por Luiz Carlos Azenha
Curioso o debate sobre o tratamento do presidente venezuelano Hugo Chávez no Brasil.
Imagino que os hospitais tenham interesse em atrair um paciente que desperte tanta atenção da mídia.
Como tudo se resume a dinheiro, nos dias de hoje, o “potencial” do tratamento seria imenso.
Lembro-me de quando o então presidente João Figueiredo foi fazer uma cirurgia do coração em Cleveland, nos Estados Unidos.
Na época, centros médicos regionais dos Estados Unidos disputavam a tapa pacientes estrangeiros. Era uma forma de consolidar o prestígio internacional, atraindo com isso grants, dinheiro de doadores e dinheiro fácil de estrangeiros estacionado em Miami.
Hoje, o Sírio-Libanês e o Hospital das Clínicas, ambos em São Paulo, disputam este espaço no Brasil. Dinheiro, prestígio, reconhecimento, vaidade. Tem de tudo um pouco.
Não sei se em Cuba o presidente da Venezuela terá um tratamento pior ou melhor que em São Paulo.
Mas presumo que outras questões tenham sido consideradas antes da decisão. Por exemplo, a segurança nacional.
De um lado, ficaria mais difícil, no Brasil, apoiar Chávez em travesseiros para dizer que está tudo bem, como fizeram com o Tancredo Neves que, conforme notou um leitor, foi melhorando, melhorando, melhorando… até morrer.
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De outra parte, Chávez ficaria plugado em tempo real em Washington, ou alguém duvida que um ministro brasileiro, tendo a oportunidade, perderia a chance de fazer esse favor?
Aqui, não podemos esquecer disso, o prontuário da presidente foi parar em capa de revista.
Precisa dizer mais alguma coisa?




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