A tentativa de fazer do Minhocão um parque

Tempo de leitura: 3 min

high line

Em Nova York é chique

Queremos o Parque Minhocão

Abaixo-assinado por
 Paula, Felipe, Demétrio, Marcio e Athos


via Facebook

Foi aprovada a desativação total do Minhocão como via para carros! Isso é uma ótima notícia para quem defende a qualidade de vida e menos poluição. O próximo passo é a Câmara dos Vereadores aprovar o Projeto de Lei 10/2014 que decidirá se ele vai se tornar um parque ou não. Nós somos um grupo de pessoas que se reuniu no final de 2012 para defender a idéia do Parque Minhocão e nunca imaginamos que teríamos uma conquista tão rápida. 

Porém, a nossa luta não acaba aqui, outras propostas ainda podem ser aprovadas. Sem uma mobilização, a idéia do Parque Minhocão pode ir por ralo abaixo. Em breve os debates públicos e audiências irão começar e precisaremos mostrar que a população de São Paulo apoia esta proposta. Se você, como nós, acredita que o Minhocão deve virar parque, assine agora e nos ajude nesta luta.

O Parque Minhocão poderá se tornar referência mundial, trazendo lazer para milhões de pessoas, acelerando a revitalização do Centro, atraindo atletas, turistas e qualidade de vida para a região. Imagine 3 km de área verde, pista de cooper,  ciclovia, quadras de esportes, gramados e parquinhos. Existem outros casos similiares de sucesso: os espetaculares High Line, de Nova York, e o Promenade Plantée, de Paris. O Minhocão, que atualmente fica aberto para as pessoas aos domingos, feriados e à noite,  já recebe mesmo sem nenhuma infra-estrutura milhares de ciclistas, corredores, skatistas, famílias e todo tipo de gente.

A outra opção, a de demolir o Minhocão, vai gerar poluição e mais de 60 mil m3 de entulho sólido. Além disso, ela terá um custo altíssimo e vai desperdiçar uma estrutura gigante, que já é pública e está pronta. É um  gesto simbólico de reapropriação do espaço público, criado para carros, sendo convertido para o lazer.

Vamos apoiar esta ideia e construir um lindo parque para São Paulo, assinem!

PS do Viomundo: Como muitos de vocês sabem eu, Azenha, morei quase duas décadas em Nova York. Cheguei lá no tempo em que o Metrô era todo grafitado. Particularmente, acho que a cidade piorou muito em alguns aspectos, desde então. Houve uma tremenda gentrificação. Os pobres foram expulsos para cada vez mais longe. A ilha em que morei por alguns anos, Roosevelt Island, um bucólico paraíso, foi ocupada por novos prédios — cheguei a participar de um protesto exigindo que os novos edifícios, de alugueis não controlados (sim, gente, no paraíso do capitalismo ainda existe algo chamado ‘rent control’, coisa de comunista) incluissem moradia social, ou seja, que existissem apartamentos subsidiados para misturar ricos e pobres no bairro.

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Desde então a região do Times Square tornou-se uma verdadeira Disneilândia, perdeu todo o seu sabor local para se tornar um pastiche repleto de armadilhas para turistas (comida cara e ruim).

Gosto de lugares como a praça Roosevelt de hoje, em São Paulo, daquela mistureba caótica. O High Line foi realmente uma das coisas boas de Nova York. A proposta inicial era simplesmente demolí-lo. Um grande empreendedor queria fazer uma megaconjunto de prédios na região, mas os moradores lutaram bravamente e, como se deu aqui em São Paulo, no caso do Parque Augusta, venceram. É preciso, portanto, lutar por cada metro da cidade, para que a especulação imobiliária não nos devore e, especialmente, não nos aparte por classe social, cor de pele, status, sobrenome, qualquer critério antidemocrático.

Leia também:

Padu Palmério: O ouro de uma cidade mineira escorre pelo ralo

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