Relatório de Aldo Rebelo sobre Código Florestal estimula crime ambiental

Tempo de leitura: 3 min

Publicada em 13/05/2011 às 23h48m

por Catarina Alencastro, em O Globo

BRASÍLIA – O Ministério do Meio Ambiente enviou nesta sexta-feira à Casa Civil levantamento apontando pelo menos dez problemas no texto que o relator do Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), queria votar na quarta-feira à noite, sendo o mais grave a inclusão de anistia a desmatadores – que a presidente Dilma Rousseff havia prometido vetar ainda na campanha eleitoral. Outro ponto do relatório de Aldo, classificado pelo ministério como desastroso, é abertura de crédito a produtores que cometeram infrações ambientais.

– Voltamos à situação em que o crime ambiental compensa. A implicação prática disso é desastrosa – disse nesta sexta-feira João de Deus Medeiros, diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, representante do ministério nas negociações sobre o Código.

As mudanças de última hora feitas por Aldo eram de conhecimento do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Mas outra versão tinha sido apresentada antes ao líder do PT, Paulo Teixeira (SP). O relatório do ministério encaminhado à Casa Civil é mais um sinal de que um entendimento ainda está longe.

Texto permite crédito a infrator

No texto de 36 páginas levado à votação, foi incluído um parágrafo (o 5º) no artigo 33. Embora a redação do trecho seja confusa, técnicos do MMA entendem que, na prática, o texto diz que todas as multas serão suspensas mediante recuperação de áreas desmatadas – com o que o governo concorda. Mas, ao mesmo tempo, legaliza as chamadas áreas consolidadas, ao desobrigar o produtor de reflorestá-las. Áreas consolidadas são as de vegetação nativa (floresta) convertida em plantio ou pasto até julho de 2008.

– Ou você faz uma coisa ou outra: recuperar áreas consolidadas e ao mesmo tempo mantê-las são coisas incoerentes, incompatíveis. É dar anistia. O governo nunca trabalhou com essa hipótese – disse Medeiros.

O Meio Ambiente questiona ainda a decisão de Aldo de retirar do texto um artigo inteiro, o 58, que tornaria impossível a concessão de crédito rural para quem tiver infração ambiental confirmada em decisão definitiva de procedimento administrativo. O ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc (PT-RJ) também disse nesta sexta-feira que a retirada desse mecanismo “é muito grave”:

– Você continua financiando o destruidor do meio ambiente. Corte de crédito a desmatadores foi essencial para termos chegado à menor taxa histórica do desmatamento na Amazônia. Se isso for mesmo alterado, não vamos continuar conseguindo combater o desmatamento nem na Amazônia, nem no cerrado, nem na caatinga.

Vaccarezza e Aldo argumentam que o texto a que os líderes partidários tiveram acesso algumas horas antes de o relatório de Aldo ser lido no plenário era apenas um conjunto de propostas do governo, e que não houve acordo final em torno dele. E que só Aldo, como relator, tem autonomia para acatar ou rejeitar tais sugestões.

– A Casa Civil nunca fez relatório para o Aldo. Quem fez o relatório foi o relator. O governo pode sugerir propostas a ele, mas a Casa Civil não era relatora. Não houve texto de acordo na Casa Civil. O governo apresentou uma proposta ao relator – afirmou Vaccarezza. – O texto que entreguei na mão do Paulo Teixeira, eu pedi para ele ler e rasgar. E para não divulgar. Esse texto seria sugerido ao Aldo. Depois disso, eu, Aldo e os líderes discutimos. A maioria das sugestões, o relator aceitou; outras, não – disse Vaccarezza.

Uma terceira questão problemática apontada pelo estudo do MMA está no artigo 3 do texto de Aldo: ao suprimir o trecho que estabelecia que a previsão de “pousio” (descanso que se dá a pastos e lavouras) é apenas para pequenos agricultores, fica em aberto que a prática deve ser obedecida por todos. Na avaliação técnica do MMA, grandes produtores mal intencionados poderão fazer desmatamentos em novas áreas, e justificá-los como sendo pousios. E o poder público não terá como fiscalizar isso.

