Mike Whitney explica o ódio de Washington contra Chávez

Tempo de leitura: 6 min

Venezuela vs. os Bancos

Why Washington Hates Hugo Chavez [Porque Washington odeia Hugo Chavez]

By MIKE WHITNEY, no Counterpunch

No fim de novembro a Venezuela foi martelada por chuvas torrenciais e enchentes que deixaram 35 pessoas mortas e 130 mil desabrigadas. Se George Bush fosse o presidente, em vez de Hugo Chavez, os desabrigados seriam empurrados sob a mira de armas para prisões improvisadas — como a Superdome —  como aconteceu depois do furacão Katrina. Mas esta não é a forma de trabalho de Chavez. O presidente venezuelano rapidamente aprovou “leis habilitantes” que deram a ele poderes especiais para dar ajuda de emergência e moradia para as vítimas das enchentes. Chavez mandou limpar o palácio presidencial e deu moradia nele a 60 famílias, o que seria o equivalente a transformar a Casa Branca em um abrigo para os  sem teto. As vítimas do desastre estão agora sendo alimentadas e cuidadas pelo estado até que possam ficar em pé e retornar ao trabalho.

Os detalhes do que Chavez fez foram omitidos pela mídia dos Estados Unidos, onde ele é regularmente demonizado como “autoritário esquerdista” ou ditador. A mídia se nega a admitir que Chavez diminiu a diferença de renda, eliminou o analfabetismo e deu cobertura de saúde a todos os venezuelanos, reduziu a desigualdade e aumentou o padrão de vida para todos. Enquanto Bush e Obama estavam expandindo as guerras externas e aprovando cortes de impostos para os ricos, Chavez estava ocupado melhorando a vida dos pobres e necessitados, ao mesmo tempo em que enfrentava a última onda de agressão dos Estados Unidos.

Washington despreza Chavez porque ele se nega a dar os vastos recursos da Venezuela para as elites corporativas e os banqueiros. É por isso que o governo Bush tentou depor Chavez em um golpe fracassado em 2002 e é por isso que o fala-mansa do Obama continua a lançar ataques clandestinos contra Chavez hoje. Washington quer troca de regime para poder instalar a marionete que dará as reservas de petróleo da Venezuela para o “big oil” [grandes companhias petrolíferas privadas], enquanto transforma em inferno a vida dos trabalhadores.

Documentos recentemente divulgados pelo Wikileaks mostram que o governo Obama aumentou sua interferência nos assuntos internos da Venezuela. Aqui está um trecho de um documento divulgado pela advogada e autora Eva Golinger:

“Em documento secreto de autoria do atual subsecretário assistente de estado para assuntos do hemisfério, Craig Kelly, mandado da embaixada dos Estados Unidos em Santiago em junho de 2007 para o secretário de Estado, a CIA e o Comando Sul do Pentágono, além de uma série de embaixadas dos Estados Unidos na região, Kelly propõe “seis áreas principais de ação para o governo dos Estados Unidos limitarem a influência de Chavez” e “recuperar a liderança dos Estados Unidos na região”.

Kelly, que fez o papel principal de “mediador” durante o golpe do ano passado em Honduras contra o presidente Manuel Zelaya, classifica o presidente Hugo Chavez como “inimigo” em seu relatório.

“Conheça o inimigo: Temos de entender melhor como o Chavez pensa e o que pretende… para efetivamente enfrentar a ameaça que ele representa, precisamos conhecer melhor seus objetivos e como ele pretende perseguí-los. Isso requer melhor inteligência de todos os nossos paises”. Mais adiante no memorando, Kelly confessa que o presidente Chavez é um “adversário formidável” mas, acrescenta, “ele pode ser derrotado”. (Wikileaks: Documentos confirmam planos dos Estados Unidos contra a Venezuela, de Eva Golinger, no blog Postcards from the Revolution)

Os telegramas do Departamento de Estado mostram que Washington tem financiado grupos anti-Chavez na Venezuela através de organizações não-governamentais que dizem trabalhar pelas liberdades civis, direitos humanos e promoção da democracia. Esses grupos se escondem por trás de uma fachada de legitimidade, mas sua proposta real é a de derrubar o governo democraticamente eleito de Chavez. Obama apoia esse tipo de suversão tão entusiasticamente quanto Bush. A única diferença é que a equipe de Obama é mais discreta. Aqui está outro trecho no qual Golinger detalha o caminho do dinheiro:

