Pepe Escobar: Os Talibã acertam terrível martelada na OTAN

Tempo de leitura: 4 min

por Pepe Escobar, Asia Times Online

Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Jornalistas e jornais de repetição em todo o mundo, de Washington a Bruxelas e Cabul, têm pela frente muitas noites em claro. A opinião pública mundial tem sido manobrada, a golpes de ‘choque e pavor’, para crer na quimera de que os EUA e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) estariam ‘vencendo’ a guerra-pacote de Obama no Af-Pak. OK. Agora, então, vamos aos fatos.

Imediatamente depois que o governo dos EUA decidiu “suspender” a ajuda de 800 milhões de dólares ao exército do Paquistão, o ministro da Defesa do Paquistão, Ahmed Mukhtar, disse ao canal local da Express TV, que “Se as coisas ficarem realmente difíceis, retiramos todas as nossas forças” – sugerindo que desapareceriam os soldados de Islamabad que combatem os guerrilheiros da maioria pashtun nas áreas tribais.

Mukhtar não poderia ser mais claro: “Se os EUA recusam-se a nos pagar, OK. Não temos como manter nossos soldados nas montanhas por período tão longo.”

É praticamente prova fotográfica de que, mais uma vez, o exército paquistanês joga – relutantemente – o jogo do contraterrorismo/contraguerrilha de Washington nas áreas tribais. Por mais que Islamabad tema o nacionalismo pashtun, o exército sabe que tem de andar com cautela extrema, ou terá pela frente rebelião tribal em massa dos pashtuns, o que clamará aos quatro ventos o supremo tabu: a consolidação de um Pashtunistão, que destruirá o Paquistão que conhecemos hoje.

Cai o senhor-da-guerra

E houve também o presidente Hamid Karzai, o fantoche que, reza o folclore local, mal controla o próprio trono em Kabul, falando em conferência de imprensa ao lado do libertador da Líbia, o neonapoleônico presidente Nicolas Sarkozy da França, que visitava o Afeganistão.

Karzai disse: “Dentro de cada lar do povo afegão todos sofremos a mesma dor. Nossa esperança é que, se Deus quiser, chegarão ao fim a dor e o sofrimento do povo afegão e se implementarão a paz e a segurança.”

Mas é discutível que muitos afegãos sintam muita dor e sofram muito ao serem informados do assassinato de Ahmad Wali Karzai, meio-irmão do presidente, grande traficante de drogas, nome sempre presente na folha de pagamentos da CIA-EUA e o maior agente de negócios na alta cúpula do governo em Kandahar, onde preside o conselho provincial.

Considerando que os Talibã controlam atualmente cerca de 70% do Afeganistão, o assassinato vale troféu de ouro. Os Talibã já se declararam devidamente responsáveis,  falando por seu porta-voz Usuf Ahmadi: “Foi das nossas mais importantes realizações desde o início das operações de primavera. Recentemente, Sardar Mohammad recebeu a incumbência de matá-lo. Sardar Mohammad é nosso mártir.”

O contradiscurso oficial em Kandahar insiste em que Sardar Mohammad, comandante em que Karzai confiava, nascidos ambos na mesma tribo Popolzai, teria matado Ahmed Wali com dois tiros na cabeça “por questões de drogas” e motivos pessoais.

Mas os Talibã já estão vencendo a disputa pela opinião pública. Desde a primavera de 2010, os Talibã já conseguiram assassinar o chefe da polícia provincial de Kandahar, o vice-governador, o chefe de distrito de Arghandab e o vice-prefeito de Kandahar City.

Agora, se livraram de Ahmed Wali Karzai, o mais importante personagem pró-Washington, não só de Kandahar mas de todo o sul do Afeganistão – onde está OTAN, sem outra tarefa além de esmagar os Talibã no seu próprio lar espiritual e território preferido. O assassinato de Ahmed Wali reduz a cacos a narrativa segundo a qual “a OTAN está vencendo”.

