Dilma, refém do PMDB, diz Marcos Nobre

Tempo de leitura: 10 min

‘Dilma perdeu seu grande projeto político’

do Valor Econômico, reproduzido no site do IHU

Depois de uma aparente lua-de-mel, que marcou os cem dias iniciais de seu governo, a presidente Dilma Rousseff enfrenta o revés da primeira grave crise política, com as denúncias envolvendo a súbita evolução patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e, na sequência, a derrota na votação do Código Florestal. Uma derrota imposta não pela oposição, hoje minguada, mas por um aliado da própria coalizão, o PMDB. Um fracasso que representa, na opinião do professor de filosofia da Unicamp e pesquisador do Cebrap, Marcos Nobre, o fim do grande projeto político de Dilma: governar com relativa autonomia, com indicações ao segundo escalão que vinham seguindo critérios mais técnicos, sem se dobrar ao “pemedebismo”, termo preferido de Nobre para denominar a cultura política brasileira. Para Nobre, os recentes acontecimentos, que incluem a “absurda” entrada do ex-presidente Lula em cena, mostram que Dilma perdeu a queda-de-braço e vai ter que ceder. Terá uma tarefa “muito difícil” para se reeleger e deve exercer o mesmo papel de seus antecessores: ser apenas a síndica do condomínio pemedebista. Com um agravante, avisa: o de que o sistema político se esgotou e tende a levar o país à paralisia.

A entrevista é de Cristian Klein e publicada pelo jornal Valor, 30-05-2011.

Eis a entrevista.

O que aconteceu com o governo Dilma?

A Dilma teve de renegociar os acordos feitos pelo Lula. O Lula ampliou a base do governo a tal ponto que não existe mais oposição. Quando acontece isso, a oposição vai para dentro do governo. Na verdade, o jogo entre governo e oposição é entre PT e PMDB e, digamos, seus satélites. Nesse processo de ampliação da base, Dilma resolveu aproveitar o que chamo de excesso de adesão para tentar fazer uma seleção dos quadros do segundo escalão. Quis aproveitar a situação a favor dela. Estava usando todo seu capital eleitoral para fazer essa negociação dura com o PMDB e com os outros partidos, para que aqueles que fossem acolhidos no segundo escalão fossem mais técnicos, com mais qualidade gerencial, e política também, no sentido de tentar encontrar currículos que fossem mais “ficha limpa”. E o caso Palocci termina essa tentativa da Dilma. Nesse momento, a Dilma vai entregar o que o PMDB pedir. É a parte triste da história.

A Dilma errou ao conduzir a negociação política e ao escalar Palocci para a Casa Civil?

Não sei se errou porque o caso é muito estranho e não temos esclarecimento. Se Palocci não der explicações razoáveis, ela errou com certeza porque não aplicou os critérios que ela mesma disse que iria aplicar, no primeiro escalão.

Parlamentares reclamam muito de não serem atendidos pela presidente. Consta que a cada dez indicações de nomes levados por Palocci, Dilma aceitaria, por exemplo, apenas dois ou três.

Isso tem lá sua parte de verdade e tem também a parte de que o Palocci está tentando tirar a responsabilidade dele mesmo.

Como a presidente pôde perder a votação do Código Florestal tendo uma base tão grande? Faltou habilidade ou seria inevitável?

Inevitável nada é. E habilidade realmente não é uma característica dos líderes escolhidos pela Dilma.

Que líderes?

O [Cândido] Vaccarezza [líder do governo na Câmara]. É de uma inabilidade flagrante.

Ele subiu à tribuna dizendo que tinha acabado de conversar com a Dilma, que teria lhe dito considerar uma “vergonha” o Código que a Câmara iria aprovar. Isso causou muitas reações.

Além da ameaça que aparentemente existiu de que a Dilma demitiria os ministros do PMDB. Então, o que se tem é um processo de chantagem mútua. O PMDB chantageia porque quer as nomeações, e a Dilma chantageia de volta dizendo: “Então eu demito”. Aí, é uma queda-de-braço. Só que, com o caso Palocci, enfraqueceu o lado da Dilma. O enfraquecimento dela foi tal que o Lula ocupou o espaço dela. E isso realmente é um dos grandes absurdos do momento político brasileiro. Ele obriga a Dilma a sair a público para falar a favor do seu ministro, mesmo que em termos muito genéricos. Isso só ajuda a aumentar o estado de confusão da situação política brasileira. Não ajuda em nada a intervenção do Lula.

Há um duplo comando?

Não… Porque em política existe uma regra que é: há uma pessoa que tem a caneta. Isso faz muita diferença. Mas aumenta a confusão. O que aconteceu no Código Florestal? O PMDB disse: “Olha, se continuarem neste ritmo as exigências que estão sendo feitas para as nomeações de segundo escalão, vamos votar contra o governo”. E escolheram um projeto, o Código Florestal, que não é vital para o funcionamento da máquina governamental. Escolheram quando perceberam que Dilma endureceu porque tomou essa votação como se fosse, no parlamentarismo, um voto de desconfiança. Ela levou a votação nesses termos, coisa que não deveria ter feito. Resolveu tirar a limpo e quando, no meio, acontece o caso Palocci, ela não tinha mais força para enfrentar essa base.

Havia saída?

Qualquer que seja o governo ele acaba sendo submetido à lógica do sistema político, que funciona de maneira autônoma. Algo do tipo: “Se você não mexer comigo, eu não mexo com você”. Isso significa que funciona na base da chantagem mútua e na base do veto mútuo. Um exemplo: o caso dos líderes parlamentares religiosos que fizeram um acordo de que não chamariam o Palocci à Câmara se fosse retirado de pauta o material contra homofobia do Ministério da Educação. É um acordo quase mafioso do sistema político, de autoproteção.