“Na Venezuela, os Estados Unidos tem apoiado grupos anti-Chavez por mais de oito anos, inclusive aqueles que executaram o golpe contra o presidente em abril de 2002. Desde então, os fundos foram aumentados substancialmente. Um relatório de maio de 2010 avaliando o apoio estrangeiro a grupos políticos da Venezuela, feito a pedido do National Endownment for Democracy, revelou que mais de 40 milhões de dólares anuais são destinados a grupos anti-Chavez, a maioria através de agencias dos Estados Unidos… A Venezuela se destacou na América Latina como o país que mais recebeu fundos do NED para grupos de oposição durante 2009, com 1 milhão 818 mil e 473 dólares, mais que o dobro do ano anterior… Allen Weinstein, um dos fundadores do NED, revelou ao Washington Post, “o que fazemos hoje era feito clandestinamente pela CIA 25 anos atrás…” (“‘Operações na Sociedade Civil’ clandestinas dos Estados Unidos: Interferência na Venezuela continua a crescer”, Eva Golinger, no site Global Research).

Na segunda-feira, o governo Obama revogou o visto do embaixador da Venezuela em Washington em retaliação à rejeição de Chavez da nomeação de Larry Palmer para embaixador dos Estados Unidos em Caracas. Palmer tem sido abertamente crítico de Chavez e diz que existem ligações claras entre membros do governo Chavez e guerrilheiros esquerdistas da vizinha Colômbia. É uma forma torta de acusar Chavez de terrorismo. Ainda pior, a origem e a história pessoal de Palmer sugerem que a nomeação dele representa ameaça à segurança nacional da Venezuela. Considere os comentários feitos por James Suggett, do site Venezuelanalysis no Eixo da Lógica:

“Olhem a história de Palmer, trabalhando para os oligarcas apoiados pelos Estados Unidos na República Dominicana, Uruguai, Paraguai, Serra Leoa, Coreia do Sul e Honduras, “promovendo o Tratado de Livre Comércio da América do Norte [NAFTA]”. Da mesma forma que a classe dominante dos Estados Unidos indicou um afro-americano, Barack Obama, para substituir George W. Bush e para deixar o resto intacto, Obama, por sua vez, indica Palmer para substituir Patrick Duddy, que se envolveu na tentativa de golpe contra o presidente Chávez em 2002 e que foi um inimigo dos venezuelanos no período em que foi embaixador dos Estados Unidos na Venezuela”.

A Venezuela já está cheia de espiões e sabotadores dos Estados Unidos. Eles não precisam da ajuda da embaixada. Chavez fez a coisa certa ao fazer sinal negativo para Palmer. Além disso, Chavez desprovou as acusações espúrias de Palmer na semana passada, quando extraditou o comandante da ELN, Nilson Albian Teran Ferreira, o Tulio, para a Colombia, “a primeira extradição de um guerrilheiro colombiano para seu país”. A notícia não saiu na mídia ocidental (porque prova que Chavez não apoia os grupos paramilitares que operam na Colômbia).

A nomeação de Palmer não é “mais do mesmo”; mais interferência, mais subversão, mais problemas. O Departamento de Estado foi largamente responsável pelas assim-chamadas revoluções coloridas na Ucrânia, Líbano, Georgia e Quirguistão etc.; todas foram armações feitas para a TV, que colocaram de um lado os interesses de ricos capitalistas contra os de governos eleitos. Agora a turma da Hillary quer tentar a mesma estratégia na Venezuela. É papel do Chavez evitar isso, razão pela qual ele aprovou uma lei para “regulamentar, controlar ou proibir o financiamento estrangeiro de atividades políticas”. Enfrentar as ONGs é a única forma de se defender contra a interferência dos Estados Unidos e proteger a soberania venezuelana.

Chavez também está usando seus novos poderes para reformar o setor financeiro. Aqui está um excerto de um artigo intitulado “Assembleia Nacional venezuelana aprova lei fazendo dos bancos um ‘serviço público'”:

“A Assembleia Nacional da Venezuela na sexta-feira aprovou legislação que define a indústria bancária como ‘serviço público’, requerendo que os bancos contribuam mais para os programas sociais, a construção de moradias e outras necessidades sociais, tornando mais fácil a intervenção do governo quando os bancos não cumprirem as prioridades nacionais. A nova lei protege os bens dos clientes dos bancos no caso de irregularidades cometidas pelos donos… e estipula que o Superintendente de Instituições Bancárias considere o interesse dos clientes — não apenas dos acionistas… quando tomar decisões que afetem as operações bancárias”.