DEM quer votar projeto terça-feira

O governo ainda não decidiu como procederá daqui para a frente em relação ao texto. Dá sinais, porém, de que continuará tentando eliminar suas diferenças com o relator e usará a próxima semana para essa negociação, já que a Câmara estará esvaziada pela ausência de seu presidente, Marco Maia (PT-RS), e dos líderes de PT e PMDB. O DEM, entretanto, apresentou nesta sexta-feira requerimento convocando sessão extraordinária para a matéria ser votada terça-feira.

Além das polêmicas de mérito, a discussão do Código Florestal provocou ruído entre Aldo Rebelo e a ex-senadora Marina Silva também difícil de ser solucionado. Nesta sexta-feira, o deputado repetiu que pediria desculpas a Marina, mas negou que tenha errado ao evitar, como líder do governo em 2004, o depoimento do marido da ex-senadora, Fábio Vaz, à época acusado de se envolver num suposto esquema de contrabando de madeira. Segundo ele, o caso já estava sendo apurado em outro âmbito, e a oposição queria usá-lo para provocar o governo na Câmara:

– A investigação estava em curso no Ministério Público. Queriam fazer uma provocação política com o governo. O objetivo de investigar já estava sendo cumprido.

Mas Aldo negou que tenha articulado com a bancada governista para que o caso fosse abafado na Câmara, apesar de ter dito isso na quarta:

– O requerimento foi retirado de pauta porque o proponente estava ausente.


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Comentários

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Bonifa

O deputado Aldo Rebelo, um gentleman de dignidade exemplar, tem perdido um pouco de sua proverbial compostura, diante das enormes pressões que tem sofrido nesta questão. Andou contra-atacando com cobras e lagartos, o que não é próprio de seu comportamento. Pudera. Toda a questão se voltou para sua figura, ele não tem um só partner para dividir a carga de decisões que, por coragem pessoal, ele as tomou para sí, como um legislador digno da sabedoria de outro grande, o Sólon grego. Sólon também, por força de seu senso de justiça, e pela natureza de suas leis, conseguiu atrair a revolta indignada tanto de aristocratas quanto do povo comum. Mas o resultado ficou aí: as bases do esplendor de Atenas.

    LuisCPPrudente

    Aldo Rebelo não é Solon, muito menos a destruição de matas ciliares e o perdão dos crimes ambientais dos latifundiários é o esplendor de Atenas.

    Aldo Rebelo prometeu muito para os latifundiários à custa do Brasil

Relatório de Aldo Rebelo sobre Código Florestal estimula crime ambiental « Afauna Natal

[…] Extraído do Vi o Mundo. […]

betinho2

Comentário que fiz no Conversa Afiada (que perdeu o fio), naquele link indicado pela Walz, digo Waléria.
Posto aqui como registro, pois como outros que foram censurados lá, não creio que esse seja liberado:

"PHA, em primeiro lugar, pare de censurar comentários, o fato já está correndo a blogosfera. Em segundo lugar, você não pode, se honesto for, pinçar o trabalho correto de produtores com cultura (de cultural) preservacionista, como citei em comentário que você censurou, para que esses sirvam de "bois de piranha" no sentido de anestiar e descriminalizar verdadeiros criminosos ambientais. Isso é usar os bons e corretos, em testemunho não autorizado, para absolver crimes dos devastadores inconsequentes. Isso é fazer a apologia em favor da impunidade que tanto combatemos, e você, surpreendentemente está agora fazendo lobby, que quero ainda crer que seja por ignorância de todo o quadro.
Por que não aproveitou o vôo com o Zancanaro para sobrevoar os rios Vermelho, Cuiabá, Coxim, Taquari,Itiquira e tantos outros, para ficar apenas no MT e MS.
Esses que você exemplificou e a foto publicada não tem por que se preocupar com criminalização, porém não os use em favor dos verdadeiros criminosos."