Isso corresponde a um processo de cartelização, que caracterizaria atualmente os sistemas partidários pelo mundo?

Não, é uma coisa muito brasileira e, acho, um pouco incomparável. O PMDB criou, lá na década de 80, uma cultura política duradoura para o Brasil, que diz assim: “Se você entrar para o partido – qualquer um pode entrar -, se você se organizar como grupo de pressão, tem o seu interesse garantido e pode ter certeza de que será consultado a respeito de qualquer assunto que diz respeito a esse interesse”. Portanto, tem direito de veto. Com isso, você não tem debate público real, porque as questões não vão para o debate, são vetadas antes, como nesse caso que dei do [deputado federal do PR do Rio, Anthony] Garotinho versus Palocci.

A imagem de uma presidente refém de grupos de pressão não é contraditória com a ideia predominante de que o governo tem a primazia e sua posição quase sempre prevalece, porque pode oferecer cargos, verbas etc?

É, mas eu acho que essa ideia de um governo todo-poderoso é completamente ilusória. Basta ver o que o Lula, do alto de seus 80% de popularidade, conseguiu passar no Congresso. O que ele conseguiu passar de realmente decisivo? Nada. O desafio anual do governo é passar a LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] e depois passar a lei orçamentária.

Qual é a solução para se escapar desse pemedebismo?

É preciso ter governos mais enxutos e mais coesos, que coloquem uma linha e digam: a partir daqui eu não aceito.

Mesmo que seja um governo minoritário?

Mesmo. Mas aí é preciso ter um apoo popular significativo para você conseguir se manter. Algum movimento vai ter que ser feito. E necessariamente é diminuir a adesão ao governo. Num certo sentido, Dilma estava fazendo isso, ou tentando fazer, ao colocar critérios rígidos para escolher o segundo escalão. Com o caso Palocci ela perde esse grande projeto político que era dela e vai simplesmente continuar sendo uma síndica do pemedebismo.

É factível que o Brasil venha a ter um governo minoritário ao estilo dos escandinavos com essa cultura política de barganha?

É, mas aí você está me dizendo que o pemedebismo é inevitável. Pode ser. A maioria das pessoas do PT, por exemplo, com quem eu converso, dizem que esta é a estrutura, que se você quiser fazer política pela esquerda, precisa ocupar essa cultura política pela esquerda. O que eu posso dizer contra um argumento realista? Nada. Por que o realismo sempre está certo. Agora, o que muda o mundo não é o realismo. Pode-se dizer: “Isso é ser realista, é ser pragmático”. Mas, bom, nós vamos para o buraco, vamos construir uma democracia horrorosa, que é o que estamos fazendo. É um sistema que funciona na base da chantagem.

Esse modelo de pragmatismo, de maior diluição ideológica, não vem se tornando uma tendência mundial, como o caso clássico do Partido Trabalhista britânico?

Com toda razão. Esse movimento para o centro você pode observar em vários países, não vou dizer em todos. Mas no Brasil, a tendência tem uma certa especificidade. Porque não existe na Espanha, na Alemanha, na Escandinávia, essa tradição pemedebista. Ou seja, ser político é estar no poder, seja qual for o governo.

Não seria esta a origem do problema: o alto custo de ser oposição no Brasil? As reformas não deveriam começar por aí?

Sem dúvida. É um problema de cultura política, sim, e é um problema de estrutura também. Você tem uma concentração de recursos na União que é absurda. A União pode manter Estados e municípios a pão e água. Isto não é possível. Esse grau de concentração foi produzido em grande medida pelo Plano Real que retomou o poder para a União, um poder que era disseminado pelos Estados. Os Estados faziam política econômica! Esse processo de concentração e fortalecimento da União foi importante para se estabelecer alguma espécie de estabilidade, mas tem agora um efeito perverso. Porque o sistema político pemedebista, que era a fragmentação entre os Estados, se readaptou a esse modelo centralizado. O que acontece num sistema pemedebizado? Significa que a Dilma, a partir de agora, é refém desse sistema e que ela vai operar nos limites que este sistema colocar para ela. Qual é o problema disso? É que leva à paralisia.

Por que ela é refém e o Lula não foi?

O Lula foi, claro que foi, ele montou este sistema. E ele montou de tal maneira que ele aparecia como alguém que mandava muito e não mandava coisa alguma.

O Lula não mandava?

Muito pouco. Por onde o governo Lula passou neste sistema de vetos? Pense nas políticas pelas quais o Lula é conhecido: Bolsa-Família, Luz para Todos, os PACs, que estão empacados. Foi por onde o sistema não vetava. Quem é contra o aumento do salário mínimo? Quem é contra dar Bolsa-Família? Com isso ele produziu um crescimento econômico que permitiu um realinhamento da economia. Fez uma política “keynesiana”. Agora, essa ideia de que Lula mandava muito não procede. Ele é muito importante? Sim, fez o Brasil voltar à ideia de que o país pode ter futuro, de país que cresce. Mas do ponto de vista do sistema político não mudou nada.

Por que o PMDB não consegue ser o síndico?

Quantos votos teve Ulisses Guimarães em 1989, na eleição presidencial, 4,89%? O PMDB aprendeu a lição. Não pode ser síndico de seu condomínio. Porque se o síndico for outro e der errado, a culpa é do síndico. Não é dele. Então essa é a lógica do PMDB: põe a culpa no síndico. Não é a lógica do PMDB só. É de todos os partidos do sistema político brasileiro.

O PT é um PMDB?

Não, o PT é um partido diferente. Por isso ele é síndico. O Fernando Henrique estabeleceu dois polos, que são dois síndicos. Na eleição do condomínio você pode escolher entre eles: o do PT ou o do PSDB.