Então por que Obama não está fazendo o mesmo? Ele tem medo de qualquer mudança real ou é um lacaio de Wall Street? Aqui, mais um pouco do mesmo artigo:

“Numa tentativa de controlar a especulação, a lei limita a quantidade de crédito que pode ser dado a indivíduos ou entidades privadas ao fixar 20% como o máximo total de seu capital que o banco pode emprestar. A lei também limita a formação de grupos financeiros e proíbe os bancos de ter participação em corretoras ou empresas de seguros. A lei também estipula que 5% dos lucros brutos dos bancos devem ser dedicados a projetos elaborados pelos conselhos comunais; 10% do capital do banco deve ser colocado em um fundo para pagar salários e pensões em caso de falência. De acordo com dados de 2009 da Softline Consultores, 5% dos lucros brutos da indústria bancária da Venezuela no ano passado equivaleriam a 314 milhões de bolivares, ou 73,1 milhões de dólares, para programas sociais para atender as necessidades da maioria pobre da Venezuela”.

“Controlar especulação?” Aí está uma boa ideia. Naturalmente, os líderes da oposição chamaram as novas leis de “um ataque contra a liberdade econômica”, mas isso é pura besteira. Chavez está meramente protegendo o público das práticas predatórias dos banqueiros sedentos de sangue. A maioria dos americanos desejaria que Obama fizesse o mesmo.

De acordo com o Wall Street Journal, “Chávez ameaçou expropriar os grandes bancos no passado se eles não aumentassem os empréstimos para pequenos negócios e compradores de casas; desta vez está aumentando a pressão publicamente para mostrar preocupação com a falta de moradias para 28 milhões de habitantes da Venezuela”.

Caracas sofre de uma maciça falta de moradias que se tornou ainda pior por causa das enchentes. Dezenas de milhares de pessoas precisam de abrigo, razão pela qual Chavez está colocando pressão nos bancos para emprestar. Naturalmente, os bancos não querem ajudar, por isso estão no modo-bebê-chorão. Mas Chavez descartou a choradeira e os colocou “sob aviso”. De fato, na terça-feira, ele deu um alerta direto:

“Qualquer banco que escorregar… vou expropriá-lo, seja o Banco Provincial, o Banesco ou o Banco Nacional de Crédito”.

Bravo, Hugo. Na Venezuela de Chavez as necessidades básicas das pessoas comuns e trabalhadoras tem precedente sobre os lucros dos banqueiros. É surpresa que Washington o odeie?


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Comentários

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Lucio Dias

Esse artigo é "simplesmente" Espetacular!!!, sublime!!!

Por que os governos estadunidenses odeiam Chávez | ESTADO ANARQUISTA

[…] Por  MIKE WHITNEY, no Counterpunch pelo Viomundo: […]

augusto

pedindo aos leitores antenados que nao deixem de ler o artigo de janeiro agora,do mesmo Mike WHitney sobre o discurso de W Putin em 2008 (acho eu) sobre o poder unipolar. fala tb sobre a popularidade de putin
Ver no site " http://www.globalresearch.ca" mesmo usando tradutor. achei imperdivel.

Fernando

É por essas e outras que o povo cantou no Fórum Social Mundial de Porto Alegre:

´´Um, dois, três
quatro, cinco, mil
queremos Hugo Chávez
presidente do Brasil!“

ZePovinho

Digite o texto aqui![youtube mZ4q8Zeg-3c http://www.youtube.com/watch?v=mZ4q8Zeg-3c youtube]

Carlos Nunes

A Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Brasil por violacao dos DH nos governos ditatoriais.
Bom, primeiro lavando a roupa suja em casa – que se revise a lei da anistia no STF.
Mas depois, caberia ao Brasil entrar com acao na corte da OEA sobre as interferências dos EUA ( via CIA – comprovadas por documentos internos) que contribuiram para a formacao da ditadura no país.
Interferências que continuam acontecendo, como agora na Venezuela.
Essa discussão eu queria ver nas cortes internacionais.

    Jairo_Beraldo

    Será que eles acatariam tal denuncia? NÃO!

