Octávio Florisbal: Globo recolhe a bolinha de papel?

Tempo de leitura: 8 min

09/05/2011 – 15h49
Globo muda programação para atender a nova classe C

MAURICIO STYCER

Crítico do UOL, no UOL, via Christie Temporim, no Facebook

No embalo do crescimento econômico recente do País e das projeções otimistas para os próximos anos, a Rede Globo aprofundou um processo de modificações em sua programação para atender a uma nova clientela: a emergente classe C.

As mudanças afetam as áreas de novelas, os programas de humor e o jornalismo. E objetivam deixar a programação mais popular. A nova classe C, na visão da emissora, quer se ver retratada nas telas.

Diferentes pesquisas têm sido encomendadas pela emissora para tentar entender as mudanças ocorridas no perfil socioeconômico da população. “São pesquisas para nossa reflexão interna, para orientar a área de criação e de jornalismo”, conta Octavio Floribal, diretor-geral da Globo.

O executivo observa que as classes C, D e E continuam formando 80% do total da população, mas a mobilidade social ocorrida em função do crescimento da renda e do emprego alterou as características deste universo. “Estes 80% das classes C, D e E têm uma vida própria, com características próprias. Nós precisamos atendê-los”, diz Florisbal.

Na Globo desde 1982, o executivo foi diretor de marketing e superintendente comercial até assumir, em 2002, a direção-geral da emissora em substituição a Marluce Dias. Paulistano, 71 anos, mora há décadas no Rio de Janeiro, mas mantém um escritório na sede da emissora em São Paulo, onde recebeu o UOL na última sexta-feira (06). Abaixo, trechos da entrevista:

MUDANÇA DE COMPORTAMENTO

No passado, a classe C seguia muito os padrões das classes A e B. Ela morava na periferia de São Paulo e do Rio e tinha a aspiração de vir para um bairro de classe média, queria ter mais ou menos as mesmas coisas que uma família de classe média. Eram seguidores.

O camarada mora no Tatuapé, mas não quer vir morar nos Jardins. Quer morar lá, quer ser reconhecido pela comunidade dele, ele tem os valores e hábitos dele.

Houve uma mudança de comportamento e de valores para estas pessoas. Acabamos de fazer uma pesquisa muito interessante de classe C que mostra isso. Há aquelas pessoas que migraram da classe D para a classe C e estão vivenciando um novo momento. Estão muito felizes, mas têm muito receio de voltar, de perder o que conquistaram. Estão investindo nos filhos, para que eles dêem um novo salto.

Há outros, a maioria, que estão muito felizes com a posição que ascenderam, mas não querem mudar. O camarada mora no Tatuapé, mas não quer vir morar nos Jardins. Quer morar lá, quer ser reconhecido pela comunidade dele, ele tem os valores e hábitos dele. Ele não quer se vestir como se veste o pessoal daqui.

NOVO FOCO

Isso também muda os hábitos de consumo de mídia. No passado, você não tinha que se preocupar tanto. “Estou fazendo uma televisão para todos, mas com foco em classe média”. Hoje, não. Atenção. Eu tenho que fazer para todos. Aquela divisão de que 80% do público é das classes C, D e E continua, mas eles têm mais presença, mais opinião. Eles ascenderam. Têm um jeito próprio de ser.

Você tem que atendê-los melhor. Eles têm que estar mais bem representados e identificados na dramaturgia, no jornalismo. Antes, você fazia uma coisa mais geral. Hoje, não. A gente tem que ir, principalmente nos telejornais locais, ao encontro deles. Eles têm que ver a sua realidade retratada nos telejornais. Eles querem ter uma linguagem mais simples, para entender melhor.

NOVELAS NOVAS

Em dramaturgia, se você voltar 20 anos, você tinha alguns estereótipos. A novela estava centrada nos Jardins, em São Paulo, ou na zona sul do Rio e tinha um núcleo, aquele núcleo alegre, de classe C, na periferia. Hoje, não. A gente começa a ver essas histórias trafegando mais na periferia. A próxima novela, do Aguinaldo Silva, “Fina Estampa”, vai se passar na periferia. A novela que virá depois, do João Emanoel Carneiro, vai ser centrada na Baixada Fluminense. Então, você vê este tipo de preocupação.

