Fátima Oliveira: Dilma, a Rede Cegonha e os dilemas de Dona Lô
Tempo de leitura: 12 minpor Fátima Oliveira, em seu blog literário
“Não sei se chamo uma coletiva de imprensa ou se faço uma cartinha pra Dilma. Ô dilema cruel!”
Era o que pensava Dona Lô ao sentar em sua cadeira de balanço na calçada de sua casa na Chapada do Arapari. Parecia agoniada, fadigada… Muitas coisas fora do seu controle. Situação horrível para quem está acostumada a ter nas mãos as rédeas de tudo que lhe compete.
Primeiramente porque Maria Helena, filha de Memélia, a mocinha que substituiu Gracinha – “aquela sim era de forno e fogão e ainda de troco um latão” – era lenta que só uma lesma. Boazinha, é verdade, mas pra virar uma Gracinha, bote tempo! E Dona Lô não parecia lá muito disposta a esperar tanto… Falta de paciência mesmo.
Ela sabe que “O que não tem remédio, remediado está”.
‘‘C’os diachos essa invenção de Gracinha de não se aguentar e andar mijando de tiquim por Zé Vaqueiro! E a lesa aqui nem ter percebido, nadica de nada, oxente! Imperdoável, viu, Lô! De besta aqui só eu mesma. Até Cesinha disse! Depois desdisse, mas deu sua opinião”. Era o que passava em sua cabeça…
E remoía… “Como se a vida estivesse em céu de brigadeiro, aparece Dilma toda porloche na TV anunciando, nada mais e nada menos, do que o minimalismo das ações em saúde da mulher, falado em programa de campanha eleitoral. O mais cristalino retrocesso”. É o que dizem as pessoas entendidas no assunto. E sou forçada a reconhecer que elas têm toda a razão do mundo. Estou com elas e não abro!
Na época Dona Lô não deu muita bola. Imaginou que era o escape possível do acirramento do fundamentalismo do Serra. Tudo para venerar as mães e, por tabela, condenar o aborto. Pois sim, santificando as mães os contras vão entender que não se apoia aborto. Ô raciociniozinho tacanho, fulerim, fulerim… Bem, ali era a campanha eleitoral no momento do “Vai ou racha e quem for podre que se arrebente”. Até compreensível. Era, sim! Mas aquilo era promessa pra ficar só no discurso meu Deus do céu! Tu bem sabes meu Deus!
… Se bem que aquela feminista que é médica, espertíssima, como de costume cantou a pedra, bem antes do segundo turno. Mas ficou por isso mesmo… Eu, Lô, até achei que ela estava radicalizando, que era um exagero, pois Dilma daria continuidade às políticas de Lula na saúde da mulher que, na prática não foram nenhuma brastemp, mas eram bem intencionadas. Quem é especialista no assunto, por profissão ou por militância, concordava, pois ajudou a elaborar aquela política anos a fio até chegar ao que está documentado. Logo, eu nem “Seu Souza” para a implicância da Dra. Fátima Oliveira! É sério. Achei que era um preciosismo, uma inticância dela.
Pois não é que a danisca foi bem na ferida que agora sangra? Ela escreveu: “Numa olhada de relance nos discursos das campanhas à Presidência, a concepção de mulher-mala (mãe e filho) foi o tom das propostas para a saúde feminina. Foi de amargar… Ai, meus sais! Voltaremos mais tarde.”
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E olhe que ela escreveu o que estou lembrando agora foi no dia 5 de outubro de 2010! Não é profetisa, não! Apenas analista criteriosa da conjuntura e de pés bem fincados no chão. Mas não dei pelotas. E olhem que ela é uma mulher com Dilma desde a primeira hora! Comprou a briga em defesa do nome de Dilma nas entranhas do movimento feminista! Foi um bom artigo aquele “Não serve ao feminismo tentar nivelar ideologias díspares”.
