Abril as pernas: Explicando o ataque de Veja a Romário

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De O Lado Sujo do Futebol, 24 de março de 2015

ABRIL AS PERNAS

A revista Veja São Paulo desta semana é um escândalo.

Marco Polo Del Nero, novo presidente da CBF e nada neófito nos negócios do futebol, foi homenageado pela revista do Grupo Abril.

Na capa, ao lado do sugestivo título “O novo dono da bola”, Del Nero posa com uma reluzente chuteira dourada com um enorme símbolo da Nike, patrocinadora master da CBF e motivo de inúmeras denúncias no mundo do futebol (destrinchadas em nosso livro).

A “reportagem” é descaradamente favorável ao dirigente.

Leia, se tiver estomago:

http://vejasp.abril.com.br/m…/marco-polo-del-nero-perfil-cbf.

A capa da Vejinha lembra a histórica edição da IstoÉ de julho de 2004, quando Rosinha Garotinho era governadora do Rio de Janeiro.

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Para quem não se lembra, segue trecho de matéria da própria Veja em ataque à concorrente:

“A capa da edição da revista IstoÉ que chegou às bancas no dia 24 de julho, intitulada ‘Rio trabalhador’, trouxe evidências de que a publicação entrega a seus leitores material publicitário disfarçado de reportagem.

O informe publicitário com 21 páginas de elogios ao desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro chamou a atenção de dois jornalistas de veículos diferentes: Milton Coelho da Graça, do site Comunique-se, e os responsáveis pela coluna de Monica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

O primeiro, em artigo veiculado no dia 26 de julho, pergunta: ‘Como uma revista pode ter credibilidade em suas reportagens investigativas enfiando no meio delas matérias pagas desse tipo?’. Uma semana depois, a coluna de Monica Bergamo informou que a ‘reportagem’ de IstoÉ teria sido paga pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Em carta a VEJA, a Firjan explica o episódio, mas não melhora em nada a situação de IstoÉ. Fica claro que a revista usa métodos heterodoxos: a redação faz e o comercial cobra pelas reportagens.

A Firjan diz que um repórter de IstoÉ solicitou entrevista com seu presidente, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, para uma ‘reportagem especial sobre o Rio de Janeiro’ e que, ‘depois da entrevista, o comercial da IstoÉ procurou a área de marketing da Firjan oferecendo espaço publicitário para apoiar a publicação’. O ‘jornalismo’ praticado por IstoÉ já rendeu à revista, em círculos bem informados, o apelido de ‘QuantoÉ'”.

Sobre o anúncio da Nike na capa da Vejinha, fica a pergunta: QuantoFoi?

PS do Viomundo: Pergunta que não quer calar, será que a capa lá atrás tem relação com o ataque mais recente da Veja a Romário, o presidente da CPI da CBF? Ou seria mera coincidência?

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