Rosiane Rodrigues: Para bem da verdade…

Tempo de leitura: 3 min

por Rosiane Rodrigues, Afropress

Que me perdoem os Movimentos Negros, os libertários e revolucionários. Mas os deputados Bolsonaro e Marco Feliciano não são racistas. Na verdade, eles precisariam melhorar muito para isso.

Racista é alguém que recebe em sua casa o coleguinha negro da filha, mas passou a vida toda dizendo para a menina que é preciso “clarear a família”. É aquele que nega a discriminação racial, acha as cotas uma aberração jurídica e quando é perguntado sobre a sua cor, que culturalmente no Brasil define a identidade e a origem do vivente, fica sem saber como classificar aquele tom “de burro quando foge” e não sabe se é preto, mulato, marrom-bombom, mameluco, indígena ou japonês. E se convence que é branco.

O racista médio, naturalizado pela sociedade brasileira, é neto ou bisneto de “gente de cor”, assume que tem um “pezinho na senzala”, mas acha que “macumba é coisa de preto” e que um negro correndo na rua, necessariamente, é suspeito. Em resumo, é um alienado, homogenizado pelas políticas eugenistas que assolam o Brasil há mais de 300 anos.

Não. Com certeza os deputados Bolsonaro e Marco Feliciano não são racistas. Eles estão num patamar em que o adjetivo foi largamente superado. O racista brasileiro, aquele que é e não tem ideia do que isso seja, não teria o requinte intelectual de recusar-se a ser operado por um médico cotista, como disse Jair Bolsonaro em entrevista publicada por vários jornais do país. Imagina a cena: o cara chega no hospital público, entre a vida e a morte, todo estropiado, infartado, mas se recusa a ser operado pelo médico. Seja ele preto ou índio.

Tenho plena convicção que mesmo um racista empedernido, forjado num país em que a discriminação racial é travestida por preconceito social e enxerga a violência contra pretos pobres como uma forma enérgica de retirar da sociedade aqueles que por hábito são ladrões, não teria o requinte teológico de afirmar que as mazelas do continente africano – e de todos os seus descendentes – deriva de uma maldição lançada por Noé contra seu neto. Essa afirmação do pastor (?) Marco Feliciano, hoje deputado federal pelo PSC, também publicada em dezenas de veículos de comunicação do Brasil revela a face obscura de algo que é, ao mesmo tempo, anterior e posterior ao racismo.

Observem que nas frases dos nossos nobres parlamentares são negadas qualquer possibilidade de ascensão dos negros (já que um médico ou um piloto de avião que acessem o ensino Universitário através das cotas, não são dignos ou capazes de servir ao deputado Bolsonaro) e que esta condição de desigualdade entre o continente africano e o resto do mundo não é o resultado da política de exploração e expropriação da África pela Europa, mas está centrada em uma explicação metafísica: a maldição que atravessou os séculos e que por sua carga e peso é a característica primeira de seu povo.

Os recursos do “militar-ditador” e do “religioso-fundamentalista” podem ser diferentes, mas a base do discurso e o poder de convecimento que eles tem, só foram, digamos, atualizados. As comunidades judaicas, a custa de milhões de vidas, precisaram entender bem como se dá esse processo..

Bolsonaro e Feliciano atingiram um patamar no qual só podem ser classificados como ideólogos da hierarquização social e política das pessoas. Em suas mentes pequenas e deformadas eles se consideram detentores de um poder branco, puro, algo angelical.

Eles estão alinhados com uma vasta lista de políticos, professores, pensadores, jornalistas e artistas que, completamente cônscios de seus papeis de formadores de opinião e consciências, perpetuam e propagam as mesmas linhas teóricas da ideologia que dizimou milhares de vidas humanas a menos de um século. Em bom português, os deputados Bolsonaro e Feliciano são os nossos neonazistas tupiniquins.