Já na calçada, bem acomodada em sua cadeira de balanço, ficou a olhar com indisfarçável ternura, a meninada a brincar no adro da capela… E com as pernas inquietas, em petição de miséria, sem achar lugar pra elas, decidiu: “Vou assuntar com Estela. É hora de assuntar mesmo. O bicho, ou melhor, a bicha, que é a cegonha, tá pegando e grudou que nem chiclete… E com razão… Precisava disso não, minha gente! Parece que estou vendo aquela meninada zanzando e estribuchando pra agradar a presidenta. Pura falta de expediente! Donana, minha mãe, dizia que a derradeira disgrota da vida é uma pessoa sem expediente, pois o mundo engole quem não tem expediente!”
E resmungava, falando sozinha: “Só mesmo falta de expediente explica que depois do sucesso do Programa ‘Saúde não tem preço’, o governo de Dilma tenha caído numa esparrela sem tamanho com a tal cegonha! Espiem só, no dia 04 agora, de abril, no Café com a Presidenta, ela falou que o Programa ‘Saúde não tem preço’ já atendeu quase 3,5 milhões de pessoas em dois meses de funcionamento!
Disse a presidenta: “‘Nos primeiros 45 dias, quase 3,5 milhões de pessoas receberam de graça seus remédios para diabetes e pressão alta. É quase o dobro do que a rede ‘Aqui Tem Farmácia Popular’ distribuía quando os remédios tinham que ser pagos. Isso indica que a nossa campanha sobre a importância do tratamento está no caminho certo”, afirmou. “Queremos que todos os diabéticos e hipertensos possam fazer o tratamento direito, sem interrupção… O problema é que essas doenças, se não forem tratadas, levam a complicações muito graves, que podem até matar. Daí a importância da prevenção, com uma vida saudável, uma alimentação saudável e exercícios físicos, desde que o médico controle e receite. E, além disso, o tratamento com os medicamentos corretos”.
“Hemhem, sem dúvida, uma ação bola dentro que concretiza o direito humano ao remédio. Ai, que agonia nas pernas! Fico assim sempre que estou agoniada. Nunca descobri pucardiquê. C’os diachos que Estela não atende ao telefone!” Fincou pé e insistiu em falar com a afilhada, enquanto se deixava encharcar da sensação de agradecimento pela tarde de brisa suave e por aquelas crianças bem vestidas brincando, saltitando, alegres e felizes… Em outras eras, numa horinha dessas estavam todas nas roças, no cabo do enxadeco. Agora, não! Todo mundo na escola, feito gente! Nem sempre foi assim. A melhoria de vida daquela gente se deu mesmo foi com Lula…
– Ô Maria Helena, minha filha, ligue aí de dentro pra casa de Estela e peça que telefone aqui. Preciso falar com ela! É conversa demorada. Não dá pra ficar de lero em celular, não! Tá caro demais! Depois chame a meninada que está ali brincando e dê umas frutinhas pros bichins, viu? Sim, banana prata! Ah, e aquela bandeja de ata madurinha. Há muitas atas e bananas aí que trouxeram da Matinha hoje. Dê o tanto que elas quiserem, a folote mesmo. Se a gente não comer logo vão estragar. Melhor dar pros bichins.
– Né brinquedo, não Estela! “O programa tem atualmente 15.097 farmácias credenciadas, além de 548 unidades do governo. Para receber gratuitamente os remédios de diabete e hipertensão, o paciente precisa apresentar no posto autorizado a receita médica, o CPF e um documento com foto”. Melhor do que isso cheirosa, nem maná caído do céu! E agora, o que eu faço, hein Estela? Não se sei chamo uma coletiva de imprensa ou se faço uma cartinha pra Dilma.
– Como assim Dindinha? Deixe de maluquice, senhora! Não disse que está aposentada? Tem um montão de organizações feministas que precisam dar o ar da graça nessa refrega, dando o tom e dizendo como é que a roda gira. Praticamente ainda não fizeram nenhum barraco. Tem de haver barraco! Saiu só uma notinha e a entrevista da Rede Feminista de Saúde, que eu considero de alto nível, pois é uma abordagem filosófica, técnica e política da visão da saúde integral da mulher. O feminismo falou e disse! Agora é a vez do ministro Padilha se explicar. Olhe que hoje já é dia 7 de abril. O frege está armado. É isso! No centro, o debate sobre atenção integral à saúde da mulher.
– Como dizia uma amiga feminista, a médica Ana Reis, saúde integral é como o arroz com casca e tudo… Fica facim, facim de entender o que se quer dizer quando se fala em saúde integral, é só pensar em arroz com casca.