“Tapas e Beijos”, escrito pelo Claudio Paiva, é uma situação clara para você atender classe média, classe média baixa. São duas balconistas de uma loja de noivas, que você encontra aqui, na rua São Caetano, ou na avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma coisa popular. É uma outra pegada. Por quê? Porque é isso que eles querem.

A Patrícia Kogut (“O Globo”) fez uma crônica sobre “Insensato Coração” muito interessante sobre os personagens Raul (Antonio Fagundes) e Heidi (Rosi Campos). É quase uma ação de responsabilidade social. Ambas são pessoas simples, batalhadoras, mas que têm valores muito fortes. E eles tentam passar isso para os filhos o tempo todo. Você tende a ficar um pouco mais popular, sim, mas sem perder qualidade.

NOVOS PROJETOS NO JORNALISMO

No jornalismo é a mesma coisa. Tanto em São Paulo quanto no Rio estamos procurando nos telejornais locais fazer uma coisa mais coloquial, uma linguagem mais familiar, mais informal, no jeito de colocar e de se vestir. Não é só um apresentador, são vários. Tem a redação móvel, que vai nas periferias e faz de lá. Nos telejornais nacionais você também tem que cuidar bem para não colocar em excesso certos temas que não atendem tanto.

E agora nós instituímos “os parceiros do jornalismo”. Nas comunidades que a gente elege, há um representante selecionado para ser nosso repórter lá. Ela recebe uma camerazinha simples e retrata o dia a dia lá. Um incêndio, um buraco na rua. Se a matéria é selecionada, entra no telejornal local. No Rio, são oito duplas, em oito comunidades diferentes. Em São Paulo, deve chegar no começo do segundo semestre.

AUDIÊNCIA EM QUEDA AOS SÁBADOS

Veja um dado interessante que retrata a ascensão desta classe popular. Antes, como eles tinham menos renda, o único meio de entretenimento deles era a televisão. Hoje, nos fins de semana, eles saem mais de casa. De segunda a quinta, às 21hs, que é o pico, o total de TVs ligadas está em 68%. No sábado, isso cai para 52%. É um monte de gente que desligou. Por que desligou? Porque saiu de casa. Essa queda sempre houve, mas está mais acentuada. Porque as pessoas estão com mais dinheiro para sair de casa.

A gente tem que fazer televisão para todos. O “Jornal Nacional” é bastante abrangente, mas se você vê o “Jornal da Globo”, ele está atendendo mais classe AB e um pouco de C1. Você vai no “Bom Dia Brasil”, idem. Por faixas horárias, você pode fazer mais isso. Você tem que ter um balanceamento para não perder classe AB.

Esta discussão está presente na Rede Globo. E todos nós estamos, de uma maneira geral, aprendendo. Todas as redes de TV, os outros meios.

TELEVISÃO VERSUS INTERNET

Temos na Globo um conjunto de grupos, por temas, que a gente considera estratégicos. Essa semana, um dos grupos que se apresentou, justamente, trata de TV digital. Novas oportunidades nesta área.

Há uma oferta crescente de oportunidades de você ver vídeo de diferentes maneiras. No táxi, no ônibus, no metrô, no avião, no celular, tablets. Estas experiências novas são, realmente, desafios.

Para tranquilidade da gente, para não ficarmos muito assustados, nos Estados Unidos, a Nielsen tem um painel chamado de “Três Telas”, com uma amostra de quem assiste televisão na TV, no computador e no celular. Apesar de toda a oferta, consumo de televisão por família é de 35 horas por semana “real time” mais três horas gravado. Vídeos na internet dão menos de meia hora por semana. E vídeos no celular dão seis minutos.

Apesar desta grande quantidade de opções, o grosso, 90% ou mais, ainda está na televisão. Quanto tempo esta concentração vai durar, não sei. Vai depender muito da nossa capacidade de ter conteúdos atraentes. No Brasil esses números são muito parecidos. Aqui temos uma média de 39 horas por semana. E vídeos na internet dão vinte e poucos minutos. Não medimos ainda celular.

