico liquidificador das ideologias é as­sim descrito por Alexandre Youssef, articulista da revista Trip (de onde foi extraído o trecho acima citado, publicado em 12 de maio de 2011), mem­bro do Partido Verde e coordenador do setor de Juventude durante a gestão de Marta Suplicy na prefeitura de São Paulo. Ele tem o mérito indis­cutível da franqueza.

Não é todo dia que alguém reúne graça e entusiasmo para cantar as virtudes de um “projeto de formação política” que combi­na, sem qualquer pudor ideológico, métodos organizativos da esquerda com “ações de marketing típicas dos liberais”.

Claro: tudo isso é feito sem rancor, sentimento ultrapassado e cultivado pe­las pessoas que teimam em se prender a “questões filosóficas” antigas, incapazes de perceber que a cultura digital mudou o mundo.

Não foi o FaceBook que provocou a revolução árabe? Não. Não foi a mais moderna tecnologia que provocou a revolução árabe, mas os mais arcai­cos entre os problemas enfrentados pela humani­dade: a fome e a pobreza. A imensa maioria dos árabes nunca teve acesso à Internet, ao FaceBook e a nada que se pareça com “cultura digital”. Nem teve acesso a mesas fartas e empregos dignos.

Se­ria melan-cômico presenciar o resultado de uma preleção contra o rancor endereçada aos milhões de manifestantes que, colocando em risco as pró­prias vidas, foram às ruas para derrubar ditado­res em algumas das principais capitais árabes.

Em contrapartida, os soldados e oficiais da Otan que, historicamente, lançaram e ainda lançam milha­res de toneladas de bombas sobre uma população civil indefesa, esses não agem movidos pelo ran­cor, mas subordinados a frios interesses geopolíticos, e estão perfeitamente integrados à “cultura digital”. Os seus brinquedinhos de guerra são produtos da tecnologia de ponta, e incluem robôs e bombardeiros não pilotados. Tudo muito avançado.

O texto de Youssef não teria a menor impor­tância, se ele não fosse expressão de um processo em curso, no Brasil e em todo o planeta, de cooptação de amplos setores da juventude e da es­querda para políticas de conciliação e abandono da guerra ao capital.

Toda essa conversa de “su­peração do rancor” está a serviço de uma ideolo­gia (embora, obviamente, Youssef afirme o con­trário) segundo a qual já não é mais possível falar em luta de classes. Os grandes cenários de em­bates, agora, são os circuitos culturais, não mais o chão de fábrica, o campo e as praças públicas. Ou melhor: todos servem de palco para a grande guerra simbólica.

E como isso aconteceu? É simples. O capitalis­mo pós-fordista, desenvolvido no pós-guerra, te­ria superado a divisão entre trabalho intelectual e manual, para integrar funcionários cada vez mais qualificados a funções que combinam gerência e produção. Além do mais, o vasto acesso ao ensi­no superior, franqueado às populações de baixa renda, teria mudado radicalmente o perfil da for­ça de trabalho, em particular nos países de capi­talismo mais desenvolvido.

Essas transformações teriam sido fundamentais para a “culturalização” das classes médias urbanas, para o surgimento da contracultura (incluindo o movimento hippie, en­tre outros) e de novas demandas, que não se limi­tam mais a emprego, salário e conquistas sociais. Do ponto de vista dos novos “setores urbanos médios”, nas palavras do ativista Pablo Ortellado, “as demandas são crescentemente ‘pós-materiais’ para usar um jargão sociológico.”

Desgraçadamente, as manifestações de cente­nas de milhares de jovens e trabalhadores desem­pregados na Grécia, Portugal, Espanha e, mais re­centemente, Itália mostram que as reivindicações são bastante “materiais”. Assim como são “ma­teriais” as demandas de trabalhadores franceses, que não aceitam os contínuos ataques promovi­dos pelo capital às suas conquistas históricas ou as de alguns setores do movimento sindical es­tadunidense, que começa a dar crescentes sinais de vida.

E mais “materiais” ainda as necessida­des de cerca de um bilhão de seres humanos famin­tos (segundo dados da própria ONU) e outro tan­to de subnutridos. Alguém teria que avisá-los de que eles poderiam saciar a própria fome a carên­cia de nutrientes com bus virtuais. É fantástico o show da vida.

