Centrais Sindicais alertam para a presença de provocadores no ato da Paulista na sexta 13

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Da Redação

As Centrais Sindicais querem evitar que, na manifestação prevista para a sexta-feira 13 na Paulista, se repitam confrontos como o que aconteceu diante da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro, antes do ato em defesa da Petrobras com a presença do ex-presidente Lula.

Na ocasião, os três jornalões aproveitaram para publicar na primeira página fotos de homens de vermelho chutando adversários políticos. Mas, não publicaram fotos de agressão contra homens de vermelho, que também aconteceram.

O alerta das centrais foi feito pela Agência Sindical: “A organização do ato da sexta dedica cuidado especial para evitar a ação de agentes provocadores”.

No caso da Petrobras, um grupo de manifestantes decidiu ir à porta da ABI sabendo que naquele local haveria um grande número de governistas. Não se sabe se entre eles havia algum provocador profissional.

A utilização de provocadores era muito comum durante a ditadura militar, quando manifestantes infiltrados provocavam conflitos para tirar proveito político deles.

No famoso caso do Riocentro, dois militares pretendiam causar uma explosão que seria atribuída a grupos de esquerda.

Nas manifestações de junho de 2013, no Rio de Janeiro, internautas identificaram homens que agiam como manifestantes, mas possivelmente eram do serviço reservado da Polícia Militar.

A não ser em casos de flagrante, no meio da multidão é muito difícil distinguir ação espontânea de provocação organizada.

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Em tempos de internet, provocadores muitas vezes geram, com vaias e insultos, reações com o intuito de publicá-las nas redes sociais

As seis centrais sindicais que promovem a manifestação (CUT, CTB, UGT, Nova Central e CSB) esperam que um público de até 40 mil pessoas se concentre diante do prédio da Petrobras às 16 horas, para marchar em direção à praça da República.

Antes, às 14 horas, no vão livre do MASP, haverá uma assembleia de professores que deverá contar com 15 mil participantes.

As bandeiras principais unem defesa da democracia, dos direitos trabalhistas e da Petrobras:

Manifesto dos movimentos sociais sobre o Dia 13 de Março

Um dos maiores desafios dos movimentos sindical e social hoje é defender, de forma unificada e organizada, o projeto de desenvolvimento econômico com distribuição de renda, justiça e inclusão social. É defender uma Nação mais justa para todos.

Defender os Direitos da Classe Trabalhadora -A agenda dos trabalhadores que queremos ver implementada é a agenda do desenvolvimento, com geração de emprego e renda.

Governo nenhum pode mexer nos direitos da classe trabalhadora. Quem ousou duvidar da nossa capacidade de organização e mobilização já viu do que somos capazes.

Defender os trabalhadores é lutar contra medidas de ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora.

As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora.

Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a alta taxa de rotatividade, que tache as empresas onde os índices de demissão imotivada são mais altos do que nas empresas do setor, e que ratifique a Convenção 158 da OIT.

Lutaremos também contra o PL 4330, que da maneira como está imposto libera a terceirização ilimitada para as empresas, aumentando o subemprego, reduzindo os salários e colocando em risco a vida dos/as trabalhadores/as.

Defender a Petrobrás – Defender a Petrobrás é defender a empresa que mais investe no Brasil – mais de R$ 300 milhões por dia – e que representa 13% do PIB Nacional. É defender mais e melhores empregos e avanços tecnológicos. É defender uma Nação mais justa e igualitária.

Defender a Petrobrás é defender um projeto de desenvolvimento do Brasil, com mais investimentos em saúde, educação, geração de empregos, investimentos em tecnologia e formação profissional.

Defender a Petrobrás é defender ativos estratégicos para o Brasil. É defender um patrimônio que pertence a todos os brasileiros e a todas as brasileiras. É defender nosso maior instrumento de implantação de políticas públicas que beneficiam toda a sociedade.

Defender a Petrobrás é, também, defender a punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção. Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam punidos com os rigores da lei. Tanto os corruptores, como os corruptos.  A bandeira contra a corrupção é dos movimentos social e sindical. Nós nunca tivemos medo da verdade.

Defender a Petrobrás é não permitir que as empresas nacionais sejam inviabilizadas para dar lugar a empresas estrangeiras. Essas empresas brasileiras detêm tecnologia de ponta empregada na construção das maiores obras no Brasil e no exterior.

Defender a Democracia/Defender Reforma Política – Fomos às ruas para acabar com a ditadura e conquistar a redemocratização. Democracia pressupõe o direito e o respeito às decisões do povo, em especial, às dos resultados eleitorais. A Constituição deve ser respeitada.

Precisamos aperfeiçoar a nossa democracia, valorizando a participação do povo e tirando a influência do poder econômico sobre nosso processo eleitoral.

Para combater a corrupção entre dirigentes empresariais e políticos, temos de fazer a Reforma Política e acabar de uma vez por todas com o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. A democracia deve representar o Povo. Não cabe às grandes empresas e às corporações aliciar candidatos e políticos para que sirvam como representantes de seus interesses empresariais, em detrimento das necessidades do povo.

No dia 13 de março vamos mobilizar e organizar nossas bases, garantir a nossa agenda e mostrar a força dos movimentos sindical e social. Só assim conseguiremos colocar o Brasil na rota de crescimento econômico com inclusão social, ampliação de direitos e aprofundamento de nossa democracia.

Estamos em alerta, mobilizados e organizados, prontos para ir às ruas de todo o País defender a democracia e os interesses da classe trabalhadora e da sociedade sempre que afrontarem a liberdade e atacarem os direitos dos/as trabalhadores/as.

Não aceitaremos retrocesso!

Assinam

Central Única dos Trabalhadores

Central dos Trabalhadores do Brasil

União Geral dos Trabalhadores

Nova Central Sindical dos Trabalhadores

Central dos Sindicatos Brasileiros

Federação Única dos Petroleiros

União Nacional dos Estudantes

Movimento dos Trabalhadores Sem Terra

Central dos Movimentos Populares

Movimento de Atingidos por Barragem

Levante Popular da Juventude

Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar

Movimento Nacional das Populações de Rua

Fora do Eixo/Mídia Ninja

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