O rei de Kandahar

Passei uma longa tarde com Ahmad Wali em Quetta, capital da província do Baloquistão no Paquistão, quando os EUA bombardeavam os Talibã no outono de 2001 – semanas antes de que Ahmad e seu meio irmão se convertessem, de “vendedores de kebab” (como se ouvia pelas ruas), em peso-pesados da política.

Ahmad Wali já trabalhava para a CIA – naquele momento, os EUA estavam ocupadíssimos fazendo Hamid Karzai desembarcar de paraquedas no topo da política afegã – e era grande contrabandista de ópio, além de líder tribal e personalidade muito mais assertiva que seu meio-irmão.

Ao longo dos anos 2000s, Ahmad Wali conservou todas essas funções e papéis, além de ser dono de hotéis, terras, imóveis e até de uma loja de revenda da Toyota, mas, sobretudo, trabalhava para “conter” Kandahar, sempre pesadamente talibanizada, como comandante da “Kandahar Strike Force” – unidade privada paramilitar, linha duríssima, que auxiliava as Forças Especiais dos EUA e a CIA no serviço de “assassinatos predeterminados” [ing. targeted assassinations] dos altos comandantes Talibã.

Era o governador de facto, popularmente conhecido como “Rei de Kandahar” – muito mais poderoso que o governador e que o conselho provincial desdentados.

A lição que tadjiques, uzbeques, hazaras e pashtuns seculares extraem hoje do assassinato de Ahmad Wali é que o governo Karzai não passa de saco de gatos (OK, a maioria dos afegãos já sabia) – incapaz de proteger, sequer, o mais poderoso dos Karzais. Quanto à ficção de que a OTAN estaria conquistando corações e mentes afegãs e conseguindo que os afegãos caiam de amores pelo governo central em Kabul… Quem quiser, que tente contar essa a algum daqueles rostos de pedra, no Hindu Kush.
O mesmo vale para a “vitória” da OTAN no Afeganistão.

Quanto à “vitória” dos EUA nas áreas tribais do Paquistão, basta considerar o que pensam o poderoso chefe do exército general Ashfaq Parvez Kiani – queridinho do Pentágono – e o chefe do serviço secreto paquistanês (Inter-Services Intelligence, ISI), tenente-general Ahmed Shuja Pasha. Por porta-vozes e subalternos já disseram que se podem safar perfeitamente bem sem os 800 milhões de dólares de Washington. E também podem pedir ajuda à China, “amiga de sempre, faça chuva faça sol”.

Segundo o coronel David Lapan, porta-voz do Pentágono, Islamabad pode facilmente pôr as mãos nos 800 milhões: basta que emita muitos e muitos vistos de entrada no país para, essencialmente, espiões norte-americanos, e reinstitua o treinamento em larga escala em táticas de contraterrorismo e contraguerrilha, de soldados paquistaneses. Islamabad – que já enfrenta a guerra dos aviões-robôs-drones dos EUA nas áreas tribais – não está interessada.

“Vencedor” nesse caso, realmente, só a al-Qaeda, que usou os Talibã paquistaneses num confronto com o exército paquistanês nas áreas tribais como tática diversionista – ao mesmo tempo em que trabalha para disseminar sua agenda pró-califato na direção da Ásia Central.

Mas… Como?! Os EUA não estavam “vencendo” a al-Qaeda? Foi, pelo menos, o que disse o general David Petraeus – que está agora de mudança, de principal comandante no Afeganistão, para a direção-geral da CIA: “Causamos danos enormes à al-Qaeda nas áreas tribais de administração federal… E há em prospectiva a possibilidade de derrota realmente estratégica” [para a al-Qaeda].

Quer dizer… Não, não há. A menos que você bombardeie as áreas tribais, com aviões-robôs-drones, até que por lá não reste um único ser vivo, até o Juízo Final.


