Luiz Carlos de Freitas pede que colunista de Veja acorde

Tempo de leitura: 4 min

O mauricinho ganha para criticar o salário alheio

Acorda Gustavo

Publicado em 14/05/2014

por Luiz Carlos de Freitas, em seu blog, sugerido por Vanessa Crecci, no Facebook

No Japão todos se curvam perante o Imperador – menos o professor. E não me consta que o Imperador faça um teste para saber quais são os bons ou maus professores. Reclamam do salário também, mas são respeitados.

No entanto, no Brasil dos reformadores empresariais, Gustavo Ioschpe (G.I.) se permite pontificar em seu artigo na Veja, chamado “Professores, acordem!” de 11-05-2014 que:

“… nos últimos anos tenho chegado à conclusão de que falar com o professor médio brasileiro, na esperança de trazer algum conhecimento que o leve a melhorar seu desempenho, é mais inútil do que o proverbial pente para careca.”

Para GI, os professores são ignorantes e não conhecem a realidade. Ele sim conhece. Não me consta que ele dê aulas no ensino básico, mas quem sabe… ainda se lembre de algo do seu tempo de estudante.

Gustavo Ioschpe é proprietário e presidente da G7 Cinema, empresa dedicada a produção e distribuição de filmes cinematográficos, operação de salas de cinema e edição de livros. Ioschpe participa de algumas organizações não-governamentais brasileiras ligadas à área da educação. É membro fundador do Todos pela Educação e membro dos Conselhos do Instituto Ayrton Senna e Fundação Iochpe. Também participa do conselho de administração da Maxion-Ioschpe onde substituiu seu pai em 2007.

O mau humor de GI é agravado pela rejeição que sofre entre os próprios reformadores empresariais. Pelo seu radicalismo, ninguém faz eco a ele, só a Veja.

Ele precisaria ouvir as “cobras e lagartos” que se diz dele entre os próprios reformadores. Nem mesmo estes toparam as placas com o IDEB que ele queria levantar em cada escola.

Passa seus dias ganhando dinheiro com seus empreendimentos e nas horas vagas é franco atirador contra aqueles que deveriam ser respeitados pela tarefa que têm em suas mãos, ou seja, a tarefa de formar as novas gerações por um valor mensal muito inferior ao que ele ganha.

Diz ele:

“A imagem que vocês vendem não é a de profissionais competentes e comprometidos, mas a de coitadinhos, estropiados e maltratados. E vocês venceram: a população brasileira está do seu lado, comprou essa imagem (nada seduz mais a alma brasileira do que um coitado, afinal). Quando vocês fazem greve — mesmo a mais disparatada e interminável —, os pais de alunos não ficam bravos por pagar impostos a profissionais que deixam seus filhos na mão; pelo contrário, apoiam a causa de vocês. É uma vitória quase inacreditável.”

Menos GI. Estamos avançando, mas ainda não podemos falar em vitória. Mas a teremos. Incrédulo e desanimado, ele acha que toda a população brasileira está errada. Foi enganada pelos professores. Mas ele, com sua sabedoria, não foi. Curvemo-nos ao sábio e honorável guru. Entre GI e os 80 pesquisadores ao redor do mundo que questionam suas sábias estratégias para melhorar o ensino e os professores, fico com os últimos.

Irado em seu “artigo” na Veja, GI vaticina:

“Os 10% do PIB e os royalties do pré-sal serão a danação de vocês. Porque, quando essa enxurrada de dinheiro começar a entrar e nossa educação continuar um desastre, até os pais de alunos de escola pública vão entender o que hoje só os estudiosos da área sabem: que não há relação entre valor investido em educação — entre eles o salário de professor — e o aprendizado dos alunos.”

Curioso como negando que o salário seja central, fixa sua análise exatamente no salário. Coloca nas costas dos sindicatos e professores algo que ele inventou. A questão não é só salarial e os professores e seus sindicatos sabem muito bem disso.

Além disso, os sindicatos estavam aqui muito antes da qualidade da educação ser um problema.

Mas… note bem – ele já tem a solução:

“Existem muitas coisas que vocês precisarão fazer, na prática, para melhorar a qualidade do ensino, e sobre elas já discorri em alguns livros e artigos aqui.”

Leiam GI, é simples. De preferência, contratem-no para palestras. Ilustrem-se…

“… vocês não podem menosprezar a ciência e os achados da literatura empírica sempre que, como na questão dos salários, eles forem contrários aos interesses de vocês. Ou vocês acreditam em ciência, ou não acreditam.”

Bem, se usarmos a lógica de GI com seu próprio “artigo” na Veja, podemos chegar a conclusão idêntica: seu artigo é absolutamente inútil para a formulação de políticas públicas exatamente por esta razão. Ignora a ciência disponível.