ZePovinho

Esse empenho do governo da Itália pelo Battisti(quando o mesmo governo tentou negociar o caso Calipari com os EUA) é muito suspeito.Faz anos,já,que venho alertando aqui sobre isso.Agora um diplomata entrou na questão.Vamos entrar também.O STF precisa saber o conteúdo político da questão:
http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/01/opera

Quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
OPERAÇÃO GLADIO: Porque o Governo italiano quer a cabeça de Battisti

Caros

Depois de ter iniciado o desenvolvimento de um artigo que viesse a esclarecer a todos a importancia do pano de fundo do Caso Battisti, que foi a Operação Gladio no ocidente a partir da Segunda Guerra Mundial, encontrei o trabalho já feito, o que apenas me deu o trabalho de traduzi-lo à noite até ha pouco. Poderia adicionar alguns outros detalhes importantes, mas o tempo nos é exíguo para que chegue às mãos dos Ministros do Supremo e às suas para que repassem de imediato a fim de fazermos uso dessa matéria importantíssima.

Infelizmente os e-mails dos Ministros Gilmar Mendes (o principal) Ayres Britto, Cesar Peluso e Ricardo Lewandowski me foram passados errado. Se puderem chegar às suas mãos ficaríamos muito gratos.

Abraços

Marcos Rebello (analista Político, consultor e membro da comunidade de diplomatas – MRE)

————————-

Excelentíssimos Ministros

Já há algum tempo venho participando de debates sobre esse tema, particularmente depois que o pedido de extradição de Cesare Battisti pela Itália foi submetido ao Supremo Tribunal de Justiça da nação brasileira.

Acabo de traduzir esse ensaio fartamente documentado (não só por jornais) que trata o mais sucintamente sobre a base daquilo que viemos a conhecer na realidade como a guerra fria no ocidente perpetrada por agentes do próprio estabelecimento político e de inteligência ocidentais contra as nossas sociedades.

Este é, portanto, o pano de fundo contra o qual V. Exs. estão julgando o Caso Battisti.

Conclui-se que pela extradição de Cesare Battisti a Itália, em vez de darmos início à resolução das atrocidades cometidas pelos serviços de inteligência ocidentais operando particularmente na Itália e no Brasil durante a decada de 70 em seu auge, estaremos falhando inequivocamente em darmos um claro sinal a esses agentes de que essas práticas não mais serão toleradas em nossos países por serem hediondas e monstruosas transgressões aos Direitos Humanos.

É por mantermos a dignidade humana e a soberania nacional, no que concerne os nossos Direitos Humanos, que Vossas Excelências têm a obrigação de impor e preservá-los pela simples e clara interpretação do espírito das leis no julgamento desse pedido de extradição que não procede. Porque não é um homem que está sendo julgado, mas todo um sistema de terror a que todo o mundo ocidental tem sido vítima como pretexto de, por controle estatal repressivo e violento, submeter centenas de milhões de seres humanos.

Como sabemos, por já termos conhecimento de causa, não há como Cesare Battisti ser julgado imparcialmente na Itália. Ele seria mais um bode expiatório no processo de encobrir aqueles que mantêm o mesmo esquema politico-institucional.

Atenciosamente
Marcos Rebello

Operação Gladio: Rede da CIA dos “deixados-atrás” do exército e serviços de informação secretos

O “sacrifício” de Aldo Moro
por Andrew G. Marshall

Pela OTAN, trabalhando com várias agências de inteligência européias, a CIA construiu uma rede dos que foram deixados atrás “dos serviços secretos” responsáveis por dúzias de atrocidades terroristas através de Europa ocidental por décadas. Este relatório estará focado no exército deixado atrás na Italia, porque é o mais documentado. O nome de código era Operação Gladio, a “espada”.

Uma vista geral

A finalidade das tropas “deixadas atrás”

No inicio dos anos 50, os Estados Unidos começaram a treinar redes dos “deixados atrás” dos voluntários na Europa ocidental, de modo que no caso de uma invasão soviética, “recolhessem a inteligência, abrissem vias de fuga e formassem movimentos de resistência.” A CIA financiou e educou estes grupos, trabalhando mais tarde com unidades de inteligência militar européias ocidentais sob a coordenação de um comitê da OTAN. Em 1990, os investigadores italianos e belgas começaram pesquisar as ligações entre est…………….

