Santayana: Balanço da Petrobras inaugura no Brasil a “teoria do domínio do boato”

Tempo de leitura: 9 min

 FEDERAÇÃO ÚNICA DOS PETROLEIROS PROTESTA EM FRENTE A PETROBRAS NO RIO.A Petrobras e o domínio do boato

Com um histórico recheado de escândalos bilionários, que autoridade e credibilidade moral e profissional tem a PricewaterhouseCoopers para auditar a Petrobras?

por Mauro Santayana, em Coisas de Política, no JB, sugestão de Álvaro Rodrigues dos Santos

Os jornais foram para as ruas, na última semana, dando como favas contadas um prejuízo de 6 bilhões de reais na Petrobras, devido a casos de corrupção em investigação na Operação Lava Jato. Seis bilhões de reais que não existem. E que foram colocados no “balanço”, como os bancos recorrem, nos seus, a provisões, por exemplo, para perdas com inadimplência, que, quando não se confirmam, são incorporadas a seus ativos mais tarde.

Não há – como seria normal, aliás, antes de divulgar esse valor – por trás destes 6 bilhões de reais, uma lista de contratos superfaturados, dos funcionários que participaram das licitações envolvidas, permitindo que se produzissem as condições necessárias a tais desvios, dos aditivos irregularmente aprovados, das contas para as quais esse montante foi desviado, dos corruptos que supostamente receberam essa fortuna.

O balanço da Petrobras, ao menos quanto à corrupção, foi um factoide. Um factoide de 2 bilhões de dólares que representa o ponto culminante de uma série de factoides produzidos por um jogo de pressões voltado para encontrar, doa a quem doer, chifre em cabeça de cavalo.

Houve corrupção na Petrobras? Com certeza, houve.

Houve necessariamente superfaturamento e prejuízo com a corrupção na Petrobras?

Isso seria preciso provar, onde, quando e como.

E o pior de tudo, é que a maior empresa brasileira apresentou esses resultados baseada, e pressionada, por uma questionável “auditoria”, realizada por uma, também, discutível, companhia estrangeira.

Segundo divulgado em alguns jornais, a empresa de auditoria norte-americana PricewaterhouseCoopers teria feito uma série de exigências para assinar, sem ressalvas, o balanço da Petrobras, estabelecendo um patamar para a perda com “impairment” e corrupção muito maior que a real, baseada, nesse último aspecto, não em dados e informações, mas em números apresentados inicialmente por delatores, tomados como verdade indiscutível, quando vários destes mesmos delatores “premiados” negaram, depois, em diversas ocasiões, peremptoriamente, a existência de superfaturamento.

Essa é uma situação que, se fosse reconhecida no balanço, lançaria por terra a suposta existência de prejuízos de bilhões de dólares para a Petrobras com os casos investigados na Operação Lava-Jato, e ainda mais na escala astronômica em que esses números foram apresentados.

Que autoridade e credibilidade moral e profissional tem a PricewaterhouseCoopers para fazer isso?

Se a Petrobras, não tivesse, premida pela necessidade de responder de qualquer maneira à situação criada com as acusações de corrupção na empresa, sido obrigada a contratar empresas estrangeiras, devido à absurda internacionalização da companhia, iniciada no governo FHC, nos anos 90, e tivesse investigado a história da PwC, que contratou por milhões de dólares para realizar essa auditoria pífia – que não conseguiria provar as conclusões que apresenta – teria percebido que a PwC:

é uma das principais empresas responsáveis pelo escândalo dos Luxemburgo Leaks, um esquema bilionário de evasão de impostos por multinacionais norte-americanas, que causou, durante anos, um rombo de centenas de bilhões de dólares para o fisco dos EUA, que está sendo investigado desde o ano passado;

é a companhia que está por trás do escândalo envolvendo a Seguradora AIGem 2005;

que está relacionada com o escândalo de fraude contábil do grupo japonês Kanebo, ligado à área de cosméticos, que levou funcionários da então ChuoAoyama, parceira da PwC no Japão, à prisão;

com o escândalo da liquidação da TycoInternational, Ltd, no qual a  PricewaterhouseCoopers teve de pagar mais de 200 milhões de dólares de indenização por ter facilitado ou permitido o desvio de 600 milhões de dólares pelo Presidente Executivo e o Diretor Financeiro da empresa; com o escândalo da fraude de 1.5 bilhão de dólares daSatyam, uma empresa indiana de Tecnologia da Informação, listada na NASDAQ;

foi também acionada por negligência profissional no caso dos também indianos Global Trust Bank Ltd e DSK Software;

e também no caso envolvendo acusações de evasão fiscal do grupo petrolífero russo Yukos;

