Marcelo Zero: 2016, o ano em que o Brasil “chutou a escada” do futuro de país desenvolvido

Tempo de leitura: 6 min

viralatismo

2016: o Ano do Vira-Lata

por Marcelo Zero

Normalmente, países costumam ser destruídos por guerras. Sejam intestinas ou agressões eternas, as guerras deixam um rastro terrível de destruição que pode retroceder o desenvolvimento de um país em décadas. A destruição é ainda maior quando o Estado Nação fica muito fragilizado e o país se torna presa fácil de interesses externos.

Os recentes casos de países do Grande Oriente Médio, como Iraque e Líbia, são emblemáticos. Hoje, tais países não passam de territórios controlados por diferentes grupos armados, abertos à “predação” internacional sem controle.

Mas há casos em que países são destruídos ou fragilizados por meios pacíficos e sutis. Sem sangue. Sem que seja necessário disparar um tiro.

É o caso do Brasil. Com efeito, o ano de 2016 ficará conhecido como o ano em que o Brasil se autoimplodiu. O ano em que “chutamos a escada” do nosso próprio desenvolvimento.

Tudo começou com a implosão da nossa democracia, com o álibi inventado das “pedaladas fiscais” e a desculpa esfarrapada do “combate à corrupção”.

Isso permitiu que a presidenta honesta fosse afastada para dar lugar à amálgama política canhestra da hipercorrupta “turma da sangria” com os interesses do capital internacionalizado e “financeirizado” e da mídia oligárquica.

Mesmo sem nenhuma legitimidade e nenhum voto, esse “Frankenstein” político do golpe tomou rapidamente decisões estruturantes que reverterão todo o progresso social e econômico obtido em anos recentes e comprometerão, talvez de forma definitiva, a possibilidade de o Brasil se converter num país plenamente desenvolvido.

Tais decisões, explicitadas na “Pinguela para o Passado”, de fato implodirão todos os vetores, recursos e mecanismos que o Brasil dispõe para alavancar seu desenvolvimento econômico e social.

Não se trata apenas de promover um óbvio retrocesso social, em nome da redução dos custos do trabalho e do nosso incipiente Estado do Bem Estar, mas de limar a possibilidade do país promover um ciclo de autêntico desenvolvimento, em nome de aposta insana num modelo econômico ultraneoliberal, concentrador, excludente e antinacional.

O primeiro mecanismo a ser abatido por esse modelo fracassado, que não tem mais apoio nem mesmo no FMI, é o do mercado interno.

Ao contrário do que se diz, os extraordinários progressos que o Brasil fez no início deste século não se basearam, de modo decisivo, nas exportações e no “boom das commodities”.

O crescimento substancial das exportações foi vital para superação da vulnerabilidade externa da economia e para o acúmulo de grandes reservas internacionais, que nos transformou de devedor em credor externo.  Mas o eixo estratégico do nosso ciclo de desenvolvimento recente foi a dinamização do mercado interno de consumo de massa.

A contribuição das exportações para o crescimento do PIB só foi significativa no período de 2001 a 2005, durante o qual elas se igualaram ao consumo das famílias, no estímulo a atividade econômica.

Já no período 2006- 2010, para um crescimento de médio de 4,51% ao ano, o consumo das famílias contribuiu com 2,66 pontos percentuais, ao passo que as exportações contribuíram com somente 0,22 pontos percentuais, abaixo também da formação bruta de capital (1,07 p.p.) e do consumo do governo (0,55 p.p.).

E, no período 2011 a 2015, para um crescimento médio de 1,05% (por causa da queda em 2015), o consumo das famílias respondeu por 0,95 pontos percentuais, ao passo que as exportações responderam por apenas 0,25 pontos percentuais.

O Brasil, um país continental com mais de 200 milhões de habitantes, não pode se desenvolver plenamente sem a dinamização desse mercado, ainda mais numa conjuntura de estagnação do comércio internacional.

Nos períodos mencionados, a dinamização do mercado interno de consumo se deu por quatro vertentes: as políticas sociais distributivas, com programas como o Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada, o aumento real do salário mínimo em mais de 70%, a substancial geração de mais de 20 milhões de empregos formais e a forte expansão do crédito popular, graças à atuação dos bancos públicos.