Jairo_Beraldo

Só não gostei do Chavez ter dado trela para a Hillary na posse da Dilma. Ele se rebaixou.

Pedro

Mas por que será que a inflação é galopante, há racionamento de alimentos e várias redes de comunicação foram fechadas? Ah, porque Chavez é competente e democrata. Só pode ser isso…

    Paulo Roberto

    Não, caro Pedro (seria o Bial?). É porque o Chavez não é um ditador que concentra todo o poder nas próprias mãos; o Chavez é um mero Presidente da República. Porém, lá, como cá, existe também uma pseudoelite predadora que sempre dominou (e ainda domina) as riquezas do país e coloca seus interesses acima dos interesse da maioria da população. Por aqui, o Lula só deu certo porque não bateu de frente com os poderosos, senão, a história seria outra…

ZePovinho

Eu sei que o Azenha corre perigo em colocar imagens de outros sites,aqui,devido aos vírus.Mas seria extremamente interessante o Azenha colocar no Vi o Mundo este artigo,mostrando como os gastos fiscais do Estado aumentam quando se desonera,excessivamente,as empresas.Estudo da KPMG( KPMG's Corporate and Indirect Tax Survey 2010):
http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/01/tende

Klaus

Chavez sugeriu Sean Penn ou Oliver Stone para embaixador dos EUA em Caracas. Não seria o caso de Dilma pedir Beyoncé ou Scarlet Johansson no Brasil?

    ZePovinho

    Você odiaria essas beldades nos representando,Klaus.Acho que você prefere o Mike Tyson…

    Klaus

    Sei lá pq minha resposta foi censurada…

    Jairo_Beraldo

    Melhor a Julia Roberts, Klaus. Daria uma boa parceria com o ministro do turismo.

    El Cid

    olha, o "Herr Sem Tutano" querendo ser engraçado !! Pode ir pra casa e treinar um pouco mais, troll !!

Luiz Antônio

Com tantos adolescentes querendo que alguém dê "um tiro" na Presidenta, é suspeitável, embasado por histórias da Venezuela, de que o governo americano pode ter cooptado essas crianças, mediante pagamento, para serem os que fariam o ataque à moral de Dilma. Não há lógica do procedimento deles. Isso poderia explicar.

carmen silvia

Bons tempos esse da internet,wikleakis e assemelhados.Já foi o tempo em que a canalhice dos poderes e poderosos podia ser escondida,escamoteada.Quando leio um artigo como esse sou tomada de ódio tamanho por esses monstros que ainda comandam o mundo, e busco desesperadamente um pouco de racionalidade,já que o combate a esses vampiros não pode ser comandado meramente pelas emoções.No entanto nesse momento, em que termino a leitura desse artigo, o que me resta é o coração acelerado e a boca seca de ódio.

Michael Cerqueira

Texto excelente e esclarecedor!

El Cid

Este é o país exemplo de democracia que eles exportam para o mundo (os EUA)…

E ainda dizem entre si que o brasileiro tem inveja deles e uma vontade neurótica de ser igual a eles.

Só se for parte da elite brasileira, os americanólogos que se julgam superiores e que idolatram e defendem aquele país.

    P A U L O

    vc. quer dizer AMERICANALHADOS

ZePovinho

O professor Adriano Benayon descreve,em 3 artigos,como os bancos estão querendo de vez o controle da economia do Brasil:
http://www.rumosdobrasil.org.br/2010/07/11/poder-
http://www.rumosdobrasil.org.br/2010/12/04/econom
http://www.rumosdobrasil.org.br/2010/12/11/adrian

Benayon é co-autor do interessante artigo que mostra como colocaram pedaços na Constituição de 1988 que a Assembléia Constituinte de 1987 não votou.O legal é que foram pedaços que permitem que o Estado não tenha a possibilidade de desviar recursos do pagamento de juros da dívida pública(artigo 166,parágrafo 3,inciso II,alínea b:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao

§ 3º – As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida; )

Vejam no artigo de Benayon,"Anatomia de uma fraude à Constituição,que no dia 10/10/2003 ocorreu um misterioso incêncio no Anexo 2 da Câmara dos Deputados-justamente onde ficam as constituições do Brasil e os anais da Assembléia Consituinte de 1987.Está na página 26 bem aqui: http://extra.novojornal.com/fraude-a-constituicao

