Sinduscon-Rio recomenda não utilizar amianto em obras

Tempo de leitura: 2 min

por Conceição Lemes

Manuseio, comercialização e utilização de produtos contendo amianto, ou asbesto, estão proibidos há quatro anos no Rio Janeiro. O motivo é o risco à saúde. Já está cientificamente comprovado que todos os tipos são cancerígenos ao ser humano, inclusive a crisotila, extraída e comercializada no Brasil.

“Nós resolvemos reforçar essa decisão e recomendamos aos nossos associados que não utilizem produtos à base de amianto nas obras”, afirma ao Viomundo Roberto Kauffmann, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio de Janeiro, o Sinduscon-Rio. “O nosso foco principal é a construção com sustentabilidade e inovação tecnológica. Evidentemente isso exclui o amianto. Ao mesmo tempo, a gente protege o meio ambiente, a saúde do trabalhador do setor e da população.”

“Aqui, a maioria das empresas já não utiliza amianto há um bom tempo”, acrescenta Kauffmann. “Há um consenso de evitá-lo e utilizar outros materiais.”

UM DOS MAIS POTENTES CANCERÍGENOS AO SER HUMANO

O amianto está proibido também em São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

Banido atualmente em 58 países, causa prejuízos sérios à saúde humana, provocando asbestose (endurecimento do órgão, que leva lentamente à morte), câncer do pulmão e mesotelioma, que é 100% fatal. O mesotelioma é um tumor maligno que acomete o pericárdio (camada que reveste externamente o coração), o peritônio (camada que reveste internamente a cavidade abdominal) e pleura (camada que reveste o pulmão). O amianto é  a maior causa conhecida de causar o mesotelioma.

É reconhecido com um dos mais potentes cancerígenos industriais ao ser humano. O efeito cancerígeno não é dose-dependente.

É a posição unânime das mais importantes instituições científicas e/ou relacionadas à saúde do mundo. Entre elas, a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (a IARC, com sede em Lyon, na França), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (INSERM), da França, e Instituto Nacional de Saúde e Segurança Ocupacional (NIOSH), dos Estados Unidos. No Brasil, assinam embaixo o Instituto Nacional do Câncer (Inca)  e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ambos no Rio de Janeiro e ligados ao Ministério da Saúde.

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