Zé Dirceu: Corte de gastos com aumento de juros é recessão e crise social

Tempo de leitura: 2 min

dilma

De costas para o PT?

Uma semana preocupante

10 nov 2014

do Blog do Zé Dirceu

A semana não começa bem e o que temos não nos parece nada bom.

Esse anúncio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo prepara cortes de gastos e redução de subsídios como parte dos ajustes na política econômica para 2º mandato da presidenta Dilma Rousseff decididamente não prenuncia boa coisa.

“Precisamos realizar consolidação fiscal, sem estímulos fiscais para a economia”, disse o ministro.

“Temos de caminhar para uma alta gradual do (superávit) primário ante 2014.”

De acordo com o ministro, o resultado primário (a economia do governo para pagar os juros da dívida pública) deverá fechar 2015 em 2% a 2 5% do PIB.

Ainda sem dar detalhes, ele adiantou que, no próximo ano, o governo vai reduzir os subsídios financeiros nos empréstimos do BNDES.

Poderá promover, também, reduções nos pagamentos de auxílio-doença, que hoje chegam a R$ 70 bi por ano, e na pensão por morte, que chega a R$ 90 bi.

Sobre o fator previdenciário, ele disse que não está sendo discutido no Orçamento.

O fim dos subsídios – política anticíclica – deve ocorrer por dois motivos, de acordo com o ministro: o 1º é que o nível de atividade mundial vai se recuperar e isso vai ser positivo para a expansão do país; o 2º – o que implica, também, num reconhecimento feito pelo ministro – é que as contas públicas precisam de ajustes, focados na redução de despesas.

Isso dá recessão

Corte gastos com aumento de juros – como o decretado pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) recentemente – é receita certa para recessão e crise social.

Tampouco é boa a perspectiva de que a presidenta Dilma vete alguns itens do projeto de renegociação da dívida de Estados e municípios com a União, aprovado semana passada.

Vetar o que foi aprovado pelo Congresso Nacional nessa negociação da dívida pode ser um tiro no pé dado as tradicionais relações ruins, em muitos momentos, do governo com o Legislativo e os partidos da base.

Há receio de que o governo vete, principalmente, o item do projeto que possibilita retroatividade na renegociação das dívidas.

Toda essa dívida não passa de papel sem nenhum valor e devia ser renegociada nas melhores condições possíveis, no limite para permitir aos Estados e municípios investir na infra estrutura e nas cidades – na educação, na juventude, na mobilidade urbana e na logística viária, no saneamento, em cultura e lazer.

E cuidar, também, das exportações e da redução das importações…

Tudo para investir ainda mais para o país crescer, arrecadar mais e melhorar as contas públicas.

Para tanto, essa melhora implica redução drástica e já dos juros, liberando quase R$ 100 bi dos R$ 200 bi hoje destinados a pagar os juros altíssimos – únicos em todo mundo – que pagamos pelo serviço de nossa dívida interna.

Aí, sim, dá para se discutir um aumento do superávit e equilíbrio progressivo das contas públicas e externas do país.

Leia também:

Economistas contra a ‘campanha pela austeridade sob coação’

Emparedando Dilma: Como colocar a crise nas costas dos mais fracos


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Tonho

Não importa em quem você, eu e nós votamos. A “banqueirocracia” segue de vento em popa.

