Laurindo Lalo Leal: Bem informados, mal esclarecidos

Tempo de leitura: 3 min

por Laurindo Lalo Leal Filho, em Carta Maior

A cobertura da situação política no norte da África revela a precariedade informativa produzida pela mídia tradicional no Brasil. A queda do ditador da Tunísia e as primeiras manifestações populares no Egito foram tratadas por parte considerável desses meios, especialmente pela televisão, como se fossem raios em céu azul.

Quando as manifestações explodiram nas ruas do Cairo, em 25 de janeiro, ninguém estava preparado para cobri-las de forma aprofundada e abrangente. O Jornal Nacional deu uma nota coberta (com imagens das agências internacionais de notícias) de exatos 29 segundos.

Nessa data já fazia mais de um mês que um jovem tunisiano se imolara dando início à revolta, ampliada depois para outros países da região. No Egito, no dia 17 de janeiro, um homem de cerca de 50 anos colocou fogo nas roupas em frente à Assembléia do Povo. E no dia 18 ocorreram atos semelhantes em Alexandria e outra vez no Cairo.

Nada foi suficiente para disparar o alerta nas redações brasileiras. A maioria segue a pauta matinal ditada pelo G1, o portal de notícias da Globo, generalizando dessa forma a indolência da cobertura.

Nos dias seguintes, com a intensificação do movimento popular no Egito, a cobertura passou a ser mais constante. O que não quer dizer que tenha sido explicativa. E aí está o grande problema dos nossos noticiários televisivos.

Na aparência são dinâmicos e eficientes. Equipes de reportagem vão para o local dos fatos, repórteres se misturam à multidão e dialogam com os manifestantes, transmissões são feitas muitas vezes em tempo real dando ao telespectador a sensação de estar bem informado.

Mas na essência as coisas são diferentes. Informação não é sinônimo de comunicação e muito menos de contextualização. O que a TV faz é in-formar, ou seja colocar na forma os acontecimentos, separando cada um deles segundo os seus interesses, embalando-os em papel celofane vistoso e entregando-os de bandeja ao telespectador. Em casa, diante da TV, ele é até capaz de agradecer pelo brilho da informação recebida.

Comunicação é outra coisa. É tornar um fato comum a todos a partir das várias visões que ele pode proporcionar. Só assim se tornará concreto, síntese de múltiplas determinações, como já assinalava um filósofo do século retrasado. Mas para tanto só a informação não basta. É preciso pesquisa, interpretação, método de análise e, mais do que tudo, debate.

O Brasil talvez seja a única grande democracia do mundo onde não existem debates políticos em redes nacionais de TV. O caso do Egito explica. Num debate plural certas informações não selecionadas pelos telejornais e escondidas do telespectador viriam à tona, tornar-se-iam comuns a todos e, aí sim, estaria sendo exercida a comunicação real. É o que temem os donos da mídia.

Se os debates fossem constantes, há muito tempo muito mais gente saberia que o Egito é controlado por uma ditadura bancada pelos Estados Unidos. Como outras da região. E, por certo, surgiriam vozes mostrando como determinados meios de comunicação brasileiros atuam como meros reprodutores da ideologia veiculada pelos grandes conglomerados internacionais de informação.

Lembram sempre da revolução iraniana na tentativa de associar a Irmandade Muçulmana egípcia aos aiatolás. Espalhando com isso a ideia de que o controle do país, mesmo sem Mubarak, deve permanecer nas mãos dos grupos que sempre o sustentaram. É o fato colocado na forma, in-formado.

Ficamos sem alternativa. Sem a palavra daqueles que apontam para o fim do regime e não apenas da atual ditadura. Vozes que ecoam, por exemplo, pela Al Jazira e Telesur mas que aqui não chegam.

E nem mesmo a minoria privilegiada brasileira (cerca de 10% da população), assinante de canais pagos de TV, pode vê-los. As operadoras entopem os assinantes de vendas e religião e, num ato nítido de censura, excluem Al Jazira e Telesur.

Com o passar dos dias o espaço na TV para crise no norte da África vai diminuindo. Logo chegará aos 29 segundos iniciais para depois sumir. Até um fato novo surpreender outra vez as redações.

Assim seguimos bem informados mas sem sabermos o que realmente ocorre, sem comunicação.


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Comentários

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paulo

Entrei no site da Telesur, mas não encontrei nenhuma notícia sobre as recentes manifestações no Irã. Azenha, será que você poderia publicá-las?