Será que o próximo passo dessa dupla é a fundação de uma frente político-religiosa para manter a pureza da sociedade e a castidade da família, livrando o país dos pretos, homossexuais, pais de santo e amaldiçoados (o que na verdade são a mesma coisa)? Será que Bolsonaro e Feliciano representam legitimamente uma parcela da população que verdadeiramente acredita nessas afirmações?

Será que os 500 anos de negação do racismo estrutural que esculpe mentes e corações brasileiros são agora solo fértil para que presenciemos bestialidades como essas? Se esse texto faz você lembrar do início da ideologia nazista na Alemanha e, logo em seguida, Europa, não é mera coincidência. É a história que, seguindo seu curso natural, se repete.

Rosiane Rodrigues é jornalista, especialista em Holocausto pelo Museu Yad-Vashem (Jerusalém) e pós-graduanda em Relações Etnicorraciais no CEFET/RJ.

Leia aqui o que ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, acha das opiniões do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ).

E aqui o que Jean Willis falou sobre o Bolsonaro.

E aqui sobre a investigação criminal de Bolsonaro solicitada pela ABGLT à Procuradoria Geral da República.


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Comentários

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Tathy

Nossa!!!! Quantos pensamentos filosóficos…Mas na minha ignorancia, gostaria apenas de tecer um comentário. A frase do artigo (Os recursos do “militar-ditador” e do “religioso-fundamentalista”) não tem em si um fundo preconceituoso? Porque é militar significa que seja ditador? Por ser religioso terá mesmo que ser fundamentalista? Será que todos realmente são livres de todo o tipo de preconceito? Ao que pude perceber a propria autora não o é.

Jair de Souza

Como me parece que a intenção deste artigo é condenar a discriminação racial, considero-o positivo. Todo e qualquer comportamento ou ideologia que busca relegar outros seres humanos a patamares inferiores por questões de cor da pele, crença religiosa, ou origem étnica é condenável e deve ser execrado. Porém, há aí algumas coisas que não me parecem corretas. Não gosto da mania de classificar como negro quem é mestiço. Mestiço é mestiço. Por que tem de ser classificado como negro? Para ser contra o racismo não precisamos querer forçar a barra para aumentar o número de negros. Outra coisa que me pareceu bem equivocada, foi dar a entender que os judeus aprenderam com a tragédia do holocausto. Não em Israel, onde o racismo anti-árabe é medonho, terrível. Lá o palestino é visto por muitos como um não-humano. Inclusive legalmente ele está discriminado. Uma pequena amostra disto pode ser vista no filme Checkpoint, do israelense (e judeu) Yoav Shamir.

Renato Lira

O texto é corretíssimo,.

Apenas permitam-me uma ressalva.

A história não se repete, pois se as práticas são as mesmas, o os contextos histórios são diferentes.

As práticas de indivíduos como Bolsonaro e Feliciano realmente são fascistas, inspiradas no ideário do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou simplesmente partido nazista, o momento é outro.

Apenas uma contribuição de Teoria da História.

EVOÉ!!!

Douglas O. Tôrres

Muito bonito o discurso da moça,me lembra meus tempos de juventude na fundação mdo PT,muitos discursos,idèias,todo mundo com um norte de uma sociedade melhor mais igulitária.Mas algumas coisas estas pessoas e eu levamos anos para entender,como o PT e o Lula.O que é possivel fazer diante da realidade atual,com toda conjuntura,politica,econômica,social?.O discurso de mudanças de igualdade é muito bonito,mas implementar mudanças,ai a história é outra.Ela critica ,solta a metralhadora,parece o pessoal do PSOL ou do PSTU,mas não aponta caminhos factiveis para realizar mudanças onde critica.A crítica é bem vinda,mas só ela não dá,fica uma coisa vazia.E é isto que eu vejo um discurso vazio de caminhos,critica quem esta fazendo realmente alguma coisa,por isto estes tipos de pessoas estão ficando a margem da real sociedade brasileira,que tem muita coisa errada e que muitas só serão corrigidas com educação e cidadania,e talvez leve uma geração ou duas para dar resultados.Portanto,para mim é so mais um discurso bonitinho,mas é só.