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Nelson

Meu caro Leonardo.
No livro PIRATAS E IMPERADORES, ANTIGOS & MODERNOS – O TERRORISMO INTERNACIONAL NO MUNDO REAL, o lingüista e filósofo Noam Chomsky, nascido nos Estados Unidos e descendente de judeus, afirma que as duas maiores organizações terroristas da face da Terra são os governos dos Estados Unidos e de Israel.
Apenas isso.

Nelson

“Eles vivem na idade média e querem que o mundo seja assim. Não fazem falta alguma.”

Bem, meu caro Leandro. À tua afirmação eu faço uma perguntinha. A qual país pertencem as forças armadas que provocaram os pavorosos números que relaciono abaixo? Ao Afeganistão ou aos Estados Unidos?
No Vietnam:
3.000.000 de vietnamitas mortos; 75 milhões de litros de herbicidas químicos altamente venenosos sobre o território vietnamita, incluindo o agente laranja, que trouxeram como resultado epidemias de doenças degenerativas e o nascimento de milhões de pessoas deformadas.
No Iraque:
1.000.000 de iraquianos mortos, 4.000.000 de deslocados de seus lares, 5.000.000 de órfãos e, como no Vietnam, um crescimento exponencial na incidência de doenças degenerativas e de nascimentos de crianças deformadas em virtude da contaminação radioativa do urânio empobrecido (DU).
Na Guatemala:
Os governos dos EUA patrocinaram um golpe de Estado contra o governo legalmente constituído de Jacobo Arbenz, em 1954, e nas décadas seguintes sustentaram ditaduras sanguinárias que ceifaram a vida de nada menos de 250.000 guatemaltecos e provocaram o desaparecimento de outros 500.000.

Então, meu caro Leandro. Se os afegãos ´”vivem na idade média”, em que idade vivem os altos dirigentes e os donos do capital dos Estados Unidos perpetradores e patrocinadores das atrocidades acima citadas e de inúmeras outras?

    Werner_Piana

    Pois é, Nelson.
    Porque o "Tribunal Penal Internacional" não se manifesta, não pede a prisão dos estadunidenses, não bloqueiam bens e contas bancárias?
    É… democracia e justiça?
    Humpft!

Valdeci Elias

Saiu na Globo . EUA vai usar a sua maior arma contra os chineses, NÂO PAGAR OQUE DEVE. Vai colocar a China de joelhos .!!!!!!!
— AHAHAHAHAHHAHAHAH!!!!!!! Não é piada, eles falaram isso mesmo .

Alexei_Alves

Quer dizer que os EUA eram aliados estratégicos de um dos maiores traficantes mundiais de Heroína e tudo vai ficar por isso mesmo?

Isso deveria ser manchete em todos os jornais!!!!
Onde estão as vozes de indignação da mídia?

    Werner_Piana

    Onde está o Tribunal Penal Intl?

JOSE DANTAS

Acabar com o terrorismo é pura utopia para quem não conseguiu dominar Fidel Castro e o Vietnâ e proteger o World Trade Center.
Saddan Hussein e Osama Bin Ladem tinham cara e nome, só era preciso descobrir o buraco onde se metiam. O terrorismo pode estar em uma mulher com uma criança no braço, um deficiente físico ou mesmo em uma simples velhinha carregada de bombas.
É o inimigo oculto, praticamente impossível de se combater, sem a brutalidade de uma bomba atômica que mata 99% de inocentes em nome de uma causa.
Precisamos aprender a conviver com o terrorismo, assim como não conseguimos nos livrar de muita coisa nesse mundo, que não é puro lazer e quanto mais se quer mais se paga o preço e, no final das contas, daqui não se leva absolutamente nada. O capitalista não se dá por satisfeito com o primeiro bilhão de qualquer coisa. Ele quer sempre mais, mesmo que a maioria tenha cada vez menos e isso vai de encontro a realidade, pois cada um nasceu com a capacidade de pensar e exercer o livre arbítrio.

