Emílio Rodriguez: Brasil cresce mais que EUA desde 2008 e mídia esconde

Tempo de leitura: 3 min

por Emílio Carlos Rodriguez Lopez, especial para o Viomundo

Estamos no sexto ano da maior crise do capitalismo mundial, só comparável à de de 1929.

Nesse período, o mundo perdeu — e ainda não recuperou! — 65 milhões de postos de trabalho, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), até o final de 2013.

Enquanto isso o Brasil conseguiu criar mais de 11 milhões de empregos na economia formal.

Aqui, vale relembrar que a economia informal é quase do mesmo tamanho que a formal.  Esse indicador pode ajudar a explicar por que, mesmo com crescimento menor do que a média dos últimos anos, ainda há um sentimento de razoável conforto econômico por parte da população.

No final de abril, o jornal Estado de S. Paulo publicou uma longa matéria sobre a crise nos Estados Unidos, apontando que, pós-crise, em média, eles cresceram 1,8%, por ano e ainda não conseguiram voltar o nível de emprego anterior a 2008.

Já o Brasil, desde a crise, cresceu 3,1%, em média, ao ano.

Essa matéria do Estadão, diga-se de passagem, é raridade na grande imprensa brasileira.

Explico. No Brasil, a crise mundial quase sumiu do noticiário, que, atualmente, só se dedica a divulgar os problemas internos, aquilo que foi definido como guerra de expectativas ou terrorismo econômico.

Lembro um dado conjuntural: a economia americana neste trimestre se retraiu em 1% e a brasileira cresceu 0,2%.

Em meados de abril, na apresentação da Lei de Diretrizes Orçamentárias- LDO de 2015, do governo federal, a ministra do planejamento, Miriam Belchior, apontou  que o Brasil teve boa recuperação econômica comparada a outros países. Ficamos mais de 10% à frente dos Estados Unidos e a Europa ainda não se recuperou da crise de 2008.

Detalhe: a revisão do PIB de 2013 mostrou que crescimento foi maior ao anunciado anteriormente; foi de 2,3% para 2,5%

Um dos fatores que alimentaram a crise de 2008 é que mais de um trilhão de dólares de dinheiro fictício, operado pelo mercado financeiro, “evaporaram”. E isso tem impactado o crescimento da economia mundial e brasileira.

Para enfrentar a crise de 2008, o governo federal optou por aumentar recursos para o BNDES e outros bancos públicos com o objetivo de o crédito ajudar a produção, o consumo e segurar os postos de trabalho.

Este talvez seja o grande nó do embate hoje.

O grupo de economistas neoliberais, que estava no governo FHC e agora comanda as propostas de campanha de Aécio Neves, defende a implantação da política de “austeridade” no Brasil.

O objetivo é provocar uma recessão, como ocorre na Europa, que gera desemprego e reduz salário dos trabalhadores. Em consequência, poderá reduzir ao máximo políticas   como o PAC, Minha Casa, Minha Vida.

Ou seja, risco de retorno das políticas de redução do tamanho do Estado que costumam proteger os ricos e jogar nas costas do trabalhador os custos da crise econômica.

Essa política provoca graves efeitos colaterais, já que promove  a corrosão das bases da democracia e gera o crescimento de movimentos de cunho fascista ou neonazista, como os que assistimos na Europa.

Recentemente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, num debate a respeito da propaganda política do PT sobre o perigo de uma voltada ao passado, afirmou que o PT também é o passado.

O debate não é sobre o passado, pois todos sabem que a crise de 2008 representou um grande questionamento do pensamento único neoliberal.

Fernando Henrique deveria lembrar que olhar para trás e entender o passado é fundamental para pensar o presente e projetar o futuro.

Nesse sentido, o debate político começa com as declarações do presidencial Aécio Neves (PSDB), que deseja implantar “medidas impopulares” em seu hipotético governo.

Desse modo, o que estará em jogo nas eleições de 2014 é quem deve pagar as contas da crise mundial.

Faremos como dirigentes europeus, que preferiram a recessão e o alto desemprego e agora colhem  o crescimento da extrema direita, do racismo e da xenofobia?

A resposta a esta questão virá em outubro, quando o povo escolher o(a) novo(a) presidente(a).

Leia também:

Altamiro Borges: O Globo, que apoiou a ditadura militar, agora defende democracia sem povo

Lula à CartaCapital: A mídia foi contra o meu governo e o de Dilma


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Comentários

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Tutameia

os brasileiros eramos uns tipos de doidos mansos, bobos alegres que todos passavam a mão na bunda..continuamos bobos, continuamos doidos, mas não somos mais alegres nem mansos..e continuam passando a mão na nossa bunda.