    Mário SF Alves

    Uai, Douglas, ensarilhou as armas?

Rogério Leonardo

Alerto que vou apenas dar uma opinião pessoal, e, não trago nenhum fundamento científico para sustentar a tese que vou defender abaixo.

As contatações estão fundadas na minha percepção do mundo misturada com o saber acumulado nas minhas mais de três décadas de vida, portanto, não me cobrem fontes, estatísticas e etc.

Talvez alguns se identifiquem com a narrativa e outros a neguem veementemente, meu objetivo não é aceitação ou afirmação e sim a exposição do pensamento para a crítica construtiva.

Feitas estas considerações, gostaria de dizer que, generalizações são perigosas, mas, penso que a autora (Rosiane Rodrigues) não cometeu um grande erro ao definir com um alto grau de generalização os “racistas” do país.

O fato é que o racismo existe e está internalizado em nossa cultura/sociedade, e, quem o nega, geralmente é um racista que sequer tem ideia de que é racista. Aliás, ao contrário do que muitos possam pensar, é muito comum a existência de negros racistas (negros que internalizaram a ideologia racista e nem perceberam).

No Brasil, penso que não há como negar que somos criados desde cedo (inclusive os negros) com a inserção de uma infinidade de valores racistas.

Os negros, mesmo em ambientes cordiais (como foi o caso do da minha criação), geralmente são tratados pelos brancos como seres inferiores (ainda que o grau de inferioridade seja considerado mínimo, digamos, imperceptível).

É muito comum que os brancos que “aceitam” e “convivem” com os negros (que eu denomino de “brancos cordiais”), geralmente o façam como se fosse um ato de “liberalidade” de sua parte, e, não porque considerem os negros realmente como iguais. Querem um exemplo: Tenho tios e primos negros, porém, vejam só, nenhum deles provenientes de relações estáveis ou formais (casamento) e sim de “relações casuais ou extra-conjugais”. Seria este fato apenas uma coincidência?

Há um mixto de sentimento de “culpa cristã” com uma certa “imposição de limites” quando se fala no Brasil de relações interraciais entre brancos e negros.

Nós, “brancos cordiais” e não racistas, podemos conviver e interagir com os negros, somos “gente boa/liberais/democráticos”, porém, até certo ponto. Até o ponto, por exemplo, em que tenhamos como adversário (em qualquer atividade) uma pessoa negra ou que tenhamos de aceitar uma posição de subordinação. Aí meus amigos, quase que como um passe de mágica, o negro passa a ser “neguinho”, “tição”, “negão”, “crioulo” e etc.

Isso é tão evidente, que é muito comum na classe média branca (a qual pertenço e convivo), por exemplo, o seguinte pensamento: “Eu não sou racista, mas, não namoraria ou casaria com uma pessoa negra”.

Não vou nem entrar em outro exemplo, que é o tratameno que o aparato policial (inclusive policiais negros) dispensa aos negros, eis que tal discussão daria um livro e este espaço é limitado.

O racismo brasileiro é em sua maioria, um racismo sutil, é um racismo velado, e, por isso mesmo, até mais perverso do que outros racismos explícitos (EUA ou Europa).

A verdade é que não adianta alguns tentarem distorcer a realidade, brancos e negros não tem as mesmas condições e oportunidades no Brasil, se você nasceu negro, saiba que terá que passar por muitas humilhações e obstáculos para tentar atingir a mesma posição que um branco.

Neste ponto, a discussão das cotas tem servido ao menos para desmascarar vários racistas enrustidos, pois, seu argumento de que com as cotas estaríamos institucionalizando o racismo, nada mais é do que o medo de que os negros, com as cotas, possam atingir posições as quais tais pessoas julgam impróprias para “pessoas de cor”.