Que são duas alternativas ao pemedebismo…

Alternativas a tomar conta do condomínio pemedebista. O PSB é assim, o PSD do Kassab é assim. Você acha que Aécio é líder da oposição? Aécio não lidera oposição nenhuma. Ele está esperando que o governo Dilma dê errado para afirmar que isso é um fracasso, depois de dizer que Lula e Dilma eram ótimos. Ou seja, é um mero oportunismo eleitoral. Agora qual é o limite que tem um Estado para fazer o governo Dilma fracassar? Peguemos a Copa. Em que Estados está havendo maior problema? São Paulo, Minas… Só que tem limite. Porque os Estados e municípios dependem de repasses federais.

Não seria um tiro no próprio pé do PSDB, ao arriscar seu governo nesses Estados?

Sim, mas se a Copa não der certo, a culpa é do governo federal, não do estadual. É da Dilma.

A governabilidade da presidente está ameaçada, a crise tende a se aprofundar, com perda de iniciativa de agenda?

A iniciativa de agenda desaparece. Como no governo Lula. Qual foi a iniciativa de agenda dele? Enfrentamento da crise mundial. Foi muito importante, mas foi uma crise mundial! Mas a Dilma pode levar perfeitamente os quatro anos até o final – sendo síndica do pemedebismo.

Ela vai ser a síndica ou ficará à sombra do antecessor?

Acho que a Dilma não vai deixar isso acontecer. Ela deixou claro quando Lula resolveu ocupar o espaço dela. Você acha que o Lula precisa dizer à presidente o que ela tem que fazer? Não tem o menor cabimento. Pode existir um conflito entre os dois? Pode.

Tende a acontecer?

Não tenho a menor ideia. Há aquela lei da política: de criatura e criador. Mas neste caso há um elemento fundamental que é o PT. Quem vai segurar para que isso ocorra ou não é o PT.

E a reeleição?

Se a inflação não for colocada sob controle, se as obras de infraestrutura não forem realizadas para a Copa, e se não tiver uma taxa mínima de crescimento, está ameaçada a reeleição dela, claramente. A tarefa dela é muito difícil. Tem a maior base política da história do Brasil, e a menor margem de manobra. Essa é a situação dela.

E qual a chance de a oposição capitalizar esse momento?

Se Dilma fracassar durante o mandato. Mas capitalizar o Palocci é difícil porque o PSDB está pedindo desculpas por criticá-lo. Não tem oposição!

Há suspeitas de que a divulgação das denúncias teria sido fogo amigo e partido do próprio PT.

Tem, com certeza. Porque, por paradoxal que pareça, o Palocci é o representante do Lula no governo Dilma. E não tem ninguém com quem o PT tenha tido mais divergência do que com o próprio Lula. Claro, essas divergências ficaram todas debaixo do tapete e estavam esmagadas por 80% de popularidade. Mas houve divergências sérias. O PT sentia que não tinha mais a liderança do governo Lula. O Palocci é a continuidade dessa lógica. Num certo sentido, tem fogo amigo sim. Mas tem fogo amigo para todo lado. O PSDB está em guerra. O PT está em guerra. O líder do partido está em guerra aberta com o líder do governo na Câmara. O PMDB está unido, mas apenas momentaneamente, como estratégia.

O PMDB também não sofre uma influência do PT, ao se tornar cada vez mais coeso e disciplinado, como já havia chamado a atenção na votação do mínimo?

Não, acho que quem dá lições sempre é o PMDB. O PMDB diz para onde o sistema está indo.

Já que o Lula, com toda a sua popularidade, e a Dilma, agora, no seu estilo linha-dura, não conseguiram dobrar o pemedebismo, quem seria capaz?

Mas é a sociedade que tem que exigir. Você só ouve argumento realista. Mas eu digo que, se continuar assim, trava. Tende à paralisia e daí o que vai acontecer é uma crise muito maior. O governo Lula teve um efeito extraordinário de inclusão. Mas essas pessoas ainda não falaram! A gente ainda não viu o que vai ser o efeito dessas pessoas que têm acesso a internet, jornal, revista, informação política. Tem efeitos dessas mudanças da estratificação social que a gente não conhece.

Qual é a causa desse sistema pemedebista?

É uma cultura política, que vem de muito longe, que se explica pela nossa história ditatorial recente, é importante dizer isso. Os avanços feitos nos últimos 17 anos ocorreram apesar desse sistema político.

O pemedebismo é favorecido pelo sistema eleitoral proporcional, que torna o sistema fragmentado? Qual seria o seu modelo preferido, um sistema com apenas dois ou três partidos?

O número não importa. Quem é que faz uma reforma política – que na verdade é uma reforma eleitoral? O próprio sistema político. O problema não é da regra enquanto tal. Os protestos na Espanha e os da Primavera Árabe têm suas razões completamente diferentes. Mas o que o sistema político está achando é que enquanto o país estiver crescendo ninguém vai reclamar. E isso é uma loucura, as pessoas vão reclamar.

Quais os principais problemas que precisam ser atacados?

Primeiro, destravar o debate público. No Brasil, se uma questão é colocada imediatamente o problema é: a favor ou contra o governo? E não pode se resumir a isso.

A existência de uma oposição mais forte não levaria justamente ao não debate e à estratégia de ser “do contra”, como ocorria com o PT – por sinal papel típico de quem está na oposição?

Não aconteceu isso com o PT, não. Não foi assim. Quer dizer, em alguns casos, como no primeiro mandato do Fernando Henrique, pode ter sido. Mas o PT aprendeu a ser oposição, durante o governo Fernando Henrique. Pegue o caso Telebrás. Ia ter a privatização da Telebrás e o que o PT fez? Apresentou um projeto alternativo de privatização.