Alvaro Tadeu Silva

Em 2009, indignado com o tratamento de "Ditador" dado a Fidel Castro e
"Presidente do Egito" a Hosni Mubarack, escrevi para a Folha de São Paulo reclamando, nada foi publicado. Agora, em plena crise, o "Presidente" virou ditador. Nada como os fatos para desmoralizarem essa imprensa imoral que contamina o Brasil.

Hans Bintje

Dessa vez, vou defender o PIG.

Quantos jornalistas o Brasil possui com uma formação semelhante a de um Azenha (Viomundo)?

Posso ficar conversando com ele horas e horas, desde os problemas da política na Bélgica até o transporte público em São Paulo.

O Azenha esteve nos lugares, conversou com as pessoas para entender os contextos históricos.

O que se pode fazer se existem jornalistas que têm medo do povo?

O campo decisivo da política – e aí está o Egito para confirmar – são as ruas, não os gabinetes.

São as ruas que mostram como os acordos dos gabinetes funcionam na prática, se criam uma realidade sustentável no dia-a-dia ou são o caminho para os desastres.

Estamos aguardando que o Leandro Fortes diga se o curso de jornalismo que ele pretendia montar vai finalmente sair do papel.

Se sair, qual vai ser a linha: a do Azenha ou a do Pedro Bial.

Se for a do Bial, não há o que reclamar do PIG: será apenas mais uma escola para formação de candidatos para o próximo BBB, com o jornalismo que isso representa.

Pedro

Se os meios monopólicos de comunicação estão aí para exercer plenamente a censura, não há mesmo o que esperar deles. A eliminação do monopólio já está se processando. A Internet está cuidando disso. O monopólio não vai deixar de ser monopólio. Monopólio quando muda é porque está acabando. Esse é o seu destino.

Baccko

Gente, pára com essa coisa de insinuar q quem não sabe onde fica a Tunísia seria alienado ou coisa parecida. Quantos de vcs sabem onde fica vosso fígado, ou como ocorre a transcrição do DNA? Conhecer o próprio corpo é irrelevante? Não conhecê-lo é alienação? O conhecimento é específico. Vc conhece isto e o outro conehce aquilo. Por q seria política a coisa mais importante a ser conhecida? Nós gostamos de nos informar sobre política, alguns aqui são economistas, historiadores, cientistas políticos, etc. O q sabemos sobre o nosso próprio corpo ou sobre o processo evolutivo? Um médico, biólogo, bioquímico poderia dizer q somos alienados…

Fernando Oliveira

Sou plenamente convicto de que esses trolls desempregados (em razão da humilhante derrota do Serra) bem como os reacionários, fascistóides, midiotas, pela-sacos e zé-buçanhas de um modo geral, não vêm dar com os focinhos nos blogs de esquerda somente pra encher o saco de nós outros, seres pensantes; eles vêm principalmente para mendigar, quem sabe, uma pequena raspa de atenção (quiçá um espirro do nosso "estado de graça", oriundo da acachapante vitória nas urnas e o consequente sucesso que está prometendo o competente Governo Dilma) vêm por um pouco de arejamento de ideias e sobretudo em busca de luz, de iluminação, visto que são seres tristes, solitários, carentes, habitantes da raivosidade-rasgativa-anal dos humilhados perdedores; São seres das trevas ideológicas, da escuridão do pensamento…

Beto_W

E a capa da veja desta semana foi sobre… o aumento no preço da carne. Lamentável.

    Lucas Cardoso

    Na verdade, o aumento global do preço dos alimentos é importante. É possível até que tenha sido o gatilho para as revoluções no mundo árabe.

Flavia

Para alguns, o que vale é o PIB (Pensamento Intelectualmente Burro)… E ainda acham que podem pautar os outros!

Roberto Locatelli

O fato é que informar bem o público não interessa às redes de rádio e tv. Povo bem informado é povo perigoso.

Por uma Lei Geral das Comunicações, URGENTE!!

Gustavo Pamplona

Queridos leitores… uma pergunta: O que é que vocês realmente sabem sobre a Tunísia?

Melhor ainda… quero que vocês perguntem para um cidadão comum brasileiro o que ele sabe sobre a Tunísia. O Egito até que alguns vão saber… mas a Tunisia?

Ou senão… arrumem um mapa do mundo e peçam para o cidadão apontar onde é que fica a Tunísia.