Outro argumento sofrível é o de que não deveriam existir cotas para negros, apenas cotas para “pobres”, como se os negros não fossem marginalizados duplamente (por serem pobres e por serem negros).

A conclusão que eu chego é que, quem não enxerga o racismo no Brasil ou é cego ou é mal intencionado, nos dois casos, não deixa de ser um preconceituoso.

Mário SF Alves

Há muito que tento defender a tese de que preconceito racial é um tipo de doença mental. Se defensável ou não, são outros quinhentos. Se bem que, pensando melhor, a emenda poderia sair pior que o soneto, uma vez que a partir daí, e a considerar-se a sutileza e o poder do processo de manipulação atual – vide invasão da Líbia sob o pretexto de salvar o povo – se idéias desse tipo não fariam engrossar ainda mais um outro tipo de preconceito.
Interessante o dilema do racista estropiado. A respeito disso, Einstein teria dito "Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que superar um preconceito".

ANA

O que mais lamento é vir do próprio Congresso Nacional a manifestação pública do racismo, que é crime! Não é opinião coisa alguma, não é liberdade de expressão coisa alguma, não é democrático coisa alguma.
Se os próprios parlamentares não cumprem as leis, esperar o que do respeito à diferenças deste país?

AlexandreSC

Assisti ao vídeo do Bolsonaro e mais do que nunca fico com a impressão de que se trata de uma "viúva da ditadura". Ele sente saudade de um tempo aonde as pessoas não desfrutavam a mesma liberdade de expressão que ele usufruiu nesse programa. Não tenho a menor simpatia por esse deputado mas a liberdade e a democracia são para todos até para essas figuras abjetas como o Sr Bolsonaro.
Quanto ao programa acho muito apelativo e com certeza sabia o nível das afirmações que seu ilustre convidado faria durante programa.

Gerson Carneiro

A coisa é tão acintosa que durante a campanha eleitoral Jair Bolsonaro desfilou no Rio de Janeiro com uma camiseta com os dizeres: "Direitos Humanos – excremento da vagabundagem". E hoje, tanto ele como o filho dele são membros da Comissão de Direitos Humanos. Um típico caso de infiltração para barrar projetos como o da criminalização da homofobia.

No twiiter, Jair Bolsonaro gabava-se de ter tido 120 mil votos enquanto o Jean Wyllys teve 13 mil votos. Disse pra ele que se a questão fosse a quantidade de votos, Bolsonaro ao lado do Tiririca, que não tem tradição na política, é apenas uma ameba. Ele retrucou e disse que pessoas iguais a mim colocaram o Tiririca lá. Ufa! Fiquei feliz. Ficaria tiste se soubesse que pessoas iguais a mim tivessem colocado o Bolsonaro lá.

Melinho

RESPONDENDO Á CONCEIÇÃO LEMES

Conceição Lemes, a racista teve que aceitar o médico negro porque, caso contrário, morria ela e o filho.

Tivemos que voltar (eu e minha mulher) ao consultório do médico negro para fazer uns exames pós-parto. Falamos novamente no episódio e o médico me disse que não era a primeira vez que aquilo acontecia.

E eu perguntei: e o Senhor nunca se manifestou junto à direção do hospital contra essas manifestações de racismo explícito? Que história é esta de procurar uma parteira branca para substituí-lo?

Bem, o médico titubiou e desconversou. É mais um exemplo de "Final Feliz".

Luci

Rosiane interpretou pefeitamente, são pessoas doentes e prontas para uma guerra não contribuem em nada para o desenvovlvimento e progresso do país.
Para completar temos a denúncia do trabalho escravo na produção de roupas das Pernambucanas, a senhora que ligou para a Policia Militar, no 190 pois presenciou um crime de assassinato por policiais militares de São Paulo, temos o encontro de parte das jóias furtadas da casa do ex deputado Russomano, lástima que a maioria das pessoas que tem a casa furtada não tem a mesma sorte.
Notícia de que o vice presidente Michel Temer é investigado por corrupção ativa e passiva, suspeito de integrar um esquema de cobrança de propina que envolve empresas detentoras de contratos no Porto de Santos. O inquérito será analisado pelo STF.