Em virtude desses fatores, o volume do comércio varejista aumentou mais de 100%, em apenas 8 anos.

Ora, o modelo ultraneoliberal do golpe está fazendo o oposto.

Pretende diminuir substancialmente o alcance das políticas sociais, acabar com a política de valorização do salário mínimo, desvincular o salário mínimo de benefícios previdenciários e assistenciais, restringir o crédito pela amputação ou privatização dos bancos públicos e implementar, como regra, a precarização das relações trabalhistas.

Com efeito, todas as medidas aprovadas ou anunciadas até agora, a PEC 55, a PEC da Previdência e as novas normas trabalhistas, conduzem à desconstrução massiva dos direitos sociais e trabalhistas assegurados na Constituição 88 e na CLT.

É que o golpe trabalha com a lógica de que é preciso diminuir os custos previdenciários, sociais e trabalhistas para que o Brasil possa crescer.O golpe aposta no retorno da desigualdade, da pobreza e da precariedade laboral como elementos indutores do investimento privado.

Trata-se do oposto ao que fizemos no início deste século e do que uma parte dos países desenvolvidos, com o apoio do FMI, tenta fazer agora.

Assim, com o modelo ultraneoliberal do golpe, a redução da demanda interna, que hoje é apenas conjuntural, se tornará estrutural.

Dentro desse modelo, poderemos ter até espasmos de crescimento, “voos de galinha”, mas jamais um ciclo de desenvolvimento sustentado que promova o bem-estar de todos os brasileiros.

Outro vetor importante para o nosso desenvolvimento que o golpe vai destruir é o do Estado como estimulador da atividade econômica.

A PEC 55, em particular, impedirá novos investimentos estatais em educação, saúde, infraestrutura, ciência e tecnologia, defesa nacional, etc. por longos 20 anos, mas não impedirá o pagamento dos maiores juros do mundo aos abonados rentistas, bem como a oferta desinteressada de presentinhos modestos a amigos, como os R$ 100 bilhões às teles, e a compra necessária de mimos inocentes com sabor a Häagen-Dazs.

Além disso, haverá a “privatização de tudo o que for possível”, isto é, de tudo, mesmo. Petrobras, pré-sal, Banco do Brasil, Caixa Econômica, terras e tudo o mais entrarão, mais cedo ou mais tarde, fatiados ou não, no grande balcão de negócios do golpe. Com isso, o Brasil perderá instrumentos insubstituíveis para a alavancagem de seu desenvolvimento.

Aliás, a substancial redução do papel do BNDES como banco de desenvolvimento e a destruição da cadeia de petróleo e gás, inclusive da política de conteúdo nacional, já retiram do Estado brasileiro mecanismos vitais para o estímulo à atividade econômica.

Não há país que tenha se desenvolvido sem um forte estímulo estatal à atividade econômica. O Brasil não será exceção.

Mas a redução estrutural do mercado interno e a destruição dos mecanismos estatais de indução ao desenvolvimento não são os fatores decisivos para a fragilização do nosso Estado Nação.

O fator realmente decisivo é externo.

O golpe tem uma agenda geopolítica implícita.

Trata-se de extinguir diretrizes vitais da antiga política externa altiva e ativa, como a da integração regional via Mercosul, a da cooperação Sul-Sul, a das alianças estratégicas com os BRICS, a da reaproximação à África e ao Oriente Médio, etc.

Essas diretrizes nos transformaram de país frágil e periférico da década de 1990 em ator internacional de primeira grandeza, com espaço de relevo assegurado em todos os foros internacionais e com interesses próprios e independentes bem definidos.

Na realidade, o objetivo maior do golpe é reinserir o Brasil na órbita dos interesses geoestratégicos dos EUA e aliados e abrir nossa economia às necessidades do capital financeiro globalizado e das “cadeias mundiais de valor”.

Isso não é teoria de conspiração. É somente a dura realidade da implacável e óbvia luta geopolítica que se desenvolve hoje no mundo. Quem não consegue entender isso, não conseguirá entender nada.

O fato concreto é que o golpe vem apequenando o Brasil em todos os sentidos.

O pior, contudo, é que esse processo de fragilização do nosso Estado Nação não foi imposto pela força. Foi alegremente assumido por setores importantes das nossas “elites”.