AUDIÊNCIA EM QUEDA

A média histórica de aparelhos ligados no Brasil, das 7h à 0h, é de 40% a 45%. Isso é permanente, não muda. Em 2010, foi de 43%. Há 30 anos, esses 44% correspondiam praticamente só à TV aberta. Com a introdução das novas mídias, isso mudou. Há 20 anos, havia 1 milhão de domicílios com TV paga, que não era nada. Hoje são 10 milhões. No passado, TV paga, que a gente chama de “outros canais”, representava 1% dos aparelhos ligados, hoje é 6%. O que a gente chama de “outros aparelhos”, VHS, videogame, DVD, Blu-Ray, antigamente não existia, hoje representa 3%.

Aqueles 44% continuam. Mas o que era só da TV aberta, hoje não é mais. A TV aberta tem 35%, e tem 8% ou 9% que é uma composição de “outros canais” e “outros aparelhos”. De fato, hoje tem uma disputa que não havia. A TV aberta perdeu um pouco de participação para “outros canais” e “outros aparelhos”. Isso é inquestionável.

Dentro das redes, na TV aberta, a Globo tinha 21% em 1997, hoje ela tem 17%, 18%. Antes, SBT e Record, somados, davam 13%. Hoje, somados, dão os mesmos 13%. Tivemos uma pequena perda. Mas o que nós perdemos não foi para eles. Eles mantiveram, não conquistaram da gente, nós perdemos alguma coisa para “outros canais” e “outros aparelhos”.

Excluindo China e Índia, o Brasil é o país de maior audiência de TV aberta. No conjunto, no mundo, a audiência de TV aberta tem se mantido. Ela tem uma tendência, pequena, de queda nos países desenvolvidos, mas os BRICs (Brasil, Rússia, India e China) compensam.

Na soma global, a audiência de TV aberta está até subindo. Segundo um estudo da Deloitte, em termos de verba publicitária, em 2008, o investimento total em TV (aberta e fechada) representou 38% do total. Este ano vai ser 41% e ano que vem 42%. Está crescendo. Internet daqui a algum tempo será a segunda mídia. Hoje ainda é jornal e revista.

A CONCORRÊNCIA DA RECORD

No passado, nosso concorrente era o SBT. O Washington Olivetto, muito criativo, criou aquele slogan: “Líder absoluto da vice-liderança”. Era um tipo de postura. A Record tem uma postura mais agressiva: “A caminho da liderança”. É interessante porque, ao mesmo tempo em que pode incomodar, é um grande desafio. É uma maneira de ficar mais atento, mais acordado.

É uma postura que te obriga a estar mais atento. Você é mais desafiado. A disputa pelo telespectador é absolutamente democrática. Com o controle remoto, a pessoa muda, não paga nada por isso, ela fica mais aqui ou menos ali se a emissora atende melhor ou não. É uma luta permanente, de minuto a minuto. Não é como em outros setores. Você troca de automóvel a cada dois anos.

Hoje há mais disputa. A Record tem mais recursos financeiros para brigar por audiência do que tinha o SBT.

Nunca nos acomodamos. É uma preocupação permanente. Batalhamos todos os dias. Um ponto de audiência é muita coisa. Um ponto de audiência, nacional, num total de 55 milhões de domicílios, são 550 mil domicílios, 1 milhão de pessoas. Um por cento da verba publicitária de TV, de um total de R$ 16 bilhões, é R$ 160 milhões. Um por cento é muita coisa. Tem que batalhar muito.

O movimento da audiência nestes anos todos pode ter sido pequeno, mas não em quantidade de pessoas. A população cresceu, o número de aparelhos por lar cresceu. Hoje, 10% de audiência atinge muito mais pessoas do que 10% há 30 anos. Quando você olha para o anunciante, ele tem interesse pela audiência, é claro, mas também pelo total de pessoas. Por isso, a TV aberta continua tendo essa preferência.

