4 de Outubro de 2010 – 16h19
Base aliada conquistou mais de 400 vagas na Câmara dos Deputados
do Congresso em Foco, via Vermelho
Em 2011, a base aliada de um eventual governo Dilma Rousseff (PT) será 13% maior do que aquela que emergiu das urnas há quatros anos e estava alinhada com a administração do presidente Lula. Serão 402 deputados federais, ante os 380 de hoje e os 357 eleitos em outubro de 2006. O PT será o partido com maior número de cadeiras, com 88 parlamentares, seguido pelo PMDB, com 79.
Confira as listas (arquivos em PDF):
* Lista com nome dos deputados federais eleitos
* Lista com as mudanças nas vagas dos partidos
Ou seja, se hoje o presidente Lula tem uma maioria folgada na Câmara, o eventual governo Dilma Rousseff deve ter ainda mais tranqüilidade com os deputados federais. E a eventual e improvável administração de José Serra (PSDB) terá razoáveis dificuldades com a oposição dos petistas.
É o que revela levantamento do Congresso em Foco com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), coletados até pouco depois da 0h desta segunda-feira (4).
De forma inversa, as oposições devem encolher um pouco mais. Se em outubro de 2006 PSDB, DEM, PPS e PSOL somavam 156, atualmente eles são 133. E a previsão é que em 2011 eles sejam apenas 111 parlamentares. Uma redução de 29%.
Apoie o VIOMUNDO
Partidos
O PT têm motivos para comemorar em 2011. O partido desejava fazer a maior bancada da Casa, principalmente para poder disputar a vaga de presidente da Câmara, numa negociação com o PMDB, dentro da coalizão governista. Projeções de institutos e cientistas políticos já apontavam essa tendência.
O desejo vai virar realidade. O partido de Lula e Dilma passará de 79 para 88 cadeiras na Casa. A quantidade é expressiva, mas ainda menor do que a obtida em 2002, quando o PT teve 91 deputados eleitos. Apesar disso, as outras três legendas atrás dos petistas terão suas bancadas reduzidas no ano que vem.
O PMDB, que hoje é o maior partido, cairá de 90 deputados para 79. Ainda antes das eleições, a sigla também brigava internamente com os petistas para presidir a Câmara. Com a redução da bancada, o PMDB de Henrique Eduardo Alves (RN) perde força nessa pretensão.
O PSDB se mantém como a terceira força na Casa e o principal partido de oposição. Mas caiu de 59 para 53 parlamentares. O DEM (ex-PFL) terá 43 deputados em vez dos atuais 56. Mas o pior revés para os oposicionistas foi a queda na bancada do PPS, que elegeu 22 deputados em 2006 e agora elegeu apenas 12.
Mudanças à vista
Os dados apresentados pelo Congresso em Foco estão sujeitos a modificações. Isso porque, com um sem número de candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não contabilizou os votos dos políticos vetados pela Justiça. O resultado pode ser revertido com liminares e futuras decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, a apuração das eleições não havia terminado até o fechamento desta reportagem. O levantamento do Congresso em Foco foi fechado pouco depois da 0h desta segunda-feira (4). E coletou dados dos 27 estados, nos quais pelo menos 98,30% dos votos estavam apurados, caso do Acre. Ou seja, ao término da contagem dos votos, é possível que a quantidade de deputados por partido seja alterada. Mas é pequena esta possibilidade.
Fonte: Congresso em Foco





Comentários
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!