Em particular, os procuradores e juízes da Lava Jato deram contribuição substancial para tanto, ao destruírem, em nome da cooperação internacional no combate à corrupção, o braço empresarial da nossa política externa, que exportava serviços para o mundo, abrindo portas dos mercados para produtos brasileiros, e a base empresarial da indústria da defesa, inclusive à que tange à construção do nosso submarino nuclear. De quebra, submeteram a Petrobras a investigações externas.

Messiânicos, cooperando à margem da autoridade central prevista em acordos, julgam-se heróis de um mundo kantiano de interesses universais comuns. Na verdade, não passam de instrumentos cegos da luta “clausewitziana” que rege a geopolítica mundial.

Como a maior parte das nossas classes dirigentes e empresariais e de vastos setores da classe média, acreditam numa suposta superioridade intelectual, cultural e moral dos países hoje desenvolvidos.

Com aliados internos desse calibre, os interesses externos podem aqui se tornar hegemônicos, sem necessidade de bombas e grupos armados.

Vira-latas se autoimplodem. Não precisam de disciplinamento. Ante quaisquer gestos de aceitação, de cooperação, abanam os rabos para seus donos.

O ano de 2016 foi o ano em que, além de toda a tragédia política e social, o Brasil se autoimplodiu. Implodiu seu futuro de país plenamente desenvolvido.

O ano de 2016 foi o ano do vira-lata.

Marcelo Zero é  sociólogo, especialista em Relações Internacionais e membro do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI).

Leia também:

A previsão furada do dono da Riachuelo


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Comentários

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Nelson

Aqui mesmo, neste Viomundo, no dia 15-12, o diplomata Samuel Pinheiro Guimarães mostrou como a banda podre que tomou o governo via golpe de Estado está sendo chantageada a implantar o “Ponte para o Futuro” [coloquei em destaque maiúsculas]:

“Este programa ultraneoliberal implantado a toque de caixa é resultado de um pacto entre, de um lado, os políticos acusados de corrupção e, de outro, as elites hegemônicas brasileiras e seus comparsas estrangeiros, no sentido de que “A APROVAÇÃO LEGISLATIVA DESTAS MEDIDAS ECONÔMICAS, DE REDUÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO E DE ARROCHO SALARIAL, SERIA A CONTRAPARTIDA DE SUA “ABSOLVIÇÃO” PELO JUDICIÁRIO DAS ACUSAÇÕES E PROCESSOS DE QUE SÃO ALVO”.

Se não implementarem as tais reformas destruidoras, eles serão chamados pelo Moro. Então, eles preferem destruir o futuro de pelo menos 180 milhões de brasileiros a entregarem seus pescoços.

Se implementarem, não serão molestados pela Justiça e poderão viver o resto de seus dias “à tripa forra”, gozando do que amealharam em tantos anos de dedicação desinteressada à causa pública.

Nelson

O “Ponte para o Futuro”, projeto altamente destruidor, vai nos transformar no que chamam de “Estado falido. Este é o destino que o Sistema de Poder que domina os Estados Unidos reserva aos países da América Latina.

O México já chegou lá. Os próximos serão o Brasil e a Argentina, os dois maiores e mais ricos países da região, que já estão em mãos de governos sabujos, totalmente servis aos ditames deste Sistema. Consolidada a destruição destes dois, os demais cairão pelo chamado efeito dominó; pelo menos assim espera o Sistema.

A meu ver, as razões para este ataque brutal não são novas. Já as víamos no século XIX, quando o desenvolvimento da Índia e do Egito foi sufocado pela potência da época, a Inglaterra. Os ingleses não podiam permitir o surgimento de competidores de tão grande potencial.

A destruição do Paraguai – nação mais avançada da AL naquela época – passa também por aí, creio. A Inglaterra tinha que ser a manufatura do mundo, para desenvolver seu parque industrial, e o subdesenvolvimento dos demais ajudaria.

Hoje, numa situação em que o capitalismo se encontra em uma crise sem precedentes, insolúvel, de superprodução e de diminuição da capacidade de consumo, é preciso destruir parques produtivos concorrentes ou impedí-los de se desenvolverem a ponto de “fazerem sombra” aos parques mais avançados já constituídos.

Se países com grande potencial, como Brasil e Argentina, forem deixados livres, com alguma soberania que seja, investindo em seus povos, terão condições de, em 25 ou 30 anos, estarem competindo “pau a pau” com os mais avançados.