Valdeci Elias

Um país de dimensões continentais, unido e falando só uma lingua é um absurdo. E agora com o pré-sal ,é inaceitavel. Vamos incentivar as ideias segrecionistas, divisionista e separatistas. Não pode existir um povo, tem que haver o branco, o negro, o mulato, o indigina, o nordestino, o sulista, o pobre , o rico, o evangelico, o católico.]Do mesmo geito, que no Iraque tinha o Sunita, o Xiita e o Curdo. Que na antiga URSS tinha o Gerogiano, o Ucraniano, o Bilo-russo. Que na Libia não há um povo, más varia tribos.
Nossos filhos colherão, oque plantar-mos agora.

edv

A mulher do Boçalnaro é "bela mulata" (sic)?
Mulata pode?
Até que tom de cor exatamente, do espectômetro?
Ou que percentual genético, com quantas casas decimais?
Sei não … ou o cara é um artista ou não bate bem!…

Marcelo de Matos

Essa dupla é movida pelo binômio despreparo-vaidade. Incrível que encontrem tantos adeptos. Nada que a lista fechada, proposta na reforma política, não possa resolver. Para que serviriam os partidos políticos se não podem fazer a pré-seleção dos candidatos? Se PP e PSC abrigam essas personalidades é porque são partidos de propósitos não muito sérios. Nem os militares, como Jarbas Passarinho, gostam do falastrão Bolsonaro. Um partido que se preze, também, não deve admiti-lo em suas fileiras.

Briguilino

"Racista é aquele que nega a discriminação racial, acha as cotas uma aberração jurídica"… Pronto, agora sei que sou "racista". Pois afirmo que no Brasil não existe racismo. Existe preconceito e discriminação social. E que institucionalizar ( Estatuto da Igualdade Racial) o racismo é uma aberração, um retrocesso, uma imoralidade. Agora que vai acontecer com meu irmão mais velho que é um negro? E meu Tibonfim? Meus primos Clauber, Cleber e Clerton? … Cumade deixa de rotular as pessoas desta forma e leia:

http://blogdobriguilino.blogspot.com/2007/10/prec… está é a verdade. O mais é blablablá.

Andreia

Bolsonaro e Feliciano são racistas sim, lógico com um requinte de quem tem noção que o racismo, durante muito tempo, foi teoria que se quis ser provada cientificamente, o racista médio, como a autora disse se alimenta da opinião desses racistas mais avançados.
E não precisa pedir desculpas ao Movimento Negro para expressar sua opinião, se essa discussão sobre o racismo ocorre é por mérito do Movimento Negro e outras pessoas que combatem o racismo e outras formas de discriminação, brigaram para que ele fosse crime.

Melinho

Eu vi essa cena na REAL SOCIEDADE ESPANHOLA DE BENEFICENCIA, em Salvador.

Minha filha, que é Soteropolitana, nasceu pelas mãos de um médico negro, mas uma outra grávida que chegou colocando o filho pela boca, não queria que o mesmo médico a atendesse. Isso mesmo: a racista telefonou para o médico que havia feito o seu pre-natal, mas não o encontrou. Isto aconteceu no dia 5 de dezembro de 1977, por volta do meio dia.

E agora, José? A mulher então procurou por uma emfermeira parteira. Também não encontrou porque a única que "podia" fazer um parto era também negra. E o tempo passando. E agora, José?

O terror da mulher era que o seu filho viesse ao mundo pelas mãos de um médico negro. E eu cinicamente perguntei à racista: a Senhora quer que o médico negro use uma luva bem branquinha, quer?

