Tendler: O bonequinho mãos-de-tesoura

Tempo de leitura: < 1 min

Do blog Tijolaço, do deputado Brizola Neto, reproduzindo carta do cineasta Silvio Tendler a O Globo, jornal em que as críticas são acompanhados por um bonequinho que ora aplaude, ora fica estupefato!


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Julio Silveira

Gente esclarecida é outra coisa.

Sobre a carta de Silvio Tendler « Utopia e Barbárie

[…] Vio Mundo […]

ANTONIO ATEU

Robert Kurz

CONTAS DE MERCEEIRO

Depois da vergonha das previsões dos últimos anos, o relatório da Primavera dos institutos económicos alemães regressa, logo no título, a uma avaliação ambígua: “A recuperação continua – os riscos permanecem elevados”. O anunciado êxito da economia nacional refere-se, em primeiro lugar, ao mercado de trabalho: aqui a grande queda tem sido evitada, ao contrário dos E.U.A. e dos outros Estados membros da União Europeia. Por detrás disso estão a redução do horário de trabalho com redução de salário e subvenção pública, a expansão do trabalho a tempo parcial e do trabalho temporário, a continuação da queda dos níveis salariais e o aumento dos autónomos precarizados entre as classes médias qualificadas. Tanto a actividade económica como o tempo de trabalho têm diminuído e não se esperam novas contratações. Em suma, a catástrofe no mercado de trabalho tem sido evitada, provisoriamente, à custa da redução do rendimento disponível, o que não aponta para uma recuperação da procura interna.

Também é isso que se pretende, pois o relatório identifica como único factor de recuperação uma procura externa atractiva. Que, naturalmente, não só está muito abaixo do nível dos anos anteriores à crise, mas também se espera que enfraqueça novamente já este ano, quando se esgotarem os programas públicos de estímulo às economias dos parceiros comerciais. Pelo que, como já foi dito, se trata de contas de merceeiro, que não levam em conta a globalização nem os subsídios públicos à procura. São os próprios "factores de risco" que suportam aquela "recuperação” modesta, porque o problema da conjuntura económica baseada no deficit deslocou-se das bolhas financeiras para o crédito público. Segundo o relatório, só o deficit federal anual terá de se reduzir até 2016 em cerca de 10 mil milhões de euros. A reacção em cadeia a estas reduções drásticas de custos em todas as áreas públicas (o relatório menciona os "custos com pessoal" e o "sector da saúde" como áreas com potencial de poupança) vai trazer, por assim dizer pela porta das traseiras, o aumento do desemprego em massa por enquanto evitado. A alternativa seria uma política inflacionista com consequências imprevisíveis.

Os próprios institutos dizem que uma política de redução de custos imediata poderia estrangular a ainda fraca conjuntura económica da Primavera. Isto é válido para a RFA, mas não só. Se, como tem acontecido, se pretende que seja a procura externa a trazer a salvação, o problema é meramente externalizado dentro da zona. Os excedentes comerciais da Alemanha em relação aos seus vizinhos mais importantes subiram ainda mais na crise do ano 2009, não em último lugar graças à política doméstica de baixos salários. O circuito de deficit no Pacífico, entre a Ásia e os Estados Unidos, tem o seu equivalente na União Europeia, entre a Alemanha e os países do sul e do ocidente europeu. Este circuito de deficit agora só pode ser financiado precisamente através de deficits públicos agravados que, no caso da Grécia, já levaram à beira da falência. Como poderão estes países asfixiar a conjuntura económica interna através de medidas de poupança ainda maiores e, simultaneamente, absorver os excedentes de exportação da Alemanha? Uma tal quadratura do círculo não é possível. Os limites previsíveis dos programas públicos de estímulo à economia e a segunda onda da crise então iminente em todo o mundo vão levar a um teste crucial da Zona Euro. Sobre isso o relatório prefere guardar silêncio.

Original RECHNUNG OHNE DEN WIRT inhttp://www.exit-online.org. Publicado em Freitag, 22.04.201

Gerinho da Terra

Pois é, ainda escapam algumas verdades no jornal O Globo.
Mas só algumas pequenas verdades.
FUI!!!!!

Renato Lira

Vejam só como são as coisas.