Geysa Guimarães

Não sei qual lado está com a razão, mas desconfio muito de que não seja o de Aldo Rebelo, pois está sendo altamente elogiado pelo tucano-latifundiário e senador-surpresa, Aloysio Nunes.
Acho que Aldo é ex-comunista.

waleria

Excelente materia de PHA.

Sobre produtividade no campo e ecologia.

E sobre as ONGs multinacionais.

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2011/05/1

Espero que este link funcione!

waleria

Infelizmente os links que coloco aqui não abrem.

Vou tentar de novo.

http://blogdobriguilino.blogspot.com/2010/09/mari

http://www.sejaditaverdade.net/blog2/?p=2098

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-patrim

quem sabe eles agora abram, como abrem os links postados por outros neste blog.

SEBASTIÃO FACA

CARO AZENHA;
A regularização ambiental usando como base a lei aual do código florestal , não seria possivel, tem varias decretos e portaria que regulamenta o setor, sou técnico da área, e a lei como está iamos jogar milhoes de propriedade rural na ilegalidade, e veja por exemplo, o conceito hoje de propriedade irregular ambientamente, proibe que seu proprietario tenha acesso ao crédito, venda seu boi ao frigorifico, venda seu leite no laticinio, e comercialize sua produção, por consequencia de sua propriedade estar a margem lei, e isso inclui quatro milhoes e meio de de agricultores familiares que hj vivem no limite da necessidade. geraria uma insegurança juridica e estabeleceria uma desordem social no campo e uma escassez de alimento na mesa de todos nois. veja, atender a sustentabilidade do meio ambiente e necessário e urgente, garantir a paz social no campo e a segurança alimntar para todos é sagrado. logo, vejo o debate fugir da racionalidade, ou seja leis que deverasmente poe na cadeia o criminosa ambiental, mais que propicia vantagens siguinificativas para quem adere a preservação e que este agricultor familiar que responde por 70 % do alimento de nossa mesa, possa cuidar de sua familia com diguinidade e não ser tratado como marginal.

LuisCPPrudente

Sempre apoiei o PCdoB, mas neste ponto estou contrário ao PCdoB, pois parece que o PCdoB aceitou (não sei como) defender as ideias latifundiárias de Aldo Rebelo. Os demais deputados do PCdoB não discursaram na semana passada em plenário defendendo com veemência as ideias do colega Aldo, mas como o PCdoB tomou partido de Aldo, na hora da votação todos os deputados, mesmo não apoiando particularmente as ideias latifundiárias de Aldo Rebelo, terão que votar de acordo com o que o Aldo deseja, ou seja, a favor do latifúndio e contra a reforma agrária e a agricultura familiar.

Temos que pressionar o PCdoB e os demais deputados do PCdoB para tentar mudar a posição do Partido nessa questão, com o centralismo democráticos do PCdoB, isto poderá forçar o deputado latifundiário Aldo Rebelo a mudar de posição e voltar a defender as classes trabalhadoras contra os interesses dos latifundiários.

Eu duvido muito de que os nossos latifundiários sejam nacionalistas, como diz o deputado latifundiário Aldo Rebelo.

waleria

Como podemos ver no link, agora outro link, Aldo não foi o primeiro a revelar na midia os podres da familia Marina Silva.

Dilma o fez quase um ano antes:
http://blogdobriguilino.blogspot.com/2010/09/mari

Não queriram crucificar Aldo Rebelo e o PC do B pelo que eles não fizeram!

Sugiro aos vendidos às ONGs multinacionais, que ataquem a presidente Dilma!

waleria

E não é o DEM que quer votar logo o Codigo Florestal – é o BRASIL, e seus milhões de produtores rurais que correm o riscode ficar na ilegalidade de forma perversa que querem votar o projeto – antes que o STF seja quem vai decidir de novo!