– Taí, gostei! É preciso lembrar tal comparação para o ministro Padilha.
– A presidenta lançou o Programa Rede Cegonha dia 28 de março… De lá mesmo de Belo Horizonte ela se mandou pra Portugal, depois voltou na maior carreira, que morreu Zé Alencar… Se a mulherada que entende do riscado ainda não foi pra cima, aí fica difícil mesmo…
– E o que faço, hein Estela? É que estou vendo a vaca ir pro brejo. Ir, não! Está atolada no brejo… Boto a boca no trombone ou no ouvido da mulher? Me diga!
– O bom senso, ético e político, manda que a senhora faça uma carta, uma coisa pessoal. Da senhora pra Dilma, abrindo os olhos dela, ôche! Deixe o embate político, quero dizer, o grande embate, para quem tem a obrigação de fazê-lo… Por mais irada que esteja com a cegonha… E eu pensava que a senhora gostava de bicho…
– Estela, vamos por partes! Gostava, não! Gosto. Fui uma criança cercada de bichos por todos os lados… Menos de cegonha rsrrsrsrsrsrsrs, bicha que nem tem no Brasil. A bicha ainda por cima, é estrangeira, oxente! Importada, Estela! Cegonha no Brasil só importada, minha rosa!
–…
– Só não tive gato e cachorro. Não podia porque era asmática e mamãe dizia pra nem chegar perto de pelo de gato e de cachorro… Coisa da sabedoria do povo, que parece ser certa. Mas criei de tudo: curica, papagaio, periquito, paca, cotia, jabuti, tatu… Em meu tempo de criança, sempre tive minhas galinhas, meus patos e até um pavão! Sem falar nos cabritinhos e carneirinhos enjeitados, quando a mãe morria, que papai trazia pra casa pra que eu cuidasse deles. Dava leite na mamadeira pros bichinhos. Nunca morreu um! Papai dizia que criança aprende a respeitar a natureza é cuidando de bichos! Portanto, toda criança precisa ter um animal de estimação… Nem que seja só um! Pode ser até peixe em aquário…
– Ave-Maria Dindinha, zoológico é pouco, hein?
– Acontece Estela, como li num comentário na internet, que a meninada que está no Ministério da Saúde é crua e inocente, inocente – pra não dizer coisa que agrave Seu Ninguém. Só inocência mesmo, pois nem o beabá da cartilha da continuidade de um governo essa gente se deu ao trabalho de ler. Sequer sabem que a pólvora foi descoberta faz é tempo! Estão gostando de puxar a mãe do corpo da presidenta… Só pode, ôche! É um surto de puxa mãe do corpo! Se Dilma fosse homem, seria surto de puxa saco!
– Hemhem… Como assim? Pucardiquê?
– Como assim e pucardiquê? Num tá acompanhando não, minha rosa?
– Médio… Li o artigo da professora Clair Castilhos “As cegonhas vão parir… tudo está resolvido!!” O veio é bom; e o estilo gozador é perfeito! Uma delícia de leitura. Por alguns comentários, percebe-se que muita gente interessada no assunto não entendeu direito que o buraco é bem mais embaixo. Tem muita gente achando que as feministas gostam mesmo é de encrenca. E não é nada disso. Vai ser preciso popularizar a linguagem pra que as pessoas entendam do que se trata. Ah, isso vai!
– …
– Por exemplo, o Pedro, no Azenha, no blog Viomundo, disse: “Ela criticou somente o nome? Porque não vi nenhum argumento contra o programa em si”. Houve um que escreveu: “Durante a campanha ela já falava ‘Rede Cegonha’. Portanto, o nome não foi invenção de alguém do Ministério sem consultá-la (João Sérgio). Até separei os comentários que li sobre o assunto, tanto no Azenha, quanto no Saúde com Dilma…
– Aaaaaaaah, e foi? Pois leia aí Estela! Vamos apreciá-los juntos.