A mídia-gambá, ou PIG, o partido de D. Judith, evoca para si, e só para si, exclusivamente para si, o direito à liberdade de imprensa", que o utiliza como escudo para suas mentiras, calúnias, acusações levianas, fichas falsas, cartas falsas, etc.

Porém, quando aparece qualquer manifestação que seja contrária a seu pensamento, que quer impor a ferro e fogo, ora omite, ora censura ou tenta censurar.

Vão ser cínicos assim lá no Millenium.

EVOÉ!!!

Rodrigo

Discurso anti-comunista sem o mínimo conhecimento ou uma mínima base histórico/social é um porre…
Tipo, tenta algo parecido com: Essa me lembrou Olavo de Carvalho no mesmo jornal.

francisco.latorre

atroz.

..

trombeta

Liga não Tendler, se fosse Serra ele não reclamaria, é a turma da mídia em campanha.

Por sinal assisti o filme, ontem, no cine bancários em Porto Alegre e só posso lhe cumprimentar, mais do que isso, lhe agradecer por esse maravilhoso presente que é seu filme/documentário.

Abraço!

@SilMarq

O bonequinho tinha é que aplaudir de pé esta resposta do Tendler! :D

Carlos

A Globo bancaria a produção de algum filme do Jabor ou recorreria a isenções fiscais, ao poder público?

beattrice

Que nunca foi cineasta, porque se aquilo que ele fazia era filme…

    Glecio_Tavares

    Por essas e outras que o cinema nacional teve esquecer o passado. Antigamente tinha um certo romantismo nas chanchadas, porem apenas comédia, depois vieram as pornochanchadas, com atores globais inclusive, mas sem o menor conteudo, pesquisem os nomes do filmes que ficará muito claro que nada se aproveitava dali. Apenas recentemente o cinema brasileiro voltou a ousar um pouquinho de arte. Mas, Arnaldo Jabuti não voa, então o que ele esta fazendo em cima do galho? Alguém com certeza botou ele lá.

    Exilado

    Era sim. Em grego, a expressão original "hipócrita" se referia a como os atores eram chamados, ou seja, pelo ato de agirem/se expressarem de uma forma que não fosse a deles mesmos, fingir, interpretar, assumir como sua algo que era imaginado por outros. Jabor sempre fez isso nos seus filmes, ele fingia ser uma pessoa quando dirigia. Mas um dia, seu alter ego latente, tomou conta de sua personalidade completamente. Lá dentro, em alguma jaula muitas vezes fechada, está o primitivo….

beattrice

Glécio,

A má campanha do Zé Trolloló Biruta não poupa nem o CADERNO CULTURAL.
Preparem-se os navegantes:
Qualquer dia, vai ter campanha para esse sujeito no caderno de CLASSIFICADOS:
Compre uma casa e ganhe um bottom do Zé Serra!
Alugue um apartamento e ganhe um poster do Zé Serra!
Venda o carro e ganhe um frasco de ácool gel autografado pelo Zé Serra!
Experimente a loção capilar Zé Serra!
Troca-se caixa de ferramentas por uma SERRA!

    Glecio_Tavares

    Minha amiga, esse texto do Brizola Neto mostra o conteúdo de uma nova geração de deputados prontos a servir a Pátria Amada. Precisamos de mais politicos sem medo nesse Brasil.

@xMokonax

Hipocrisia de uma empresa de comunicação em massa, que se diz contra a censura.

HBR

Aqui e ali vão aparecendo os de muito valor, que não se intimidem, nem cedem!
Sempre tive horror aos críticos de arte, confirmada quando ao assistir a peça Aída. Soube à época que o esvaziamento do espetáculo se devia ao boicote de uma dessas revistas deformantes do pensamentp nacional, quedando sem público, e, sendo encerrada naquela noite: Triste não?

Maria Efigênia

Azenha, o Tendler não faz política eleitoral, já o jornal dono do bonequinho…………..

Miguel

Lembren-se do Ricúpero quando foi pego de surpresa naquele caso Escândalo da Parabólica, ele disse aquilo que nos é interessante a gente mostra, o que não é a gente simplesmente ESCONDE.

    Glecio_Tavares

    Miguel, foi pior ainda, pois o Ministro de FHC, Rubens Ricupero, disse o que é bom a gente FATURA. O resto esconde.

