Escracho de torturadores dá prêmio ao Levante em Brasília

Tempo de leitura: 3 min

Da esquerda para a direita: Antônio Patriota (Relações Exteriores), Dilma Rousseff, Thays Carvalho (militante do Levante), Maria do Rosário (Direitos Humanos), Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) e Dom Tomás Balduino (Comissão Pastoral da Terra)

Levante recebe de Dilma homenagem do Prêmio Direitos Humanos

18 de dezembro de 2012

Da Página do MST




O Levante Popular da Juventude, que se notabilizou com a organização de esculachos contra torturadores da ditadura militar em todo o país, recebeu uma menção honrosa das mãos da presidenta da República, Dilma Rousseff, na 18ª edição Prêmio Direitos Humanos.

A presidenta da República, Dilma Rousseff, participou na tarde desta segunda-feira (17) da solenidade de entrega da premiação promovida pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República., no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Para ela, o prêmio homenageia “pessoas lutadoras” que “arriscam suas vidas em defesa dos direitos humanos”.

“É uma oportunidade para que reverenciemos bravos e bravas batalhadores e batalhadoras na causa dos direitos humanos no Brasil”, afirmou durante solenidade.

O Levante é um movimento social organizado por jovens que defendem um projeto popular e mudanças estruturais na sociedade. Com caráter nacional, tem atuação em todos os estados do país, no meio urbano e no campo.

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“É com muita humildade e alegria que nós do Levante Popular da Juventude recebemos a Menção Honrosa da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República”, diz manifesto do Levante Popular sobre a premiação.

A organização de juventude foi indicada para a premiação por Maria Amélia Teles, Fábio Konder Comparato, Perly Cipriano, Paulo Henrique Amorim, Fernando Morais e João Pedro Stedile.

Para um auditório lotado de convidados que aplaudiram de pé aos 17 contemplados com o prêmio nesta edição, Dilma falou da importância da atuação dessas pessoas e entidades pelo fim das violações aos direitos humanos no país.

“Me orgulho em ser contemporânea de  Dom Tomás Balduíno e Dom Pedro Casaldáliga, esses dois homens que o Brasil aprendeu a admirar”, disse a presidenta,  referindo-se aos dois homenageados especiais  da premiação, que são considerados grandes  defensores dos Direitos Humanos em atuação no brasil.

O bispo Dom Tomás Balduíno, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que recebeu uma homenagem especial, pediu Reforma Agrária à presidente Dilma, além de um diálogo “direto” com as organizações.

“A gente espera que você [Dilma] se abra bastante a essas organizações populares indígenas e camponesas. Esperamos que abra o espaço do diálogo diretamente, não com intermediário, mas diretamente escutando essa gente. E a reforma agrária, né?”, disse.

Reconhecimento



Para a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), pasta responsável pela organização do prêmio, o troféu é o reconhecimento à generosidade de pessoas e organizações que tem como finalidade trabalhar para a humanidade.

“Esse é um reconhecimento a todos as brasileiras e brasileiros a partir da referência de vida de defensores de direitos humanos que vocês são”, disse a ministra aos premiados.

Este ano, a estatueta que retrata uma mãe com seu filho no colo, foi idealizada pelo artista plástico Elifas Andreato e  batizada de “Maternidade”.

Participaram também da solenidade os ministros Antônio Patriota, das Relações Exteriores, Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, e Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, entre outras autoridades.

O Prêmio Direitos Humanos consiste na mais alta condecoração do governo brasileiro a pessoas físicas ou jurídicas que desenvolvam ações de destaque na área dos Direitos Humanos.

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