– …
– Tudo, não! Só os mais representativos… Quer dizer, que confirmam a sua hipótese de que muita gente não está entendendo direito que esse tal de Programa Rede Cegonha enterra ou faz sombra à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher…
– O Luís Alberto Furtado, aquele contista do Site Lima Coelho que inventou a personagem Dona Luisinha, no Saúde com Dilma, assim se expressou: “Um texto que soube brincar com as coisas sérias de modo a chamar a atenção pros problemas. Parabéns professora Clair. Concordo com tudo que você escreveu. A presidenta Dilma foi enganada pelos seus assessores (leia-se ministro Padilha e seu imediato Helvécio Magalhães), pois nenhum dos dois entende de Saúde da Mulher, pois se entendessem teriam dito: ‘Peraí presidenta, isso tudo de dinheiro é pra ir para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher’ … E não para ficar inventando retrocesso, como é o caso dessa tal Rede Cegonha. Que vergonha! Ou esse dois senhores sentam suas digníssimas bundas nas cadeiras que ocupam para ouvir e aprender com os movimentos sociais, ou não vão dar conta do recado e levarão a presidenta pro buraco. No caso da Política de Saúde Indígena, o bicho também tá pegando”. (03/04/2011 www.saudecomdilma.com.br/).
– O Luís Alberto Furtado, aquele contista do Site Lima Coelho que inventou a personagem Dona Luisinha, no Saúde com Dilma, assim se expressou: “Um texto que soube brincar com as coisas sérias de modo a chamar a atenção pros problemas. Parabéns professora Clair. Concordo com tudo que você escreveu. A presidenta Dilma foi enganada pelos seus assessores (leia-se ministro Padilha e seu imediato Helvécio Magalhães), pois nenhum dos dois entende de Saúde da Mulher, pois se entendessem teriam dito: ‘Peraí presidenta, isso tudo de dinheiro é pra ir para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher’ … E não para ficar inventando retrocesso, como é o caso dessa tal Rede Cegonha. Que vergonha! Ou esse dois senhores sentam suas digníssimas bundas nas cadeiras que ocupam para ouvir e aprender com os movimentos sociais, ou não vão dar conta do recado e levarão a presidenta pro buraco. No caso da Política de Saúde Indígena, o bicho também tá pegando”. (03/04/2011 www.saudecomdilma.com.br/).
– E olhe que Luís Alberto é danado de inteligente. Um sábio! Um feminista… É casado com uma feminista que entende do assunto e sabe muito bem que nós, feministas, contrapomos ao Programa Rede Cegonha uma política mais ampla e bem elaborada, que já existe, que é a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), uma política de governo, elaborada no Governo Lula, na qual a mortalidade materna está devidamente contemplada e é uma das áreas, que está sendo efetivada bem. Inclusive o Brasil já recebeu prêmios internacionais por conta do bom andamento da ação. Há o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal (2005), onde as ações de redução da morte materna e neonatal estão bem desenhadas. É só cumpri-las!
– …
– Então Estela, o que sobraria para Rede Cegonha? A parte de Assistência Social. Em outras palavras: o apoio às gestantes ditas “carentes” (odeio essa palavra!). Isto é, a parte estritamente de atenção à saúde da gestante, parto, puerpério e quetais já existe no PNAISM e estão detalhadas no Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal (2005). E agora, vão jogá-lo fora? Não creio! É maluquice elevada à enésima potência! É deixar com a cegonha a parte de assistência social. Não mais! É, pelo menos pra aproveitar aquele monte de obra de arte doada por Romero Britto. É isso! Não mais! Minto…
– Como mente?
– Minto por estar sendo rasteira, com preguiça de pensar. Mas, deixando a preguiça de lado, vou ser franca. A Rede Cegonha como dizem ser a expressão do sentimento da presidenta de cuidar adequadamente das mulheres que vão ter filhos deveria ter sido pensada como parte de uma política de cuidados. É isso! Seria um programa social de cuidados de grávidas e puéperas, dentro das ações de saúde. Mas como “Quem não sabe assar, queima”… O Ministério da Saúde queimou o sentimento de cuidado da presidenta! Falta de expediente, mesmo!
– …
– Um passo além do que era a antiga LBA (Legião Brasileira de Assistência). Lembrando que em saúde “uma política de cuidados exige um novo contrato social e ético a ser celebrado entre governo X profissionais de saúde X instituições de saúde, fundado no respeito ao ser humano, na alteridade e no entendimento de que assegurar qualidade de vida possui um valor moral e um sentido político”.