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Comentários

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Pitagoras

Muito estranho esse cidadão no qual eu não votei, mas que corro o risco de aguentar numa remota, espero, casualidade, vir à TV numa insistente propaganda despropositada, extemporânea, impertinente, em que trás a si e ao pmdb os louros de conquistas positivas dos governos Lula e agora Dilma. Isto no exato momento em que reportagens escandalosas e com visível intuito alarmista e mal-intencionadas sobre a saúde da presidente.
Há um mal cheiro no ar do demo voltando para cobrar a maldita barganha faustiana do Lula com o partido da politicagem, cujo marco mais significativo foi a passagem da ditadura para a pluto-cleptocracia.
Há algo de podre no reino da Dinamarca, digo, Brasil.

Pitagoras

Caramba! Estava eu a matutar exatamente sobre esse assunto. Aquele cidadão no qual eu não votei e nem votaria, o Sr. Temer, está fazendo uma propaganda insistente na TV, posando como se fosse o presidente e não o vice. Dá a entender claramente que ele e o PMDB são os responsáveis pelo que teve de positivo nos últimos mandatos presidenciais, Lula e agora Dilma, a qual ainda não mostrou bem a que veio.

Pitagoras

Bem feito. Quem manda nomear para Ministro um cidadão eivado de acusações no passado. Deu munição para uma oposição que não usou melhor o fato porque até para ser oposição é incompetente. Não havia outro brasileiro, competente e acima de qualquer suspeita, para o cargo? Há mais coisa por trás dessa nomeação temerária e aparentemente injustificada. E deve ter a ver com a administração dos fundos da campanha. tem gente com rabo preso…

Pitagoras

Caramba! Estava eu a matutar exatamente sobre esse assunto. Aquele cidadão no qual eu não votei e nem votaria, o Sr. Temer, está fazendo uma propaganda insistente na TV, posando como se fosse o presidente e não o vice. Dá a entender claramente que ele e o PMDB são os responsáveis pelo que teve de positivo nos últimos mandatos presidenciais, Lula e agora Dilma, a qual ainda não mostrou bem a que veio.
Isto sincronizado de reportagens escandalosas sobre a saúde da presidenta. Mera coincidência?
Temo que o demo veio cobrar sua parte na barganha faustiana, assinada por Lula e convalidada por Dilma.
Preparem-se para o pior da politicagem assumir o cargo formalmente, já que de fato o fazem há tempos.
Há algo de podre no reino da Dinamarca, digo, Brasil.

Severian

Pior é olhar na TV Michel Temer dizendo que o Brasil tem emprego para quase todo mundo. Esses caras pensam que todos são bobos, criaram uma bolha no país, achando q tá tudo maravilhoso e na verdade tá é uma merda. PSDB, PT, PC do B, PMDB, PR, PV, DEM e outros partidos são tuo farinha do mesmo saco… E quem tá no poder está fazendo a festa.

O_Brasileiro

Meus caros leitores de PIG, não se entusiasmem com essa entrevista.
O objetivo do PIG e da oposição é justamente quebrar a aliança do PT com o PMDB para enfraquecer o governo…
Estão oferecendo uma torre para capturar a rainha e, de quebra, colocar o governo em xeque…

PC SÃO PAULO

Com VACAREZZA e PALLOCCI juntos, a DILMA vai ser eterna refém do PMDB, isto sem falar na ingerência permanente do "ex" (LULA).
QUANDO SERÁ QUE ESTE GOVERNO VAI TER A CARA DA DILMA ????????

Raphael Tsavkko

Eu comentei sobre os custos de uma aliança carnal com o PMDB ainda em julho de 2010! E estava certo… http://www.tsavkko.com.br/2010/06/pt-e-pmdb-falac

Mário Mitraud

Não importa o partido que chegue ao poder, o PMDB encosta e suga!!!
Porquê? Simplesmente ele tem a maioria no congresso e isso faculta a ao PMDB podr de barganha na hora da aprovação de medidas.
Baseado em interesses individuais ou corporativistas eles simplesmente chantageiam e entravam todo o processo político.
Os projetos são aprovados depois de muita discussão e depois de modificações que atendam aos interesses da bancada.

    Pitagoras

    E representa a banda podre da sociedade, aquela que capitaliza com a tragédia, com o butim, que só quer tirar vantagem em tudo. Faça-se uma lista dos "políticos " ícones dessa associação criminosa (cada estado tem um capo que não larga o poder, passando de pai para filho, Pará, Maranhão, etc) e verá a extensão desse controle absoluto.
    Começando com a virada de casaca do Lula, o sequestro do PT, ex-esquerdista, foi avassalador.
    Por esta coincidência de interesses (escusos) se perpetuam no poder, tal qual os ditadores árabes. A diferença é que até o povo árabe acordou e nós vamos contibuar dormindo por quanto tempo mais?

Mário Mitraud

PMDB, partido parasita, partido sem ideologia!!!
A ideologia do PMDB é impor o loteamento de cargos públicos.
Na verdade podemos afirmar,o PMDB é uma doença, é uma infecção política.
Só a população poderá mudar essa situação através do voto.
Politiqueiros irresponsáveis!!!
Há anos o PMDB, vem encostado no poder! O poder é bem mais interessante quando manipulamos e não assumimos.
Aliás, são dois parasitas nesse país:
PMDB e DEMOCRATAS(ex PFL, ex PDS e ex Arena), o segundo hoje com muito menos força, pois perderam peças para o próprio PMDB, todos dois nascidos na ditadura.
Cabe aos mais politizados iniciar um trabalho de formiguinha, e, não mais votarmos em nenhum político do PMDB, não importa que seja honesto, mas não votarmos no partido PMDB.

beattrice

O senhor Marcos Nobre se nota honra a tradição CEBRAP e isso não foi um elogio.