FrancoAtirador

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Organização Internacional do Trabalho (OIT) – ONU

Arrocho Neoliberal que o PSDB quer trazer para o Brasil

já produziu um contingente de 800 mil crianças pobres na Europa.

1/4 da população dos 27 estados da União Européia (UE)

está sob iminente risco de pobreza ou exclusão social.

(Carta Maior)
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03/06/2014 12h35
Agência Lusa, Genebra, via Agência Brasil/EBC

OIT: medidas de austeridade na Europa levam 800 mil crianças à pobreza

As medidas de austeridade adotadas pelos governos de países da Europa a partir de 2008, levaram, como um dos efeitos mais visíveis, 800 mil crianças para a pobreza. Os dados constam de um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado hoje (3).

“Em 2012, 123 milhões de pessoas nos 27 Estados-Membros da União Europeia, ou 24% da população, estavam em risco de pobreza ou exclusão social e cerca de mais 800 mil crianças viviam na pobreza do que em 2008”, lê-se no Relatório sobre Proteção Social no Mudo 2014/2015, no capítulo Erosão do Modelo Social Europeu.

Segundo o documento, o aumento da pobreza e da desigualdade resultou não apenas da recessão global, mas também de decisões políticas específicas de redução das transferências sociais e de limitação do acesso a serviços públicos de qualidade, que se somam ao desemprego persistente, salários baixos e impostos mais altos.

“Em alguns países europeus, os tribunais declararam os cortes inconstitucionais”, prossegue o relatório, apontando os casos de Portugal, da Letônia e Romênia, e acrescentando a iniciativa do Parlamento Europeu de investigar a legitimidade democrática das medidas de ajustamento e do seu impacto social em Portugal, na Irlanda, no Chipre, na Espanha, Eslovênia, Grécia e Itália.

“O custo do ajustamento foi transferido para as populações, já confrontadas com menos empregos e rendimentos mais baixos há mais de cinco anos.
Os ganhos do modelo social europeu, que reduziu significativamente a pobreza e promoveu a prosperidade no pós-2ª Guerra Mundial foram erodidos por reformas de ajustamento de curto prazo”, informa o relatório.

O relatório da agência da ONU para o Trabalho, com sede em Genebra, sublinha, no entanto que, contrariamente à ideia generalizada, a austeridade não atingiu apenas os países europeus.

“As medidas de contenção orçamentária não se limitaram à Europa.
Em 2014, nada menos que 122 governos reduziram a despesa pública,
82 deles de países em desenvolvimento”, informa.

Essas medidas, tomadas depois da crise financeira e econômica de 2008, incluíram reformas dos regimes de aposentadoria, dos sistemas de saúde e de segurança social, supressão de subsídios, reduções de efetivos nos sistemas sociais e de saúde.
Atualmente, segundo o documento, mais de 70% da população mundial não tem uma cobertura adequada de proteção social, definida como um sistema de proteção social ao longo da vida que inclua o direito a prestações familiares e para menores, seguro contra desemprego, em caso de maternidade, doença ou invalidez, aposentadoria e seguro saúde.

Em matéria de saúde, o relatório indica que 39% da população mundial não têm acesso a um sistema de cuidados de saúde, porcentagem que sobe para 90% nos países pobres.
Segundo a OIT, faltam cerca de 10,3 milhões de profissionais de saúde no mundo para garantir um serviço de qualidade a todos os que necessitam.

Sobre as pensões, a OIT indica que 49% das pessoas que atingiram a idade para se aposentar não recebem qualquer pensão.
Dos 51% que recebem, todavia, muitos têm pensões muito baixas e vivem abaixo do limite de pobreza.

Em relação ao desemprego, só 12% dos desempregados de todo o mundo recebem seguro desemprego, porcentagem que varia entre 64%, na Europa, e menos de 3% no Oriente Médio e na África.

(http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-06/oit-austeridade-na-europa-lancou-800-mil-criancas-na-pobreza)
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FrancoAtirador


WASHINGTON DC USA
US Department of State
PRESS RELEASE

03/06/2014
Comunicação Millenium

Pesquisa de instituto Pew Research Center dos EUA

revela que 72% dos brasileiros estão insatisfeitos

Fonte: O Globo


Luiz Carlos

Puro besteirol para enganar leigos. Países pobres e emergentes sempre crescem mais do que os ricos, onde toda a infraestrutura já está pronta. O contrário é que seria notícia. Somente em ocasiões excepcionais um país rico cresce acima de 3%. Países pobres,a não ser quando em crise, crescem acima disso.