Se GI levasse em conta a evidência disponível sobre suas ideias, não persistiria nelas. Sua conversa é a mesma dos reformadores empresariais americanos nos últimos 30 anos. Não consta que ela tenha melhorado a educação americana.

Isso sim é ciência. E está disponível para estudo. No Chile, mesma coisa, com a novidade que o país agora começa um processo de reversão da aplicação das ideias que GI propõe, após passeatas que variaram entre 80 e 100 mil pessoas. Acorda Gustavo.

O fenômeno educacional é multideterminado. Se isolar o salário do contexto, ele não resolve. Não há bala de prata em educação. Mas se lidar com o salário no contexto das outras variáveis (por exemplo, nível sócio econômico do aluno, escola de tempo integral, infraestrutura da escola, etc.) então, o conjunto faz diferença.

E claro, para quem é empresário e não vive de salário, é sempre fácil dizer:

“… abandonem essa obsessão por salários. Ela está impedindo que vocês vejam todos os outros problemas — seus e dos outros. O discurso sobre salários é inconsistente.”

Finalmente, GI termina com uma pitada de empreendedorismo salvacionista empresarial:

“O respeito da sociedade não virá quando vocês tiverem um contracheque mais gordo. Virá se vocês começarem a notar suas próprias carências e lutarem para saná-las, dando ao país o que esperamos de vocês: educação de qualidade para nossos filhos.”

Está dito.

Bem, fiquemos por aqui. Na Roma antiga, para cada cristão que era lançado aos leões, apareciam outros dez. O melhor é não fazermos mártires. Vai passar.

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Comentários

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Elzenir

Pessoas falam o que não vivenciam, falar da profissão do outro é fácil, e cada um luta pelo seu espaço. Sou professora,mas busco salários melhores.

DARILENE VIEIRA FERNANDES

No passado ser professor era exercer uma função que conferia status social. Os docentes eram convidados Vips dos eventos da comunidade. Atualmente, os que estão no topo da pirâmide hierárquica menosprezam tais profissionais porque “o sistema não teme o pobre com fome, teme o pobre que sabe pensar” (Pedro Demo). Massacrar os professores e torná-los vilões do processo cognitivo é tão previsível quanto o resultado da soma de 2 + 2. A internalização do conhecimento depende de fatores internos e externos ao âmbito escolar.
Para que os professores invistam na formação continuada eles precisam de recursos financeiros. O docente sempre leva trabalho, preocupações e frustrações para casa. Ser professor vai além dos vínculos empregatícios, deste modo o docente está sempre ocupado com suas atribuições profissionais, o que consequentemente reflete na vida pessoal. Muitos renunciam a possibilidade de ter uma vida social. Aparentemente, o professor está condenado a escravidão trabalhista.
O sistema educativo é moldado como convém aos que estão no topo da pirâmide hierárquica. A ideologia destes sujeitos refletir-se-ão na consolidação de disparidades sociais e passividades, ou na disseminação de ideias revolucionárias que culminarão na transformação de um sistema piramidal em horizontalidade hierárquica.
Manipular ideologicamente um povo adepto a cultura do pão e circo é tarefa simples, basta ser bacharel para ter credibilidade. Pobres professores, sua tarefa é tão nobre e a sociedade a trata com repugnância! Um deputado recebe R$ 26.723,13 e a veja diz que o contracheque do professor que é gordo? Parece que os contracheques dos nossos governantes alcançaram a obesidade mórbida… Como musicou o memorável Cazuza:
“Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Gina

O Economista inicia seu texto dizendo que normalmente escreve seus textos para aqueles que nada tem a ver com a Educação, com o setor educacional. Encerra “…dando ao país o que esperamos de vocês: educação de qualidade para nossos filhos”.
Pergunto: qual setor nada tem a ver com a educação?
É lamentável que tenhamos que ler esse tipo de reportagem – pior é perceber que uma pessoa do setor da Economia veja a classe trabalhadora em Educação como simples coitados.
Manifesto neste comentário minha indignação. Todo setor está direto ou indiretamente ligado à educação.
Quer comercializando material escolar,uniformes, transportando nossos alunos, dando assistência médica, odontológica todos participam desse sistema quase falido.
Moro na região Norte, e a realidade do meu município é caótica. Somos heróis.Muitos mantêm uma escola, sendo professor, servente, merendeira, orientador pedagógico, diretor da escola. E não adianta dizer “porque não cobra providências”. Simplesmente porque G.I. não é o único que pensa assim.
Quantos professores já tiveram que comprar material pedagógico, didático pra aplicar uma metodologia que avançasse a aprendizagem? Quantas escolas, por não receber recursos suficiente tiveram que fazer rifas, bingos, festas para ter capital, porque precisava consertar o bebedouro, ou ventiladores? Sim, ventiladores! Porque nossas escolas não são climatizadas.
E de repente vem um economista dizer que professores são pessoas que ignoram a realidade.
Lamentavelmente, senhor Gustavo Ioschepe nos deparamos ao longo de nossa jornada pedagógica com filhos de pais tão preocupados com sua empresa, que ao menos sabem a série que seu filho estuda. E o professor conhecendo a realidade desse aluno se sensibiliza e encontra uma justificativa da indisciplina da criança, ou da sua carência de afeto.
Então, senhor economista, não queira dizer que a escola é a responsável pela triste colocação do Brasil nas pesquisas referentes à educação.
Família – escola e sociedade todos estão envolvidos. Educação não é produto, o aluno não é produto, professor não é “saco de pancada”.