As falsas vestais ecologicoides não podem impedir o país de ter sua normalidade juridica no campo, responsavel por quase metade do PIB nacional.

O codigo não é do DEM – é do PC do B e do povo brasileiro.

    LuisCPPrudente

    Se o Código é do PCdoB, ele está mais com a cara do PFL, do latifúndio improdutivo, assassino e escravocrata.

    Cruz credo, o partido que eu sempre apoiei: o PCdoB, nesta questão está mais parecido com o PFL e menos com o PCdoB!

    O PCdoB precisa rever o seu posicionamento, ouvir os demais deputados do PCdoB (aposto que eles são contrários ao posicionamento latifundiário de Aldo Rebelo), além de ouvir os militantes do PCdoB ligados às questões agrárias e baixar o centralismo democrático sobre o deputado Aldo Rebelo.

waleria

Seja dita a verdade

Antes, bem antes de Aldo Rebelo falar do marido de Marina Silva e suas falcatruas – que falou foi Dilma, então candidata e hoje presidente.
http://www.sejaditaverdade.net/blog2/?p=2098

Aldo só falou o que o MPF e Dilma já sabiam.

Não venham crucificar Aldo por dizer a verdade.
Crucifiquem antes, a Dilma, pois foi ela a primeira a colocar essa verdade na imprensa.

waleria

Palocci é quem luta contra Aldo e a Agricultura no governo Dilma.

Conheça melhor o Palocci.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-patrim

waleria

Como no caso da união civil entre homossexuais, quando o assunto é dificil nosso Congresso se apequena.

E os que não se apequenam como Aldo Rebelo e o PC do B são apedrejados por muitos ou pelo menos alguns.

E a coisa termina, como terminou no caso da união homossexual, se definindo pela jurisprudencia, e por decisões judiciais.

Pelo jeito, o assunto codigo florestal será empurrado pela barriga – até que o STF decida – já que os incompetentes do Congresso são covardes e não decidem.

Num congresso cheio de bananas amestradas, o Aldo Rebelo assusta mesmo.

Parabéns Aldo!
Parabéns PC do B!

waleria

Meus parabéns a PHA , pois tomar posição, a favor do Brasil.

A favor do Brasil e do povo brasileiro, é estar a favor de Aldo Rebelo.

Um comunista de coragem, que não se curva diante das ONGs multinacionais.

Parabéns PHA.
Parabéns Aldo
Parabéns PC do B.

waleria

O que criminaliza TODO AGRICULTOR, PEQUENO, MÉDIO E GRANDE, é o codigo atual.

O codigo proposto por Aldo não é maravilhoso. Não poderia ser. Um codigo unico, para muitos biomas, em situações tão diversas, nunca seria muito perfeito.

Mas ele permite a paz no campo, a estabilidade do produtor rural, com cuidados ambientais.

O que se esquece é que precisamos de um código AMBIENTAL URBANO, que nos faça gerenciar o lixo das cidades, que nos faça cuidar dos rios e mananciais nas cidades, que nos faça preservar o meio em que vivemos nas cidades, que nos faça minimizar a queima de petroleo e alcool providenciando metros e trens, ESSE CODIGO NOS FALTA.

No campo, com o codigo de Aldo Rebelo, ficaremos muito bem, obrigado.

Mesmo que as ONGs multinacionais se sintam muito mal com ele, pois NÃO VAO CONSEGUIR QUEBRAR NOSSA AGROPECUARIA., e nosso futuro agro-florestal.

Precisamos também de um CODIGO AGRO-FARMACO-FLORESTAL, que discipline NOSSO aproveitamento agroflorestal, pois podemos ter principios ativos em nossa biodiversidade, importantissimos, que são nossos, que nós precisamos estudar e explorar em farmacologia, etc..