FUTURO FAVORÁVEL

A economia nos BRICs tem uma tendência de crescimento muito forte nos próximos anos. Acho que o Brasil está numa posição muito favorável de crescimento, consolidação. E isso certamente vai arrastar o mercado publicitário brasileiro. Há alguns anos, ele não estava nem entre os dez maiores. Este ano, já vai ser o sexto, ocupando o lugar da França. Mais três ou quatro anos, vai ser o quinto, passando a Inglaterra. Depois, a tarefa é mais inglória: passar Alemanha, Japão, China e Estados Unidos.

Tem uma verba crescente de marketing, publicidade, comunicação que vai irrigar muito todos os meios de comunicação. Vai ter para todo mundo. Nós vamos viver um período muito bom. Temos um modelo brasileiro de publicidade muito interessante, que todos apoiamos.

Entendo que a TV aberta num arco de tempo de dez anos vai continuar como líder. A nossa aposta é que a internet será a segunda maior mídia, em participação, daqui a dez anos. Ela vem crescendo de maneira exponencial. Hoje ela representa 5%. Já passou cinema, outdoor, rádio. Está se aproximando muito de revistas, que é 7%. Jornal aqui é 13%. Com o plano brasileiro de banda larga, com mais renda para as pessoas, a internet tem realmente uma expectativa de crescimento exponencial, como tem tido.

Vai ser muito bom para todos. Quem é que vai prevalecer? Em cada meio, vão prevalecer aqueles que oferecerem melhor conteúdo. No fundo, no futuro, a distribuição vai ser um commodity, vai chegar para todo mundo. O que vai fazer a diferença é o conteúdo, a qualidade do conteúdo, a sua pertinência.


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Comentários

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tunico

Pois é, enquanto o seu Florisbal tenta entender o novo Brasil, seus patrões jogam contra o novo Brasil. Huuumm…seu Florisbal que não se cuide!!

reacionaria

agora que ap rogramacao de TV vai ser do mais baixo nivel do que já é.. Funks pornográficos, palavroes, xomo ensinar as criancas dancarem pancadao, como vender CD pirata etc…

Yarus

Outro problema da Rede dos Bobos é: internet, DVD e vídeo game, os dois útimos oculpa uma TV.

iza

Eu não entendi?
Mas não tava tudo ruim com o Lulinha? Bom era nos tempos dos tucanodemos?

kkkkkkkkkkkkkkkkk

FrancoAtirador

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RGTV CORRENDO ATRÁS DA CLASSE CQC
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GilTeixeira

Boa, Luana. Tive o prazer de conhecer o professor Milton Santos em 1999, ele nos deu a honra de assistir a um espetáculo do qual eu fazia parte e ao final tivemos, o elenco e ele, um intenso bate papo. e uma de suas frases daquele dia nunca me saiu da cabeça: "Não existe cultura nacional se ela não for popular!"

murilo

A Record daria dor de cabeça à Globo logo cedo, pois o programa ficaria pau a pau com o BDB. Seria Daniela mostrando um novo Brasil vindo de cima que não é mostrado pelos seus. Seria o olhar dela e acolhido por um NE e Norte e mais CO que se vê ali. Tentem que vocês não irão se dececpcionar. Tenho a certeza disso, se não ousar, verão um monte de Danielas reproduzidas pela Globo ou quem sabe a tentativa de contratá-la e formatá-la ao estilo JB.

Murilo

Vai uma dica para a Record, Daniela de fato uma grande apresentadora. Como experiência tentar colocar a partir das sete e trinta o Programa Brasil no ar com Daniela a partir de Salvador, deixando-a à vontade com sua linguagem e opiniões sobre as coisas.

Deixe-a mostrar aquilo que é reproduzido nas outras regiões do país, a partir do olhar do pessoal lá de cima. Como em campanha política, coloca um piloto com expectadores de todos os estados e como eles acolherão. Tenho a convicção que o contingente de nordestinos que há em SP, bem como de outros estados, irão gostar de ver alguém de sua própria região com sua própria identidade falando acerca do Brasil, de reportagens simples, ao desenvolvimento que a região está passando, sobretudo o agronegócio. Tenta um piloto com este público interno e deixa Daniela à vontade por um tempo para avaliação a fim de verificar se o programa vinga.

robledoduarte

O que eu acho é que o fhc se referiu a nova classe médica, e nao média, pois com sua inveja execessiva vai acabar necessitando de um médico. Oficialmente também o serra adera a nova classe médica, seu blog é um poço de inveja e mágoa.

