Fontana: Brasil não mudará modelo de exploração do petróleo

Tempo de leitura: 2 min

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“Brasil não mudará modelo de exploração de petróleo”, diz Henrique Fontana

17/12/2014

Do blog do deputado

O líder do Governo Dilma na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT/RS), disse nesta quarta-feira (17), que o modelo de exploração de petróleo no Brasil defende o interesse nacional e será mantido. “Aqueles setores que pretendem fazer desta crise uma oportunidade para mudar o modelo de exploração de petróleo no país podem perder as esperanças”, declarou.

Para o deputado gaúcho reeleito para o quinto mandato, o modelo atual é fruto de muito trabalho e articulação e foi duramente contestado pelas grandes petroleiras que queriam ter acesso a este “filé mignon” que é o Pré-sal, alertou o parlamentar antes da votação do relatório da CPMI da Petrobras.

Sobre os ataques da oposição e apresentação do relatório paralelo da CPMI, ele registra que o tema “é palco de disputa política entre partidos”. Para o líder, o assunto deve prosseguir sendo investigado pela Policia Federal, Tribunal de Contas da União e Ministério Público.

Quanto à troca da presidência da empresa, Fontana disse que cabe a presidenta definir seus ministérios e quem vai dirigir as estatais. Para o parlamentar, o que deve haver são mudanças na estrutura corporativa da Petrobras. “O que deve mudar são métodos de gestão e de controle. O tema aqui é como o cartel de empreiteiras encontrou espaços para entrar propinas e coisas do gênero”.

Maniqueísmo não serve ao país

Para o líder do governo Dilma, o relatório paralelo é mais uma tentativa daqueles setores da oposição que estão embalados pelo golpe do terceiro turno. “É hora da oposição reconhecer o resultado da eleição”, disse. “Se fosse o candidato derrotado senador Aécio Neves, viria a público mudar o rumo da oposição para questões propositivas para o país e não disputas político-partidárias”, pontuou.

Fontana analisa que pelo relatório da oposição dá a impressão “que o PSDB é um partido de santos”. O parlamentar observa que o documento é diversionista: trata diferente a corrupção na Petrobras e nos trens em São Paulo, governado pelo partido. O relatório sequer cita as acusações ao presidente falecido do PSDB, também acusado de corrupção. “Esse debate maniqueísta não serve ao Brasil”, analisa.

“Vamos fazer um debate sério de Estado sobre corrupção. Dar um basta a empresas de financiar campanhas, aprimorar a gestão e transparência, com maior controle nas estatais”, disse o parlamentar. “Não estamos mais em fase de lançar nova pauta que busque deslegitimar o mandato da presidenta da República, eleita com 54,5 milhões de votos para governar. É hora de deixar a presidenta trabalhar para o país resolver seus desafios”, observou.

Para Henrique Fontana o Brasil seguirá aplicando a política que mistura crescimento econômico dentro do que é possível no cenário global, manter o emprego no centro da política econômica e garantir o processo de distribuição de renda através de valorização dos salários e políticas sociais.

“Vamos colocar em prática um conjunto de propostas que a presidenta defendeu, como a implantação do Mais Especialidades, ampliando o número de consultas especializadas e exames complementares; acelerar o Minha Casa Minha Vida e tantos outros programas que temos compromisso”, apontou.

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Comentários

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Eduardo Lima

O que mais precisa de reforma neste país, depois da mídia, é a “justiça”. É preciso reduzir o número de recursos, acelerar os processos judiciais, eliminar as manobras jurídicas, confinar os juízes a seus papéis, restringir sua ação aos autos. Juízes, promotores e procuradores devem ser punidos severamente se atuarem de forma seletiva, atrasarem ou impedirem investigações. Toda essa sensação de impunidade, discriminação e seletividade que emanam da “justiça” brasileira atinge em cheio a Classe C e mudar isso é um dos passos que mais vai garantir a reconquista dessa parcela da população pelo governo. É sobre isso a nossa reflexão desta semana no link abaixo.

http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR6.html

FrancoAtirador

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Petróleo como Arma Geopolítica de Destruição em Massa

Os sauditas não podem manter os preços baixos durante muito tempo
Em algum momento acontecerá um ponto de viragem
É de esperar que no futuro próximo os preços irão crescer
Segundo a maioria dos analistas russos,
o petróleo começará a voltar ao nível de 80 dólares já no próximo ano

Por Serguei Duz, na Voz da Rússia

Na terça-feira (16/12), o preço do petróleo bruto Brent do mar do Norte caiu abaixo de 60 dólares por barril.