nanda

Ele que está acordado deve ter a fórmula pronta para resolver as mazelas da educação sem cobrar nada, afinal ele deve ser voluntário. Demonstra um desapego por bens materiais…

Seria muita alienação do professor não lutar por seus direitos, afinal se estes não fossem negados, não haveria necessidade de irem à luta. Infelizmente parece que a luta é apenas por salário, mas sempre tem sido evidenciado que a luta é também por condições de trabalho.Qualquer um que critique a postura dos professores (me refiro aos professores de fato, pois sabemos que como em qualquer profissão temos bons e maus profissionais)deve antes passar um dia,uma semana,um mês vivenciando a rotina de muitas escolas para ter argumentos e perceber que ninguém quer posar de coitadinho, a realidade é bem diferente daquela retratada pelo tal Gustavo. Na verdade, mesmo com salários baixos, o professor em muitos casos, ainda ajuda a bancar a escola pública, pois a carência é tanta que para trabalhar com o mínimo necessário tem que comprar material.

Berenaldo Ferreira

Ilustre, senhor Gustavo!
Sem me surpreender ao ler seu texto referente à classe docente do ensino público, publicado através da Revista “Veja”, em 14/05/2014, sob o depreciativo e irônico título “Professores, acordem!”, resolvi – por obrigação – responder-lhe.
Primeiramente, quero começar esclarecendo que qualquer que seja o assunto que denote contrariedade a um grupo de manifestante, sem seu responsável fazer parte do mesmo, sem ter conhecimento da área específica, por si só, é desmerecedor de qualquer crédito, submisso ao recebimento do mais ignóbil repúdio. Vale esclarecer, ainda, que, seguindo o bom-senso do curso da vida em sociedade qualquer manifestação que se faça não se faz pelo simples fazer. Sempre haverá uma motivação que a justifique!
Nobre, senhor! Sim, nobre, senhor! Diante de seu execrável texto, a conclusão a que se pode chegar é que o mesmo parece ter sido produzido por alguém que esteja muito distante do problema enfocado e, consequentemente, que nada ou pouco sabe a respeito do assunto tratado, ou seja, da Educação.
Senhor, não há como negar, em termos, quando disse que está desastrosa a situação da Educação no país. O desastre educacional não é somente um desastre educacional, mas é o caos que está generalizado, predominante em todas as esferas sociais. Em todas elas podem ser presenciadas as graves e catastróficas consequências geradas por uma política fétida produzida por desinteressados e gananciosos dirigentes governamentistas.
Somente para ilustrar essa atual concepção educacional do “promove-se sem saber”, podemos citar alguns casos dramáticos sociais, reflexos do mesmo. Pois, assistimos frequentemente aos noticiários de televisão e nos deparando com determinado médico prescrevendo receitas equivocadas. Tal fato ocorre, quando não amputa uma perna saudável no lugar de outra ruim; outro médico prescreve qualquer aspirina quando o paciente se queixa de febre e dores musculares, constatando-se mais adiante, após a morte do paciente, se tratar de uma grave enfermidade como a temida tuberculose ou a própria epidêmica dengue. O mesmo ocorre com regularidade com o engenheiro, que constrói o edifício e de repente o mesmo cai por terra, desmoronando-se por falta de responsabilidade e/ou mesmo capacidade. O advogado, por sua vez, também formado nessa mesma política da “promoção automática” muitas das vezes é preciso estudar a peça, a causa, a fim de orientar corretamente o orientador, o representante legal que fora constituído. E, por aí se vai o povo emudecido, trilhando timidamente nessa angustiante estrada sem perspectiva de chegar a qualquer lugar. Apenas caminha e segue em frente. Dessa forma, seguindo a lógica de vossa senhoria, qualquer um também pode ser laçado pelas ruas, receitar remédios, construir prédios e pontes e defender o cidadão perante a um tribunal.
E, numa espécie de demência coletiva, alguns ainda acreditam estar fazendo um bem social, montando “Ongs” e outros afins sociais. Porém, estão na verdade promovendo e contribuindo com a perpetuação dessa grande moléstia social. Devessem, antes, aprender a cobrar de quem realmente nos deve, pois os altíssimos impostos pagos pelos cidadãos deveriam ser cobrados, a fim de que fossem convertidos para o bem social, para o bem comum.
Senhor, quando disse que seu texto não me surpreendera, foi pelo fato de já ter absorvido, de forma empírica, o conhecimento dos ideais hipócritas e demagogos de determinados agentes dos setores que ainda detém o poder de comunicação, o poder de alienação. Dentro desse mesmo contexto e falando se seu texto, o mesmo retrata e possui a pretensão de se substabelecer nesses setores de valores negativos e invertidos, enquadrando-se nos parâmetros anormais, característicos de uma sociedade doente onde o que impera e a determina são os desvalores morais e éticos, ditados por esses pérfidos defensores sociais. E, que não passam de infames dominadores e arcaicos alibamas no sentido mais abominável do termo. O que sobra disto tudo é apenas esse sistema de educação: perverso, delinquente e imoral, além de um sistema de saúde público, indigno e sórdido, dentre outros.
É de bom tom saber, ainda, caro senhor, já que estamos tratando especificamente de Educação, que dentro dos muros escolares existem, com muita frequência, apenas tentativas de ensino, pois não há mais respeito para com os professores e os alunos simplesmente não mais ‘aceitam’ as aulas. Em uma sala de aula de, em média possuindo quarenta e cinco alunos, pode-se contar apenas seis – e sem exagero – interessados no aprendizado. Pois, dentro de uma sala de aula os professores se deparam com alunos malcriados e que não respeitam qualquer princípio, além de se utilizarem irregularmente de celulares, ouvindo música e assistindo sabe-se lá o quê. Quando são repreendidos discutem com os professores, os coordenadores e até mesmo com os diretores chegando muitas vezes a ofendê-los com palavras obscenas. Tudo isso ocorre, de fato, quando não partem para a agressão física.
