Marco Rolim, da Rede: Votar em Dilma “para evitar o pior”

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Sobre o 2º turno: Aécio não

por Marco Rolim*, da Rede no Rio Grande do Sul, no Facebook, sugerido por Ricardo Português e Marcelo de Oliveira

O processo eleitoral selecionou a polarização entre PT e PSDB, a mesma dos últimos 20 anos.

O resultado impede que a política brasileira seja renovada, obrigando os eleitores a uma opção conservadora.

Por conta disto, penso que Marina e a Rede fariam melhor caso se mantivessem a par desta disputa, antecipando uma postura de oposição ao próximo governo.

Há, seguramente, muitos aspectos a serem considerados e não parto do princípio de que minha posição esteja correta.

O fato é que, neste momento, divirjo em um ponto essencial da posição tomada por Marina que anunciou apoio a Aécio a partir de um diálogo em torno de pontos programáticos importantes, mas que não serão assumidos efetivamente pelo PSDB e por sua composição política.

Pessoalmente, embora com uma visão essencialmente crítica a respeito do governo Dilma, não considero que Aécio seja uma alternativa, nem que represente compromissos mais avançados.

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Pelo contrário, penso que um governo do PSDB poderá abrir espaços para retrocessos importantes em temas cruciais como as políticas de segurança – com a abordagem do tipo “Lei e Ordem”, o estímulo à violência policial e o incremento da demanda por encarceramento.

O tema da redução da idade penal sintetiza uma visão essencialmente repressiva sobre segurança, constituindo um mantra com o qual Aécio e o PSDB articulam o apoio dos setores mais reacionários na área.

Apenas isto já seria o suficiente para recusar o caminho proposto por Aécio.

Com esta breve avaliação, registro que votarei em Dilma no 2º turno, como já o fiz em 2010.

Os motivos são os mesmos.

Temos de um lado uma proposta que, a par dos seus limites políticos e morais, possui um sentido claramente inclusivo que tem beneficiado setores historicamente fragilizados.

De outro, temos um campo que é muito mais claramente orgânico aos grandes grupos econômicos e que tende a reduzir o impacto das políticas sociais ao invés de aprofundá-lo: trata-se, então, de evitar o pior. Ponto.

*Liderança da Rede Sustentabilidade no Rio Grande do Sul

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