FrancoAtirador

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BRICS: a busca por um novo paradigma financeiro internacional

A necessidade de enfrentar a crise internacional
tem que ser uma premissa de transformações estruturais
e não simples mutações de curto prazo.

Por Mario E. Burkun*, na Carta Maior, via O Palheiro

Buenos Aires – A necessidade de poder afrontar, conjuntamente, as oscilações das fugas de liquidez em dólares e em euros durante o processo de globalização que estamos vivendo obriga economistas e políticos a quererem decidir as políticas de desenvolvimento por nós.

A submissão que implica a dupla condicionalidade do FMI e do Banco Mundial para destravar endividamentos de países e de empresas com o setor bancário privado e público internacional é o primeiro problema do debate.

O segundo grande assunto é como conseguir desviar empréstimos e investimentos que não sejam de especulação puramente financeira e de curto prazo e direcioná-los ao investimento de liquidez na produção de bens duráveis e de capital.

Logo, qual papel a soberania e a governabilidade política devem exercer diante da intromissão nos Estados impostas pelos planos de ajuste e as informações assimétricas e as más práticas desses organismos e das agências que avaliam e qualificam o risco soberano?

Em definitivo, como limitar os impactos econômicos de curto prazo na crise sistêmica do capitalismo na globalização, e suas sequelas de deslegitimação política e de desmerecimento de graus de liberdade alcançadas com o papel multilateral e os graus de liberdade que as potências emergentes alcançaram com seu ímpeto de controlar o novo neocolonialismo.

A próxima reunião dos BRICS terá dois eixos econômicos transcendentes:

A] criar um banco representativo do grupo, somando os aportes de parte dos fundos de estabilização dos países-membros, aportes que somam aproximadamente 100 quatrilhões de dólares, em função do tamanho de cada país.

– O Banco será de intervenção rápida no caso de ataque especulativo contra uma moeda do grupo.
Exemplo: A situação atual de fuga de divisas contra o rublo.

– Permitirá saldar desequilíbrios de balança comercial entre os países e facilitar transações com moedas próprias substituindo dólares e euros.

– Deve orientar investimentos produtivos de retorno lento.
Assim como facilitar créditos ao consumo e produção a taxas de interesse de acordo com as prioridades de desenvolvimento.

– Buscará impedir a “guerra” de tipos de câmbio e de fuga de capitais líquidos, colocando pautas de controle fiscal e financeiro.

B] O outro grande item é a criação de uma agência qualificadora e avaliadora de risco soberano e da factibilidade dos investimentos nos BRICS e em terceiros países para evitar a perversidade que as más práticas e assimetrias representam no uso das informações das três atuais qualificadoras do mundo financeiro.

Finalmente se discutirá o tema da governabilidade política e da ampliação dos participantes tratando de incorporar a Argentina, depois a Indonésia e o México.

Nosso país [a Argentina] não participou oficialmente nas instâncias prévias, exceto com economistas individuais que aportam ideias e políticas de forma autônoma, querendo facilitar o governo a assumir seu papel internacional neste novo paradigma financeiro, tão urgente cada vez que a camisa de força da dívida provoca instabilidade financeira no curto prazo.

A necessidade de enfrentar a crise internacional tem que ser uma premissa de transformações estruturais do sistema e não simples mutações de comportamentos políticos de curto prazo.

O momento é adequado pela fortaleza política e econômica dos atuais governos tanto nos BRICS como em nosso país.
Para que, na próxima cúpula, possamos ver os BRICS em ação internacional.

*Mario Enrique Burkún, diplomata argentino, é economista e professor da Universidade de Buenos Aires. (http://www.consejo.org.ar/Cv05/burkun_mario.htm)

(http://www.opalheiro.com.br/brics-a-busca-por-um-novo-paradigma-financeiro-internacional)

Regina Braga

Com todos os erros do PT…O nosso país está empregando,desenvolvendo,realizando projetos…o povo come,viaja,e comprou carro,pode? No submundo dos demotucanos só existe negatividade,”Sempre foi assim”…uns pobres e outros ricos…”Não vai mudar”…complexo de vira saquinho…”Políticos são todos iguais”…Não,existe muita gente boa na política…só pra citar um…GENOINO!

Urbano

O pig esconde porque é o maior mercenário fascista no Brasil, a serviço da casa caiada por fora, mas com uma podridão sem igual em seu âmago.

    Urbano

    Lá a corrupção é manejada em batch…

Fernando

Legal, a gente fica orgulhoso de crescer mais que um pais em recessão.

Tipicamente petista

    Julio Silveira

    Legal é a gente saber valorizar a vida, quando enxergamos a nossa volta tanta gente morta no mesmo acidente.