Isto até me lembra um "Controle de Qualidade" do CQC em que a Monica Iozzi tinha perguntado a alguns parlamentares no congresso nacional para eles apontarem num mapa do Brasil onde é que ficava o estado de Pernambuco.

    Elton

    Eu sei….sou professor de Geopolítica e faço consultoria na área.

    Jairo Fernando

    Não é aula de geografia, nem de história.
    É a NOTÍCIA que importa e queda de ditaduras é sim, notícia muito importante em todos os países.
    Existem diversos outros países que só vim a conhecer após conflitos, independência, separatismo, como a Bósnia Herzegovina (que nome, heim!), Timor Leste, Indonésia e seu tsunami… entre tantos outros.
    A partir do momento em que eles se tornaram NOTÍCIA (devido a catástrofes, guerras, independência ou QUEDA DE DITADORES), passaram a ser conhecidos.

    Gustavo Pamplona

    Sobre o Controle de Qualidade… a maioria dos parlamentares erraram (mas é lógico que editaram e mostraram bem mais os que erraram) e se caso quiserem assistir:

    [Mônica Iozzi faz o controle de qualidade no Congresso]
    http://www.youtube.com/watch?v=D24NMBfDlvI

    Detalhe: Não achei legar colocar "vinculado" já que eu considero isto irrelevante. Apenas cliquem no link acima.

    Lucas Cardoso

    Exatamente. Se a maioria da população não sabe nada sobre a Tunísia, de quem é a culpa? Da mídia, que deveria fazer reportagens informativas e, quando necessário, didáticas, para que as pessoas entendam o mundo à sua volta. Que os parlamentares não sabem onde fica o Pernambuco é não é desculpa pra mídia não fazer seu trabalho. Deveria ser incentivo para que as escolas, os jornais e a TV nos informassem mais e melhor.

monge scéptico

E temos informação?, Mídia? Não!, O que temos é um arremedo de mídia cujos conteudos,
dependem da boa vontade das agências dos "senhores", para reproduzir da forma que
'eles' querem que sejam dadas as matérias, com inclusão até de sugestões que os engran –
decem(USA E ESFOLA et satélites).
As poucas tentativas de reportagens independentes, ou não contam com colaboração dos
"colegas" gringos, ou tem que seguir regras, que resultam em saber nada da verdade.
Para conseguir ter uma mídia real, o país tem de dar um salto em importância em todos os
campos, exigindo das agência de mídia, o maximo de fidelidade ao noticiar.
O salto em importância, é ser forte industrial e militarmente, para poder ser ouvido. Sem o
estrondo do canhão ficaremos sempre na retaguarda

Roberto Locatelli

Só lembrando: além da Telesur, vale a pena acompanhar os acontecimentos na tv Al Jazeera.

fagner

Esse foi certamente um dia histórico para o mundo. Mas não para as emissoras de televisão brasileiras. Às duas horas tarde no Brasil, enquanto Hosni Mubarak renunciava e a população egípcia comemorava freneticamente a sua vitória, o nosso jornalismo sofria de um autismo imperdoável.

Fiquei sabendo do episódio porque, enquanto zapeava, acidentalmente sintonizei o canal 53, da CNN latina. Na Globo, uma hora após o comunicado do presidente, ainda era exibida a novela O Clone. Na Record, um programa de variedades. SBT e Bandeirantes não contam. Na Record News um trio de jornalistas foi convocado de urgência, mas permaneceu pouco tempo no ar e logo desapareceu. Na Globo News, um comentarista versártil falava de Egito à culinária ao som de um grupo de pagode. Os sites de impressos publicaram um resumão preparado com antecedência pelas agências de notícias acerca dos acontecimentos do Egito, mas não trouxeram nenhuma análise nova. Se fosse uma cerimônia de abertura da Copa do Mundo…

assalariado.

A importância dos fatos e dos acontecimentos,via PIG,nos é passado segundo os critérios de lavagem cerebral exercido pelos patrões/capitalistas da comunicação,de forma que,não acorde o senso critico da nação. Isto é um calculo feito pela imprensa burguesa,também, a nivel de PIG internacional.

Ou seja, isto é feito de forma proposital,afinal de contas, a luta de classes,também,se da no campo da informação,que,é um dos eixos estratégicos de manipulação e massificação dos cerebros das massas, para nos manter dominados e explorados segundo os conceitos dos donos do capital.O PIG,braço politico da burguesia é uma arma mortal,o certo virou errado e,o errado virou certo.

