Na RBS, Duda antecipa Aécio, e promove arrocho a favor de “colegas”

Tempo de leitura: 5 min

Eduardo_Melzer

Duda antecipa Aécio: O arrocho é benéfico para os “colaboradores”

Chamando os funcionários de “colegas”, presidente da RBS anuncia demissões e defende crescimento da empresa

por CR, de Porto Alegre

Passando os olhos pela carta enviada pelo Grupo RBS aos jornalistas da empresa, no fim da tarde desta segunda-feira, chama a atenção a intimidade da assinatura do e-mail: Duda. Trata-se de Eduardo Sirotsky Melzer, presidente da empresa, que escreve logo após o anúncio das 130 demissões que o grupo deve fazer esta semana. Ele – o patrão – também chama os funcionários de colegas, prática recorrente da mídia nativa, como seguidamente alerta Mino Carta.

Mas quem pensar que a intimidade do tratamento tenta estabelecer uma certa empatia com os funcionários vai se enganar. A leitura do longo texto revela que o objetivo da empresa é bem outro. E não tem nada a ver com qualidade da informação ou algum resquício de jornalismo. Não se fala em comunicação e conteúdo nem pró-forma.

A carta prega o DESAPEGO de coisas que não fazem a empresa crescer, trata o tema das demissões com frieza, como se fosse uma ação cotidiana qualquer, defende enfaticamente a meritocracia como método, tenta convencer que os cortes são pelo bem dos próprios funcionários e traz como únicas pautas positivas os negócios da empresa.

Não se sabe quais jornalistas serão demitidos, e até quarta todo o grupo vai ter que dormir com a incerteza. Mas o mais dramático é a indiferença do grupo com a situação. Em vez de lidar com as questões pessoais dos profissionais que vão sofrer com o corte e de mostrar alguma sensibilidade e humanismo, o e-mail foca no desempenho da empresa, buscando, em um momento como esse, apenas o engajamento dos jornalistas com a situação do grupo.

Pouco importa que colegas estejam indo pra rua, em um mercado em que não há muitas alternativas viáveis, o importante é que agora todos podem comprar vinhos e cervejas das outras empresas do grupo. Que, aliás, já estão chegando a outros países.

É até difícil escolher quais trechos destacar para comentar essa carta, mas fico com o extremo desrespeito não só ao jornalismo, mas principalmente às pessoas que fazem com que ele aconteça.

Acrescento ainda cinco fatos da trajetória recente da Zero Hora que podem contribuir para a interpretação da carta:

1) Agoniza prejuizo de R$ 60 milhões com o grupo RBS em 2013

2) Perde circulação de 4% no primeiro trimestre de 2014

3) É condenada em R$ 300.000,00 por uso de informação confidencial. A Justiça considerou a prática crime de concorrência desleal

4) É condenada em R$ 300.000,00 por submeter trabalhadores a condições humilhantes

5) Anuncia a demissão de mais de uma centena de trabalhadores na próxima quarta-feira (06/08) e deixa o clima tenso em toda a redação

 O e-mail:

Caros colegas,

Escrevo para reforçar a mensagem que compartilhei com vocês nesta segunda-feira, em videoconferência, e para detalhar minha visão em relação ao futuro da nossa empresa, pois quero manter entre nós um ambiente de clareza e transparência.

As transformações radicais e a velocidade impressionante pelas quais a indústria da comunicação tem passado exigem energia e dedicação para entender o momento e também coragem para promover os ajustes que precisam ser feitos para continuarmos crescendo.

Mudar não é opcional. É vital para o nosso projeto empresarial.

O cenário atual apresenta realidades paradoxais. Por um lado, os modelos tradicionais estão altamente desafiados. Por outro, o avanço tecnológico e a forma de consumir mídia nunca geraram tantas oportunidades e tanta abertura para a inovação como nos dias de hoje. Aquelas empresas que têm a coragem de se posicionar no mundo novo sairão fortalecidas.

Nesse sentido, acredito muito na relevância dos nossos produtos, no jornalismo de qualidade, na comunicação e no desejo cada vez maior por conteúdo de entretenimento diferenciado. As necessidades continuarão existindo. O que muda é a forma como serão atendidas. Se queremos continuar crescendo temos de nos reinventar imediatamente, investindo em atividades e negócios que geram resultados positivos e deixando de fazer o que não agrega para nossa empresa e para o mercado.

Quero convidar todos vocês a romper paradigmas, quebrar barreiras e colocar a RBS cada vez mais no grupo das empresas vencedoras, daquelas empresas que constroem oportunidades de mercado para se posicionar e conquistar a liderança.

Teremos uma semana intensa pela frente, pois na quarta-feira faremos cerca de 130 demissões, de um universo de 6 mil pessoas, com o objetivo de buscar produtividade e maior eficiência. São cortes que precisam acontecer, principalmente na operação dos jornais. Não estou de forma alguma insensível ao impacto que demissões geram na vida das pessoas e da própria empresa, porém acredito que tanto os profissionais quanto as empresas precisam repensar o modo como atuam.

O Grupo RBS emprega milhares de pessoas. Não promover mudanças seria uma irresponsabilidade com estes profissionais, um erro com todos vocês, além de um descaso com nossos clientes e com o nosso projeto de futuro, que já está em andamento.

É importante destacar que a RBS não passa por uma crise financeira. Ao contrário. Estamos investindo e redesenhando a nossa operação, buscando velocidade e desprendimento que são vitais para a preservação do nosso projeto empresarial.

Fizemos, nos últimos 12 meses, uma análise muito detalhada de todos os nossos negócios e atividades. Eu me envolvi pessoalmente nesse processo. A partir do que vimos, fizemos investimentos importantes que ajudam a deixar clara a nossa crença no negócio.