Roberto Locatelli

Os EUA não se importam com democracia. O que eles querem é que o Oriente Médio continue sendo a bomba de gasolina deles.

Apoiaram Saddham contra o Irã. Depois Saddham não lhes serviu mais e eles o descartaram. Apoiaram os talibãs contra a extinta União Soviética. Agora os talibãs já não lhes servem mais e querem descartá-los.

Acho que dessa vez é o Oriente Médio que irá descartar os EUA e seu cão de guarda, Israel.

monge scéptico

O bate boca está interessante. Mas, não se peguem, não vale a pena. A USA/uk jamais
se emendarão, mesmo falidos. Podem sim levar junto com eles, parte da humanidade.
FUI!!!

anna db

Eles se vangloriam de serem o tumulo dos imperios. Foi o britanico, o sovietico e agora o USA, quebrado

leandro

O Obama tá dando mole, podia aproveitar e exterminar esses talibãs com as novas armas experimentais. Esse povo é aquele que apedreja mulheres na rua, que pune adulterio com pena de morte, que as mulheres não podem votar e nem expor o rosto e o corpo. Eles vivem na idade média e querem que o mundo seja assim. Não fazem falta alguma. Para os que apoiam a derrocada dos EUA em qualquer area (isso deve ser trauma, talvez algum americano abusou deele quando eram crianças), lembrem-se que a queridinha China, segundo o WikiLeaks, sacaneou o Brasil por debaixo dos panos.

    Bonifa

    Não diz coisa com coisa… Só tem um irresistível impulso pró-domínio eterno americano sobre a Terra…

    Edmar

    Abestado, se o povo lá quer viver assim, q. direito temos de querer mudá-los? Se achas legal mulheres andar semi-nuas, manda a tua faze-lo. Deixemos que cada povo viva como seus costumes, suas tradicoes lhe apontem e daremos fim às guerras. Quando apenas internamente cada país buscar solucao pra suas divergencias de opiniao, muito menor sera a violencia envolvida na solucao dos impasses. Isso só é ruim pros senhores da guerra, A INDUSTRIA ARMAMENTISTA americana e da europa. DEixe de ser babaca, meu.

    Alexei_Alves

    Essa descrição de Afeganistão vale certinho para a Arábia Saudita, o maior aliado regional dos EUA e ultima monarquia absolutista medieval do mundo. E agora? Vai propor que eles joguem bombas atốmicas lá também?

    Scan

    "Eles vivem na idade média e querem que o mundo seja assim."
    Você é mesmo burro ou está fazendo tipo?
    Quando foi mesmo que os talibãs atacaram os EUA para disseminar seus "costumes da idade média"? Ou a França? Ou a Inglaterra?
    Rapaz, você, se cair de quatro e tiver grama, vai ser difícil te colocar de pé novamente, hein?
    Deixa de ficar ouvindo as opiniões daquela sua tia velha e solteirona e vá ler alguma coisa que preste.
    Jerico…

yacov

FORA EUA!!! YANKES GO HOME!!! Deixem o mundo em paz….

"O BRASIL PARA TODOS não passa na glOBo – O que passa na glOBo é um braZil para TOLOS"

    mara

    Este não é ter pseudônimo verdadeiro né? assina-te Yacov prá causar cizânia? qual é teu nick no blog do PHA mesmo?

véio zuza

A OTAN é do mal, mata criancinhas…alguém pensa que o Talibã é do bem?

    Leonardo

    É isso aí, bom é o Talibã.

    rs

    Bonifa

    Do bem, do mal… Maniqueistas pimitivos.

    Alexei_Alves

    Maniqueista infantil, bem ao estilo Bush

    Scan

    Não. Bom mesmo é não entender patavina do que se passa mas vir aqui fazer juízo de valor do talibã.
    Direitalha ignorante com a soberba de sempre.