Ainda para o seu conhecimento, ainda dentro dos muros escolares, senhor, nós professores podemos dizer com propriedade que os alunos simplesmente vão para a escola porque alguém de sua residência os envia para a escola. Não vão à busca de conhecimento algum, mas à busca de aventuras juvenis e de um ligeiro lazer. Não possuem compromisso nenhum, uma vez que sabem que aprendendo ou não, irão passar para a série seguinte. Portanto, como fora dito, o professor até que tenta passar sua sabedoria para eles, mas a aprendizagem praticamente é inexistente. Que fique claro! O protagonista dessa maldita e cruel história, senhor, não mais é o profissional em educação, ou seja, o professor, mas o aluno matriculado em uma unidade escolar. Hoje em dia, basta o ser estar matriculado em uma escola que o mesmo passa a ser esse protagonista e, pasme senhor, se puder… Ele não precisa ter limites de disciplina ou ter respeito para quem quer que seja.
É importante saber ainda, fidalgo senhor, que a construção de uma sociedade justa, uma sociedade de bem, somente se faz através de uma Educação forte e digna. Não baseada em uma pedagogia frouxa. E, para consegui-la é necessária uma imperiosa presença: a presença de um responsável chamado, professor. Além disso, é necessária a obediência a alguns itens essencialmente relevantes, conforme elencados abaixo:
Primeiro, devolver ao professor o direito de cátedra e o poder de exigir de seus pupilos o retorno daquilo que lhes fora ensinado; segundo, o desempenho que precisa ser melhorado – conforme o senhor conjecturara – deve ser cobrado dos seus e dos líderes políticos do povo; terceiro, falar de modelos educacionais de outros países é balela, pura demagogia. É preciso se situar em seu próprio território; quarto, na história desse país nunca houve para o professor o chamado, conforme o senhor mesmo declarara, “tempo das vacas gordas”. Esse período até que houve, sim, e ainda está havendo, mas não para nós, e sim, para os Alibamas (no sentido mais abominável de seu significado) que chegaram e ainda chegam a esse país desbravando-o como se ele fosse território de ninguém. Dessa forma, ilude-se, ou quer ser iludido, mal informado senhor Gustavo, quando apoliticamente e sem ter qualquer zelo expressara em seu copioso e sardento texto recorrendo à utilização de termo tão popularesco, pueril e convencional; quinto, uma leve correção: a Educação não é bem um desastre, senhor. Conforme já dissera, ela se encontra em desastre. Contudo, não que ela seja ou esteja um desastre, mas ela já nascera um desastre, bem como as outras esferas dentro do contexto social. Pois, as consequências do descaso dos representantes políticos estão refletidas nitidamente nos semblantes do afligido e padecido povo há séculos; sexto, a sociedade precisa de fato saber como andam as escolas, especialmente, o senhor, já que ousou discorrer sobre o tema. Assim sendo, aconselho-o a informar-se melhor. E, já que o senhor não é professor e, caso tenha a mesma audácia, desafio-o a solicitar a qualquer direção escolar preferencialmente de ordem pública, sua presença a uma sala de aula qualquer como ouvinte e convidado, apenas durante os árduos cinquenta minutos de aula dos quais normalmente o professor é forçosamente a enfrentar; sétimo, quando a Educação começar a dar certo o país se engrandecerá com verdadeiros e leais representantes políticos no Poder, inegavelmente; oitavo, a cova a que o senhor se referira já fora cavada para o povo há mais de quinhentos anos por esses líderes que ainda estão nesse mesmo infame poder, mas que já estão começando a sentir o reflexo negativo a que isso proporcionara; nono, é uma comédia infantil e sem graça pensar que politicamente Educação possa ser um assunto discutido com leigos, que nada conhecem da área. Seria como se o dentista tolerasse discutir sua situação, seus problemas profissionais juntamente com engenheiros, publicitários, economistas e etc.; décimo, reivindicar salários e melhores condições de trabalho sempre foi e sempre será um direito do cidadão pagador de impostos, de altíssimos impostos.
Mas, atenção! Não bastará simplesmente valorizar o professor aumentando seu salário e/ou formulando um plano de carreira, o qual ainda não há para os professores da rede pública estadual. Será necessária a implantação destemida de deveres, regras austeras e audaciosas, segundo as mesmas os discípulos ter-se-ão de rigorosamente cumprir. Regras essas que sejam soberanas no seio escolar, independentes de quaisquer outras leis que se possam ser encontradas fora da fortaleza educacional. Pois, sem disciplina não há assimilação alguma.
Diante do exposto, reforçando, somente haverá uma saída. Pode parecer utópico, mas somente com essa combinação de estratégia, ou seja, valorização do professor na questão salarial e declaração de regras disciplinares severas é que resultarão fins satisfatórios na Educação. De fato, seria utópico caso aqueles que estejam pretendendo destinar os tais dos 10% de ‘royalties’ do pré-sal à educação, em dez anos, não pensarem nesse binômio de tamanha relevância. Ainda retornando ao item anterior, para sua informação, a primeira greve ocorrida no país de que se tem notícia aconteceu em Mucuripe, sertão do Ceará, no século XVIII, onde muitos trabalhadores das plantações de milho, sob escaldante calor, reivindicavam por melhores condições de trabalho. Pasme! Reivindicavam apenas chapéus de palha, já que somente o patrão é quem o utilizava; décimo primeiro, deve-se exigir dos representantes legais os amplos direitos de cada cidadão e fazer com que eles cumpram o seu fundamental dever. Vale lembrar que John Locke destituiu um rei de seu poder somente com suas sábias reflexões político-social, baseadas no direito de propriedade/liberdade e consequentemente no cumprimento dos deveres dos líderes para com seu povo. Para finalizar, concluo esse acanhado e humilde texto oferecendo gratuitamente a tão procurada receita para que se obtenha a sonhada Educação de qualidade. Tome nota, senhor! Para tanto, é preciso que haja apenas o binômio salário digno aos professores e rigorosa lei disciplinar. Ou seja, àqueles que não se adequarem às normas disciplinares dever-se-á ser aplicada a norma de disciplina, de imediato e sem qualquer temor de aplicá-la. Somente com o estabelecimento de severas regras e com punição exemplar aos seus infratores é que realmente haverá o verdadeiro ensino-aprendizagem. Portanto, senhor, instrua-se melhor com um professor antes de expor opiniões vazias e decompostas. Pois, sem ter a consistência da justa razão, elas serão irracionais. E, quem quiser ser racionalista não pode se deixar levar por conclusões infundadas, sem possuir o devido teor científico da questão. Procure um professor. Leia mais! Eduque-se melhor!
B. F. Silva
Professor e escritor – Ferraz de Vasconcelos/SP – 20/05/2014