    Jose Bento

    Ou tu não entendeu nada ou faz que não entendeu. Não é orgulho em crescer mais que um país que está em crise. É apenas para mostrar que as políticas executadas nos governos Lula e Dilma evitaram e continuam evitando que o Brasil entre na mesma crise em que USA e UE estão.

    Fernando

    haha como fala besteira.

    O Brasil não entra em uma crise como os desenvolvidos simplesmente porque não está desenvolvido.

    É aquela velha linha de parábola, eles estão na parte de cima e nós la embaixo.

    Edi Passos

    No tempo do outro Fernando, o Henrique Cardoso, o Brasil quebrava sempre que havia uma ameaça de crise em qualquer lugar do munto, como por exemplo na Russia, no México ou na Cochinchina.

    Agora a crise atinge severamente a “locomotiva” e os “principais vagões” do mundo e o Brasil continua crescendo e gerando empregos.

    E não é para ter orgulho?!

JoaoMineirim

Sempre que alguns “conhecidos” publicam, no facebook, algumas inverdades sobre a economia brasileira, eu publico números e peço a eles os números que comprovem seus discurso. Eles rebatem com um monte de palavras, uma diversidade de adjetivos pejorativos contra o PT, mas não conseguem apresentar um número, um fato. Os “sabidos” e “esclarecidos” fundamentam suas opiniões nas opiniões de RA e Jabor, por exemplo. Estão constantemente lutando contra a realidade dos fatos, por isso, são, a cada dia, mais agressivos, por causa desta dissonância entre a realidade e o entendimento de mundo que eles têm.

    Wahsington Lopes

    Venho fazendo o mesmo. Bando de analfabetos que acreditam em tudo que falam nas redes sociais. E ainda usam o Google corretor ortográfico para escrever os textos deles, coisa que se fosse escrever mesmo sairia tudo errado.

Julio Silveira

A midia corporativa que se diz brasileira é muito cadela. Hoje mesmo pude constatar esse trabalho de formiguinha que fazem para prejudicar o Brasil, e por conseguinte a estima da cidadania nacional. Olhava o programa do mau dia Brasil, até o momento que entrou a urubologa, em clima de velório, pegando a escada que seus colegas lhe deram e desatou a falar em possíveis desempregos, ferias coletivas, taxas baixas brasileiras, e um festival de tristezas para entristecer o dia da cidadania desde a manha. Mudei logo de canal, para não ser contaminado. Ainda mais quando sei da manipulação e da falta de critérios, onde neste momento serve aplicar a descontextualização com a crise mundial e principalmente a americana, que foi sempre parâmetro de comparação deles. Coisa que não víamos naqueles períodos em que interessava, como sempre, rebaixar a nossa auto estima, usando a costumeira comparação depreciativa quando o Brasil via-se mal e seus exemplos incensados como o supra sumo dos países, dando a entender onde devíamos nos espelhar.

    ricardo

    Isso, muda de canal que as coisas melhoram.

Julio Silveira

Eu francamente espero que os cidadão brasileiros votem pensando em como estariamos nas mãos dos tucanos.
Que votem amparados em realidade não em fantasias e nos shows de irrealidade que eles e seus apoiadores midiaticos fazem com o unico intuito de garantir suas prerrogativas economicas e de poder.

FrancoAtirador

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Dado Conjuntural

1º Trimestre de 2014

A Economia [PIB] dos United States RETROCEDEU 1%

enquanto a Economia [PIB] do Brasil CRESCEU 0,2%
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O PIB da Inglaterra (Reino Unido) também cresceu…

29/05/2014 14h18
UOL São Paulo

Drogas e sexo são incluídos no PIB do Reino Unido

Prostitutas e traficantes vão acrescentar 10 bilhões de libras (R$ 37 bilhões) à economia do Reino Unido por causa de mudanças no cálculo do PIB (Produto Interno Bruto, que mede o total de riquezas produzidas num país).
A informação é do jornal britânico “Financial Times”.

A inclusão de atividades ilegais na medição é parte de um projeto do Oficce for National Statistics (Escritório de Estatísticas Nacionais, o IBGE do Reino Unido).

Essas alterações entram em vigor a partir de setembro e devem acrescentar até 5% ao PIB de 2009.
Ainda não foram feitos cálculos para anos mais recentes.

Segundo estimativas do ONS, a prostituição vai acrescentar 4,4 bilhões de libras (R$ 16,33 bilhões) ao cálculo da economia britânica.
O comércio de drogas deve somar 5.3 bilhões de libras (R$ 19,67 bilhões).

(http://olimpiadas.uol.com.br/busca/montecarlo.htm?tag-id=5787&tag-texto=%20Reino%20Unido)
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