

Da Redação
Pesquisa recém divulgada pelo Poder 360 demonstra que a TV Globo ainda tem leve vantagem sobre o ex-presidente Lula na disputa presidencial de 2018.
50% rejeitam candidato do PT e 47% do PSDB, diz um dos itens da pesquisa.
Porém, como as escolhas se dão sobre candidatos e não desejos, por enquanto devemos focar nas candidaturas existentes.
A da TV Globo teve crescimento e atingiu agora 31% das preferências. Lula, também em crescimento, chega a 27%. Bolsonaro despenca, de 21% para 14%.
O candidato da Globo é genérico. É o candidato da antipolítica que, neste momento, tem 31% das preferências — são os brancos e nulos.
Os irmãos Marinho talvez apoiem João Doria, ou Joaquim Barbosa ou um novato qualquer.
O que interessa a eles é que o governo, qualquer governo, não seja suficientemente forte para peitar a Globo.
Embora comentaristas da Globo lamentem o clima de Fla x Flu, ou de “radicalização”, na verdade instituições fracas interessam aos Marinho tanto quanto aos Estados Unidos.
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Um Brasil em crise permanente aumenta o poder de barganha dos Estados Unidos.
Um Brasil em crise política permanente, incapaz de formar consensos, interessa à Globo.
Como diz a deputada federal Luiza Erundina, profunda conhecedora da legislação sobre comunicações no Brasil, à Globo interessa que as leis do setor sejam antigas e confusas, por vezes contraditórias: a selva regulatória fortalece a Globo.
A Globo é feito o novo cenário do Jornal Nacional: muda no acessório para não mudar no essencial. Por trás de todos aqueles espelhinhos e jogos de luzes se escondem os interesses do agronegócio, da privataria e da Casa Grande.
O ideal para a Globo seria a eleição de um tecnocrata que faça avançar a ideia de que política é algo muito importante para se submeter à soberania popular.
Mas, na impossibilidade de que isso aconteça, um Brasil mergulhado na antipolítica serve.
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