SILOÉ -RJ

Não sei por que, mas acho que estamos de castigo!!!

SILOÉ -RJ

O PMDB de Tancredo Neves, ficava em cima do muro, após sua morte ( que Deus mantenha distante, os seus), mudou a postura, e fica agora: embaixo do muro do lado vencedor.
Desde à sua fundação, sempre foi cachorrinho de madame: late!!! late!!! late!!! mas basta um "biscoitinho" e um "afago"… e fica tudo bem.
Tem números, claro!!! E não podia ser diferente!!! Mas não tem qualidade ou vocação, nem pra ser governo e nem oposição. Sempre foi iminêcia parda, não lhe interessa o stress do comando maior, contanto que lhe sobre algumas migalhas recheadas, tudo bem…
Portanto essa entrevista não passa de abobrinhas requentadas.

    Wildner Arcanjo

    Mais poderoso é aquele que manipula o poder, que incita o poder, que influi no poder, sem parecer ser poder. Assim este verdadeiro poder pode se perpetuar, pois não aparece e não pode ser modificado. Só se modifica quando precisa se adaptar aos novos rumos da política, mas, na essência, continuam a mesma coisa.

Leandro Arndt

Realmente, o Valor também é do PIG… Desde quando o Congresso Nacional se resume a PT e PMDB? Desde quando o chefe da Casa Civil deve ser "técnico"? Não é um cargo quase exclusivamente político? E essa história do Código Florestal? Só votaram integralmente contra as mudanças o PV e o PSOL, nem o PT se alinhou plenamente à posição de Dilma. Isso sim revela um erro dela, mas longe da ênfase dada pelo entrevistado à importância do PMDB. O erro foi ter encarado como questão de honra fazer valer o posicionamento de uma parcela do PT, independente da posição de todo o resto da Câmara dos Deputados, inclusive parte significativa do partido da própria presidenta. Ou será que PCdoB, PSB, PDT e tantos outros partidos agora são apenas sublegendas do PMDB? Aliás, até há pouco o PCdoB não era tido por alguns como sublegenda do PT? Esses opinadores políticos deveriam tratar de entrar num consenso…

Zildinha

Quer dizer então que a era Lula acabou,
O Brasil voltou a ser colônia
E todo esforço dos eleitores foi em vão.

Ah, tá. Senta lá "Cláudia"
E não se esqueça de votar em Dilma em 2014.
Não precisa entender, só votar tá de bom tamanho.

Apolônio

Se o governo de Dilma continuar com os avanços do governo Lula, com a economia em ordem e com baixo desemprego, com obras de infraestrutura continuando e bombando por causa da copa, niguém tirará a reeleição de Dilma, e, ainda com o grande cabo eleitoral Lula não vejo grande dificuldade para Ela. Serra, Aécio, AlKimim, não acredito que seja páreo para Dilma. Não devemos nos esquecer, que o índice de rejeição ao PSDB é muito grande no Brasil.

spin

Não é novidade que o PMDB ama os síndicos Lula e Dilma e detesta o PT, são partidos antagônicos apesar das composições

    SILOÉ -RJ

    Gozado!!! O FHC como presidente de honra do partido pode fazer tudo que faz e falar o que quer e o Lula também presidente de honra não pode porquê???

Francisco Souza

Tem um erro estratégico no texto que é elementar: o Lula jamais iria a Brasilia, sem ter o aval e até incentivo da Dilma pra fazer isto. Acho, talvez esteja errado, que o ponto aqui é o Temer, e o Lula tem participação direta na escolha do vice. Coitada, lidar com uma cobra desta, o tempo todo….

coelho

Eu acredito que ainda há salvação, mas tem buscar apoio na sociedade. Conversar com sindicatos, assossiações, federações etc. A partir daí, baixa-se um decreto estabelecendo critérios claros para ocupação de cargos públicos, democratizando, em definitivo, o Estado Brasileiro. Ainda dá para construir o sonhado Estado Republicano, mas somente com apoio das massas. A sociedade civil organizada pressionará os políticos, com deve ser.

    Fabio_Passos

    Que tal buscar a salvação purgando primeiramente os próprios pecados.
    Não faz o menor sentido manter o consultor na Casa Civil. O que o governo ganha com isso? O que o Brasil ganha com isso?

    Tem de mandar o consultor passear e colocar um negociador ético e capaz na Casa Civil.

    Celso Amorim!

    Um idealista capaz de agir com pragmatismo. O sujeito certo para fazer a necessária barganha sem enlamear tudo em volta.

    E lembre que Celso Amorim foi do PMDB… sabe como funciona.

Marcelo de Matos

Alertado pelo blog do José Dirceu fui conferir o artigo do Dr. José Roberto Batochio, ex-presidente da OAB, na Folha de Hoje. “No caso do ministro Antonio Palocci, a ninguém é dado ignorar que a lei impõe sigilo total a contratos em que há cláusula de confidencialidade”. “Há, na iniciativa privada, remunerações muito maiores, máxime no setor da comunicação de massa. Por que, então, a devastação moral se não há notícia do mais tênue elo entre a consultoria e qualquer atividade pública? O estrépito se dá pela visibilidade do personagem?
Entende-se o propósito demolitório da oposição. É o jogo político da busca do poder pelo poder. Com o que não se atina, porém, é a volúpia sem freios com que outros setores da sociedade se dedicam à faina demolitória da honra das pessoas”. Estão vendo? Tem hora que vale a pena ler os jornais do PIG. Eles mostram o chamado “outro lado”.