Luana

Mas que as pessoas precisavam se conhecer, valorizar, identificar´-se avançar refinando sua própria cultura. O cara era tão tupiniquim que nunca permitiu que um filho nascesse fora do Brasill, quando a mulher engravidava, cá voltava ela para ter seu filho na Bahia.

Territórios de identidade não é rejeitar o outro ou a cultura de quem quer que seja, mas é que a pessoa reconheça a si mesmo e sua identidade a partir daqueles valores partilhados em comum, daquilo que todos produzem, enquanto cultura e socialização.

Luana

continua

Começa a produzir, simplesmente com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. A população que está sendo mostrada acolhe a ideia, porque se identifica ali. O Brasil não abandona os EU, ainda, mas diminui a consumir o que é consumido culturalmente porque aquela sociedade, valoriza a sua cultura, come o que vem dos EU, as vezes, mas faz o que fez a Tropiicália, ou seja, antropofágica, mas sem perder a identidade.

Sugiro quem quiser a compreender o que se passará nos próximos anos com os resultados dos territórios de identidade que leiam Milton Santos, pois é dele esta ideia. Milton foi professor em Paris, viveu um monte de tempo fora, mas nunca perdeu sua identidade, pois via nela uma identidade tão bela como outra qualquer,

continua

Luana

Isso se aplica ao CO também, programas mais e mais identificados culturalmente na forma de dizer a notícia e opiniar a respeito dela. Opinar sempre de forma compartilhada pelo que se depreende uma opinião dentro daquela sociedade. Ao longo da programação, a valorização de culturas locais e uma nova sociedade que surge com programas sociais, violência que acresceu no NE. Detalhe, dentro do Bahia no Ar entra a Adriana Quadros para falar do Record Nordeste.

Sem falar nas programações das TVEs e até mesmo de algumas locais da Globo. Sabe o que penso? Imagina que o SE seja os EU nujma linha imaginária, pssando pelo N do ES, MG, e Centro O para cima fosse o Brasil.

De repente, o Brasil começa a se descobrir, a perceber sua capacidade criativa que sempre teve, mas que agora tem oportunidade de se expressar mais. De repente, o Brasil começa

Luana

Azenha.

Abaixo é o site da TV Itapoan, retransmissora da Record na Bahia, analise a forma de apresentar o programa que Daniela faz e veja o que o diretor da Globo está a dizer. Ou seja, ele na verdade está tentando colocar no ar apresentadores da maneira de Daniela. Veja como ela traduz a notícia para o telespectador, uma maneira que todos compreendam e ainda tem opinião acerca das coisas que não é partilhada apenas por classe A, B, ou C, mas uma opinião acolhida pela própria sociedade baiana.

Assista as apresentações de Daniela como âncora e compare o que o diretor está a dizer. Daniela está a ensinar a Globo como fazer jornalismo. É por isso que ela cresce. Para você ter uma ideia, o programa dela meio dia na Tudo FM também é lider de audiência em Salvador e RM. Detalhe, eu que moro no Rio assisto e hoje ela disse que tem um pessoal da Bahia na Itália sintonizado.

http://www.itapoanonline.com/portal/tv/bahianoar/

Pedro Lomba

A maior audiência da televisão brasileira… ou eu estou mentindo???

Vão ter que roer muita corda pra chegar perto…. ou comer um saco de sal como diria Gilberto Carvalho.

    Yarus

    Que pena o Zonal nacional, o Fantástico e o Globo reporter ( do caçador de marajas Collor) não terem mais 90% de Audiência, né? Que lástima com 20 e poucos porcentos, mais a internet, não dá prá eleger e reeleger o teu Padim Pade Cerra. Um horror!

    Ps. A novelinha da REDE DOS BOBOS vai começar já, já.