Dobramos as equipes dedicadas ao digital, tanto nas redações quanto no Tecnopuc, e triplicamos os investimentos nesta área. Até o fim do ano, só no Tecnopuc, em Porto Alegre, teremos quase 100 profissionais trabalhando exclusivamente na criação de soluções digitais para nossos produtos, em especial para os jornais.

Os 50 anos de Zero Hora marcaram o início de uma grande renovação do jornal, que agora começa a ser replicada em outros veículos. Inovamos na organização do conteúdo e criamos novos espaços para fortalecer o vínculo com o leitor. A partir de amanhã, Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina entram também nessa nova fase.

Na TV, teremos nesse ano as 18 emissoras com equipamentos totalmente renovados e tecnologia de última geração, cobrindo com sinal digital o Rio Grande do Sul e Santa Catarina antes do prazo determinado pelo governo federal.

Em rádio, nosso alcance cresceu com o lançamento da Gaúcha Serra, da Gaúcha Santa Maria e da Gaúcha Zona Sul. O rádio também tem feito um excelente trabalho na internet.

Na e.Bricks, nossa empresa digital criada há três anos em São Paulo, lançamos o Early Stage, um fundo para impulsionar ideias em tecnologia – um negócio contemporâneo que atrai empreendedores em busca de parceria para crescer. O fundo deve chegar ao final do ano com 16 empresas no portfólio.

Também na e.Bricks, ampliamos a operação da Wine, que já é a maior empresa de vinhos online do mundo, tanto que estamos agora preparando sua entrada no mercado internacional. E muitos de vocês que já são sócios da Wine agora poderão também ser da Have a Nice Beer, o maior clube online de cervejas da América Latina, que está vindo para o Grupo.

Gostaria ainda de citar dois exemplos de inovação e empreendedorismo que marcam a nossa gestão. O primeiro é o HypermindR, um centro de pesquisa no Rio de Janeiro, que vai desenvolver softwares para medir hábitos do consumidor. E o segundo diz respeito ao nosso modelo de gestão de pessoas, baseado na meritocracia. As ferramentas que desenvolvemos para dar mais transparência aos planos de carreira tornaram-se benchmark para muitas empresas e agora serão disponibilizadas ao mercado através da Appus, um negócio que nasceu aqui, dentro do RH.

Temos apoio dos acionistas nas nossas decisões e temos também pessoas qualificadas e comprometidas, recursos financeiros, solidez de caixa, coragem, energia e desapego para deixar de fazer coisas que não agregam e investir no que pode nos fazer crescer.

Na próxima sexta-feira, vou apresentar aos líderes da empresa a Carta Diretriz, um documento que reforça na RBS princípios como simplicidade, produtividade e eficiência, qualidade, inovação, crescimento sustentável e meritocracia. Tenho dito que somos uma empresa em beta. Isso significa que nosso processo de transformação será contínuo e permanente.

Como presidente, tenho compromisso com os acionistas, com a história da nossa empresa, com o nosso público e os nossos clientes.

Estou motivado, principalmente, pela grande confiança que tenho no trabalho e no comprometimento de cada um de vocês.

Vamos em frente!

Duda

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Comentários

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Beto São Pedro

Uma pergunta, a carta fala em 13 emissoras de tv, isto é legal, não ultrapassa o limite permitido, ou as 13 estão loteadas entre laranjas? Alguém pode explicar?

cid elias

zero hora – o único jornal do mundo cuja nota para o jornalismo de esgoto que pratica já vem no nome.

abolicionista

Para isso criaram a guilhotina…

João Vargas

A RBS históricamente foi contra os movimentos populares e reivindicatórios dos trabalhadores em geral. Lembro do Macedo falando na Rádio Gaúcha quando iniciou o movimento em POA para barrar o aumento das passagens, dizia ele, que o movimento não daria em nada e era inócuo pois as empresas já tinham aumentado as passagens e não voltariam atrás. Engano monstruoso, pois não só o movimento foi vitorioso como se espalhou em todo o Brasil e transformou-se nas grandes manifestações de junho. Não foi por menos que durante aquelas manifestações foram derramados vários sacos de esterco em frente a sede da empresa. Esta empresa sempre defendeu a direita rançosa no nosso estado,sempre esteve ao lado dos empresários em detrimento do trabalhador, e é esta filosofia que ela agora aplica em seus próprios funcionários.

João Vargas

Acho que a RBS está fazendo caixa para a campanha do Lazier e da Ana Amélia.

Mauro Assis

Não entendi, no texto, algumas coisas:

1) O que tem o RBS a ver com o Aécio

2) Uma empresa deve satisfação a seus acionistas em primeiro lugar. Além de cumprir o contrato de trabalho, não deve nenhuma satisfação a funcionário.

3) Vivemos no capitalismo, certo?. A alternativa a ele é legal, mas mata muita gente.

4) Cento e trinta demissões (2%) são mesmo tão graves assim?

5) Todos as empresas de comunicação do mundo estão se reinventando frente aos desafios da web. Porque na RBS seria diferente?

    Luiz Carlos Azenha

    1. Você anuncia que vai demitir 130 pessoas nos próximos dias. Então, 100% perdem o sono. É tortura, para dizer o mínimo. É o resumo de neoliberalismo, cujo representante mor nesta campanha eleitoral é um certo…

    Luís Carlos

    Aécio Neves ou aereoneves.

    Rodrigo

    Ao menos eles foram sinceros e diretos. Muito melhor do que ocorreu em empresas do setor de auto peças do ABC paulista no inicio do ano, onde o tão bem falado sindicato dos metalúrgicos do ABC fez reunião dizendo que só seriam cortados os funcionários que já haviam manifestado desejo de deixar a empresa.

    Duas semanas depois fui vitima dessa mentira deslavada e testemunha ocular de muitos pais de família desesperados por terem perdido seus empregos de uma hora para outra, quando o sindicato prometerá-lhes o contrário.