O codigo de Aldo deve ser um primeiro passo – que preserve o meio ambiente PRESERVANDO NOSSA AGRICULTURA E NOSSA VIDA NO CAMPO. Com paz para o produtor, para poder produzir de forma mais e mais eficiente.

E as cidades? A fonte maior de emissões de carbono e outros poluentes?
E o que perdemos em principios ativos nas florestas – exploradas até hoje pelas grandes empresas de farmacos multinacionais?

Porque as ONGs estrangeiras não se preocupam com isso?

Joan Edesson

Por que ninguém do Viomundo procura o Aldo, para lhe ouvir. Parece que por aqui se "ouve o mundo", desde que seja contrário ao Aldo.

@danielsouzat

O Código Florestal defendido pelos ambientalistas é realmente bastante duro frente a realidade da nossa agricultura contudo enquanto isso a versão do Código Florestal defendida pelo Aldo Rebelo e outros que defendem o agronegócio é bastante folgada e dá até anistia a desmatadores.

O governo têm interesse em uma versão que tenda ao lado ambiental e está agindo politicamente nesse rumo, principalmente ganhando tempo.

Entretanto para isso ele é obrigado a enfrentar uma oposição unida e uma boa parte de sua base aliada – o Aldo é do PCdoB e boa parte do PMDB é ligado à economia rural.

Eu pessoalmente apoio convictamente uma legislação dura bem ambientalista, até porque não tenho empatia alguma com o agronegócio. E nem só pelo idealismo ambiental, estamos diante de uma discussão de grande importância estratégica para o país.

Se hoje o governo deve intervir na economia internacional para abrir mercados para os nossos produtos agrícolas, daqui a dez e vinte anos haverá uma escassez e um aumento na demanda por água e alimento em todo o mundo. Nesse novo cenário nossa produção agrícola terá um papel tão mais importante, que seu valor não poderá ser quantificado apenas em termos monetários.

E com o aquecimento global batendo à porta, não podemos nos dar ao luxo de desmatar, na verdade estamos numa corrida para termos no futuro nossas terrais férteis preservadas.

Infelizmente sei que a agricultura familiar também será uma das grandes prejudicadas e ela vive no limiar da sustentabilidade. E caso esse limiar seja rompido todo o sistema socioeconômico das populações rurais entrará em crise e o preço dos alimentos aumentará trazendo consequências péssimas para a inflação e para as populações mais pobres. No entanto confio na capacidade do governo de contrabalancear, até porque nos últimos anos tivemos grandes melhorias nessa questão.

    waleria

    Daniel

    Os "desmatadores" foram no passado, ou obrigados ou incentivados a desmatar, pelos governos federal ou estaduais.

    Esses, NÃO PODEM PAGAR pelo que não fizeram – eles apenas CUMPRIRAM AS REGRAS IMPOSTAS NO PASSADO.

    Esses o codigo NÃO PODE PENALIZAR, como quer penalizar hoje, e o Aldo tem toda razão.

    A lei estaria retroagindo em desfavor do réu – o que não é viavel – e isso nunca passaria no Judiciario.

    O correto é simplesmente exigir que DAQUI EM DIANTE, quem for desmatar que siga a nova lei.
    E os que desmataram no passado DE ACORDO COM A LEI VIGENTE E INCENTIVADA, que não arquem com os danos.

    Só quem ESTAVA ILEGAL QUANDO DESMATOU NO PASSADO, é que precisam corrigir o seu passado.

    Isso é justo, é correto, e é o que propõe o codigo do PC do B.

    betinho2

    Não enrola Walz, digo Waléria. Ninguem foi obrigado a desmatar nada além da lei, e quem dentro dela se manteve não está sendo criminalizado. E margem de rio tem lei preservacionista de muito antes desses "desbravadores" meterem o machado e a motoserra.