    JotaCe

    Acertaste bem no olho da mosca, caro Yarus! Estou contigo! Abs,

    JotaCe

Francisco

O problema é a esquerda pensando com cabeça weberiana… Classe C? Classe E? Deixa a direita recortar a realidade asim! Cabe é saber: classe proletária, pequena-burguesia e burguesia. As esuqerdas devem ficar espertas: o lumpen é uma classe que, se não for bem trabalhada, tanto pode ficar ao lado de Stálin como de Hitler, tanto da esquerda quanto da direita, mas sempre conservadora…

ZePovinho

É melhor morrer de vodka do que de tédio.Gastem bastante,meus companheiros Zé Povinho de todo o Brasil!!Vamos manter o consumo,vamos curtir a vida depois de séculos levando paulada no lombo.Depois a gente poupa e se preocupa um pouco com o futuro.Por enquanto,quero encher meu barraco com comida,móveis novos,eletrônicos,botar os barrigudinhos pra estudar e mandar a sogra de volta pra casa dela.

simonebh

Fico profundamente irritada com a manipulação descarada, principalmente da globo. Não assisto às novelas nem ao JN. Ultimamente até o jornal local só apresenta abobrinhas, futilidades, ou então casos de violência. É desanimador. Então, venho para a internet e leio as notícias e fico muito bem informada. Minha televisão fica desligada praticamente durante todo o tempo.

Marcelo Rodrigues

Caro Azenha, vale conferir com urgência no site do JN matéria tendenciosa sobre fraude na merenda escolar em que a Globo descaradamente tenta ocultar o partido a que pertence o prefeito de Taubaté, que é do PSDB. A matéria que foi do Fantástico de domingo e repetida no telejornal de segunda-feira cita apenas o PSB, mas não compromente dois outros partidos diretamente denunciados na reportagem: PSDB(Taubaté) E PV(Natal). Vale a pena conferir e se possível divulgar tanta parcialidade escancarada.

    Elza

    Caro Marcelo, divergências entre "mãe e filha" (rede globo e afiliada)? ou pertubar o governo?.. A rede globo ñ comprometeu o PV (Natal), mas a afiliada de Natal, q faz oposição constante a prefeita do PV local fez referência no jornal local.
    Agora eu ñ ententendi pq essa reportagem foi feita há um mês atrás (Abril), segundo a própria repórter da afiliada Michelle falou no dia seguinte repetindo a reportagem e só foi p/ o ar nesse fim de semana.

    Então fico a me perguntar, pq a reportagem da merenda escolar só foi colocada no ar no fantástico um mês depois q/ é realizada? justamente qnd a rede globo coloca no ar a série especial de reportagens sobre a educação no Brasil, reportagens essas q/ começaram ir ao ar esta smna no JN.
    Apenas para reflexões…. heheheh!!

Almerindo

Sei… Mas COM CERTEZA continuarão pedindo perdão pro Padim Pade Cerra nas entrevistas e descendo o malho no candidato do POVO brasileiro, né? Ridículos…

César

Futuro favorável?? Para a Globo?? Espero que não.

Luizão

Sou + TV Record!!!

Luana

Não é que não se deva mostrar o SE, não. O problema é que as outras regiões não são vistas e, a medida que vão tomando consciência disso, com o advento da internet, migram e vão fazer, produzir seus próprios trabalhos. Isso é muito bom. Veja o exemplo do Esquenta, o que aquilo representa a cultura do país? Em nada, apenas a cultura carioca que não é a brasileira. Quem vai ficar assistindo algo que determinadas regiões podem ter uma cultura muito mais arraigada e talvez até mesmo mais interessante. As pessoas podem assistir inicialmente para verem, depois abandonam, porque percebem que as deles podem ser melhor e não está lá. Simples, assim. Será que o pantaneiro não gosta da viola dele? Será que o pessoal do Pará não gosta de seu carimbó. Nessa classificação a dele é culturinha e o que o SE produz deve ser a nacional.
Soa estranho num país com imensos territórios de cidadanias de resgates de culturas.