por ter, em trabalho de auditoria, feito exatamente o contrário do que está fazendo no caso da Petrobras, tendo ficado também sob suspeita, na Rússia, de ter acobertado um desvio de 4 bilhões de dólares na construção de um oleoduto da Transneft;

foi acusada por não alertar para o risco de quebra de empresas que auditava e assessorava, como a inglesa Northern Rock, que teve depois de ser resgatada pelo governo inglês na crise financeira de 2008;

e no caso da JP Morgan Securities, em que foi multada pelo governo britânico;

está ligada ao escândalo da tentativa de privatização do sistema de águas de Nova Délhi, que levou à retirada de financiamento da operação pelo Banco Mundial;

e também criticada por negligência em trabalhos de auditoria na Irlanda, país em que está sendo processada em um bilhão de dólares.

Enfim, a  PricewaterhouseCoopers é tão séria – o que com certeza coloca em dúvida a qualidade de certos aspectos do balanço da Petrobras – que, para se ter ideia de sua competência, o  PublicCompanyAccountingOversightBoard dos Estados Unidos encontrou, em pesquisa realizada em 2012, deficiências e problemas significativos em 21 de 52 trabalhos de auditoria realizados pela PwC para companhias norte-americanas naquele ano.

É este verdadeiro primor de ética, imparcialidade e preparo profissional, que quer nos fazer crer – sem apresentar um documento – que de cada 100,00 reais gastos com contratações de 27 empresas de engenharia e infraestrutura pela Petrobras, 3,00 tenham sido automaticamente desviados, durante vários anos, como se uma empresa com aproximadamente 90.000 funcionários funcionasse como uma espécie de linha de montagem, para o carimbagem automática, com uma comissão de 3%, de milhares de notas a pagar, relativas a quase 200 bilhões de reais em compras de produtos e serviços.

Desenvolveu-se, no Brasil, a tese, de que, para que haja corrupção, é preciso que tenha havido sempre, necessariamente, desvio e superfaturamento.

Há empresas que fornecem produtos e serviços a condições e preço de mercado, quem nem por isso deixam de agradar e presentear com benesses que vão de cestas de natal a computadores o pessoal dos departamentos de compra e outros funcionários de seus clientes.

Há outras que convidam para encontros e viagens no exterior os médicos que receitam para seus pacientes medicamentos por elas fabricados. E outras, ainda, que promovem – ou já promoveram no passado – em outros países, congressos para funcionários públicos, como prefeitos, deputados e membros do Judiciário.

O montante ou o dinheiro reservado para esse tipo de “agrado” – que moralmente, para alguns, não deixa de ser uma espécie de corrupção – depende, naturalmente, do lucro que vai ser aferido pela empresa em cada negócio, e do tamanho e potencial de investimento e gasto do cliente que está sendo atendido.

Em depoimento na CPI da Petrobras esta semana, o ex-dirigente da empresa ToyoSetal, Augusto Mendonça Neto, afirmou que pagamentos foram feitos a Paulo Roberto Costa e a Renato Duque, responsáveis pelas diretorias de Refino e Abastecimento e de Serviços, não para que eles alcançassem um determinado objetivo – manipulando contratos e licitações, por exemplo – mas para que não prejudicassem as empresas, já que, em suas palavras: “o poder que um diretor da Petrobras tem de atrapalhar era enorme. De ajudar, é pequeno. Na minha opinião, eles vendiam muito mais dificuldade do que facilidade. Na minha opinião, as empresas participavam muito mais por medo do que por facilidades. ”

Outro delator – devido, talvez, à impossibilidade de provar, inequivocamente, contabilmente, juridicamente, o contrário – o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, já havia voltado atrás, em petição apresentada no dia 9 de abril à Justiça – corroborando afirmações das próprias empreiteiras envolvidas – afirmando que as obras investigadas na Operação Lava-Jato não eram superfaturadas, e que as comissões de 3% eventualmente recebidas eram retiradas do lucro normal das empresas e não de sobre preço, negando que ele e Alberto Youssef tenham recebido listas com as obras e empresas que seriam vencedoras em cada licitação.  “Isso nunca aconteceu”, disse o seu advogado, João Mestieri, à Folha de São Paulo.

A mesma coisa já tinha sido explicada, didaticamente, em depoimento à CPI da Petrobras, pelo  ex-gerente de implementação da Refinaria Abreu e Lima, Glauco Colepicolo Legatti, no dia 31 de março, ocasião em que negou que tivesse recebido propina, que tivesse qualquer conta no exterior, que tivesse feito transferência recente de qualquer bem para parentes, dando a atender também que poderia colocar seu sigilo bancário à disposição se fosse necessário.