    Mauro Assis

    Azenha, concordo com vc que o negócio de anunciar as 130 demissões previamente foi ruim, eu não faria dessa forma. Acontece que não existe uma forma boa de se fazer isso, não é mesmo? Ele quis talvez preservar o moral da tropa que fica fazendo com que estes fiquem aliviados e até animados ao se verem salvos da degola.

    Mas a demissão em si é do jogo. E se o Aecim for dar uma enxugada no governo federal, tem meu apoio também. 39 ministérios é loucura, bicho! Como é que um gestor vai lidar com uma equipe de 39 gerentes? Estou na vida privada há 30 anos e nunca vi um presidente de empresa com 39 comandados diretos… não funciona mesmo! Tanto é assim que não está funcionando…

    Ricardo

    “Uma empresa deve satisfação a seus acionistas em primeiro lugar. Além de cumprir o contrato de trabalho, não deve nenhuma satisfação a funcionário” hauahuahauhauahuahauhauahuahauahuahua, garagalhando muito alto aqui! Com a resposta do “damo de ferro” Mauro Assis. Se a ótica justa é essa Mauro, façamos o seguinte: Que o “duda” demita todos os jornalistas da empresa e peça para os acionistas saírem ás ruas. No frio. Na chuva. No sol. Levando pedrada. Com bala zunindo no ouvindo. No meio de confrontos entre policiais e manifestantes. Sob assédio moral do “duda” e da alta cúpula da RBS. E eles que produzam conteúdo que gere lucro para a empresa e para eles. Afinal, esses funcionários em questão (jornalistas) para que servem mesmo e numa empresa de comunicação, né?

    Gilmar Correia

    Ora, se não deve satisfação, por que enviar a carta? Afinal não são colegas?

FrancoAtirador

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05/08/2014

NOTA DE REPÚDIO

CONTRA A IRRESPONSÁVEL DEMISSÃO EM MASSA NO GRUPO RBS

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e os Sindicatos dos Jornalistas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, com apoio dos Sindicatos do Paraná e do Norte do Paraná/Londrina, manifestam indignação e protesto pela atitude do Grupo RBS, que anunciou, nesta segunda-feira (4), um processo de demissão em massa de 130 trabalhadores, principalmente do segmento de jornais impressos, ao mesmo tempo em que o seu presidente, em comunicado aos “colaboradores”, gaba-se do excelente momento vivido pela empresa.
Além de denunciar internacionalmente este ato de irresponsabilidade, acionaremos a Justiça para assegurar os direitos dos trabalhadores.

A insensibilidade do Grupo não se manifestou somente no comunicado feito nesta segunda-feira, mas já vem se verificando há meses, com a demissão de dezenas de profissionais, muitos deles com mais de 20 anos de serviços prestados.

Sob o argumento de preservação do seu projeto empresarial, o Grupo RBS opta, sem qualquer desfaçatez, por desprezar o impacto social de suas iniciativas e manda centenas de “colaboradores” para o olho da rua.

Ao que tudo indica, o Grupo caminha aceleradamente para o sonho que alimenta há tempos:
fazer “jornalismo” sem jornalistas e, de quebra, distanciar-se de sua atividade-fim, fechando jornais e ampliando seu “vínculo” com o leitor por meio da venda de vinho e cerveja pela internet.

O comunicado do presidente do Grupo RBS aos funcionários soa como um deboche.
Ao enfatizar que a RBS não passa por uma crise financeira, ele afirma que as 130 demissões são necessárias para buscar maior produtividade e eficiência, “principalmente na operação de jornais”.
Para bom entendedor, significa ampliar o lucro com a redução de pessoal e sobrecarga de trabalho aos que permanecerem no quadro de funcionários.

Destaque-se que em nenhum momento o Grupo RBS procurou as entidades representativas dos trabalhadores para discutir alternativas que evitassem os cortes de pessoal.

Os quatro Sindicatos de Jornalistas do Sul do País estão, neste momento, em negociação salarial com as empresas do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Nos três estados, o comportamento patronal tem sido semelhante, marcado pela intransigência, pelo desrespeito e pela desvalorização do trabalho dos jornalistas.
Os patrões espalham o terror, com ameaças e efetivação de cortes como esses ocorridos no Grupo RBS, buscando desmobilizar a categoria e obrigá-la a se sujeitar a salários e condições de trabalho aviltantes.

Em repúdio e protesto, especialmente contra a demissão em massa anunciada nesta segunda pelo Grupo RBS, os quatro Sindicatos do Sul, sob a liderança da FENAJ, já organizam um grande ato unitário, reunindo entidades e jornalistas da Região.

A FENAJ, o SINDJRS e o SJSC também já buscam, na Justiça, reverter as demissões imotivadas, garantir os direitos dos trabalhadores, além de outras medidas contra a política de terror que se instaurou no Grupo RBS, principalmente nos últimos meses.

Brasília, 5 agosto de 2014.

Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ
(http://www.fenaj.org.br)
Sindicatos dos Jornalistas do Rio Grande do Sul – SINDJORS
(http://www.jornalistas-rs.org.br)
Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina – SJSC
(http://sjsc.org.br)
Sindicato dos Jornalistas do Paraná – Sindijor PR
(http://sindijorpr.org.br/index)
Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná/Londrina
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Leia também:

04 Agosto 2014 13:53
MPT/SC, via SINDJORS

RBS é condenada por irregularidades na jornada

A Justiça condenou a RBS – Zero Hora Editora Jornalística, afiliada da Rede Globo no âmbito do Estado de Santa Catarina, a pagar indenização por danos morais coletivos, no valor de R$ 1,5 milhão.

A sentença é favorável à Ação Civil Pública do Ministério Público do Trabalho ajuizada pela procuradora Dulce Maris Galle, em decorrência de várias irregularidades trabalhistas, entre elas o excesso de jornada e a não observância das folgas aos seus funcionários de acordo com a lei.