    Pedro

    "Em nada, apenas a cultura carioca que não é a brasileira"
    Acho meio preconceituoso, não?
    Claro que deve haver espaço para culturas regionais, mas dizer que a cultura carioca não é brasileira, que é menos interessante que as outras, acho injusto.
    A propósito, acho esse programa horrivel, mas isso não tem nada a ver com a discussão.

    Luana

    Desculpe-me, Pedro, quando quis dizer que não é a brasileira é que ela por si, não representa o Brasil. É nisso que me refiro. Mas claro que é ela é brasileira, ela apenas não é única.

Luana

Alguém acredita mesmo que a visão do SE será soberana no país com o advento da internet? Claro que não. Vão continuar insistindo com isso e audiência continuará caindo, para o bem do país, felizmente. Veja o Bahia no Ar, Azenha, já está com nove pontos de audiência contra onze da emissora A. A progração da manhã é quase toda regional, à exceção do Fala Brasil. Á tarde entra programação regional e assim só entra a dita "nacional à noite". Para o bem dos estados locais. Então, o que interessa essa gente ficar vendo o que não faz parte de sua realidade? A quem interessa vê classe alta o C nas novelas globais? Será que nesses estados não têm esses perfis e suas realidades?

Luana

E vai continuar caindo, todos ja viram isto, mas eles não. Saiu da zona sul e jardins e vão para as periferias do Rio e SP para tentar padronizar a classe C a partir dessas realidades urbanas. Mais uma vez mostram que não conhecem o país,. No dia que o NE tiver um canal de tv com programaçãoes regionais, bau bau Globo na região. Deve ser por isso que ele fez de tudo e conseguiu por fim aquela do CE que nasceu com esta proposta. Aliás, isto não é prerrogativa do NE, não. no CO acontece a mesma coisa, basta ver a audiência da Record por lá, ou seja, o foco no regional e cada vez mais a programação da noite ficando nacional com o JR e as novelas.

Mas isso não vai durar muito não Azenha, equanto continuarem mostrando apenas RJ e SP e os outros estados só aparecerem com notícias ruins. Esquecem que parte do país é mantida pelo agronegócio e o dinheiro entra a rodo para estes estados. Ainda que a maldita oligarquia não tenha acabado no país. Há, também, a internet, em que a tv acaba ficando para trás.

Marcelo Teixeira

Caro Azenha
A AUDIÊNCIA EM QUEDA AOS SÁBADOS me parece apenas parte do olhar possível. Considerando que um número muito maior de lares tem TVs, inclusive de Plasma, LCD e LED e que centenas de milhares de pessoas já usam celulares com TV, e no computador via internet móvel , essa conta esconde algo inportante: Há um nº maior de pessoas assistindo, ainda que percentualmente pareça que cai. O que caiu? A audiência da Globo. O Povo quer ser tratado com respeito. Quer ouvir notícias que encontrem correspondência com a realidade. O discurso de Floribal é uma maneira dissimulada para não admitir a perda da hegemonia.

Pedro Lomba

Vamos consumir povão… vamos consumir povão… gasta tudo… gasta tudo que eu tenho que eleger minha candidata poste… deu no que deu… essa coisa vai estourar… essa bolha vai estourar em breve..

Maioria das famílias brasileiras gasta mais do que ganha

Pela primeira vez desde pelo menos 2005, os brasileiros estão gastando mais do que recebem. Isso é o que mostra um estudo elaborado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com as empresas de pesquisa Nielsen e Kantar Worldpanel, apresentado nesta segunda-feira durante a abertura do 27º Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados, em São Paulo.

Gerson Carneiro

É a confissão da Rede Globo de que nunca "se ligou" nos pobres.

O novo lema deve ser corrigido para: "Agora a gente se liga em você".

@walterthe

eu nao assisto a rede globo. aqui em casa , por motivos tecnicos nao pega, entao faz 6 anos que eu nao vejo bom dia brasil, jn, angelica, videoshow e as terriveis novelas. ja nao via. agora nao vejo nem de passagem.
posso afirmar que faz um bem enorme para seu campo astral.
Feliz o meu filho que nunca viu a rede globo jah que , agora com 11 anos, nao ve globo desde os 5.
Cabeca boa.