    Adelbaran

    O Zé Dirceu Laranjal é o maior interessado na queda do Palocci e do Pimentel.
    Cuidado para não servir de inocente útil.

    Jairo_Beraldo

    Se a Dilma tivesse colocado Zé Ceça na casa civil, em vez de Malocci, o estrago neste momento seria bem menor, teria barulho só na composição do ministerio…agora só falta ver o que "esconde" o outro Zé…o Cardozo, sinistro da mesma justiça que abafou a Satiagraha.

Sebastião Medeiros

Se o Brasil continuar crescendo economicamente com distribuição de renda e justiça social,o povão não vai estar nem ai para Palocci,pmdb,etc….e a Dilma será reeleita em 2014.

    beattrice

    O Brasil não vai continuar crescendo economicamente com o Palocci na sala ao lado.

    Pitagoras

    Talvez ele próprio…

Galvão

O pessoal da Globo deveria procurar o Rudá Ricce, faria o mesmo serviço e ainda daria mais credibilidade – por ter sido ligado ao PT -, à encomenda.

Sebastião Medeiros

ESTE Marcos nobre não trabalha para o CEBRAP,aquele instituto criado pelo FHC E FINANCIADO PELA CIA?

    carlos bandeira

    O Chico de Oliveira também era…

Luci

Tem muito homen mandando no governo Dilma. Parece que a Presidenta é refém do conservadorismo, machismo, ganância e os velhos costumes de uma política antiga, emperrada que já não aguentamos mais.
Muda Brasil, o povo precisa ver reforma nas estruturas arcaicas, coloniallistas do publico tomado como se privado fôsse.

Fabio_Passos

O que será que o governo ganha mantendo o consultor na Casa Civil? Mistérios…

Nós perdemos muito.
Por que será que não manda o consultor embora e coloca alguém sério e ético como negociador?
O Celso Amorim, por ex.

Alexei_Alves

Não aguentei ler até depois da quarta resposta.
Fraquinhas as idéias desse senhor….

Giovani

Nenhum governo, depois da Ditadura, governou sem o PMDB e o PMDB, nunca deixou ninguém governar sozinho.

Aliás, só faz alianças políticas com quem se elege. Assim é a democracia!!!
Por melhor que sejam as minhas ou as suas intenções, a pessoa que for eleita presidente, governador ou prefeito, não poderá vir nos consultar, pedir conselhos ou pedir apoios.

Alinaça só é feita com quem foi eleito!!! Com quem vota no congresso!!!
O PMDB é o maior partido do Brasil e I-N-F-E-L-I-Z-M-E-N-T-E, ainda o será por um bom tempo. Veja porque:

Governo Sarney, PMDB puro…

O ministério Sarney, organizado por Tancredo Neves, de maneira a garantir a transição pacífica, tinha feição fortemente conservadora, incluindo cinco políticos que até meses atrás haviam apoiado o governo militar:

PFL (DEM)
Aureliano Chaves (Minas e Energia),
Olavo Setúbal (Relações Exteriores),
Marco Maciel (Educação)
Paulo Lustosa (Desburocratização),

PDS
Antônio Carlos Magalhães (Comunicações),

PMDB
Afonso Camargo (Transportes),
Almir Pazzianotto (Trabalho),
Aluísio Alves (Administração),
Carlos Santana (Saúde),
Fernando Lira (Justiça),
Flávio Peixoto (Desenvolvimento Urbano),
Francisco Dornelles (Fazenda),
João Sayad (Planejamento),
José Aparecido de Oliveira (Cultura),
Nélson Ribeiro (Reforma e Desenvolvimento Agrário),
Pedro Simon (Agricultura),
Renato Archer (Ciência e Tecnologia),
Roberto Gusmão (Indústria e Comércio),
Ronaldo Costa Couto (Interior),
Valdir Pires (Previdência),
José Hugo Castelo Branco (Casa Civil),

Militares ligados ao PMDB
General Rubens Bayma Denis (Casa Militar),
General Leônidas Pires Gonçalves (Exército),
Brigadeiro Otávio Júlio Moreira Lima (Aeronáutica),
Almirante Henrique Sabóia (Marinha),
General Ivan de Sousa Mendes (Serviço Nacional de Informações)
General José Maria do Amaral (Estado-Maior das Forças Armadas).

Ao final do governo Sarney, o PMDB venceu as eleições para os governos de 22 dos 23 estados existentes à época.

Quem sucedeu o Sarney na Presidencia ?
Collor!
Que tinha sido Governador de Alagoas por qual partido?
PMDB!

Quem sucedeu o Collor na presidencia?
Itamar Franco!
Que era Senador, por Minas Gerais, por qual partido?
PMDB!

Quem sucedeu Itamar na presidência?
FHC!
Que havia sido Senador, por São Paulo pelo PMDB e havia ajudado a fundar o PSDB há apenas 10 anos.

Quem sucedeu FHC na presidência?
Lula!

Que é do PT e tenta, heroicamente, quebrar o circulo vicioso da política brasileira.
Aí vc dirá: Como? Se a vaga de vice-presidente foi dada a Michel Temer, do PMDB.

A questão é simples…

O governo Lula, ao fomentar em todo o Brasil, políticas sociais que induziram os brasileiros a serem independentes e alto sustentáveis, ao garantir o crescimento da economia e apontar aos empresários, caminhos para um Brasil viável economicamente, não cedendo aos ataques diários da mídia, enfim, fazer o que se esperava de um governo sério, ele possivelmente produzirá, a longo prazo, (30 anos) uma massa de brasileiros com ensino superior e renda familiar estável.
Estes são os pressupostos básicos para que as pessoas possam exigir que as garantias que lhes foram dadas não retrocedam.