    Avel de Alencar

    O talibã não é do bem e não é do mal, estão lutando, na terra deles, contra estrangeiros que atravessaram um oceano para matar gente.

Substantivo Plural » Blog Archive » Os Talibã acertam terrível martelada na OTAN

[…] Pepe Escobar Asia Times Online – NO VI O MUNDO Traduzido pelo pessoal da Vila […]

operantelivre

E será que a OTAN está preocupada com isto?
A impressão que tenho é que tudo isto faz parte de um grande game que serve de showroom para a indústria bélica. Em algum momento termina uma fase e começa a outra. Até que possamos dizer "the game is over".

mara

Como era de se esperar, não?

José Ruiz

Os EUA atingiram seu objetivo, que era uma frente de operações para escoar a produção da indústria de armas… no final, a região como um todo ficará muito pior do que antes da intervenção americana… a que se cuidar: cada vez mais EUA e países da Europa vão precisar abrir essas "frente de trabalho"… quanto mais a crise financeira aperta para cima desses países, mais precisarão de novos mercados…

Valdeci Elias

Os EUA, parecem mais com a Alemanha nazista, lutando guerra em toddas as fronteiras. Nem dominou o Afeganistão, invadiu o Iraque. Não pacificou o Iraque, e esta invadindo a Libia. E ainda fica ameaçando o Iran e a Korea do Norte.

João PR

Estas guerras ainda vão causar a falência dos EUA!

Os EUA não precisam de inimigos: eles mesmos agem contra si. Gastam bilhões de dólares que não tem com soldados e armas, financiam ditadores e governos "democráticos" como o de Karzai, e depois a população dos EUA (na sua grande maioria com um QI de lagosta – do tipo Homer Simpson) paga a conta.

Só lembrando: ou o Governo Obama – a Falácia – consegue uma autorização para aumento do endividamento do Estado até 02 de agosto, ou os EUA não terão dinheiro para comprar até papel higiênico.

Leonardo

É sério que voces apoiam e torcem para os terroristas?

    mara

    Leonardo, deixa de ser bobo. O que se faz aqui, na maior das vezes, é examinar um pouco o que rola. EUA, guerras: Coréia, Vietnã, Camboja, Golfo I. Golfo II, Iraque, Afeganistão, que NINGUÉM, até hoje conseguiu fincar o pé, desde o século 19 ( inglêses e russos já disputavam o território ).. Dizer" viva o Afeganistão "não significa rigorosamente nada, a não ser ignorância do que seja talibã que são horríveis,;mas preferí-los aos americanos diz muito sobre a ação da OTAN lá. Tanto que começam a retirar suas tropas, depois de terem testado bem os drones.

    Bonifa

    Quanto mais intervenção americana, mais força terá o Talibã, único que tem terror suficiente para fazer frente ao terror americano. Um ampara a existência do outro, isso é óbvio.

    Avel de Alencar

    Esqueceu a armada enviado ao Atlântico Sul para apoiar o golpe fascista de 1964.

    Panambi

    Eis a prova de que a idiotice não tem limites….

    yacov

    E os seus queridinhos EUA são o quê, manÉ???? Heróis???? Eles são os maiores terroristas do mundo, IMBECIL!!! Ninguém aqui defende terrorismo, não, mas a "Autodeterminação dos Povos", já ouviu falar nisso, ou é um conceito novo para você??? POis vá ler a Constituição de seu país, se é que é Brasileiro. Na constituição da França, país dos TUCANOS de boa cêpa, não sei se tem esses conceito…. DE qualqeur forma, VAI TE CATAR!!!!

    "O BRASIL PARA TODOS não passa na glObo – O que passa na gLOBo é um braZil para TOLOS"

    mara

    Yavoc, vai tomar um calmante antes de ter ataques. Não sei onde está a auto-determinação do Afeganistão . E também quais povos?Você sabe? se souber, explica. Esta história de ficar xingando e espumando pela boca é meio estranha. Alguns de nós tentam compreender.Na maior das vezes, não conseguimos. Já que você mandou um comentarista se catar, em caixa-alta, eu sugiro que você vá pentear macacos.