O Brasileiro

Esse é um debate que não pode ser calado: a censura feita pela "grande" mídia!
A omissão da verdade é tão criminosa quanto as distorções e mentiras veiculadas pela mídia golpista, a dos oligarcas da comunicação, puxa-sacos de generais e de tucanos!

baader

Francamente, no mínimo, perderam o senso do ridículo.
Por sorte, Tendler não precisa de críticos d'O Globo. Nem nós.
Hoje, estes colunistas são uns despreparados, no mínimo.
Vide resposta do Sr.Flavio Ricco, à minha pergunta do porquê ele não comentar dos canais públicos na sua coluna Uol: "poderia dizer o que há de bom nesses canais?
Ou outra: o que há para ser falado desses canais?".

MariaLaus

Aplaudo de pé as palavras de Silvio Tendler. Orgulho para o Brasil ter um cineasta desta magnitude, enquanto a Globo dá espaço para o rancoroso, mal intencionado e manipulador Arnaldo Jabor.

Glecio_Tavares

Po Azenha, faltou o texto do Brizola Neto.
Mais eu trouxe comigo.

Já de madrugada, depois do dia pesado de ontem, tentei dar uma relaxada lendo o Segundo Caderno de O Globo. Para quem não é do Rio, explico que é aquela parte do jornal que trata de cultura, arte e que traz as programações de teatro, de cinema, etc…
Pois não é que até lá o maldito espírito fascistóide que a mídia atucanada tenta impor ao país veio me assombrar?
A história é a seguinte: um crítico de cinema do jornal, ao avaliar o filme “Utopia e Barbárie”, do cienasta Sílvio Tendler, um dos maiores documentaristas brasileiros, assume o papel de censor. Assumindo a ideologia do jornal dos Marinho, o crítico Érico Reis diz que “um depoente” comprometia a obra por se tratar de ano eleitoral. Mesmo sem citar o nome, fica claro que se referia a Dilma Rousseff.
O cineasta Silvio Tendler escreveu uma carta para O Globo (que reproduzo aí ao lado) recusando a mutilação de sua obra.
Li-a com o orgulho de saber que existem espíritos eretos neste país, que não tremem, gaguejam e se explicam diante do autoritarismo da mídia. Um deles só vale por cem bobalhões destes que se arrogam o direito de donos da verdade e que, em nome de um “politicamente correto”, praticam a apologia do silêncio, da hipocrisia e do “patrulhismo” .
Tendler, em sua carta, ainda se deu ao trabalho de explicar que a entrevista com Dilma foi feita antes de ela ser candidata à presidência e que ela – uma personagem que participou ativamente da resistência à ditadura militar, foi presa e torturada – portanto, se enquadrava perfeitamente no contexto dos depoentes.
Não precisava. Documentário é um registro histórico que vai além de eleições momentâneas. Um sujeito que se pretende crítico de cinema e não compreende isso e, sobretudo, qiue prega a mutilação de uma obra artística, não merece tanta atenção de um cineasta que tem a trajetória de Tendler.
Que as empresas Globo gostem de mutilar a verdade e a história, não é novidade . Mais grave, porém, ainda é um jornalista que se propõe a crítico de cinema pretender que um diretor aja como aqueles propagandistas do stalinismo, que convocavam retocadores de fotografias para apagar das fotografias os personagens que não estavam nas boas graças do regime.
O bonequinho, aquele ícone genial criado há mais de 70 anos pelo chargista Luis Sá e que virou um símbolo da opinião dos críticos sobre os filmes, não merece entrar numa campanha eleitoral, que parece estar saindo da sessão política e invadindo até páginas aparentemente inocentes, como a de um caderno de cultura e de serviços.
É, porém, uma advertência sobre o obscurantismo da direita. Ela precisa de uma história “neutra”, desconectada do presente, para que não seja, esta história, a porta do futuro. Nem que para isso se tenha que mutilá-la. Quando algo lhe é inconveniente, ela diz, impiedosa: corta! E serra dali um pedaço do que vivemos, para que o fio da história se interrompa.
Leia a carta de Tendler. Comece o dia com a alma de pé.

Daniel Campos

Essa me lembrou os expurgos de Stalin…

Deixe seu comentário

Leia também