Ana Catarina Rodrigues Nascimento

Passei a semana inteira esperando a próxima edição da revista Veja para saber a opinião dos leitores a respeito desse artigo. Para minha surpresa, alguns poucos se manifestaram ( se a memória não me falha). Uma deslumbrada, que, pelo visto, ainda não percebeu em que país vive, um outro que, para salvar a situação, é um professor real e não um “analista”, um doutor que, imagino, deve viver numa cadeira de analista, como a maioria dos seus colegas de universidade que desconhecem a realidade, o dia- a -dia de um professor de escola de ensino básico no Brasil…entre outros…Enfim! Quando percebi a ausência de manifestações, que acredito, deveriam ser muitas e de indignação contra o referido artigo, fiquei pensando, cá, com meus botões: a que se deve essa ausência? Porém, acabei chegando à seguinte conclusão: ou a revista selecionou alguns dos textos menos “furiosos” com a opinião do articulista ou.. Já sei! Os professores deste país não leem a revista porque, assim como eu, não têm dinheiro para fazer a assinatura ou porque trabalham três expedientes para sustentar a casa e tombam , geralmente, lá pela meia – noite, todos os dias, depois de ralar muito para, pelo menos, ter com que pagar as contas mensais, já que o salário, diferentemente do que o articulista imagina, não é pago em outra moeda, é em reais mesmo, e poucos! Sei não! Quantos palestrantes desconhecedores da realidade estão discutindo e discursando a respeito daquilo que não vivem, que não conhecem. Queria ver o Sr. Gustavo entrar numa escola pública às sete da manhã e sair às onze e meia, no mínimo, depois de ver , ouvir e viver o que nós professores conhecemos. Ah! Tenho certeza que ele, só para começar, iria se perguntar onde é mesmo que nós estamos? Brasil é??? E depois… meu Deus! Serão esses uns heróis ou serão professores? Oi??Anh? ACORDA, GUSTAVO!

