Makely Ka denuncia vitimização da Samarco na mídia, para tentar isentá-la de culpa
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Fotos:Luiz Carlos Azenha
O que aconteceu em Mariana é uma das maiores catástrofes ambientais do país, um crime com um número ainda indefinido de vítimas fatais, desaparecidos e desabrigados.
As consequências são aterradoras, com comunidades isoladas, rios contaminados, abastecimento de água interrompido em diversas cidades, um raio de destruição que se expande por centenas de quilômetros e tem consequências irreversíveis.
A responsabilidade é da empresa Samarco, de propriedade da Vale e da BHP. Ou seja, é um empreendimento multinacional responsável por outras tragédias ambientais pelo mundo afora.
Mas ao invés de cobrar essa responsabilidade o que tenho visto na imprensa e no depoimento de políticos é a vitimização da empresa na tentativa de isentá-la de culpa. Falam até em abalo sísmico. O abalo que me lembro nessa região era gerado pelos explosivos usados diariamente na escavação da mina. Dizem que a lama não é tóxica, como se uma inundação de lama com minério, ainda que não estivesse contaminada com arsênio e mercúrio, fosse inofensiva.
Vejo campanhas para arrecadação de donativos, quando há uma empresa bilionária por trás da tragédia que deveria estar neste momento dando no mínimo todo apoio logístico e estrutural às vítimas e suas famílias.
Sejamos solidários, mas mais importante que donativos é cobrar para que a empresa assuma a responsabilidade pela tragédia. Além disso, a Samarco deveria ser interditada, realizada uma devassa em seus documentos e a diretoria presa.
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