Legatti negou peremptoriamente que tenha havido sobrepreço nas obras da refinaria, explicou o aumento dos custos da obra devido a adequações de projeto e a características como ser a mais avançada e moderna refinaria em construção no mundo, com uma concepção tecnológica especialmente desenvolvida que permite a inédita transformação de 70% de cada barril de petróleo bruto em óleo diesel, e que ela produzirá, quando terminada, 20% desse tipo de combustível consumido no Brasil – “não tem superfaturamento na obra. Superfaturamento é quando digo que algo custa 10 e vendo por 15. Aqui são custos reais incorridos na obra. Não tem um centavo pago que não tenha um serviço em contrapartida. Não existe na refinaria nenhum serviço pago sem contrapartida ”, afirmou.

Compreende-se a necessidade que a Petrobras tinha de “precificar” o mais depressa possível a questão da corrupção, admitindo que, se tivesse havido desvios em grande escala, estes não teriam passado, no máximo, como disseram dois delatores premiados inicialmente, de 3% do valor dos contratos relacionados ao “cartel” de empresas fornecedoras investigadas.

Mas com a aceitação da tese de que houve desvio automático desse mesmo e único percentual em milhares de diferentes contratos sem comprovar, de fato, absolutamente nada, sem determinar quem roubou, em qual negócio, em que comissão, em que contrato, em qual montante, a Petrobras e a PricewaterhouseCoopers levaram os jornais, a publicar, e a opinião pública a acreditar, que realmente houve um roubo de 6 bilhões de reais na Petrobras, que gerou um prejuízo desse montante para a empresa e para o país.

Isso é particularmente grave, porque, para as empresas, a diferença entre a existência ou não de sobrepreço, significa ter ou não que pagar bilhões de reais em ressarcimento, no momento em que muitas estão praticamente quebrando e tiveram seus negócios interrompidos, devido às consequências institucionais da operação que está em andamento.

Para se dizer que houve um crime, é preciso provar que tipo de crime se cometeu, a ação que foi desenvolvida, quem estava envolvido e as exatas consequências (prejuízo) que ele acarretou.

Até agora, no Caso Lava-Jato – que inicialmente era cantado e decantado como envolvendo quase 90 bilhões de reais – não se chegou a mais do que algumas centenas de milhões de dólares de dinheiro efetivamente localizado.

O que não quer dizer que tudo não tenha de ser apurado e punido, até o último centavo.

Essa determinação, que é de toda a sociedade brasileira, não consegue, no entanto, esconder o fato de que, ao inventar, sob pressão de alguns setores da mídia, da opinião pública e da justiça, o instituto da corrupção plural e obrigatória, com percentual tabelado, prazo determinado em número redondo de anos e meses, para início e fim das atividades, em operações que envolvem milhares de contratos de 27 diferentes empresas, a Petrobras e a Price criaram uma pantomímica, patética e gigantesca fantasia.

Pode-se colocar toda a polícia, promotores e juízes que existem, dentro e fora do Brasil, para provar, efetivamente, esse fantástico roubo de 6 bilhões de reais, investigando contrato por contrato, comissão de licitação por comissão de licitação, entrevistando cada um de seus membros, procurando apenas provas lícitas, cabais e concretas, como transferências reais de dinheiro, contas no exterior em bancos suíços e paraísos fiscais, quebra de sigilo telefônico, imagens de câmeras de hotéis e restaurantes, indícios de enriquecimento ilícito, interrogatórios e acareações, ressuscitando e dando vida aos melhores detetives de todos os tempos, de Sherlock Holmes a Hercule Poirot, passando pelo Inspetor Maigret, Nero Wolfe, Sam Spade, Phillip Marlowe, a Miss Marple de Agatha Cristie e o frade William de Baskerville de O Nome da Rosa, que não se conseguiria provar – a não ser que surjam novos fatos – que houve esse tipo de desvio na forma, escala, dimensão e montante apresentados no balanço da Petrobras há poucos dias.

Delações premiadas – nesse aspecto, já desmentidas – podem ser feitas no atacado, afinal, bandido, principalmente quando antigo e contumaz, fala e inventa o quer e até o que não quer.

Mas até que se mude de planeta, ou se destruam todos os pergaminhos, alfarrábios e referências e tratados de Direito, sepultando a presunção de inocência e o império da prova e da Lei no mesmo caixão desta República, toda investigação tem de ser feita, e os crimes provados, individualmente.

Com acuidade, esforço e compenetração e sem deixar margem de dúvida.

Todos os crimes, e não apenas alguns.