(http://www.jornalistas-rs.org.br/index.php/item/264-rbs-e-condenada-em-r-1-5-milhao-por-irregularidades-na-jornada.html)
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    Paulo Cesar Gonçalves da Silva

    Vou ser curto e fino: Taí uma categoria de trabalhadores que jamis em sua história fez uma greve. Já imaginaram uma grevizinha, agora perdem o emprego sem lutar.

    Mauro Assis

    Demissão em massa? de 2% da força de trabalho? Sei…

    Ricardo

    Claro, trata-se apenas de um número Mauro Assis. Dois por cento é irrisório. Dois por cento é apenas e tão somente um número e um número diminuto. Esse número não come, não bebe, não tem contas a pagar, não tem filhos na escola, não tem dignidade, não sente, não se afeta, é apenas e tão somente um número. Frio. Sem vida. Inanimado. Um número.

FrancoAtirador

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Globo, RBS e Estado de SC
condenados a indenizar inocente
exibido como ‘maníaco sexual’.

“O retrato-falado elaborado pela Polícia
acabou sendo veiculado em jornal da RBS
e no Programa Fantástico da Rede Globo
vários dias depois de as vítimas
terem descartado a participação do autor
nos crimes de abuso sexual”

Os réus recorreram da sentença, em 2012,
mas até agora, a apelação não foi julgada
pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Processo tramita já há 14 anos no TJ-SC.

25.02.11
Espaço Vital

O Estado de Santa Catarina, a TV Globo e a RBS Zero Hora Editora Jornalística S.A. foram condenadas ao pagamento de uma indenização de R$ 270 mil, por danos morais a A. P.
Ele é jardineiro autônomo, casado, e por longos anos foi funcionário de uma empresa catarinense.
a época dos fatos tinha 30 anos de idade.

Um retrato falado baseado em suas feições foi apresentado nesses meios de comunicação, com base em informações fornecidas pela polícia civil, como o do principal suspeito de ser o criminoso apelidado “maníaco da bicicleta”, que aterrorizou e estuprou mulheres em Joinville (SC).
A ação tramita desde 27 de dezembro de 2000 – portanto há mais de dez anos – uma demora espantosa.

Durante muito tempo, o homem teve dificuldades de trabalhar e se manter.

O Estado foi condenado a pagar R$ 60 mil; a TV Globo, R$ 180 mil; e a RBS, R$ 30 mil.
Segundo os autos, no dia 30 de outubro de 2000, A.P. foi intimado a comparecer na delegacia de polícia para ser confrontado às vítimas do “maníaco da bicicleta”.

Nesse dia da acareação, nenhuma das vítimas o reconheceu como o criminoso.
Ele foi liberado em seguida.
Alguns dias depois, o retrato falado do suposto criminoso foi divulgado pelo programa Fantástico, da Rede Globo, e nas páginas do jornal A Notícia.

O retrato fora repassado à imprensa pela polícia civil.

Durante a demorada tramitação da ação, ficou definitivamente comprovado que a vítima do ilícito civil não era efetivamente o “maníaco”.

Ao lesado foi, então, em antecipação de tutela, estipulada indenização provisória por abalo moral em R$ 60.000,00 – a ser paga igualitariamente pela Globo e pela RBS Zero Hora Editora.

Na mesma decisão foi determinado o pagamento de uma prestação pecuniária mensal em favor do autor, no valor de R$ 600,00 (cada um dos três réus deveria pagar uma terça parte), porquanto “reconhecido o nexo causal entre o ato de divulgação do retrato-falado forjado e o dano decorrente disso (dificuldade em integrar-se ao mercado de trabalho)”.

Mas as duas empresas agravaram ao TJ catarinense, que proveu os recursos para suspender os pagamentos.

Na sentença, publicada ontem (24) – dez anos e dois meses depois do ajuizamento da ação – o juiz Roberto Lepper, da 1ª Vara da Fazenda da comarca de Joinville, afirmou que “o retrato falado repassado à imprensa foi forjado pela polícia civil, que também encaminhou a imagem a outras forças de segurança do Estado”.

O juiz entendeu ainda, que “os meios de comunicação divulgaram algo inverídico, sem antes realizar um juízo crítico sobre o que foi repassado pela polícia”.

O julgado é candente: “a foto de A. foi propositalmente manipulada para servir de referência ao que seria a imagem do rosto do estuprador contumaz.
A manobra de manipulação foi grosseira:
o contorno dos olhos, o chumaço de cabelo sobressalente por detrás da orelha e a corrente pendurada no pescoço são detalhes que, presentes em ambas as imagens (a original e o “retrato-falado”), arredam qualquer dúvida sobre a forja da figura”.

Para o magistrado, o Estado e o aparato policial realizaram “manobra tendente a aplacar a ansiedade social no sentido de encontrar-se aquele que estava barbarizando nas ruas da cidade”.

Por fim, o juiz avalia a extensão do drama.
“A chaga provocada na psique do autor tenderá a sangrar por muito tempo, até porque ninguém consegue esquecer facilmente algo tão avassalador como o que enfrentou A. – nem sei se alguém realmente consegue digerir, ao longo da vida, trauma dessa envergadura”.

Ainda não há trânsito em julgado.
A condenação da RBS Zero Hora Editora
se dá na condição de sucessora
de A Notícia S/A Empresa Jornalística.

Proc. nº 03800061710-2

[Sobre a Rede Globo, assim se pronunciou o Juiz prolator da sentença:

“A TV Globo não negou ter veiculado, durante a transmissão do programa ‘Fantástico’,
matéria na qual foi exibida a foto do requerente, apontada como sendo o retrato-falado do estuprador que estava agindo em áreas nobres de Joinville.
Ávida por divulgar a notícia naturalmente chocante, incorreu basicamente no mesmo erro que a A Notícia (RBS).
Acontece que, ao contrário do jornal, a emissora sequer preocupou-se em desfazer o equívoco – ao menos não há menção a isso nos autos.
O canal de televisão simplesmente divulgou, no transcorrer de um dos seus programas de maior audiência da televisão brasileira, o ‘retrato-falado’ do que seria um criminoso perigoso.”]