    @marisps

    O meu tem 17 e nunca assistiu a Globo; aliás quase não assiste TV.

Marcelo

Eu acho mentira que a auidência global de tv tenha caido. Não confio nem um pouco no IBOPE.
Eles manipulam juntamente com as tvs para conseguirem enganar os anunciantes.
E outra: Essa medição de audiência é uma enganação, na maioria das casas muitas vezes a tv fica ligada e ninguém assistindo. Aqui mesmo na minha casa vira e mexe tenho que desligar a tv que as minhas filhas deixam ligada sozinha.

Melinho

TRAIÇÃO!

É o fim da picada. Até a Globo está reconhecendo que o Brasil está crescendo. Como é que fica os partidos de oposição? Isso é uma traição contra os aliados do PIG.

GilTeixeira

Tatuapé classe C???
a grobo continua fora do ar!

Carlos

Um daqueles que pertence àquela emissora que, propositalmente, "troca a notícia" disse que este ano foi o melhor dia das mães desde 2003 e depois, fingindo que estava perturbado, falou 2002, quando o correto é 2003, no governo Lula. Mas ele queria "prestigiar" o governo dele(2002), pois foi membro deste governo. Agora "essa", que na verdade é um partido político espúrio, aproveita-se dos grandes benefícios que o governo Lula trouxe e que maldosamente ela boicotava. Precisamos mostrar isso tudo à população.

SILOÉ -RJ

Nada disso adiantará, se aonde a mídia mais perde credibilidade, "o jornalismo", continuar o mesmo: dissimulado, tendencioso, mentiroso e até grotesco ( "VEJA" – EPISÓDIO BOLINHA DE PAPEL)
Não seria melhor deixar a maquiagem só para as novelas e as piadinhas só para o humorístico???
Ou será que eles pensam que a nova classe média é idiota???

carmen

Esse Brasil que o Forisbal fala não é o que eles mostram em seus telejornais,provavelmente essas informações mais otimistas ele as lê em jornais estrangeiros ou nos blogs sujos(por que não?) mas com certeza não as extraiu através das mídias das Organizações Globo. Quanto as pesquisas que eles solicitaram pra identificar o perfil das novas classes sociais podem ser muito eficientes,mas o diabo é que quem interpreta esses dados continua com uma visão muito preconceituosa sobre o povo brasileiro.Se analisarmos a própria fala do Florisbal ele dá derrapadas horríveis.Parece que estão começando a suar feio com medo de perder a freguesia.

Ronaldo

A Globo aquí na Bahia perde no horário de 12:00 às 14:30 para a Record. E no horário de 6:30 às 8:40 ganha por pouco, 11 a 9.

Por quê? Porque a Record mostra a realidade de Salvador e da Bahia.

Exemplo:Enquanto a Record mostra uma greve de ônibus, ao Vivo, e com helicóptero a Tv Bahia(Globo local) entrevista atores globais que vão estrear uma peça.

Marcelo Lopes

De saída o Floribal já demonstra o quanto está afastado da "realidade". Há um bom tempo que o Tatuapé deixou de ser um bairro popular. É bairro de classe média alta. Muitos o chamam de "Morumbi da Zona Leste".

Roberto

Use o Controle: Globo Nunca+

Maria Dirce

Essa crítica ta muito suave.Na verdde a Globo acabou com os pobres que Lula fez renascer dos guetos e se firmar como cidadãos.A globolembrou deles agora? e ainda coloca-os pra baixo dizendo que a novela entre tapas e beijos será especial para a classe C.Que baixaria não? audiência caindo abruptamente corre atrás dos ex pobres , para ver se salva seus pontos de audiência que logo logo serão traços de udiência.
veja o que falam="“Tapas e Beijos”, escrito pelo Claudio Paiva, é uma situação clara para você atender classe média, classe média baixa. São duas balconistas de uma loja de noivas, que você encontra aqui, na rua São Caetano, ou na avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma coisa popular. É uma outra pegada. Por quê? Porque é isso que eles querem."

Stanley Burburinho: José Serra adere à blogosfera | Viomundo – O que você não vê na mídia

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