– Eu também vejo assim. Mas agora ficou mais cristalino que é preciso fazer um escarcéu! Mas vamos a outro comentário: “Professora Clair, a benção! Eu estava muito incomodada com o silêncio das feministas diante dos descasos do Ministério da Saúde para com a Saúde da Mulher, jogando no lixo uma proposta de Política Nacional de Atenção à Saúde Integral da Mulher. Pois sim jogou no lixo. E aparece com Rede Cegonha como se saúde da mulher fosse apenas gravidez e parto e dentro de um olhar antigo: mulher e filho. Pensando bem, esses meninos que estão dando as cartas no Ministério da Saúde são leigos em saúde integral da mulher ou finíssimos bajuladores – quiseram agradar a presidenta que na campanha eleitoral foi mal assessorada de um tanto que a única proposta pra saúde da mulher foi essa tal de Rede Cegonha que, como vemos, ludibriaram a presidenta e ela, leiga, caiu no canto da cegonha. E o ministro da saúde, idem.” (Terezinha Sanches).
– …
– E há outro excelente comentário de Terezinha Sanches, respondendo ao João Sérgio, que já li bem no começo, que dizia que a Rede Cegonha havia sido falada por Dilma num programa de TV, durante a campanha eleitoral: “Aquilo era uma bobagem da ignorância de quem assessorava a ministra. Ou seja, falar em Rede Cegonha em detrimento de uma política elogiada no mundo inteiro. Engabelaram a candidata e agora a presidenta! Sobre o assunto a Dra. Fátima Oliveira, que entende de saúde da mulher como gente grande, e está nessa luta desde que eu a conheço há mais de vinte anos, escreveu no artigo: “Algumas ausências que foram paradigmáticas no debate eleitoral” (…) (Terezinha Sanches).
– …
– “Ah, a professora Clair Castilho disse bem: a RELAÇÃO DAS CEGONHAS COM OS RECÉM-NASCIDOS NÃO PASSA DE LENDA!!! Eis o conto e o canto da cegonha. Mas pra frente é que se anda. Espero que a presidenta Dilma dê uma puxada de orelha nesses meninos dela que estão no Ministério da Saúde para que aprendam e respeitem a luta feminista brasileira, que vê a saúde da mulher na REAL, sem cegonha… Ôche, nunca vi cegonha no Brasil mesmo… Tudo embromação. (Terezinha Sanches).
– E a Caetana postou a nota que saiu no Estadão, tanto no Azenha quanto no Saúde com Dilma: “Movimento de mulheres critica programa para gestantes lançado por Dilma”
– Dindinha, qual o dia da Semana Santa que a senhora vai fazer o “Bacalhau à espanhola”?
– Ora Estela, no de sempre, na Sexta-feira da Paixão, esqueceu? Increduincruz, só pensa em comer!
– Quêquisso Dindinha, assim a senhora me ofende… Perguntei por perguntar, só pra mudar de assunto. Ah, dá pra mandar pro meu email a receita do “Bacalhau à espanhola”?
– Pucardiquê Estela? Desde quando tu não passas a Semana Santa na Matinha de Dona Lô? Vais inventar moda de ficar em tua casa e cozinhar nos Dias Grandes, é?
– Nããããão e não, Dindinha! Imagina! É que uma amiga minha, que já passou uma Semana Santa aí comigo e mora no Espírito Santo, pediu a receita…
– Aaaaaaaaaah, bem!
Chapada do Arapari, 07 de abril de 2011
Dia Mundial da Saúde
Na Chapada do Arapari mulher não aborta, só tem “pérca”!
Leia aqui a entrevista de Telia Negrão, secretária-executiva da Rede Feminista de Saúde, que alerta: A Rede Cegonha é um retrocesso de 30 anos nas políticas de atenção à saúde integral à mulher, nos direitos reprodutivos e sexuais. A doutora Fátima Oliveira assina embaixo.
Leia aqui o pedido da doutora Clair Castilhos à presidenta Dilma para que ouça as mulheres em relação à Rede Cegonha.
Leia aqui o artigo da doutora Fátima Oliveira sobre as práticas zooterapêuticas.




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