À base de um por um, preferencialmente.

Com o caso do “mensalão” do PT – o único dos “mensalões” julgado até agora – inaugurou-se, no Brasil, a utilização da teoria do Domínio do Fato, de forma, aliás, absolutamente distorcida, como declarou, a propósito desse processo, o seu próprio criador, o jurista alemão ClausRoxin.

Ele afirmou, em visita ao país, na época do julgamento da Ação penal 470, que “ não é possível usar a teoria do Domínio do Fato para fundamentar a condenação de um acusado supondo sua participação apenas pelo fato de sua posição hierárquica. “A pessoa que ocupa a posição no topo de uma organização tem também que ter comandado esse fato, emitido uma ordem inequívoca” – afirmando que o dever de conhecer os atos de um subordinado não implica em corresponsabilidade.

“A posição hierárquica não fundamenta, sob nenhuma circunstância, o domínio do fato”, comentando que “na Alemanha temos o mesmo problema. É interessante saber que aqui também há o clamor por condenações severas, mesmo sem provas suficientes. O problema é que isso não corresponde ao Direito. O juiz não tem que ficar ao lado da opinião pública”. “Quem ocupa posição de comando tem que ter, de fato, emitido a ordem. E isso deve ser provado”.

O que quis dizer Claus Roxin com isso? Que, para que haja “domínio do fato’, é preciso comprovar, de fato, que esse fato houve.

Com a saída meramente aritmética usada no balanço da Petrobras, baseada em uma auditoria de uma empresa estrangeira que, na realidade, pelos seus resultados, parece não ter tecnicamente ocorrido, inaugura-se, no Brasil, para efeito do cálculo de prejuízos, uma outra anomalia, a da “teoria do domínio do boato”.

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Comentários

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MANREL

Queriam depreciar politicamente a Petrobrás, porem, acabaram aumento o caixa da empresa pelo fato de não ter que pagar dividendos sobre este 6 bilhões lançados para despesa, caso o valor possa ser dedutível do Imposto de Renda, também a Petrobras ganhou pela dedução do Imposto.
Como tenho ações da Petrobrás, ganhei 53% somente neste mês de abril, obrigado PRICE.

Jaulês

Querem institucionalizar o boato, como de fato institucionalizaram em outras oportunidades. A rede de boataria é enorme e o discurso bem mascarado.

wsobrinho

Brilhante e compartilho integralmente desta opinião. Promoveram uma chantagem com a Petrobrás, mas ela vai sobreviver a isto, como disse Bendine, vamos seguir em frente e capacitar novos fornecedores e se estrangeiros quiserem participar, que venham para cá e contratem trabalhadores brasileiros.

Ricardo Luedy

e a incompetência de se fazer refinarias em Pernambuco e no Maranhão,segundo o balanço 2,1 bilhões enterrados e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro,e que suposição é essa de achar que não houve superfaturamento?
A auditoria pode até ser ruim ,eu aceito,mas acreditar que tudo não passa de fofoca e armação da oposição para mim é delirio e faz parte da capacidade infinita no homem de autoindulgência.Tenho dito

    Paulo Oliveira

    Ô Ricardo, tem

    Paulo Oliveira

    Ô Ricardo, tem que provar, não é só conversar fiado não. Para cada obra e aditamento, existe UMA, OU MAIS COMISSÕES DE LICITAÇÃO. Se houve superfaturamento, a maioria de cada comissão dessas tem que ter aprovado, e centenas de funcionários são culpados, e devem ser punidos. Estão falando que houve isso e aquilo, MAS NÃO PROVAM P……..NENHUMA. Até agora, algumas dezena de milhões de reais. Kd os 88 bilhões que foram, desviados?: TEM QUE PROVAR ! Ou não existe mais justiça nem polícia no Brasil ! Se não eu saio amanhã que vc matou e estuprou e fica por isso mesmo. Vc vai sem provas para a prisão !!!!!!