Leia a íntegra da sentença: (http://migre.me/kSU3U)

(http://migre.me/kSTNz)

(http://www.espacovital.com.br/consulta/noticia_complemento_ler.php?id=2272&noticia_id=22451)
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    FrancoAtirador

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    Livro

    “Na Teia da Mídia”

    Em 2000, Joinville ganhou destaque na mídia nacional
    depois que um maníaco sexual começou a atacar suas vítimas
    usando uma bicicleta.
    A dependência de jornalistas a fontes ‘oficiais’ de ‘informação’
    levou à condenação pública e linchamento moral
    do trabalhador braçal Aluísio Plocharski,
    de família tradicional da cidade.
    Meses depois o verdadeiro criminoso seria preso.

    A história da família Plocharski
    e o caso “Maníaco da Bicicleta”
    são os temas do livro “Na Teia da Mídia”,
    do advogado e jornalista Marco Schettert
    e do jornalista Salvador Neto.

    O livro reúne dois trabalhos acadêmicos da faculdade de Jornalismo –
    Na Teia da Mídia (Salvador Neto),
    O Dano Moral na Imprensa (Marcos Antônio Santos Schettert) –
    que contam essa história, a ética no jornalismo e o dano moral.

    Sobre os autores:

    Marco Schettert
    É advogado, historiador e jornalista com atividades em Joinville (SC). Natural de Porto Alegre (RS), tem intensa atividade no direito, assessoria jurídica, e é professor.
    Apresenta o programa Tema Livre na TV Brasil Esperança Canal 11 em Joinville.
    Sua atuação em processos na área pública em defesa da cidadania o fazem um dos profissionais mais requisitados.

    Salvador Neto
    É jornalista e blogueiro com atividades em Joinville e todo o estado de Santa Catarina.
    Escreve para o jornal Notícias do Dia a seção Perfil.
    Especializado em assessoria de imprensa sindical, política e de pequenas e médias empresas.
    Mantém o blog Palavra Livre (http://www.palavralivre.com.br),
    e é também articulista em vários jornais.
    Atua também como voluntário para a Apae Joinville e outras entidades.

    Entrevista com os autores
    (http://youtu.be/0LJXZaJMjkw)

    Capa do Livro:
    (http://imgur.com/N5tI4el)
    (http://imgur.com/OHrKhAS)

    (http://www.portaljoinville.com.br/v4/blogs/coisasdeadolecente/20429)
    (http://sjsc.org.br/jornalistas-lancam-livro-sobre-caso-do-maniaco-da-bicicleta-em-joinville)
    .
    .

Carlos Santos

“Querido empre… querido funcio… querido colega (por enquanto), se é para o bem do dono e felicidade geral dos seus lucros, digo ao povo que não ficas. Vamos em frente! Nós, bem dizendo, que tu não vais. Agora some daqui.”

    Mauro Assis

    O tom não foi esse, né Carlos, mas é do capitalismo. Não dá prá manter funcionário se a empresa não está entregando os resultados esperados.

    Só o governo funciona assim, porque na verdade a fonte de grana é inesgotável, já que é só subir o imposto e o meu, o seu, o nosso bolso pagam a conta…

    Ricardo

    A culpa é dos funcionários então? Não é da gestão da empresa, das escolhas, de investimentos equivocados (TV rural),da internet que possibilita às pessoas terem seus próprios blogs e páginas no face? Aliás, qual o negócio principal de uma empresa de comunicação? Vender vinho e cerveja na internet por acaso? Essa conversa toda polida é para mascarar a mentalidade de sempre de quem detém o capital, isto é, na hora da crise a culpa é dos funcionários, nunca do gestor. O sacrifício, palavra sempre lembrada nesta hora, deve começar dos assalariados, nunca de quem controla o $!Cortar na carne jamais. Diminuir a sua margem de lucros nem pensar – só ano passado o Duda teve 33 milhões de pró-labore e se a empresa deu prejuízo ele não teve responsabilidade e que justificasse até um corte nos seus rendimentos? Tire 4 milhões desses 33 e aposto que diminuiriam sensivelmente as demissões. Devemos repensar nossa forma de atuar disse ele. Comece ele repensando a dele. Se diz um gestor moderno, mas na primeira crise usa o velho, lazarento e moribundo expediente de demitir os funcionários. A si mesmo e seus lucros nunca, porque a ganância e a vontade de se expandir indefinidamente até por áreas de atuações completamente estranhas à comunicação é insaciável!

    Ricardo

    No meu comentário anterior, no final onde se lê “áreas de atuações” leia-se “áreas de atuação”. Argumente-se sem passar por cima nas normas da língua!

Bacellar

Todos esses que aí estão, atravancando meu caminho; eles passarão. Eu passaralho!

Carlos G P Lenz

rbs – Rede Baixos Salários como dizia cartaz a algum tempo atrás…

São unha e carne com o psdb – Pior Salário Do Brasil.

Pois é, canalha é elogio para um boçal como este.

Antonio

Vote em Aécio e traga o PSDB de volta. Lembra como era bom?

VÍDEO DEMOLIDOR:

https://www.youtube.com/watch?v=TXDmRuwhyEM#t=846

Divulgue, o eleitor precisa.

Attila Louzada

Não é isso que esse povo chama choque de gestão?

Rodrigo

“A carta prega o DESAPEGO de coisas que não fazem a empresa crescer, trata o tema das demissões com frieza, como se fosse uma ação cotidiana qualquer, defende enfaticamente a meritocracia como método, tenta convencer que os cortes são pelo bem dos próprios funcionários e traz como únicas pautas positivas os negócios da empresa.”

