Mídia coloca aprovação de pauta elitista como condição para livrar Temer

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da Redação

Os dois principais grupos de mídia do país explicitaram suas posições políticas nas últimas horas, ainda que de forma indireta.

Eles sinalizaram aos deputados e senadores: aprovem as medidas drásticas e impopulares, contra a população brasileira, antes de pensar na derrubada do usurpador Michel Temer.

A Globo, que governa o Brasil, deixou claro: se vocês aprovarem os pacotes antipopulares, terão o direito de escolher o próximo presidente da República.

No editorial Forte Revés, depois de dizer que a Lava Jato e a impopularidade acuam o governo Temer, Otávio Frias Filho decretou:

Acuado nesses dois fronts e decerto ciente de que sua gestão não entregou muito do que prometeu para este ano, Michel Temer pretende acelerar a agenda econômica no intuito de conquistar algum respaldo na sociedade. É o que lhe resta, e não há tempo a perder.

Dane-se a lógica, já que o próprio Datafolha, em notícia que a Folha deu num canto de primeira página, mostra que 60% dos entrevistados são contra a PEC da Morte, que limita os investimentos em Saúde e Educação por 20 anos.  Ou seja, segundo a Folha só uma agenda impopular na economia pode salvar Temer, ainda que ela retire direitos, abale o mercado consumidor interno e beneficie os ricaços (corte em pagamentos da Previdência, desvinculação do salário mínimo, etc.)

Em outras palavras, a Folha tenta vender como dos brasileiros a agenda do mercado financeiro!

Já os irmãos Marinho primeiro aliviam para Temer, depois ditam o rumo:

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Não ficou configurada alguma retribuição de Temer, nem o presidente pode ser processado por fatos ocorridos antes do mandato. Mas a simples menção do seu nome no contexto da Lava-Jato o enfraquece e a seu governo, na antessala de votações decisivas para o andamento de reformas sem as quais o país não sairá da crise.

[…] Caso a gestão de Temer seja interrompida depois do dia 31, quando chega ao fim a primeira parte do mandato no qual ele foi investido presidente, seu substituto será escolhido em eleição indireta, realizada em até 30 dias após ter sido declarado vago o cargo. Pode concorrer todo brasileiro nato, com mais de 35 anos.

Ou seja, a Globo prefere os votos de ao menos 200 corruptos e/ou delatados aos votos de 150 milhões de brasileiros, numa repetição do Diretas Já.

Ainda que, como também notou o Datafolha, 58% acreditem que o desempenho do Congresso é ruim ou péssimo, 63% defendam a renúncia de Temer com eleições e 75% digam que ele representa os ricos.

Ou seja, às favas com os interesses do eleitor, desde que Temer caia DEPOIS  de aprovar no Congresso a agenda regressiva e elitista que, afinal, era desde o início o objetivo do golpe. E que o sucessor dele seja, como o próprio Temer, escolhido de forma indireta.

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