POLÍTICA “PÓS-RANCOR”

Para outros advogados da política “pós-rancor”, o proletariado teria sido substituído pelo “precariado”, uma massa difusa, formada pelos milhões de trabalhadores e jovens que habitam as imensas fa­velas e bairros da periferia. Tais “multidões” (para usar um conceito proposto pelo italiano Toni Negri, segundo quem não existe mais imperialismo, em­bora haja império) já não se identificariam como classe, mas como grupos que defendem interesses específicos (genero, raça, opção sexual, sujeitos de direitos difusos etc.), e que ganham força a partir do momento em que adquirem visibilidade social.

Para tanto, podem e devem se valer das novas tecnologias de comunicação e produção de bens sim­bólicos e culturais. A “antiga” e “superada” luta de classes passaria a ser travada nos circuitos midiáticos, em que mesmo os protestos de rua viram espetáculo e “performance”. A “vanguarda”, agora, se­ria formada pêlos “gestores culturais”, justamente os mais capacitados a articular os esquemas desti­nados a dar visibilidade a determinados eventos e grupos (e a captação de recursos e patrocínios, ob­viamente, ganha um papel estratégico e, como tal, regiamente remunerado nesse processo).

No Brasil, especificamente, a política “pós-ran­cor” ganhou um impulso formidável em 2002, com a campanha do “Lulinha paz e amor”. O sindicalis­ta barbudo foi substituído por um senhor modera­do e sorridente, trajando terno e gravata e juran­do respeito ao capital, mediante o compromisso firmado pela Carta ao Povo Brasileiro. Com a ser­vil capitulação ideológica petista, a avenida para o “vale tudo” estava escancarada.

No admirável novo mundo do lulismo, tor­nou-se particularmente emblemática a história do grupo Fora do Eixo (FDE), mencionada por Youssef como um exemplo fulgurante de como se faz política nos novos tempos.

O FDE foi criado em 2005, pelo publicitário cuiabano Pablo Santiago Capilé, como um “coletivo de gestores da produ­ção cultural”, inicialmente com pólos em Cuiabá, Rio Branco, Uberlândia e Londrina (portanto, fora do eixo tradicional formado por São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília).

Com a proposta de revelar no­vos valores culturais “independentes”, e adotando o modelo organizativo baseado na formação de “coletivos” (núcleos orgânicos sem patrões nem empregados), o FDE conseguiu o apoio do progra­ma Cultura Viva do Ministério da Cultura, durante a gestão de Gilberto Gil e depois sob Jucá Ferreira. Ao mesmo tempo, trabalhou com o patrocínio de empresas e grupos privados vinculados aos circui­tos cultural e digital, espelhando-se na experiên­cia de grupos semelhantes, como o Creative Commons estadunidense.

Como resultado, hoje, segundo os dados da pró­pria organização, o FDE é uma próspera empresa de gestão cultural que agrega 57 coletivos em todo o país, com capacidade para realizar 5 mil shows em 112 cidades. Teoricamente, os “gestores” não são assalariados, mas, claro, recebem pelo seu tra­balho, o que transforma a participação nos “co­letivos” em meio de vida (os “coletivos” adotam moedas próprias e normas internas de distribuição de recursos).

A retórica dos “gestores” é, aparente­mente, combativa, com alguns vernizes de rebel­dia: evoca o estímulo à arte independente, o direito de usar drogas, a luta contra o racismo e todo tipo de discriminação etc etc etc. Seu “público alvo”, portanto, são os milhões que formam o “precariado”.

Coerente com tal retórica, o FDE, em contato com outros grupos assemelhados, participa da or­ganização de atos e manifestações, mas tudo de­vidamente “enquadrado” e delimitado pela conve­niência política.

Um exemplo foi a sua atuação na organização da “Marcha da Liberdade”, realizada no dia 28 de maio, em protesto contra a repressão feroz que se abatera sobre a “Marcha da Maconha”, no começo do mês. Capilé, um dos organizadores, agora nega, mas durante a reunião que preparou o ato de 28 de maio mencionou a possibilidade de patrocínio da Coca-Cola à marcha, sem necessariamente ter que expor a marca (a empresa estaria apenas cul­tivando “boas relações” com os ativistas).