Não entendi o motivo do espanto. Qualquer um que já levou um pé na bunda da empresa sabe que a prática é bem essa.

Se eu fosse levar minha ultima carda de demissão a sério até soltaria algumas lágrimas pensando no quão infeliz estava o dono da firma por aumentar seus lucros.

henrique de oliveira

Sempre é hora de sair do lado negro da força (PIG) esses “jornalistas ainda podem fazer como muitos fizeram , fundar um blog sujo já que vão sair do lixo.

Vinicius Garcia

Me desculpem os defensores da causa, mas não seria caso da categoria, ou do grupo de funcionários se articularem para uma devida resposta? Organizados, uma vez que não sabem os que compõem a lista, os funcionários dariam uma bela dor de cabeça. Ou será que eles não querem incomodar as decisões do colega?

Sidnei Brito

Discurso bonito!
Alguém se lembra dos “inempregáveis” de que falava, impunemente, um ministro de FHC?
Vamos admitir: os caras sabem fazer do limão uma limonada!

Nivaldo

Aliás, a RBS tenta eleger sua própria governadora (Ana Amélia, do PP, coligada com o PSDB) e mais um senador (Lasier Martins, do PDT, coligado com o Dem). Relação completa.

Urbano

Pelos menos falou uma verdade, a de que as demissões sejam para o bem dos demitidos. Afinal de contas, vão deixar de fazer trabalho sujo, ora…

Elias

“…quarta-feira faremos cerca de 130 demissões, de um universo de 6 mil pessoas” Eduardo Sirotsky Melzer, ou Duda, para os “colegas”.

Muito bem. Agora vamos conversar. Existe consciência de classe nas empresas de comunicação? Se não existe, deveria existir, aliás, como em qualquer outra área. Esses 6 mil funcionários pagam contribuição sindical “obrigatória”. O sindicato fará alguma coisa para impedir que tal corte aconteça? Há sindicatos que só sabem arrecadar essa obrigatoriedade (falsamente chamada de imposto sindical) e nada fazem numa hora dessas. Os 6 mil funcionários, que estão com cabeça a prêmio até quarta-feira, quando os 130 de seus pares irão para o “sacrifício” farão o quê? Nada? Nenhuma paralisação de pelo menos 3 mil que não tiveram o “azar” de serem demitidos para alavancar os lucros da empresa? Porque nesse tipo de capitalismo é assim, cai o lucro, cai funcionários. Patrão nenhum se conforma em ganhar menos. E neste caso é até contraditório, porque esse patrão afirma: “É importante destacar que a RBS não passa por uma crise financeira. Ao contrário. Estamos investindo e redesenhando a nossa operação, buscando velocidade e desprendimento que são vitais para a preservação do nosso projeto empresarial.” Essa conversa, para quem for demitido, só leva à estupida ironia do “me engana que eu gosto”. Espero que os 5.870 trabalhadores que continuarão na RBS se mobilizem em defesa dos 130 e convençam o Duda a tocar seu “projeto empresarial” sem demitir ninguém.

HANS

A MIDIA SIONISTA É UMA FARSA!!!!

De Paula

Na maior cara de pau, eles mandarão seus empregados (os que ficaram), anunciarem, em seus veículos de comunicação, com o maior estardalhaço possível, que o índice de desemprego no País aumentou.

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Ana Paula Perciano
Capixaba, internacionalista, feminista e ativista dos Direitos Humanos
E AGORA AÉCIO? PERRELLA USOU OU NÃO O AEROPORTO DE CLÁUDIO?
Artigo em:ARTIGOS
04/08/2014 ANA PAULA PERCIANOComente
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Do Blog do Helcio Zolini no R7

O aeroporto do município de Cláudio (MG) vinha sendo administrado, entre outros, pelo empresário Tancredo Aladim Rocha Tolentino, um dos presos numa operação da Polícia Federal (PF) realizada em 2012, sob a suspeita de integrar uma quadrilha especializada na compra e venda de sentenças em Minas Gerais. Um dos objetivos da quadrilha era obter a libertação de traficantes de drogas.

Tancredo Tolentino ou Quêdo, como o empresário é conhecido na região de Cláudio, é um dos filhos de Múcio Guimarães Tolentino, tio-avô do senador Aécio Neves (PSDB), o dono das terras desapropriadas pelo governo de Minas Gerais, nas quais foi construído o aeroporto da cidade mineira. A obra foi concluída no último ano da administração Aécio (2010) e custou aos cofres do Estado a bagatela de R$ 14 milhões (valor de 2010).

meu-aeroporto-minha-vida
Além de todo o debate já gerado do ponto de vista da ética da gestão pública, pelo fato de o aeroporto ter beneficiado a família do então governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e de nele ter sido investido tanto dinheiro público, a ligação de Quêdo com o aeródromo chamou a atenção da polícia.

AEROPORTO CLAUDIO
Passou-se a suspeitar que a pista de Cláudio tenha sido usada também como rota do tráfico de drogas. Reforça a tese policial o fato de que o helicóptero da Limeira Agropecuária, empresa que pertence aos filhos do senador Zezé Perrella (PDT), e que foi apreendido também pela PF transportando 445 quilos de cocaína pousou na região de Cláudio para abastecer antes de seguir para o Espirito Santo.

pORTÃO DO AEROPORTO DE CLÁUDIO – MG

A quadrilha na qual Quêdo estaria envolvido contava também com os serviços de um desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Hélcio Valentim de Andrade Filho, da 7ª Vara Criminal (afastado pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ), e um total de 13 investigados. O caso está na Justiça.

http://linkis.com/noticias.r7.com/blog/ZAHS0

FrancoAtirador

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A REVISTA VEJA/ABRIL/NASPERS/FOX QUE SE CUIDE:

RBS/GLOBO CONDENADA POR ESPIONAGEM EMPRESARIAL
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18 de janeiro de 2014, 07:14h
Conjur

CONCORRÊNCIA DESLEAL

RBS é condenada por uso de informação privilegiada

Empresa que utiliza informação confidencial que não lhe pertence, obtida por meio de ‘due diligence’, comete crime de concorrência desleal, como tipifica o artigo 195 da Lei 9.279/96, que regula os direitos e as obrigações em relação à propriedade industrial.

