Leitor: “Se os defensores dos gays falam o que querem, os contrários têm esse direito”

Tempo de leitura: 2 min

Caro Azenha:

Gosto muito do seu blog, aliás, tem sido uma das minhas fontes principais de informação.

Entretanto, fico triste pela cobertura do caso Bolsonaro. Ele, realmente, tem opiniões muito radicais, em muitos casos, dispensáveis. Não concordo com quase nada que ele fala, mas ele tem razão de expressar opiniões contrárias ao movimento gay.

Esse pessoal, claro, merece todo respeito, mas o propósito deles de imporem-se como parcela superior, especial, melhor da sociedade, é um descalabro. Não sei se você conhece bem o pleito desse movimento, mas eles querem colocar na cadeia quem disser a um filho, durante a educação, que reprova o comportamento homossexual, etc.

Imagina, todo ser existente neste planeta é criticado o tempo todo, e os gays não poderão sê-lo. A opção sexual de qualquer um é problema particular, mas tenho o direito, baseado na fé, filosofia, doutrinas, etc, de não concordar com o comportamento.

Da mesma forma que há pessoas que defendem o movimento gay, é democrático haver quem discorde das propostas deles.

Por fim, trabalho junto com gays, já disse a eles qual é o meu posicionamento, respeito cada um. Só não abro mão, de jeito nenhum, do meu direito de não concordar com a adoção por gays, de não aceitar esse tipo de comportamento e de poder educar meus filhos de que essa conduta não é a adequada com base em nossa visão de mundo e fé.

Conheço centenas de gays e nunca vi nenhum deles ser importunado por ninguém. Agora, outro dia um casal homossexual, num local público, cheio de crianças, famílias, etc, começou a se agarrar exageradamente na frente de todos. Qual é o interesse senão o de chocar, o de causar repulsa ou encontrar brechas para se dizerem alvo de preconceito. O respeito às pessoas cabe em todas as situações. Não acho prudente nem casais heterossexuais ficaram se agarrando em público, quanto mais gays.

Então, caro Azenha, se os defensores dos gays falam o que querem, os contrários também têm esse direito.

Ou querem que tenhamos casos como na Argentina, onde centenas de juízes dizem preferir a morte a casar pessoas do mesmo sexo?

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Abraço

Leia aqui o que ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, acha das opiniões do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ).

E aqui o que Jean Willis falou sobre o Bolsonaro.

E aqui sobre a investigação criminal de Bolsonaro solicitada pela ABGLT à Procuradoria Geral da República.

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