A versão da Apeoesp aparece acima
por Pedro Toledo, via Facebook
Hoje, em pleno desrespeito à decisão da Assembléia, Bebel [presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, Maria Izabel Azevedo Noronha] encerrou a greve dos professores do Estado.
Após mais de vinte dias de luta e mobilização, nosso balanço pode ser resumido em uma única palavra: patético.
O nosso sindicato está morto há anos e não há perspectiva de ressurreição. A verdade é que essa greve, como qualquer outra que porventura surgir, era natimorta.
Não tem como mobilizar qualquer forma de luta sindical quando 47% da categoria está amarrada a um contrato de trabalho precário, que pode ser encerrado após duas faltas injustificadas.
Isso significa que, no máximo, chegamos a 53% de adesão e na média 20%.
Temos que dar o braço a torcer ao PSDB: eles destruíram nossa organização sindical com a criação das diversas categorias.
Além disso, nosso sindicato é comandado a quase uma década por imbecilóides, charlatões e asseclas de partidos políticos, os quais permitiram que tal situação chegasse no estado em que se encontra.
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Os anarquistas sempre estiveram certos: os partidos podem participar dos movimentos sindicais; agora, quando passam a controlá-lo, o sindicato morre.
Sindicato serve para atender as necessidades da categoria e organizar a sua luta.
A APEOESP é o exemplo perfeito do que acontece quando um sindicato fecha os olhos para sua base e passa a trabalhar pelos interesses partidários de quem quer que seja.
Os professores encontram-se total e irrevogavelmente abandonados. Nossos pedidos de socorro se perdem nos ouvidos moucos da sociedade a qual servimos.
Não há saída, apenas um enorme abismo que nos cerca por todos os lados. Não podemos contar com o apoio de ninguém, apenas de nós mesmos.
As soluções para a crise da educação não partirão de pedagogos, acadêmicos, jornalistas, políticos, médicos, advogados, gestores ou economistas. Tais soluções, se vierem, virão de nossas fileiras. Não procurem em nenhum outro lugar.
Está na hora de refundarmos a APEOESP. E isso só acontecerá quando desinstalarmos de lá os parasitas que se apropriaram de nossas lutas para satisfazer seus próprios interesses. E ninguém fará isso por vocês, professores.
Ninguém apoiará sua luta. Cabe a vocês fazerem sua própria história. Cabe a vocês lutarem a sua luta.
O resto são palavras ao vento.
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