Romanelli

Valendo-me do espaço “comentário”, tentarei fazê-lo sucintamente, mesmo me referindo a um texto tão longo.
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Provisão de devedores duvidosos é de fato uma estimativa criada do nada, “do passado experimentalista”, respeitados limites legais e fiscais, evidente. A perda com corrupção da Petrobrás é PALPÁVEL, saiu de um todo já dado como superavaliado, dos R$ 50 bi. (item a item foram, ou deveriam ter sido, contados e re precificados),
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Dinheiro foi achado, contado ..já há réus confessos que receberam e que pagaram, portanto, não estamos no plano dos “supositórios”
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A empresa nos últimos anos passou a investir médios US$ 30 bi/ano, contra os US$ 3 bi anteriormente ..e pelos resultados ATESTAMOS que seu plantel NÃO estava preparado pra tal desafio ..se é que hoje já estaria ?!.
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INVESTIMENTOS recentes foram os que provocaram as maiores perdas e danos (por sobrepreço, aumento dos custos, pelos atrasos, atrasos, atrasos, adiamentos, complementos, aditivos e desvios de uso propriamente ditos)
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Diversos deles foram declarados impagáveis, sem retorno, como o COMPERJ, Abreu e Lima, Pasadena, Okinawa, Premium I e II, gasodutos e reformas no geral, as próprias sondas e tantas outras atividades paralelas à Estatal ..DO DIVULGADO, em dólar, sem contar o efeito inflação, Comperj chega a multiplicar por OITO seus preços, isso enquanto diminuiu seus objetivos, ambições e metas ..na Abreu e LIMA o fator salta pra 10, saiu DEZ vezes mais caro que o orçado ..pior destino tiveram as Prêmiuns que depois de gastarem mais de US$ 2 bi, sequer saíram do papel.
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A sociedade acreditou, investidores apoiaram, sonhos foram criados
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Domínio de Fato ou de boato não desmerece a realidade procedimental que nos conta que TODOS estes investimentos que foram orçados, DEVERIAM ter sido criteriosamente acompanhados por PROFISSIONAIS internos gabaritados, pagos pra isso (como a Controladoria da Estatal – contabilidade, custos, projetos, auditoria, planejamento etc – estes que ainda, misteriosamente, não aparecem nas páginas policias)
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TODO um Comitê executivo foi PAGO, e muito bem por sinal, pra acompanhar estes MEGA empreendimentos BILIONÁRIOS, eles que superavam a casa dos US$ 50 bi quando originalmente foram projetados ..e nele, DILMA – uma profissional que sempre se disse expert e atenta – (ao contrário de LULA que mal sabe fazer uma conta de juros) atuou como Ministra da Energia, da Casa Civil, membro diretivo e presidente da equipe, e depois como Presidente da Republica (aqui tendo a sua disposição uma CGU, TCU, ministérios, auditorias internas e externas, um BACEM, Agencias Reguladoras, Receita federal, Policia federal, um COAF etc)
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Assim, fora do “domínio do fato e/ou do boato” necessário se faz lembrar que no direito, a realidade JURÍDICA também prevê a existência e/ou agravantes como com o crime doloso e/ou culposo, a tal responsabilidade funcional, a omissão, imperícia, negligência ou, no pior enquadramento, até mesmo a conivência e/ou a autoria dum delito, dum crime, feito em conluio ou em quadrilha, quando no exercício de uma atividade específica – mesmo que pública – dada por profissional que se dizia apto para tal.
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Quanto as consultorias, elas são feitas por amostragem e na base da confiança – SIM, com certa superficialidade – tal qual como com as agencias de risco ..e SIM também, o caixa, a força e os contatos da empresa que recebem seus serviços, interferem uma barbaridade na boa vontade de seus vereditos, eles que, apesar de tudo, também não conseguem, sozinhos, esconder ou conter um MAR DE LAMA quando denunciado e provado verídico.

    Leon Brancaleone

    Pó parar !. Que história é esta de Consultoria? A PWC é uma AUDITORA e não tem que ter amostragem alguma, nem confiança. Tem que haver é AUDITORIA, documento por documento, processo por processo, licitação por licitação. Caso contrário, a assinatura deles ou não vale o que, p. . . . nenhuma !!!
    Faça-me o favor!!!

    Romanelli

    Brancaleone
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    verdade, eu percebi que quando enviei o texto tinha trocado auditoria por consultoria ..pensei em contar com o bom senso, conhecimento e colaboração dos leitores pra entenderem a real intenção do “autor” ..afinal ninguém aqui esta se candidatando a escrever uma tese, ou mesmo pode contar com tempo e bons revisores ..agora
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    1. a PWC tb dá consultoria ..e cobra bem
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    2. e se vc já trabalhou em alguma empresa que sofreu dela, sabe muito bem que o pe$o do cliente influência ..a$$im como a amostragem é uma rotina, uma técnica universalmente reconhecida e aplicada
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    e por se falar nisso, nenhuma palavrinha sobre a controladoria da Petrobrás que sequer foi citada como sendo uma das co responsáveis por tanta irresponsabilidade e ocultação de fantasmas e de cadáveres ?
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FrancoAtirador

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As Manchetes da Revista Veja e dos Jornais O Globo, Estadão e Folha de S.Paulo
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são Provas Cabais tanto no Poder Judiciário como na Contabilidade das Empresas.
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