    Conceição Lemes

    Melinho, como acabou a história? Fiquei curiosa. Curiosidade mata o repórter (rs). abs

    Joannes

    eu tbm quero saber… gente, cade o final???

    Gerson Carneiro

    Em Salvador-Bahia, cuja população é predominantemente negra.

    Lembrei da cena do filme "A Cor Púrpura" onde negros, de boa vontade e de boa-fé, inocentemente param para prestar ajuda à uma senhora branca que estava com o carro quebrado. Ela desce do carro e começa a chorar e gritar dizendo que estava sendo atacada.

Adverso

Bolsonaro afirma que Preta Gil faz "surubas".

Pior é o Bolsonario, que já foi expulso de várias surubas por mal comportamento.

Como essa imprensa partidária dá espaço pra tanta gente indecente, meus senhores!

Tanta coisa importante pra se discutir e os reporteres são escalados para ouvir uma ameba.

Agora, vejam a que nível de debilidade mental chega os inimigos da democracia nesse país. Acessem http://www.youtube.com/watch?v=eAZ87vRooJ8
e vejam o profeta Serra que fez uma proficia para Nostradamus nenhum botar defeito.

Nois sofre mas nois goza tumbém.

Roberto Locatelli

Excelente análise. Esses dois são ideólogos. Eles têm uma estratégia e a estão seguindo.

Clóvis

Quer dizer que discordar das cotas é ser racista? Quanto ao Bolsonaro… Nem precisa falar. Ainda que eu finja acreditar que ele se confundiu… igualmente lamentável seu discurso de ódio!

Augusto

O interessante é que o pastor Marco Feliciano também é descendente de negro em boa parte. Basta analisar o biotipo dele. Será que ele não tem espelho na casa? Se ele estivesse nos Estados Undidos, é bem provável que ele conseguisse entrar na universidade pela ação afirmativa. Uma coisa é certa: caucasiano é que ele não é.

Eduardo Guimarães

Assino embaixo do que essa moça escreveu

Bury

Eu também imaginei a cena de Bolsonaro dando entrada no hospital, estropiado e infartado, e, na hora da intervenção, ele pergunta ao médico, nquele desespero típico dos que não tem mais muito tempo: "É cotista? É cotista? Se for, sai daqui, quero um não cotista! Prefiro morrer a ser operado por um cotista!". Queria só ver isso…

    Briguilino

    Gostei tanto do texto que postei no meu blog. Muito bom kkkkkkkkkkkkkkk

Luana

Brilhou, brilhou, brilhou. Meus parabéns, muito bom!

mucio

Passarei a respeitar o movimento negro e defender cotas, no dia em que disserem explicitamente que existe mestiçagem no BRASIL e colocarem-se contra a inclusão dos pardos no rol de um pseudo raça negra. Pois que à frente deste movimento em sua maioria esmagadora o que se pode observar é um grande número de mulatos e brancos. BRASIL purgatório dos brancos, paraíso dos mulatos e inferno dos pretos qualquer um minimamente culto já leu isso. Os pretos verdadeiramente pretos, cor de jamelão, estes continuam sim marginalizados e continuarão, a depender deste movimento de alguns mulatos espertos. Pois que conheço muitos mulatos que tem ojeriza do movimento negro, pois que conhecem bem a alma destes novos escravocratas. Chamar os mestiços pardos mulatos, índios e outros mestiços, de negros é perpetuar o gueto dos verdadeiros pretos estes sim uns miseráveis sob o ponto de vista econômico e financeiro.

    Eduardo Guimarães

    Pior do que esse Mucio (sem assunto) pensar que escreveu alguma coisa, uma idéia completa, é ele achar que escreve bem

    mucio

    Se é algo estúpido por que perder seu tempo respondendo?

FrancoAtirador

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Este foi o melhor artigo

sobre preconceito

que eu li nos últimos tempos.