Marat

O PIG, pago pelos consulados e embaixadas dos EEUU, maximiza, de maneira torpe, qualquer coisinha que ocorre na Venezuela, no Irã, em Cuba… um espirro ali, vira uma pneumonia dupla…
As coisas estavam nigérrimas no Egito e na Tunísia, e isso vinha de longe, e o PIG silenciado pelos dólares sujos dos EEUU e das multinacionais!!!

Roberto Locatelli

Realmente, a carcomídia não tem a menor ideia de onde o galo cantou, e se cantou.

O Egito é um país absolutamente fundamental e estratégico para os EUA. Tanto assim que o dinheiro que Washington lhe remetia, anualmente, como ajuda militar. era mais do que o que era destinado à Colômbia (e, como sabemos, a Colômbia é fundamental para os interesses dos EUA na América Latina). Na verdade, o Egito só não recebia mais do que Israel, o cão de guarda do Tio Sam na região.

A partir de agora, o incêndio revolucionário se alastrará para todo o Oriente Médio e África. E um detalhe: não há mais a URSS e seus agentes stalinistas para sufocar o movimento revolucionário por dentro.

Enquanto a terra treme, o PIG está mais perdido do que barata tonta.

José Carlos

Um jornal português mandou um Repórter para o Egito.

Por aqui, nada, a não ser repórteres desfibrados falando platitudes à beira do Topomac ou do Sena, enquanto a História fluía. O Azenha (sem nenhum favor) seria um dos cotados, e, tenho certeza, não iria futuramente impingir a coordenação de um BBB à seu currículo, depois de testemunhar a queda de outro muro.

Aos jornalistas não é dado montar no mítico/real cavalo selado da História, mas deles se espera que ao menos sintam-lhe o pulso. Paulo Moura foi enviado pelo "Público" de Portugal, e pelo que percebi fez questão de afagar seu corpo.

Vale a pena ler.
http://www.publico.pt/Mundo/o-dia-em-que-a-multid

    Conceição Lemes

    José Carlos, postei. Dá uma olhada. Abs e obrigada

José Almi

O Egito, assim como outros países daquela região, além da importância histórica é estratégico do ponto de vista político e conômico, na medida em que pode desestabilizar o equilíbrio artificial reinante há décadas e provocar grandes transtornos para toda a economia mundial. É bom lembrar que a maior parte do petróleo consumido no ocidente vem dos países árabes, cujo modelo político está baseado em ditaduras como a do Egito.

Gustavo Pamplona

Como perguntar não ofende lá vai… Qual é a relevância da Tunísia (e até mesmo do Egito) no contexto mundial?

Bom… a Tunísia tem um PIBizinho de pouco mais de 40 bi e o Egito tem um PIB de quase 220 bi, aí eu pergunto: Isto faz alguma diferença?

Mas é claro que o Egito tem relevância histórica, pirâmides, sítios arqueológicos, múmias e toda aquela bobagem falando que alienígenas é que mandaram erguer as pirâmides.

É… eu sou assim mesmo… se o País não tem pelo menos 1 trilhão de PIB ou que não seja ocidental então ele não tem relevância alguma.

    Gustavo Pamplona

    Primeiramente…. Esqueçam o "eu sou assim mesmo"… mudem para o "o mundo é assim mesmo", sabem por quê?

    Vocês se lembram de quando a China tinha um PIB inferior ao do Brasil e era essencialmente um país agrícola cheio de mihões de miseráveis que basicamente plantavam arroz?

    Se bem que… ainda existem os milhões de miseráveis… apenas o governo chinês deu um "jeito" de escondê-los.

    Bom… na época os orgãos de imprensa da Europa e dos EUA não davam muito a mínima para a China e não davam muita importância ao Brasil também. É basicamente isto…

    E não é de esperar o porque os órgãos de imprensa brasileiros já que são todos cheios de "colonistas" (PHA) não dão a mínima para o que acontece em países árabes.

    Daniel

    Meu caro, o oriente médio tá transbordando petróleo. O Egito realmente pode não ser importante economicamente ao ocidente, assim como o Irã, Tunísia e outros não são. Mas a Arábia Saudita, Iraque e Kuait são, por causa do petróleo. Qualquer movimentozinho revolucionário chinfrim pode atrapalhar o fluxo do petróleo, e é justamente por isso que os EUA e os Sheiks precisam tanto do oriente médio estável. Lembre-se que basta uma vela pra causar um incêndio.