Aderbal

Obs: comentario reenvido devidos erros de grafia e faltando palavras.
Vejam os senhores a “PEVERSIDADE” que o governo federal faz com os brasileiros que ganha salarios irrisorios, “COM A NÃO CORREÇÃO DA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA, PELA INFLAÇÃO DO PERIODO”, hoje quem ganha R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos reais) paga imposto de renda, e o pior, quando o cidadão faz a declaração em abril, e “PARCELAR” o imposto a pagar, “TERÁ UM SURPRESA DESAGRADAVEL” a partir da segunda parcela, a correção do valor das parcelas “É A SELIC CHEIA + IOF), isso equivale a dizer que, se a taxa da selic em 12 meses for de 15%, e o valor da 1ª parcela foi de R$ 200,00 (duzentos reais, a 2ª parcela o cidadão pagará R$ 230,00 + IOF, a 3ª parcela, o valor é calculado sobre o valor da 2ª parcela, ao chegar a 8ª parcela, o cidadão pagou uma “CORREÇÃO EXTORSIVA”. O pior ainda não é isso, a receita federal não processa todas as declarações no mesmo ano, leva até 03 ou 04 anos, se um cidadão optou por fazer uma declaração completa por ter efetuado alguns pagamentos que eram dedutiveis, e depois a receita achar que não será, o cidadão estará ferrado, a receita retira todos os valores declarados das deduções, e deveria por questão de justiça, aplicar a “DECLARAÇÃO MODELO SIMPLIFICADO” que dá ao contribuinte desconto padrão de 20%, ao recusar todos os valores pagos que eram passiveis de dedução, a base para o calculo do imposto a pagar vai para as alturas, exemplo: se no “MODELO SINPLIFICADO” e cidadão pagaria R$ 1.450,00, no “MODELO COMPLETO”, retirando os descontos da dedução, o valor do imposto a pagar subiria para R$ 2.500,00, e quando o cidadão recebe essa “NOTIFICAÇÃO”, esse valor “ATINGE VALORES ESTRASTOSFERICOS SUPERIOR A R$ 15 MIL REAIS”, se a receita aplica “CORREÇÃO IMORAIS”, a “PGFN” (PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA NACIONAL), não deixa por menos, aplica uma multa de 20% sobre o valor, que já era um “ESCANDALO”, uma funcionaria disse a um amigo meu, que isso era a “NORMA”, os brasileiros estão sendo “ASSALTADOS” pela “RECEITA FEDERAL”, enquanto isso, as restituições do imposto cobrado a mais, é corrigido pela inflação do periodo, isso é uma grande “IMORALIDADE”, o Rui Barbosa estava certissimo quando no milenio passado disse, que ia chegar o tempo de o cidadão de bem “TER VERGONHA DE SER HONESTO”.

    Carlos Salgado

    Meu irmão,
    é uma sacanagem, não resta dúvida. E o quê fazer?
    Me parece que a reforma política é o primeiro passo. Não há como fazer as contas públicas do país socialmente mais justas (Reforma tributária) sem que o poder econômico (que por hora se beneficia do caos tributário brasileiro) perca sua super-influência no legislativo.
    Um abraço!

Mauro

Vamos ver quem da a ultima palavra se o mercado ou a Presidenta

José

A Cereja do bolo é o zé cardoso no STF. E o chuchu quer R$ 3,5 bi para nao deixar a locomotiva virar sertão.

ZePovinho

Existe uma clara percepção de que o governo influi na política fiscal(ministério da fazenda),mas não o faz na política monetária(Banco Central).Ali o mercado mora e considera como A Casa Da Luz Vermelha…
Enquanto quer cortar o investimento na população que paga impostos,não faz o mesmo com o maior gasto do Estado brasileiro:os juros da dívida pública.Esses juros até poderiam continuar,mas com uma taxa bem menor do que a atual que é ,em grande parte, manipulada por meio de expectativas geradas na imprensa pelos especuladores.

alfredo de padua

sem comentários

FrancoAtirador

.
.
Ora, ora, Ministro Dirceu, é a tal ‘Costura de Alianças’

que vem ocorrendo desde o ano 1500, e que foi ratificada

pela enésima vez no Brasil, com a Carta aos Brasileiros.
.
.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Está lá na “Exposição de Motivos nº 143/2014,
    do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
    encaminhada pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional
    juntamente com a Mensagem Presidencial nº 251/2014”,
    por ocasião da apresentação do Projeto de Lei Orçamentária:

    “Em razão do cenário econômico atual,
    o Brasil necessita manter um quadro de responsabilidade fiscal
    que permita continuar gerando resultados primários compatíveis
    com a redução na dívida pública em relação ao PIB
    e com a execução de investimentos e políticas sociais,
    garantindo, assim, o controle da inflação
    e os estímulos ao investimento e ao emprego”

    São os ponderados “argumentos técnicos apresentados pelo Governo,

    orientados à elaboração do projeto de lei orçamentária de 2015

    fiscalmente responsável, respeitada a meta de superávit primário”.
    .
    .

Fábio de Oliveira Ribeiro

Tucanos engraçadinhos perderam a eleição e querem governar. Ha, ha, ha… Enfie mais juros baixos nas cloacas deles, Dilma Rousseff.

    ailda gabler

    Isso aí, fábio!

Deixe seu comentário

Leia também