É UM DIAMANTE … NEGRO.
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Gustavo Pamplona

Então não percam o CQC hoje a noite!

    Marcelo de Matos

    Rapaz. Esse programa pode até ser bom. Tenho um amigo que sempre assiste. Infelizmente, não tenho mais estômago para aguentar aquele cara, nem o Jô Soares. O PIG aprontou tanta sujeira que é difícil até ler alguns blogs, como o do Josias de Souza. Sem Sal de Frutas não dá.

    Gustavo Pamplona

    Marcelo, eu sinceramente acho que todos vocês são reacionários. Você mencionou o Jô Soares, você sabia que eu o assisto regularmente e isto vem desde o tempo do SBT.

    Sobre o CQC, quando a bagaça surgiu em 17/03/2008, inicialmente começei assistindo por causa do Marcelo Tas, já que eu o considero um dos caras mais inteligentes do Brasil assim como o dignatário deste Blog intitulado Luiz Carlos Azenha.

    Depois passei a gostar de cada repórter, )já que eram todos desconhecidos até então), gosto do Felipe Andreoli e do Rafael Cortez e adorei quando entrou uma mulher no programa, mas ontem infelizmente ela não apareceu e diria que o programa foi detestável já que sem a Monica Iozzi o CQC não presta. Aliás, acho que se não tivesse uma mulher não o estaria assistindo mais.

    Agora, orientação ideológica, se o cara segue ou não determinada política eu não importo com isto, o que importa mesmo é o que eu posso ganhar com isto e te digo: "Níveis de Inteligência" e "Conhecimento". Tenho QI elevado.

    Por exemplo: Sou fã do Reinaldo Azevedo mesmo sendo um PTista.

    O que mais me chamou a atenção foi que até o presente momento estou com -13, mas como não tenho "profile" no IntenseDebate nem uma conta no WordPress isto realmente não importa, mas o mais interessante é o seguinte:

    Não foi o CQC que denunciou este racista e homofóbico? Porque será que as pesoas me negativaram?

    Douglas O. Tôrres

    Gustavo,voçe é uma das pessoas mais icoerentes que eu vejo na blogosfera.Voçe diz,(umas malfadadas analogias,mas é a que me surgiu no momento) eu não gosto de doçe,mas adoro açucar,eu detesto sal mas adoro um salgadinho.Voçe dá uma no cravo e outra na ferradura,falar que é de esquerda(isto me parece mais um enfeite de bolo,só para ficar bonitinho),mas não sai do muro.Essa de" Sou fã do Reinaldo Azevedo mesmo sendo um PTista".Voçe não é "PTista,é simpático,porque quem é engajado politicamente,ou ideológicamente é igual a torcedor de futebol,não existe esta de sou fã do Palmeiras ,mas sou corinthiano.

    Gustavo Pamplona

    Amigo… ideologia não tem nada a ver com inteligência além de criatividade, o fato de eu ler determinados jornalistas, escritores não signfica necessariamente que eu concorde com as opiniões deles.

    Você também me parece incoerente (com 'n', mas vou deixar passar, deve ter sido erro de digitação)… você escreveu "doce" e você com 'ç' e várias vezes em seu comentário.

    Se bem que eu escrevi começei, mas isto é porque o infinitivo do verbo é começar e em minha mente eu conjugo os verbos depois que eu penso o infinitivo deles. E às vezes esqueço disto.

    Outro verbo que tenho problemas é "esquecer", caso do "esqueço" acima.

    Renato Lira

    Gustavo, em um comentário recente, você chamou o Lula de apedeuta, numa clara manifestação preconceituosa.

    Agora trata comentários com os quais não concorda como "reacionários".

    No fim, concordo com o Gustavo. Você é apenas incoerente. Com "n" ou sem "n".

    Você gosta de polemizar, mesmo que para isso precise ser incoerente.

    Gustavo Pamplona

    hahahahahhaha… Renato, querido… sou apenas um "provocador"! ;-)

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