A pro­posta foi vetada pelo coletivo Desentorpecendo a Razão (DAR) e Movimento Passe Livre, segundo re­latos divulgados pelo coletivo Passa Palavra. Além disso, o FDE e grupos congéneres posicionaram-se contra a proposta de incluir, como pauta da mar­cha, a reivindicação de proibir aos policiais o uso de armas de fogo para reprimir manifestações. Não haveria mesmo razão para uma proposta tão ran­corosa: liberdade é apenas uma calça velha, azul e desbotada, certo?

A experiência do FDE é o próprio retraio do lu­lismo: combina a mais pérfida prática reacionária com um discurso aparentemente “libertário”. Suas ações são motivadas por interesses pecuniários próprios, mas apresentadas como se fossem ges­tos de altruísmo.

Na lógica mercantüista tão bem apresentada por Yousseff, mesmo as manifestações são transformadas em happenings e oportunidades de bons negócios com patrocinadores interessados em vender uma imagem dinâmica e “progressista”.

As “antigas” e “rancorosas” reivindicações dos tra­balhadores e jovens pelo acesso real e material ao mundo da cultura e das artes são açambarcadas, administradas e domesticadas por um vasto em­preendimento, que envolve fundos públicos, patrocínios de corporações e de empresas privadas e “gestores culturais” que se encarregam de encon­trar os artistas e promover os eventos.

Finalmente, a técnica da “gestão cultural” é transportada para o ativismo militante e justificada com um discur­so “pós-rancoroso”, o mais adequado ao mundo das reivindicações “pós-materiais”. O FDE e congêneres constituem a expressão Mista do movimen­to “cansei”.

Se existe algo de real nas alegações dos “pós-rancorosos”, incluindo os “lulinhas paz e amor”, é a afirmação de que a batalha ideológica trava­da nos “circuitos culturais” adquiriu importância muito maior e central do que à época de Karl Marx. Isso é óbvio, já que as tecnologias de comunicação experimentaram um desenvolvimento vertiginoso no século 20.

E, além disso, a humanidade sofreu as experiências de genios do mal da comunica­ção, como é o conhecido caso de Joseph Goebbels, cujas técnicas de propaganda passaram a ser adotadas e aprimoradas por Hollywood e outros cen­tros produtivos da indústria cultural (outro concei­to “rancoroso” e ultrapassado, aliás).

Mas nada disso autoriza a afirmação de que o proletariado foi dissolvido no “precariado” e que desapareceu a luta de classes, agora substituída por uma difusa batalha cultural, se tanto. A extração da mais valia continua sendo o “segredo” do capital, e o imperativo do crescimento da taxa de lucro a sua lei compulsória.

Isto é, não há re­produção do capital sem a exploração cada vez maior do trabalho humano livre. Mudaram os pa­râmetros que condicionam a luta de classes, as circunstâncias culturais e ideológicas em que ela se desenvolve, assim como as formas de articula­ção entre as várias classes exploradas e oprimidas. Mas nenhum “circuito cultural” aboliu as classes, que não podem ser sociologicamente quantifica­das (classes não constituem um mero dado esta­tístico), mas que dão o ar da graça em momentos de crise e de ameaças às conquistas sociais, como demonstram a revolução árabe e a Zona do Euro.

Bastaram duas semanas de mobilizações em Barcelona e Madri para desarticular três décadas de retórica conciliadora de Luiz Zapatero e com­panhia.

Os “precariados” do Oriente Médio, Nor­te da África e Zona da Euro mostram que não é nos circuitos digitais que se trava a guerra con­tra o capital, mas nas ruas. Nas barricadas. Estas sim, são as mesmas que se erguiam nos tempos de Marx, assim como é o mesmo rancor que se ex­pressa nas palavras de ordem contra a miséria e os gestores do neoliberalismo.

Nenhum liquidificador abolirá a luta de classes.

*José Arbex Jr. é jornalista

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