Cuba é 25 vezes menor que a Argentina e 77 vezes menor que o Brasil e tem potencial de desenvolvimento muitíssimo menor que os dois. Ainda assim, a ilha foi e continua sendo submetida a um bloqueio sufocante, que sempre visou impedir o seu desenvolvimento autônomo; o socialismo ou comunismo nunca foi o problema real.

Seria muita inocência, então, acreditarmos que argentinos e brasileiros teriam trégua para usufruírem de seu direito inalienável à autodeterminação. A construírem, livremente, um futuro a sua feição.

Nelson

Eu teria um ou outro reparo a fazer no texto. Assim mesmo, o artigo do Marcelo Zero é excelente e permite a qualquer um com a mente um pouquinho aberta que seja, enxergar o tamanho da encalacrada em que nos meteremos se não reagirmos aos golpistas.

O texto deveria ser remetido ao sabichão do Flávio Rocha, o dono da Riachuelo, para amenizar um pouco a ignorância dele sobre o que se passa no mundo real da economia e das relações entre os países.

Cláudio

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: * * * * 04:13 * * * * .:. Ouvindo As Vozes do Bra♥♥S♥♥il e postando: A grande mídia (mérdia) é composta por sabujos sujos e sabujas sujas a serviço dos ianque$ e do $ionismo de capital especulativo internacional e outras máfias (como a ma$$onaria) dos e das canalhas direitistas…
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* * * * * * * * * * * * * Nossas saudações progressistas para toda a valorosa equipe de Viomundo, com os votos de FELIZ ANO NOVO DE 2017 E PLENAS REALIZAÇÕES ! ! ! ! MUITO BOM SUCESSO PARA VIOMUNDO ! ! ! !
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Comentário de repúdio
PARA A ENÉSIMA PUTifARIA ( patifaria + putaria ) DA DIREITA:
Foi com muito cálculo que se preparou mais essa para o PT (e/ou as esquerdas, o progressismo/trabalhismo). E, ao que parece, o partido não contava nem se preveniu para essa eventualidade. Aliás, é estranho o número de vezes que o PT é pego de calças curtas, desprevenido e perplexo. E, o que mais espanta, é que seus inimigos nem parecem ser tão espertos assim.
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AS MORDOMIAS DOS MARAJÁS EM PÉ DE GUERRA:
Os 17 mil juízes receberam em média 46,1 mil por mês em 2015;
Os 1,2 mil promotores e procuradores de Justiça recebem salário máximo teórico de 33,7 mil mensais;
Magistrados e promotores têm auxílio-moradia de 4,3 mil mensais. Se morarem juntamente com um cônjuge que também tem direito a auxílio, ambos recebem da mesma forma;
Todos têm 60 dias de férias por ano e, em caso de trabalho fora do local, uma diária equivalente a 1/30 da remuneração mensal;
Pena máxima em caso de punição disciplinar: aposentadoria compulsória com salario integral (i$$o é punição mesmo ou é premiação ?…)
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Poesia contra a distopia (Distopia = Ideia ou descrição de um país ou de uma sociedade imaginários em que tudo está organizado de uma forma opressiva, assustadora ou totalitária, por oposição à utopia. “Distopia”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/distopia [consultado em 01-10-2016].)

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O fetiche da mercadoria
ou
dA coi$ificaçãØ do ser humano
……………………………………………………………para o poetamigo e Doutor em Comunicação Laerte Magalhães
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…………………………………………………………………………………………………………(Cláudio Carvalho Fernandes)
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O poema acima (O fetiche da mercadoria…) apresenta-se, no original, em forma de cubo, o protótipo da mercadoria.
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Poesia contra a distopia (Distopia = Ideia ou descrição de um país ou de uma sociedade imaginários em que tudo está organizado de uma forma opressiva, assustadora ou totalitária, por oposição à utopia. “Distopia”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/distopia [consultado em 01-10-2016].)

