Inspirado na “revolução” de 64, defensor do Sulito diz que separatismo armado é possibilidade
Tempo de leitura: 3 minDa Redação
Ele se apresenta como filósofo. Foi um dos fundadores do movimento O Sul é Meu País. Agora é secretário geral do Gesul, Grupo de Estudos do Sul.
Nas redes sociais, reagiu ao turbilhão de memes que acompanhou o surgimento do Sulito, um primo pobre do Dollynho:
Mas de onde saiu tudo isso? Por que viralizou desta forma? As respostas são diretas e sem frescuras ou devaneios. A compatriota Aline Freitas (nossa querida “Nana”), juntamente com outros ativistas da Causa no Rio Grande, entre eles, Douglas Aimoré, Everaldo de Oliveira e Luiz Antônio Medeiros, que criaram o “Sulito” o fizeram da maneira mais amadora possível (no bom sentido) e com as melhores intenções práticas imaginadas. Queriam apenas divulgar a proposta do nosso Plebisul 2017 que vai consultar no mínimo 1 milhão de eleitores do Sul no próximo dia 7 de outubro de 2017 para saber se querem ou não continuar fazendo parte do Brasil. Por este motivo não preocuparam-se em dar-lhe qualquer ar sofisticado ou de profissionalismo gráfico. Foi isso. Ponto.
Ele acrescenta que, apesar do deboche, espera que a causa tenha se fortalecido:
A nós dos três continentes meridionais resta-nos erguer a cabeça e seguirmos felizes como Povo e Nação Sulista que tem orgulho e sentimento de pertença. Não queremos mais ser parte disso que querem que continue Brasil. O “Sulito” com calça ou sem calça deu o start necessário a discussão do que queremos para o futuro do nosso Povo. Nós do Movimento O Sul é o Meu País não temos dúvida: mais de 95% da população dos três estados quer transformar o Sul em um país. E vamos provar isso dia 7 de outubro próximo. Parabéns aos compatriotas pela sua criação, mesmo que ela não tenha sido feita para gerar esta celeuma toda. Certamente vamos pensar daqui por diante em ter um mascote oficial para o Movimento. Independente destas discussões superficiais, acreditemos na verdade de que a proposta do Povo Sulista, ao longo destes 25 anos de luta, conquistou o direito de ser levada a sério. Apesar de alguns do “país vizinho” gostarem de transformar tudo em uma piada com cunho sexual.
Deucher, que é morador de Brusque, em Santa Catarina, admite que a proposta que ele propaga é formalmente ilegal.
Numa entrevista à TV Cidade, de Joinville, em 2016, foi perguntado a ele: Existe alguma maneira legal, prevista na Constituição, de proceder essa separação sem que seja pelas armas, pelo conflito, pela ruptura?
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Resposta: Não, não existe. O Brasil é indivisível e entre as cláusulas pétreas que existem, a federação ela se tornou cláusula pétrea. Vamos ter um pouco mais de dificuldade para derrubar ela. Pra derrubar uma cláusula pétrea você tem de ter uma revolução armada ou uma revolução pacífica. A Revolução de 64 derrubou nove cláusulas pétreas numa paulada só sem derramar uma gota de sangue.
Na mesma entrevista, Deucher afirmou que o modelo para o Sul pós separação é a Suiça.
Porém, num debate posterior travado num programa local do SBT, o cientista político Elton de Oliveira lembrou que o Sul, notadamente o Rio Grande do Sul, está economicamente quebrado.
Ele foi precedido pelo notório Luiz Carlos Prates, que previu “muito sangue derramado” em torno da questão. Prates, anteriormente, havia dito que o Sul não estava moralmente preparado para a separação — seja lá o que isso signifique.
É o mesmo ser que, quando militava na RBS, a afiliada da TV Globo no Sul, disse em comentário que “qualquer miserável pode ter carro” no Brasil, o que lhe rendeu demissão.
Prates também provocou polêmica quando, já no SBT, afirmou sobre o piloto que atirou um avião contra montanha na Europa:
“Ele não tem que ser chorado. Ele tem que ser execrado. E que o demônio o receba de braços abertos. (…) O depressivo não tem que ser acarinhado, ele tem que ser duramente tocado nas suas verdades, porque ele é um covarde existencial. Nada de pena, mas até de desprezo, se for o caso.”
Demitido por causa da declaração, ele foi recontratado pelo SBT meses depois.
Nestas polêmicas tão caras às redes sociais, o que mais chama a atenção é a quantidade de direitistas reacionários que cavaram nichos em concessões públicas de TV no Brasil para promover suas teses desmioladas.





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