Baseada neste entendimento, a 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou o jornal Zero Hora a pagar R$ 300 mil de indenização a titulo de reparação à imagem de uma empresa de eventos.

O que motivou a ação foi a Zero Hora Editora Jornalística ter promovido um evento similar — no mesmo nicho de mercado — a outro evento que seria promovido pela empresa autora da ação, que tinha contrato com o veículo para sua divulgação.

Além disso, Horn Editora e Promotora de Eventos passava também por ‘due dilligence’, que a preparava para ser incorporada pelo grupo RBS.

A negociação fracassou porque, durante o processo, a RBS ficou sabendo [SIC]
que a empresa de eventos não tinha o registro da marca “ImovelClass”,

um de seus principais produtos, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

Pouco tempo depois, em abril de 2011, Zero Hora disparou um e-mail no mercado, anunciando o lançamento do “Salão Pense Imóveis”, nos mesmos moldes do “Salão do Imóvel”, promovido pela autora e objeto de contrato de divulgação/comercialização de cotas ainda vigente à época.

Com a decisão, o TJ-RS reformou sentença que havia extinguido ação indenizatória proposta contra o jornal, pertencente ao Grupo RBS.

O colegiado indeferiu, no entanto, o pedido de danos materiais, porque a petição inicial não ofereceu parâmetros para o seu cálculo.
‘Não é juridicamente possível indenizar expectativa de direito, tendo em vista que os prejuízos de ordem material devem ser devidamente comprovados’, explicou, no acórdão, o desembargador Jorge Luiz Lopes do Canto, que relatou a Apelação.

Conforme o relator, as empresas, quando entabulam contratações, devem atentar para os princípios da função social do contrato, da probidade e da boa-fé, conforme aludem os artigos 421 e 422 do Código Civil.

“Ressalte-se, ainda, que a concorrência desleal
pressupõe a prática ilícita para obtenção de clientela,
atuando em evidente prejuízo dos concorrentes,
sendo que aquela se caracteriza em função dos meios empregados
que, no caso dos autos, seria a utilização do ‘know-how’
da empresa autora para realizar eventos semelhantes,
os quais teve acesso devido à negociação
para aquisição da referida empresa,
cuja fase pré-contratual visava, em verdade,
obter estes dados para concorrer com a parte autora,
usando o seu poderio econômico
e conhecimento na área de marketing
mediante os meios jornalísticos que detém”,
elucidou o desembargador-relator.

Íntegra do acórdão do TJ: (http://migre.me/kRN1x)
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    FrancoAtirador

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    TST NEGA PROVIMENTO A RECURSO DE ZH/RBS

    E MANTÉM CONDENAÇÃO À EMPRESA JORNALÍSTICA

    POR DANO MORAL COLETIVO AOS TRABALHADORES.

    Espaço Vital

    JULGADO DO TST (13.04.10)
    NÚMERO ÚNICO: AIRR – 90040-64.2006.5.04.0007
    PUBLICAÇÃO: DEJT – 30/03/2010

    Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento
    em Recurso de Revista nº TST-AIRR-90040-64.2006.5.04.0007,
    em que é Agravante RBS ZERO HORA EDITORA JORNALÍSTICA S.A.
    e Agravado MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO.

    “De fato, o ato da reclamada não só lesionou
    os princípios inerentes a dignidade da pessoa humana,
    comprometendo a qualidade de vida dos trabalhadores,
    como também violou diversos valores sociais,
    na medida em que a prática atingiu também, como é curial,
    a vida familiar, a vida comunitária e a sociedade como um todo.

    Assim, considerando a gravidade do ato,
    o alto grau de culpabilidade da ré,
    o grande número de empregados vitimados pelo assédio moral,
    a resistência da ré às negociações
    e o descaso da direção da empresa,
    de se concluir que o valor indenizatório fixado
    mostra-se razoável à situação.

    Ileso o art. 5º, V da CF,
    o apelo não merece trânsito.”

    Íntegra do Acórdão do TST: (http://migre.me/kRPDg)
    .
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Luís Carlos

Apostaram contra a Copa e perderam, feio. Os incompetentes, com dívidas impagáveis são eles mesmos. Sem o dinheiro público, dos governos que tanto atacam, quebrariam, pois não têm competências para se manterem sem mamar nas tetas do Estado brasileiro.

Luís Carlos

A RBS tem desapego à verdade e a seus trabalhadores.

Gerson

Eu destaco a seguinte frase do email que na verdade mostra o objetivo do neoliberalismo, isto é, o compromisso com os acionistas, clientes e público, nunca com os trabalhadores:

“Como presidente, tenho compromisso com os acionistas, com a história da nossa empresa, com o nosso público e os nossos clientes.”

    FrancoAtirador

    .
    .
    Sendo que o ‘compromisso com o público’

    é o de vender um produto de baixa qualidade,

    ao menor custo de produção e pelo maior preço,

    tudo para auferir lucros estratosféricos.
    .
    .

El Cid

Seguranças de Aécio Neves e Beto Richa espancam estudante em Curitiba:

https://www.youtube.com/watch?v=_kFBJBy7QrQ

Leo V

“a nossa empresa” é muito bom.

A “nossa empresa” em que um demite e outros são demitidos.

Jose Mario HRP

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Agora vai

Jose Mario HRP

Que candidato

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Maria Paula

Cinismó é pouco, isto é, joga com os trabalhadores e investe em “modernidade” que nada acrescenta ao país. Por que não tirar um pouco do lucro pessoal e de compras para manutenção das pessoas? Só tem a dizer: infeliz aniversário RSB.