João Ferreira de Oliveira

Como analisar esse mauricinho inescrupuloso? O problema do processo de “jumentização” que estamos vivendo é que todos os dias nascem “asnos” na elite brasileira. A nossa sorte é que não rtepresentam nem 1/3 da popolação. Aff!

Rosa

Texto impecável. Esse Gustavo vai passar. Eu também deixei um comentário que até agora não foi publicado. Veja que não sou a única. Por que será???

Geraldo

Quem esse sujeito pensa que é? Qual formação em educação tem esse cara? Ele tem alguma ideia do que é viver de salário? Em qual planeta vive? Ele escreveu “alguns” livros? Quem os lê? Quem, afinal, pode levar um cara desses a sério?

Murdok

Desculpa, mas não deu pra ler isso!. Eu hein!.

Evelyn

Quem passou a informação para o senhor (Rafael Sfoggia) de que o professor precisa ganhar muito para trabalhar bem?? Leu em algum livro, assim como o colunista da Veja?
Já exercemos nossa profissão em condições precárias e fazemos Muito Mais do que o nosso salário paga. A maioria só está nessa profissão porque ama o que faz, caso contrário não suportaria entrar na sala de aula, haja vista os problemas que enfrentamos. Professor luta por valorização e melhores condições de trabalho. Será que um médico consegue operar sem os instrumentos necessários?
É muito fácil falar “troca de profissão”. Mas em um ponto você tem razão, muitos profissionais de qualidade tem feito isso por não aguentar mais, outros tantos estão afastados por problemas psiquiátricos. É esse o caminho para a Educação?? Simples assim: Mude de profissão!! Parabéns, creio que em pouco tempo professor será uma classe extinta.

    Rafael

    Sra Evelyn,
    Sinto informar que a profissão de professor já está extinta, é uma atividade residual para aqueles que não conseguiram posição melhor, ou seja, os próprios professores são carentes de uma educação de qualidade.
    Um círculo vicioso que mantém o país nas últimas posições dos testes internacionais. Enquanto isso, professores com dificuldade de entendimento ficam repetindo as mesmas posturas anos a fio, guiados por interesses que não sabem de quem são, perdem a simpatia da sociedade.
    Não me comove nenhum argumento corporativista de uma classe semi-alfabetizada.

Evelyn

Status: Aguardando aprovação da Veja para comentários.

José

Partindo-se dessa premissa ridícula e estúpida, esse rapaz não deve ter cobrado para escrever essa peça patética.

Evelyn

Obrigada, Luiz Carlos.
Já escrevi minha resposta no site da revista antes de ler seu artigo. Só não tenho certeza de que a Veja irá publicá-lo. rs
Fiquei indignada e ao mesmo tempo pasma com tamanha ignorância.

Muito obrigada em nome de todos os profissionais da educação pública!

vinícius

O grupo Abril investe em educação. São donos de vários colégios de elite nas capitais.
Aqui em Brasília eles compraram o SIGMA.

Os caras da Abril sabem o que estão fazendo. Investindo em escolas para formar um monte de marionetes.

Hoje em dia a TV sozinha não manipula a população.
Mas professor sim, ou melhor, podem formar e deformar a base da sociedade.

Demétrio Magnoli, Marcos Villa e o tal do Pondé, são exemplos típicos referências para o material didático utilizado nas escolas do grupo Abril.

Renato Valle Bittencourt

Há alguns anos, quando a Toyota deixou a GM americana pra trás, li um comentário sobre o respeito que os japoneses têm pela experiência, aquela que vem com os anos, a idade. Um alto executivo tinha, sim, que ter alguns cabelos brancos. Quando vejo esta turminha de gênios de Veja, cara de genro que aquela perua da classe média sonhou, corro para uma foto de Paulo Freire, uma barba branca, rugas, sofrimento, experiência, dúvida…e sonhos. Deus nos livre doa geniotas de Veja! Deus nos livre dos odiotas de Veja! Pra ensinar como se deve ensinar o sujeito deve ter entrado nos enta, ter cabelos brancos e rugas! O resto é Veja…

Fabio Passos

hã… quem escreve na veja já não acorda mais.
Só Jesus pode dar cabo da empreitada e ressucitar algum calunista do esgoto tal como fez com Lázaro. rsrs

Francisco

A mudança mais profunda em educação do país está acontecendo debaixo dos nossos pés, desordenada e aos tranbolçhões, mas acontecendo.