Veja o caso de MG e MA.
O PT teve que "rifar" estes dois estados ao PMDB, para garantir o deste apoio na coligação, pois o PT precisa de tempo de tv para mostrar tudo de bom que fez.

A culpa é do PT ? Não.

Olha que engraçado…rs

Se a midia, cobrisse com isenção, os erros e acertos do governo Lula, muito provavelmente, não fosse necessário o PT precisar aliar-se com o PMDB (para ter tempo de tv) para mostrar aquilo que naturalmente, a midia já deveria ter mostrado.

Se essa aliança não fosse necessária, o PMDB começaria a diminuir de tamanho muito mais rapidamente, pois não teria a cadeira de vice e nem o apoio nos estados. Vocês tem alguma dúvida que Patrus ou Fernando Pimentel venceriam, em MG, com um pé nas costas, ao invés do trombolho chamado Helio Costa?

Entende como a mídia influencia diretamente no processo eleitoral ?!
Uma imprensa imparcial é isso que o Brasil precisa.

Muitos dos 36 partidos existentes hoje, são dissidências do PMDB…isso explica muita coisa, não !?! http://noticias.r7.com/brasil/noticias/saiba-mais

"A oposição não tem projeto, discurso nem base de apoio social. O que eles têm é o alinhamento com grande parte da imprensa, substituindo o debate político por uma oposição midiática" – Dilma Rousseff

    Nanda

    Sua análise foi muito mais produtiva/elucidativa e coerente que a do professor da UNICAMP. As assertivas do professor tem lógica. Mas, qual é a lógica nessa nossa política? A lógica são os conchavos.
    PMDB é profissional, e para ser filiado à sigla tem que ser profissional, nem de longe…ser amador.
    Esse Governo da presidente Dilma está muito mal parado. Palocci? novamente?

    Pitagoras

    O que demonstra cabalmente que o inimigo é o pmdb, agremiação nociva, retrógrada, aproveitadora e manutenedora do status quo. Ali entra qualquer um com um projeto pessoal de se dar bem.

Antônio de Sampaio

O país está acéfalo e sem comando, o Brasil está sendo governado por um poste sem competência, uma marionete que não tem a menor capacidade de liderança e chefia.

Essa coisa toda vai degringolar, tomara que ela consiga tocar esse titanic furado até o final sem ser impichada.

Uma completa e dantesca incompetente.

    edv

    A mírdia sempre consegue incutir o que quer em cabeças gastroenteroencefálicas…

carlos bandeira

a blogosfera é um tanto maniqueista.,,
a análise é muito interessante, independente de quem seja o autor…
como dizia mao tse tung: não importa a cor do gato, mas se ele come ou não os ratos…

    Lucas

    Acho que cê tá confundindo. Quem disse isso foi Deng Xiao Ping. Eu sei, nome chinês é difícil, mas tá na hora de começar a aprender sobre aquele país, falta pouco pra derrocada do Império Estadunidense e o raiar da Nova Nova Ordem Mundial.

    carlos bandeira

    é verdade. bem lembrado! falha minha!

    Pitagoras

    ô loco, meu! Com os chineses tomando o lugar dos ianques? O pior do capitalismo aliado ao pior do comunismo. Sai de baixo!

denilson

Coloque esta unta com as outras do mesmo estilo que foram "cometidas" durante os 8 anos do governo Lula.

Pois quando o governo foi Refem do PMDB e do PFL (principalmente do ACM…) O Brasil crescia frutificava para os jornalões, que só tinham olhos críticos para a oposição "retrogada", "antiquada"…

Por favor… Pior que isso só a coluna da Capitão da Oposição, Herr Doktor KRAMER…

Maria Dirce

Não acredito que o PMDB seja a grande muralha.E, tb não concordo que o Lula ficou refém de mandos.Existe sim firmeza de um presidente e o que manda mesmo e define tudo é aprovação popular.Quando o povo vira as costas desanda acaba é o fim.Temos um exemplo do desespero de Obama vendo despencar sua popularidade que precisou matar Osama pra resgatar seus admiradores.

Wildner Arcanjo

A cada dia estou me convencendo de que não elegemos o melhor para o Brasil e sim o menos ruim.

Será triste essa descoberta…

Giane Rocha Prati

Olhem quem resuscitou!!!!

'Lula liquida qualquer capital político de Dilma', diz Ciro
Socialista diz que ex-presidente atrapalhou presidenta ao ir até Brasília para ajudá-la na crise que cerca Palocci
O ex-ministro Ciro Gomes, durante evento no Ceará: para ele, "o caso do Palocci é gravíssimo"
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/lula+atra

    José F4k3

    Admiro o Ciro Gomes, um cara muito inteligente…pena que é um destrambelhado sem rumo, políticamente. Meter os pés pelas mãos é com ele mesmo.

    Fábio

    Cria corvos, e eles furarão teus olhos.

Norma

Dilma não é marinheira de 1ª viagem. Esteve ao lado do Lula em situações bem difíceis das quais sairam vitoriosos. Aliás quando começou a crise de 2008, analistas deram o País como afundado. Não foi o que vimos acontecer…
Continuo tendo extrema confiança na Dilma.
Esperem e verão.
Só lamento ver tanta votação para PMDBistas. Eles são oportunistas e mal intencionados desde sempre. Será que o povo não enxerga?!

FrancoAtirador

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No post todo,
há um claro viés demotucano,
a começar pelo título da matéria,
passando pela introdução,
depois nas perguntas
e, por fim, nas respostas do entrevistado.