Na opinião de alguns analistas, os preços caíram mais baixo do que as leis do mercado exigiriam.

No entanto, para esta situação existem pelo menos duas razões, diz um dos principais especialistas da União de Industriais de Petróleo e Gás da Rússia, Rustam Tankaev:

“Infelizmente, aqui existem fatores que são difíceis de controlar de fora.
O primeiro deles é o Estado Islâmico que está lançando petróleo no mercado mundial a preços muito baixos.
Os militantes estão vendendo petróleo por armas e munições.
No entanto, em seguida, o petróleo passa por várias mãos para esconder evidências de contrabando.
Mas, mesmo assim, ele chega ao mercado a um preço inferior a 50 dólares por barril.
O segundo fator é a guerra de preços da Arábia Saudita contra o petróleo de xisto nos Estados Unidos.
Estes processos definem o nível baixo dos preços.
Quanto ao Estado Islâmico, os norte-americanos, aparentemente, irão parar o contrabando de petróleo de áreas capturadas por militantes.
E os sauditas não podem manter os preços baixos durante muito tempo.
É de esperar que no futuro próximo os preços irão crescer.
Especialmente porque, com o baixo preço do petróleo, o seu consumo está aumentando, o que altera a relação entre oferta e a demanda”.

A situação atual afeta diretamente as chamadas petromoedas, entre as quais está também o rublo russo.

As economias de alguns países em desenvolvimento, incluindo além da Rússia o Irã, a Venezuela, o Equador, a Nigéria e a Argélia, dependem diretamente de preços altos do “ouro negro”.

Eles estão pedindo às monarquias do Golfo Pérsico que diminuam sua produção.
Mas elas, aparentemente, não pretendem desistir.
Em geral, elas também são inteiramente dependentes do petróleo.
Mas só que o custo de mineração do petróleo no Oriente Médio ronda os 10 dólares.
Na opinião de representantes da Arábia Saudita, o preço de 40 dólares por barril não é o limite.
Eles não vão cortar a produção mesmo com esse preço, porque o mercado conseguirá se estabilizar por si próprio.

Na opinião de analistas da Agência Internacional de Energia, a tendência de queda dos preços do petróleo ainda não se esgotou.

A OPEP também prevê uma diminuição da demanda por petróleo em 2015.

No entanto, o presidente do conselho de administração do banco russo Sberbank, German Gref, expressa um otimismo cauteloso:

“A dinâmica do preço do petróleo é negativa.
Em algum momento acontecerá um ponto de viragem.
Muito provavelmente, isso vai acontecer no segundo semestre do próximo ano.
Mas, mesmo assim, o preço não vai ser transcendental”.

Segundo a maioria dos analistas russos, o petróleo começará a voltar ao nível de 80 dólares já no próximo ano.

Pode-se argumentar sobre o ritmo desse processo, mas o petróleo no mundo de hoje não pode ser barato, diz o chefe do departamento de economia do Instituto de Energia e Finanças, Marsel Salikhov:

“A tendência de longo prazo é de aumento do preço. Simplesmente partindo do custo de produção de novos projetos em plataformas continentais e em outras condições geoclimáticas difíceis.
Tais projetos não poderão ser realizados a um preço de 70 dólares por barril.
E se eles não forem realizados, não haverá petróleo suficiente para uma economia em crescimento.
E o preço irá aumentar logo duas vezes.
A extração não reage a estes processos imediatamente.
Podem passar uns cinco anos até que ela recupere.
A falta do produto é sempre equilibrada pelo seu preço”.

O mercado de energia, bem como quaisquer outros mercados, passa por ciclos.
E ele é certamente influenciado por fatores geopolíticos.

Hoje em dia, o curso econômico é definido pela política.

Os principais jogadores atuam deliberadamente contra o mercado.

Mas dentro em breve o instinto de autopreservação
irá forçá-los a dar prioridade ao fator sensatez e racionalidade.

(http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_12_16/Petr-leo-como-arma-geopol-tica-de-destrui-o-em-massa-4808)
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Julio Silveira

O governo deve buscar solução para esse problema da corrupção em todas as esferas do serviço publico, inclusive aquele tradicional PF (por fora) que serve como pagamento da propina que institucionaliza uma cultura nefasta. Mas que não é só problema do executivo, mas de todas as esferas do serviço publico. Esse é um assunto para ser discutido com todos os presidentes dos demais poderes em busca de solução a esta cultura impatriotica e indecente.

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