O estudante brasileiro come, é transportado à escola e tem acesso a informações de que a escola ainda não possui, via novas tecnologias.

Qunadoolhamos retrospectivamente a História dos países desenvolvidos, o processo é todo asseptico e planejado. Ledo engano…

No caso do Japão, a condição sine qua non para a auto estima e a desão a um projeto nacional de educação veio da reação nacionalista ao projeto de dominação das potências ocidentais, particularmente os EEUU.

Quantos menbros da burguesia brasileira são nacionalistas? Quantos usam sapatos fabricados no Brasil? Quantos viajam e gastam seu dinheiro em território nacional? Esse bando de pernósticos que esgrimem suas soluções deveriam começar a olhar para o próprio nariz…

denis dias ferreira

Uma correção: não é verdade que no Japão os professores não se curvam diante do imperador.

Sidnei

O tal aí da Veja precisa se informar mais.
Pelo pouco que acompanho das greves não somente de professores, mas de outras categorias do Serviço Público, sempre há uma luta por pontos que vão além do salário, como, por exemplo, respeito à atividade, condições de trabalho, material adequado.
Eu, que certamente acompanho menos o assunto do que o articulista da Veja, vejo isso. Como ele não vê?

abolicionista

Onde a Veja arruma esses imbecis. A revista tem contratado criminosos, não? É um antro de pistoleiros atirando para todo lado. Alguém precisa dar um basta nesse panfleto fascista.

Raul fonseca

Espécime pronto e acabado do que nossa elite é capaz de “produzir”.

Marcos Lima

Quem lê esta revista?

Igual ao partido minguante DEM.

    anac

    Meu cão não lê, por motivos óbvios, mas usa, e como usa…

    vinícius

    Amigo, o pior de tudo que ainda tem muita gente que compra…
    Podem até não ler, apenas olham as fotos e chamadas…
    Mas o fato é que essa tal de InVeja é venenosa e circula na mão de muitos.
    Que seja em consultórios. Não importa.

    Ela já foi uma revista de universitário cabeção. As reportagens das páginas amarelas eram o máximo,

    Eu tinha coleções de páginas amarelas.

    Nos tempos de universidade, década de 80, UFV-MG, a gente assinava, as revistas chegavam durante dois meses e agente não pagava a fatura. Depois amigos de outra república fazia o mesmo… não tínhamos grana para assinar.

    Infelizmente a InVeja pegou fama de revista “Cult” para muitos…
    Citar a InVeja, em determinadas rodinhas, ainda é prestígio, sinal de estar bem informado.

    Aí de quem ler outra revista, principalemente se for uma que começa com Carta e termina com Capital…

    Aqui em Brasília, em órgão público, se souberem que vc é leitor da Carta Capital, te olham de rabo de olho.
    E não é por acharem que vc é mais um petista mamando na teta do governo não!

    Te olham de rabo de olho porque a maioria dos concursados que trabalham em Brasília não gostam do atual governo.

renato

Professor bom era a minha do primário…
Onde eu aprendi a ler, e escrever, e a
dar minha primeira risada de uma piadinha
escrita num jornal…

Mauro

VEJA, se encontrá-la nas bancas não compre.Se comprar não leia.Se ler não acredite.Se acreditar relinche!
É isso que está fazendo RELINCHANDO sobre educação!

Dudu, o outro

Conheço bem esse menino. Como professor há 30 anos, já tive a infelicidade de debater com vários deles. Como professor que sou, garanto que esse mauricinho que só lê revista “Veja” e provavelmente se nutre de informações pelo “Jornal Nacional”, dois veículos de comunicação super considerados por suas “idoneidades”, não entende nada de educação e não tem a menor condição de dar conselhos nessa área. Simples assim!

Urbano

Quem se encontra realmente em sono profundo, praticamente em coma, é o sinistro das mancomunações, o hibernardo…

Marat

Mas que traulitada… O Gustavo certamente lerá um livro de autoajuda, no intuito de resolver suas dores.

Ricardo

Esse rapaz tem cara de mauricinho, nome de mauricinho, portanto é um perfeito mauricinho. Ou seja, um coxinha babaca.

Sr. Indignado

Nada como o dinheiro do papai para criar um idiotalogia.

    Edinho

    E ao soar do gongo, está decretado o nocaute!

Lukas

Daqui a pouco a Dilma vai colocá-lo num conselho de educação do governo.