    Elton

    Dão atenção ao mundo árabe sim!!! Desde que lá ocorra alguma coisa que possa afetar os interesses de Israel.

    Gustavo Pamplona

    Parabéns… Elton!!! É basicamente isto…

    Se você tivesse visto como a Globo (leia-se JN) tratou da derrubada da ditadura do Egito. Bom… praticamente toda "reporcagem" eles tinham uma preocupação (ironia) com Israel.

    E conforme você disse: Para o ocidente não importa o que acontece no mundo árabe desde que não afetem Israel.

    Neuza Gentilini

    Ô Gustavo, tu mereces a Globo…

    manrel

    Será que o Gustavo não se preocupa tambem com Cuba, Irã, e Venezuela? duvido, a "importância" não é o PiB é ideológica.

    Elton

    É…que você é asism mesmo já se percebeu há algum tempo……..e precisa estudar muuuuuita geopolítica pra dizer se "A" ou "B" tem ou deixa de ter relevância. Em primeiro luga: Há que se ter um mínimo RESPEITO por outros povos e não insinuar que há os "bons" e o "resto". Mas como isto depende do sujeito ser ou não esclarecido, deixa pra lá…….
    O Egito é há três décadas um guardião dos interesses de Israel no Oriente Médio e por conseguinte, dos EUA. A Tunísia em si é um pequeno e discreto país do Norte da África e serviu de inspiração para o que ocorreu no Egito e agora poderá verificar-se na Argélia e outros países da região.
    Em resumo é isto, pergunte e responderei aos poucos, caso seja de seu interesse.

    SILOÉ

    Gustavo Pamplona
    Não tem relevância, porque você não sai do seu quintal.

    Guanabara

    A relevância da Tunísia e do Egito, meu caro Gustavo, está nas mais de 10 milhões e de 80 milhões de pessoas que lá habitam respectivamente, em condições precárias e em detrimento de uma ridícula minoria milionária, apoiada pelos EUA e Europa, que cerceiam qualquer tipo de liberdade desse povo, minorias estas pagas para fazer o que fazem: manter o povo sob suas rédeas e entregar e/ou facilitar o acesso das riquezas dessas nações aos mais bem armados do planeta. E pra ver gente assim mais de perto, não precisa ir pro norte da África. 10 anos atrás tinha uma galera aqui no poder bem chegada a fazer isso.

    Lucas Cardoso

    Todos os países tem relevância no contexto mundial. A economia mundial é interdependente. Além disso, o Egito é um dos principais aliados dos EUA no Oriente Médio, e essencial para que o cerco contra o Hamas continue. Mais, a Tunísia e o Egito são países árabes. Revoluções neles tem o potencial de se espalhar por todas as autocracias do Oriente Médio, que como todos sabemos é uma região rica em petróleo.

    Mas deixando tudo isso de lado, quando um país, qualquer país, se liberta da tirania, isso é uma notícia boa. Não importa se é o Brasil ou Liechtenstein, devemos comemorar. :)

    Elton

    Aliás Liechtenstein é um dos menores países do mundo mas é paraíso fiscal……será que não tem relevância? De acordo com o Gustavo acho que não……

    assalariado.

    Pensamento típico de classe média reacionária(pequena burguesia), espelho da burguesia capitalista tradicional que, mede as pessoas/nações pelo tamanho do seu bolso.Raciocínio este contaminado pelo PIG e não consegue ver/enxergar fora do quadrado da midia PIGuiana.Preconceito puro de quem segue a risca o esterco do pensamento neoliberal,disfarçado de progressista,lamentável… Este,é o modelo de pessoas que cabem certinho ao titulo deste post: "bem informados,mal esclarecidos" …dito e feito…

    Sueli Gutierrez

    Até receita de tortas e bolos está sendo veiculado no jornal da Globo, isso é relevante ?
    Eu assisto com relativa frequência o jornal TV 5 France Monde et mesmo hoje, domingo, o noticiário sobre Egito teve 4' e 30" de informação com dois jornalistas no local: um ao vivo e outro editado. Mais de trezentas pessoas foram mortas. Eu não entendi isso aqui em noticiário brasileiro…

    Lucas Parente

    Ei, psit: Isso foi ironia ou atestado de ignorância?

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