É interessante notar que as emendas ao Orçamento Geral da União tenham de indicar a fonte da receita para outros gastos que modifiquem o orçamento,EXCLUINDO O SERVIÇO DA DÍVIDA dessas alterações.Foi aí que os banqueiros inseriram seu Bolsa Oligarquia que consome,hoje,1/3 do Orçamento Geral da União.Já pensou???São quse 200 BILHÕES por ano para cerca de 20 mil famílias(100 mil pessoas) todo ano.
Nos manuais de contabilidade pública,JUROS DA DÍVIDA PÚBLICA SÃO CLASSIFICADOS COMO GASTOS DE CUSTEIO.Já viram a mídia falando nisso??Esó vejo a propaganda do BRADESCO financiando o Jornal Nacional e o Sardenberg e o Carlos Velloso(amiguinho do Tasso Jereissati) sempre falando em diminuir "gastos de custeio" sem falar nos juros da dívida pública que pagam os anúncios do BRADESCO e os mega-salários deles.

dukrai

por onde andou, "Bebits"? Com quem andou e com quem conversou? Tem certeza que foi na Venezuela? Esteve também em Cuba. Foi à Varadero de férias? O Chavez só perdeu uma eleição por 1%, das cinco ou seis que disputou e aprovou no Legislativo tudo que apresentou para enfrentar a oposição, que saiu da toca da clandestinidade e encarou o voto popular, mostrando o quanto é minoritária. Se os USA não botarem dinheiro grosso, como está sendo denunciado e combatido pelo Chavez, vão continuar daí pra baixo, e é o que parece.
Estive em Roraima entre o primeiro e o segundo turno das eleições daqui e fui a Santa Helena, nos fundões da Venezuela e o bicho está pegando, hotéis, aeroporto internacional, o comércio adorando o real nas alturas e a gasolina a 20 centavos de real o litro, pra brasileiros, pra venezuelano é mais barato. Se vc prestar atenção vai notar linhas de transmissão de energia elétrica Venezuela-Boa Vista. Adeus termoelétrica, até o roraimense, que votou em peso no Vampiro Brazileiro, adora Chavez.
aguardo relato das suas próximas viagens.

    Davi Lemos

    Bobagem se preocupar. Diante de artigos como esse do Mike Whitney, sempre aparece alguém dizendo que foi e voltou com a VERDADE. Pode conferir em outros posts do tipo, em qualquer blog ou site.

ZePovinho

Os tucanos têm o mesmo projeto para o Brasil.Com Armínio Fraga à frente,chama-se "Projeto Ômega":
http://www.rumosdobrasil.org.br/2010/07/05/projet

Economia Política 05/07/2010
Projeto Ômega?

O Projeto Ômega, que pretende transformar São Paulo num centro financeiro internacional, prevê a criação de um mercado de moedas no país, a liberalização do câmbio e a internacionalização do Real, entre outras medidas (Valor, 19/02/2010).

O plano, que está sendo elaborado pelo setor privado, seria implementado em cinco etapas. Essas etapas foram sugeridas ao governo pelas três entidades envolvidas no projeto: a BM&FBovespa, Febraban e Anbima. Seu ponto nevrálgico, porém, é a conversibilidade do Real, com a correspondente extinção dos últimos resquícios de controles de capitais que ainda prevalecem na economia brasileira.

Os formuladores do plano acreditam que o mesmo trará uma série de benefícios para a economia brasileira entre os quais a criação de cerca de 2,4 milhões de empregos, sendo que cerca de 150 mil a 200 mil desse total no sistema financeiro. Os empregos criados com a implantação do projeto decorreriam do aumento do Produto Interno Bruto (PIB), resultado do maior desenvolvimento financeiro.

Com efeito, espera-se um extraordinário desenvolvimento do mercado de capitais: o mercado bancário cresceria entre 160% e 240%; o mercado de ações, de 25% e 40%; o mercado de derivativos, de 45% e 75%; e o mercado de gestão de recursos, de 50% e 110%.

