5 de Junho de 2011 – 16h04
Solução de crise Palocci deve reforçar autoridade de Dilma
O Comitê Central do PCdoB realizou neste final de semana sua 7ª reunião plenária. A direção comunista analisou a conjuntura política e pediu a rápida solução da crise aberta com as denúncias ao ministro chefe da Casa Civil Antonio Palocci, para fortalecer a autoridade da presidente Dilma e avançar nas mudanças que a nação reclama.
Leia a íntegra da Resolução Política intitulada “Defender o governo Dilma e acelerar a execução do projeto nacional”:
O sucesso que a presidente Dilma Rousseff auferiu nos 100 primeiros dias de seu mandato – atuando com determinação, obtendo vitórias e angariando grande popularidade –, agora, dá lugar aos primeiros abalos na sua gestão. Antonio Palocci, seu principal ministro, é chamado a esclarecer seu rápido enriquecimento patrimonial. Deste fato emerge a primeira crise de governo. O conluio entre monopólio midiático, oposição e forças conservadoras, que andava desarticulado, sem discurso, diante do surgimento do caso Palocci e das suas decorrências, encontrou uma bandeira para atacar o governo de Dilma.
Tal situação agravou as dificuldades para o exercício da liderança e da coordenação política. Como uma variável deste momento, se espalha a intriga de que Lula procurou intervir neste cenário de dificuldades – o que teria, supostamente, diminuído a autoridade da presidente e criado uma desavença entre os dois. O fato é que o bloco de forças e os poderosos interesses contrários ao êxito do governo democrático recém-eleito aproveitam esse episódio para tentar impedir a arrancada inicial do novo governo. Esta ação é fomentada por círculos conservadores e pró-imperialistas, como acontece hoje em outros países de nosso continente.
Os comunistas, desde a última reunião de sua direção nacional, em março, alertavam que os entraves e obstáculos inerentes à luta para se impor o novo governo não podiam ser subestimados. Sublinhavam que “avançar” demanda luta política e de ideias. O PCdoB já indicava, também, desde outros momentos, a relevância da tarefa de se manter unida a ampla base governista com sustentação nos compromissos programáticos, no respeito e valorização do conjunto dos aliados, no papel destacado que a esquerda é chamada a desempenhar e na rejeição a práticas e condutas hegemonistas e exclusivistas.
Estas afirmações continuam válidas para se enfrentar a situação reinante. A presidente Dilma reagiu e tem procurado responder à situação atual. Tem se empenhado em reconquistar a plena iniciativa política. Convocou o Conselho Político do governo e tem realizado encontros com parlamentares da base. Lançou em grande ato no Palácio do Planalto o Plano Brasil sem Miséria, buscando retomar uma agenda positiva e afirmativa. Este é o seu projeto social mais importante, sua mais cara proposta de campanha, e merece, da parte do PCdoB, defesa e pleno apoio.
Noutro plano, o Partido opina que a crise na qual está envolto o ministro Antonio Palocci exige uma solução que fortaleça a autoridade da presidente Dilma na condução política do governo. Esta resposta corresponde aos anseios da base aliada e da maioria da Nação.
Nesta hora, em defesa dos interesses da Nação e dos trabalhadores, o PCdoB repele qualquer tentativa de desestabilização do governo Dilma.
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