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O fetiche da mercadoria
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dA coi$ificaçãØ do ser humano
……………………………………………………………para o poetamigo e Doutor em Comunicação Laerte Magalhães
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O poema acima (O fetiche da mercadoria…) apresenta-se, no original, em forma de cubo, o protótipo da mercadoria.
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Desalienando a ma$$ificação coi$ificante
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É melhor
Ser um, mesmo que zero, à esquerda
Do que, títere-palhaço, a-penas (só) faz-ser nú-mero$-$$ à direita
…………………………………………….(Cláudio Carvalho Fernandes)
::
Poema Z
…………………………………………….Para Dilma, Lula e o PT e todas as forças progressistas brasileiras (e mundiais). Sinta-se homenageado/a, também.
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Penso
Logo(S)
ReXisto
…………………………………………….(Cláudio Carvalho Fernandes)
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Sempre
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A vida
Entre duas pedras:
Sobre
Viver
Ou
Morrer
Sob…
…………………………………………….(Cláudio Carvalho Fernandes)
::
Tão duro mas tão terno
.
É preciso
Não ter esperança alguma
Para se construir
Da necessidade (de viver, do viver)
Algo melhor
Do que não ter esperança alguma
…………………………………………….(Cláudio Carvalho Fernandes)
::
Doce conformismo ?
Ou
Da “queda” da poesia para a história
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As coisas são como são
E não como deveriam ser
Penar por elas é em vão (ou não)
(S)E ultrapassa o próprio viver
…………………………………………….(Cláudio Carvalho Fernandes)
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ReXistência
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Não deixe que aluguem o seu pensamento:
Simplesmente mude de canal ou desligue a TV
Diga “NãO” à Rede Goebbels
…………………………………………….(Cláudio Carvalho Fernandes)
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(En la lucha de clases)
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En la lucha de clases
Todas las armas son buenas
Piedras
Noches
Poemas
…………………………………………….(Paulo Leminski)
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(Não é a beleza)
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Não é a beleza
Mas sim a humanidade
O objetivo da literatura
…………………………………………….(Salamah Mussa)
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A existência precede a essência.
…………………………………………….(Jean-Paul Sartre)
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Por uma verdadeira e justa Ley de Medios Já pra antonti (anteontem. Eu muito avisei…) !!!! Lula (sem vaselina) 2018 neles (que já tomaram DE QUATRO) !!!!
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FrancoAtirador

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Casal Temer Convida Para Festa VIP no Palácio Jaburu
Mídia Venal, STF, MPF, Câmara, Senado, FBI, NSA & CIA
https://twitter.com/luisandrefq_/status/814934484386717696
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FrancoAtirador

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NANHDP, Foi Tão Exorbitante a Humilhação Imposta à Classe Trabalhadora Brasileira.

Nos Tempos do Império, os Escravos Obedientes e Submissos Tinham Teto e Comida.
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FrancoAtirador

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Não Sobrará Sequer o Mastro da Bandeira
https://twitter.com/AmandaHall1948/status/814575042403139584
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FrancoAtirador

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Remake do Millenium:
Governo PSDB/PMDB,
Quebrando o Gigante.
https://twitter.com/globo_cancer_BR/status/814668208812724224
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FrancoAtirador

http://www.viomundo.com.br/?s=GLOBO

André Luis Pinheiro

E oque podemos fazer em relação a isso? Precisamos nos unir, pensar em estrategias para reverter tudo isso. A direita demorou anos para conseguir tudo isso, calculadamente! E nós precisamos também pensar em algo, planejar, usar a cabeça. Não vejo como ir para a rua, possa fazer algo mudar! Qual seria a saída Marcelo? precisamos agir logo, se não perderemos o Brasil!

Julio Silveira

Enquanto a coxinhada imbecil desnacionalizada tiver o osso PT para roer, há segurança para os mafiosos afundarem o país.

Belmiro Machado Filho

Diante de tamanha tragédia, o que fazemos nós? Fazemos cara de paisagem e continuamos olhando para os nossos próprios umbigos. Infelizmente o Viralatismo deixou de ser um defeito de caráter e passou a ser uma virtude. Louvo e apoio aqueles abnegados que mesmo diante de tamanha desproporção de forças continuam fiéis ao seu patriotismo e às suas convicções. Enquanto houver um mínimo resquício de Rede Globo, o povo e a democracia estarão ameaçados. Nos vemos em 2017 dispostos a reverter esse estado de coisa.

Athos

Não tem uma ferramenta de busca no site inteiro.

Então vc é obrigado a ler o que está nas manchetes… e só.

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