    VERA

    É por isso que o Brasil é conhecido como o País da IMPUNIDADE: militares assassinam e são ANISTIADOS; jornalistas, médicos, banqueiros, latifundiários e toda sorte de colarinhos brancos cometem CRIMES e são ANISTIADOS!!! Só quem NÃO tem este privilégio são os pobres, pois não podem ser defendidos por famosos criminalistas nem pelos aldos rebelos da vida!!!

@danielsouzat

O Código Florestal defendido pelos ambientalistas é realmente bastante duro frente a realidade da nossa agricultura contudo enquanto isso a versão do Código Florestal defendida pelo Aldo Rebelo e outros que defendem o agronegócio é bastante folgada e dá até anistia a desmatadores.

O governo têm interesse em uma versão que tenda ao lado ambiental e está agindo politicamente nesse rumo, principalmente ganhando tempo.

Entretanto para isso ele é obrigado a enfrentar uma oposição unida e uma boa parte de sua base aliada – o Aldo é do PCdoB e boa parte do PMDB é ligado à economia rural.

Eu pessoalmente apoio convictamente uma legislação dura bem ambientalista, até porque não tenho empatia alguma com o agronegócio. E nem só pelo idealismo ambiental, estamos diante de uma discussão de grande importância estratégica para o país.

Se hoje o governo deve intervir na economia internacional para abrir mercados para os nossos produtos agrícolas, daqui a dez e vinte anos haverá uma escassez e um aumento na demanda por água e alimento em todo o mundo. Nesse novo cenário nossa produção agrícola terá um papel tão mais importante, que seu valor não poderá ser quantificado apenas em termos monetários.

E com o aquecimento global batendo à porta, não podemos nos dar ao luxo de desmatar, na verdade estamos numa corrida para termos no futuro nossas terrais férteis preservadas.

Infelizmente sei que a agricultura familiar também será uma das grandes prejudicadas e ela vive no limiar da sustentabilidade. E caso esse limiar seja rompido todo o sistema socioeconômico das populações rurais entrará em crise e o preço dos alimentos aumentará trazendo consequências péssimas para a inflação e para as populações mais pobres. No entanto confio na capacidade do estado de contrabalancear, até porque nos últimos anos tivemos grandes melhorias nessa questão.

Paulo Roberto

É terrível que se trate de um tema da maior importância para a Nação com tanta leviandade, irresponsabilidade e tremenda má fé. Parece que os relatores, nesses casos, são escolhidos a dedo. A mudança do Codigo Florestal afeta diretamente a vida de todos os brasileiros e deve ter a sua discussão aberta a toda a sociedade, inclusive porque é, antes de tudo, um assunto eminentemente técnico, científico, não cabendo a abordagem amadora, irresponsável, politiqueira e, sobretudo, perniciosa, pois que favorece a turma de sempre, os grandes pecuaristas, plantadores de soja e as multinacionais fornecedoras de sementes transgênicas, insumos químicos e agrotóxicos. A defesa dos pequenos produtores, que é o mote do comunista (comunista?????) Aldo para favorecer os desmatadores criminosos, torna ainda mais perversa a sua atuação a frente do projeto de reforma do Código, mascarando sua postura solerte.

VERA

É por essas e outras que ainda NÃO entendi por que o PHA tanto defende o Aldo-rebelo-ESPALHADOR-DO-DESERTO!!! Basta ver quem o aplaude, para que se queira ficar do lado oposto, e bem LONGE: demos (Kátia-miss-desmatamento-abreu, Caiado, Aceeminho, etc), tunganos, PIG, latifundiários, congressistas-vendidos, etc!!!

LUIZ EDUARDO/AMPARO

Infelizmente o deputado do PCdoB (vejam bem eu disse PCdoB) está muito mais para o DEM, Psdb e quetais manchando sua conduta.
João Amazona deve estar rolando no túmulo com as posiç~es do Aldo Rebelo.

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