    Diogo Romero

    kkkkkkkkkkkkkkk… É verdade! Infelizmente :[

Carla

Me lembro desse rapaz postando para a Folhateen, quando ele era um “geniozinho” a ser observado. Estudava nos Estados Unidos, portanto, sabe demais do ensino médio brasileiro pra poder falar.

    Márcio Gaspar

    Eu lia este suplemento do jornaleco Folha de SP, e não acreditava que se dava espaço para um frangote sem nenhum conhecimento sobre o que é educação a fazer comentários deste assunto. Um nada que nunca vivenciou a realidade de uma escola e nem mesmo se quer tenha lido algo de algum pesquisador ou autor em nível de excelência sobre educação. O espaço poderia ser ocupado por verdadeiros pesquisadores sobre educação, pesquisadores que seguem a educação freireana(Paulo Freire)ou outros excelentes autores e pesquisadores.

O DOUTRINADOR

fico pensando se não temos outras coisas a fazer, ao invés de responder a um artigo de um insano em uma revista arcaica. Não a leio nem a folheio e muito menos tenho a coragem de usa-la como Papel Higiênico, Tenho medo de me Contaminar.

Salles

A materia original da Veja nao possui nenhum comentario… sera que estao bloqueando comentarios ou ninguem postou nada la?

    Ruthi

    Comentei lá na revistinha e estou esperando que “aprovem” até agora.

    Evelyn

    Respondendo à pergunta de Salles: eu fui uma das pessoas que deixei meu comentário, mas, como era de se esperar “ainda” não foi publicado. Não tem sequer um comentário… seria cômico se não fosse trágico.

FrancoAtirador

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É assim que os vejistas pretendem que melhore a qualidade do ensino:

com a Abril Educação ameaçando e demitindo os trabalhadores sindicalizados…
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26/09/2013 12:17, última modificação 26/09/2013 12:54
Rede Brasil Atual (RBA) com TVT

Abril Educação demite trabalhador com mandato sindical

São Paulo – A Abril Educação, pertencente ao Grupo Abril, um dos maiores de comunicação do país, ignorou a legislação trabalhista e demitiu trabalhadores com representação sindical, como mostra reportagem da TVT, que foi ao ar na edição de quarta-feira (25) no Seu Jornal.

A lei trabalhista garante estabilidade a dirigentes sindicais.

Aparecido Araújo é dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Editoras de Livros (SEEL), e trabalhava na Abril Educação, ramo da editora que publica livros didáticos.

Em agosto foi demitido mesmo com as determinações vigentes da Convenção 135 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que garante estabilidade para todos os dirigentes sindicais, independentemente do cargo que ocupam.

“Depois de eu ter falado com a diretora editorial me passaram para o setor de Recursos Humanos e a última palavra foi eles dizendo que consultaram o Ministério do Trabalho e que o Ministério dizia que eu não tinha estabilidade sindical”, disse Araújo à TVT.

Para o SEEL, a atitude revela claramente uma prática contra a organização dos trabalhadores por parte da Abril Educação, como protesta o secretário geral do sindicato, Edmilson Gonçalves.

“O movimento enfrenta problemas para promover a formação sindical de outros trabalhadores, vemos crescer uma resistência (a aderir à organização nos locais de trabalho), porque ficam temerosos”, afirma.

Para formalizar as demissões, a Abril Educação se apoiou numa súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que garantiria estabilidade para 14 dirigentes sindicais de uma mesma empresa.

Aparecido, segundo o setor patronal, seria o décimo-quinto.

Este argumento, entretanto, já foi derrubado pela Justiça do Trabalho em casos anteriores semelhantes.

O SEEL vai entrar com ação judicial pela reintegração imediata do trabalhador sindicalista.

Assista aqui a reportagem da TVT:

(http://www.youtube.com/watch?v=_n1B8gfHBS4)

(http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2013/09/dirigentes-sindicais-demitidos-da-abril-acusam-editora-de-pratica-antissindical-9829.html)

(http://migre.me/jcaJi)

(http://www.viomundo.com.br/denuncias/francoatirador-como-a-veja-tornou-sininho-lider-dos-black-blocs.html)
(http://www.viomundo.com.br/denuncias/fifa-busca-lucro-recorde-no-brasil-atropelando-lei-trabalhista.html)
(http://www.viomundo.com.br/denuncias/coade-impede-abril-de-empurrar-figurinhas-em-escolas-publicas.html)
(http://www.viomundo.com.br/denuncias/veja-seria-impedida-de-votar-em-seu-proprio-plebiscito.html)
(http://www.viomundo.com.br/politica/haddad-a-emissora-que-recebeu-r-900-mi-do-governo-federal-em-12-anos.html)
(http://www.viomundo.com.br/denuncias/professora-que-se-diz-vitima.html)
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maria josé martins

Texto excelente, só verdades.

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