Julio Silveira

Não sei o que pode ser pior, ter prazer em observar a vitima aterrorizada enquanto lambuza o instrumento de vaselina, ou enquanto lambuza o instrumento não demonstrar qualquer sentimento, qualquer empátia, pela vitima, só pensando em saciar sua necessidade com um golpe tão profundo, ignorando os muitos traumas que trará para ela.
Eita mundinho de ” gentes boas” .

Véio Zuza

Ele pode começar despedindo dois candidatos do PRBS: ANA AMÉLIA LEMOS (PP) e LASIER MARTINS (PDT). Se fizer isso, não vou chorar… E tem mais alguns que também “vestem a camisa” da empresa e a quem talvez um pé no lugar certo faça rever alguns conceitos… vão pedir penico na Record ou no SBT – e as vezes se tornam ainda mais reacionários. Não vou dizer o nome prá não dar audiência…

Nivaldo

A RBS aqui no RS é um câncer. Totalmente sem concorrência no interior. SBT, Record e Band inexistem foram de Porto Alegre. A única que tem mais emissoras é a fraca TV Pampa, afiliada da RedeTV! que a Record não quis comprar. Diga, onde vão trabalhar esses 130, se eles forem em sua maioria do interior? Bando de canalhas!

El Cid

Fora de Pauta:

a “Saga Bandida”…

http://www.dailymotion.com/video/x22sxk9_saga-bandida-jose-arruda_news

janio

Enquanto permanecer o COMÉRCIO DA COMUNICAÇÃO JORNALÍSTICA, teremos empresas que sobrevivem do dinheiro público sem o mínimo de compromisso com a questão social e apenas impulsos de manchetes ludibriando a vida sentimental do povo!!!! É urgente uma outra COMUNICAÇÃO, a COMPROMETIDA COM A SOCIEDADE BRASILEIRA E NÃO APENAS COM ALGUNS GRUPOS LUCRADORES!!!

Eric Santos

Perdão, devo ter deixado passar alguma coisa no texto… Qual a relação entre as demissões de 2,1% da força de trabalho da RBS e Aécio Neves mesmo?

    Luiz Carlos Azenha

    Simbiose ideológica.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Cento e Trinta Petralhas

    que votam em Tarso e Dilma.
    .
    .

    Luís Carlos

    Eric
    Esse percentual aparentemente baixo deve aumentar. Segundo informações de uma colega do Azenha que trabalha no Grupo, minha conhecida, cerca de duas semanas atrás, ela disse que a RBS havia contratado uma consultoria para fazer um diagnóstico da situação. Essa consultoria teria apontado a necessidade de demitir 300 trabalhadores do Grupo que envolve diferentes veículos de comunicação do RS e SC. “Duda” fala em 130, nesse momento. Talvez tenham revisto o número para baixo, pois poderia ficar muito ruim para a empresa, que já carece de credibilidade pelas plagas meridionais do país, e poderia também ser muito ruim para os candidatos da RBS (Ana Amélia ao governo estadual e Aécio a presidência, além de Lasier Martins ao Senado. Ana Amélia e Lasier são comunicadores da RBS). Talvez tenham apenas adiado a decisão maior, deixando para esse momento “apenas” 130.
    Essa “empresa”, como a Globo, sua “mãe” também apoiou a ditadura civil-militar e elegeu 2 comunicadores seus entre os últimos 5 governadores, tentando agora emplacar Ana Amélia, a que é contra o Mais Médicos, ao governo estadual, e seu filhote mais anti PT, Lasier Martins ao Senado.
    Essa “empresa”, quando das privatizações nos anos 90, participou do banquete, e comprou parte da antiga CRT, companhia estadual de telefonia, claro, por uma bagatela, e depois vendeu sua parte empresa espanhola. A festa foi possibilitada pelo ex-governador do RS, Antônio Brito, o mesmo que foi porta voz global da morte de Tancredo Neves e que afundou os aposentados quando ministro da previdência. Antônio Brito era funcionário da Globo e da RBS. Amigo é para essas coisas, na visão daquele setor empresarial da comunicação.. Depois de perder reeleição, Brito foi passar um tempo fora do país. Onde? Na Espanha. Hoje representa interesses da indústria farmacêutica, fazendo lobby junto ao SUS…

    Luís Carlos

    Fiz referência a 2 entre os últimos 5 governadores do RS, sem falar de Germano Rigotto, que não era comunicador da RBS mas teve apoio total daquele Grupo durante se gorverno. Depois foi traído pela RBS que apoiou Ieda Crusius e ele sequer foi para segundo turno ao disputar reeleição.

Jose Mario HRP

Vejam só a limpida e brilhante visão do grande jornalista:
De Mauro Santayana:
http://www.maurosantayana.com/2014/03/o-gato-e-lebre-o-mexico-e-um-pais-pobre.html
ra frente Dilma.

volmir

Quando li esse artigo relacionei imediatamente com o assédio que a Zero Hora tem feito para que eu aceitasse receber seu jornal de graça e ainda recebesse um brinde, tendo como desculpa o aniversário da publicação. Mesmo tendo recusado e explicado o motivo no primeiro contato, outras tentativas foram feitas. Parece desespero para alavancar a tiragem artificialmente. Muito provavelmente um governo alinhado à empresa, como seria o de Ana Amélia, iria proporcionar, como faz o governo de SP com publicações amigas, assinaturas para entes públicos, contribuindo com os números que alavancam anunciantes.

    Rodrigo

    Aconteceu o mesmo comigo, só que com a Folha.

flavio jose

Keynes diz eu o estado tem que Ser suficientemente forte para forte para poder combater a MEDIOCRIDADE DO CAPITALISMO.O valor do ser humano valem tanto quando papel usado. Destino, lata do lixo.

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