A partir da experiência histórica de países emergentes que fizeram a liberalização cambial e financeira nos anos 1990 (o caso dos países do sudeste asiático) e na literatura empírica a respeito da relação entre liberalização da conta de capitais e crescimento econômico, não vislumbramos razões objetivas para o otimismo dos formuladores desse projeto. Pelo contrário, a liberalização cambial e financeira que o projeto em consideração prevê pode não só aumentar a fragilidade externa da economia brasileira, como ainda contribuir para uma maior apreciação da taxa real de câmbio, aprofundando assim a desindustrialização da economia brasileira, com reflexos negativos sobre o crescimento de longo prazo de nossa economia……………………

    reinaldo carletti

    qualquer coisa que tenha arminio fraga no comando, é fracasso total,qualquer negocio que ele entrou,quebrou, e para completa, veja sua passagem pelo banco central…..isso é estupide de tucanos,não sai do papel.
    reinaldo carletti

ZePovinho

É sempre bom assistir ao documentário "Os Donos do dinheiro",feito com a consultoria do instituto liberal Von Mises Institute,explicando o que é o FED e porque ele é mais poderoso do que o governo dos EUA:

[youtube Rcbq1dXMS6A http://www.youtube.com/watch?v=Rcbq1dXMS6A youtube]

AQUI VOCÊ PODE BAIXAR O LIVRO "SEGREDOS DA RESERVA FEDERAL",DE G.EDWARD GRIFFIN.Inicialmente orientado por Ezra Pound(o famoso escritor que foi preso nos EUA por divulgar a mão dos banqueiros por trás da I Guerra Mundial),traça todo o panorama da criação dessa empresa privada que é dona da emissão do dólar: http://www.scribd.com/doc/13299587/Reserva-Federa

Bebits

Acabo de voltar da Venezuela, passei o ano em Caracas. Minha impressão é que o Chavez acabou, ninguém mais o quer, passou do ponto faz algum tempo. Conversei com muita gente que votou nele nas primeiras eleições, mas hoje quer ve-lo morto. Impressionante o ódio que nutrem por ele.
Claro que conheci alguns chavistas, mas muito poucos. O câmbio é uma festa, só se vende dólar no câmbio negro, os índices de desemprego são assustadores e a quantidade de empresas que saíram do país também. Tive a mesma sensação que tive em Cuba, é muito legal esses governos de esquerda fundamentalista lá, o duro é pra quem vive lá.
Fotos do Chavez se aut-endeusando há por todo lado, personificação do poder, ainda bem que o Lula não foi por esse caminho.

    Mariana

    Amigo: Não posso duvidar do que você diz. Mas se aqui no Brasil em dezembro, você conversasse com alguns setores da sociedade e prestasse atenção à Imprensa, jamais acreditaria que Lula saiu em 1º de Janeiro com quase 90% de aprovação. É difícil julgar nosso País, imagine o dos outros.

    Ronaldo Caetano

    Touché!!!!!!!!

    Leider_Lincoln

    Andou por onde lá? Nos "Jardins" e no "Leblon" venezuelano? Lendo o equivalente venezuelano aos nossos jornalões? Certeza que, conforme os ambientes que for no Brasil, terá a mesma impressão do Lula. Aliás, por que daríamos crédito a você? Deve ser apenas mais um troll, após se recuperar da surra nas eleições e do fracasso retumbante da estratégia suja que o mais derrotado dos homens sem caráter adotou…

    Rafael Peixoto

    Mas então pq o Chavez alterou a Lei Eleitoral, valorizando o voto dos estados onde ele tem popularidade em detrimento de outros (como o que está Caracas, o mais populoso, e onde a oposição teve mais votos) ?? Será q o fato de que a oposição teve numericamente quase o mesmo nº de votos que a situação (não me lembro ao certo quanto) não é um indício que a população em geral já não está satisfeita com ele?? Eu particularmente acho q ele está afundando a Venezuela, quando (e se) ele sair é que nós veremos o estrago…..

    Elton

    Que lugares na Venezuela você frequentou? Por onde andou? Deve ter ido a shopping centers, festas de classe média, universidade particular?!?!? No meio do povão de lá é que você não deve ter vivido……….Seria o mesmo que "colher opiniões" entre alunos do Colégio Objetivo ou dos moradores dos "jardins" e esccrever aqui dizendo: "Estive em São Paulo e lá odeiam lula e a Dilma…..blá, blá, blá…"

    Paulo Roberto

    Caro bebits, depende com quem vc conversou. Pelo jeito foi só com pessoas que pertencem à parcela mais abastada da população de lá. Aqui no Brasil, se vc conversar com os colunistas das org. globo, por exemplo, vai pensar que o governo Lula foi uma das piores coisas que aconteceram na história do Brasil.

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