    Luiza Falk

    Não adianta, mara.
    FAscistóide é assim mesmo, contrariado só sabe partir pra porrada.

    Bruno

    Mané, imbecil… vai te catar… Conceição, é sério, esse blog é tão legal para se discutir, mas de vez em quando lhe escapam uns yacovs que benza Deus, hein…

    Bonifa

    É uma revolta justa, a do Yakov. A brutalidade com ares cândidos é a pior espécie de entorpecente.

    Scan

    Tenho certeza que não são os Yacovs que estão em blog errado…
    Tente o Reinaldinho Cabeção e o Noblat: são mais adequados a cavalgaduras do seu calibre.

    Scan

    Bem, na verdade torcia para o seu pai, mas aí você nasceu e pôs tudo a perder…
    Hoje o velho sofre por ter um jerico como filho.

Marcelo de Matos

O Departamento de Estado, lá nos States, costumava financiar autores que criticavam a extinta URSS. Terminada a guerra fria, tudo indica que os ianques não perderam esse hábito. Khaled Hosseini, autor de O caçador de pipas e A cidade do sol, parece ser um desses protegidos, já que foi até recebido por Bush na Casa Branca. Em tese, ele deveria falar mal do comunismo, mas, como a URSS não existe mais, ele deixa escapar comentários mais ou menos deste teor: as mulheres afegãs devem sentir saudade do período de dominação soviética, em que podiam sair livremente à rua, estudar, enfim, exercerem sua plena cidadania. Quando a URSS invadiu o Afeganistão a Veja tratou o episódio como uma tremenda desumanidade. E era, mas, quando a Rússia ofereceu seu território para facilitar as manobras ianques em sua invasão, diminuindo seus custos, a Veja nada comentou. Pobre Afeganistão. Mesmo que os ianques e seus sequazes se retirem de lá, o povo ficará entregue a um regime opressor e desumano.

    mara

    Se não me engano,corrijam-me se estiver errada, por favor, os soviéticos invadiram o Afeganistão após a tomada de poder do Khomeini. É só dar uma olhada num mapa e ver a situação de fronteiras com uma URSS lotada de muçulmanos e meio que panicada de que a " revolução " islâmica tomasse vulto nos países que compunham a ex-URSS. Os soldados soviéticos sofreram o pão que o diabo amassou no Afeganistão. Quem manda ler a Veja? Dê uma olhada básica na Wikipedia, em inglês, e veja a complicação que é aquilo lá. Sem falar no assassinato de Massoud.

    Bonifa

    O Afeganistão e o Irã são países irmãos. Mesma cultura, mesmas etnias e até mesmas línguas.

    Alexei_Alves

    Realmente há alguma conexão linguistica e cultural, mas os Afegãos são sunitas, enquanto a Irã é xiita.

Klaus

Boa sorte ao Afeganistão!

    mara

    Vão precisar mesmo! entre a cruz e a caldeirinha….

Pedro

A política do Pentágono consiste em produzir bandidos mundo afora. Leiam o livro de Chalmers Johnson, As Aflições do Império, para não ter qualquer dúvida sobre a política genocida americana.

    Scan

    Ou os livros do Chomsky.

Polengo

Alguma semelhança com o Serra ganhar fácil da Dilma nas últimas eleições? (segundo a foia, a grobo e a óia, claro).

Fabio_Passos

Os ianques cometem atrocidades onde quer que ponham suas patas… impressionante saber que o Talibã controla 70% do território e está vencendo a disputa pela opinião pública. Imaginem o que significa os ianques para a população preferir o Talibã?

<img src=http://farm3.static.flickr.com/2729/4376040783_78150dd659_o.jpg>

Deixe seu comentário

Leia também