Portanto, como elemento crítico,
a síntese do jornal e a análise do entrevistado
não têm nenhum "valor".
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    Elza

    Ô FrancoAtirador voce foi brilhante na sua síntese do post.
    Ao começar ler o mesmo, tbm percebi claramente logo na 1ª resposta do entrevistado, um discurso demotucano, nem consegui ler até o final. Achei repetitivo.

Jotapeve

Concordo com o autor quando ele diz que Lula não passou nada de importante no congresso. Em oito anos Lula não conseguiu (ou nem tentou) realizar uma única reforma de verdade. Falo das reformas Política, Tributária, Previdenciária, Trabalhista e tantas outras que o país necessita para se modernizar. É claro que para o PMDB não interessa as reformas progressistas, porque eles não se interessam por nada que não seja manter as suas tetas no governo.

urbano

O proximo emprego desse "cientista" será na seção de horoscopo de algum jornaleco

trombeta

Cada dia surge um novo messias político no país, a análise desse senhor é um conjunto de obviedades com uma conclusão exótica.

Primeiro quero dizer que o nome de Dilma nunca me agradou mas por ser a candidata viável da esquerda votei nela e dentro do meu meio fiz campanha, sempre preferirei político do que técnico para cargos majoritários.

O desafio que lanço a esse senhor e a qualquer outro palpiteiro com diploma de especialista que apareça é o seguinte se a economia brasileira for bem não há força no mundo que tire a reeleição certa de Dilma.

M. S. Romares

Quero meus 15 minutos de volta. Azenha, tenha dó. Dar espaço a esse tipo de "coisa" não é lá muito saudavel.

Lima

péssimo o Marcos Nobre. muito ruim mesmo. posando de esperto ao insinuar fraqueza de Dilma diante do PMDB. devemos apoiar Dilma por ao menos tentar dar maior qualidade ao governo negociando duro com o PMDB a ocupação do 2º escalão. devemos fazê-lo por compromisso com o projeto democrático, mas por compromisso com a inteligência e o bom senso também, pois muito pior seriam novos escãndalos de corrupção para abalar todo o projeto da esquerda no Brasil. burrice, muita burrice aí em cima.

Rildo França

Esse camarada é do PiG, Azenha? Se não for, vou te dizer, parece ser, e muito… Cuidado antes de postar coisas que ele fala, não me parece bem intencionado qto descrever e apresentar soluções para os problemas que qualquer governo tem ( ou teria, na atual conjuntura peemedebista porque passa a política ) , o que ele parece querer é criá-los. Tem certeza que ele não é do PiG?, ou está tentando uma boquinha por lá?

Lousan

se são verdades ou inverdades as ditas pelo valor, não sei…a unica verdade que vejo é que existe essa briga de partidos e quem sai perdendo é sempre a parte mais fraca, o povo…

"O que aconteceu no Código Florestal? O PMDB disse: “Olha, se continuarem neste ritmo as exigências que estão sendo feitas para as nomeações de segundo escalão, vamos votar contra o governo”. E escolheram um projeto, o Código Florestal, que não é vital para o funcionamento da máquina governamental. "

quando eu era garoto também viviamos isso, se o dono da bola não fosse escolhido pra jogar, não tinha futebol….crescemos e apesar de termos mudado muita coisa, ainda continuamos os mesmos

betinho2

Para quem gosta de ser "emprenhado" por discurso manequísta é um excelente artigo.
O manequísmo está justamente em misturar verdades, que todos sabemos, com vontade de rumos e de enfraquecimento do governo. Mais um fazendo pose ( o entrevistado).
Quando (como queremos) o governo enfrenta o lobby, o interesse rastaquera de políticos comprometidos apenas consigo mesmo e com a "famiglia", o entrevistado, apesar de admitir isso, nas entrelinhas, enfatisa como erro político o enfrentamento.
O que temos de começar a fazer é não permitir que a cisânia e a discórdia se estabeleça nas ostes que apoiaram e apoiam um governo bem intencionado, apesar de erros pontuais e momentâneos.
O PMDB é chantagisita?…claro que é, desde o tempo de FHCia, ou melhor, desde o tempo do bipartidarismo, quando além da nomenclatura eram conhecidos como "Partido do Sim" e "Partido do Sim Senhor". E está vindo ai o PMDB2, o PSD do Kassab.
Nós, os eleitores temos que parar com o que tenho falado, o tal FlaxFlu, e aprender a interpretar os tempos.
Quando Lula chamou Sarney de ladrão deixou o seu recado, que esquecemos. Quando se tornou presidente teve de receber o apoio, pela governabilidade. Não foi Lula que errou, fomos nós que esquecemos e desprezamos o recado que deu lá atrás e reconduzimos Sarney e outros mais entre os 300 picaretas. Temos de aprender que as coligações e apoios eleitorais são um mal para evitar um mal maior (por exemplo a volta dos privateiros), porém não é uma obrigação nossa, como eleitores, de ser cabestreados por essas coligações, votando em quem sabemos estarem na coligação por oportunismo e que serão os chantagistas após as eleições. O PMDB já devia a tempos ter sido alvo nosso como foi o DEM (PFL) PSDB e PPS, apesar do "apoio" de governabilidade. Isso tudo, quem acompanha a política sabe, como a maioria dos comentaristas aqui e nos blogs progressistas. Apenas temos esquecido de, além de combater a direita retrótraga, também combater os "companheiros" por conveniência e nãopor projeto político para o Brasil.
Falando em "companheiros", a questão do PCdB se aliando ao retrocesso, isso sim pegou todo mundo de surpresa, não poderiamos prever essa reviravolta.
Voltando, ao PMDB. Temos de combater o partido como um todo, não individualizar nomes. Não se iludam com os "dissidentes" declarados, na verdade são bem vindos dentro do PMDB, pois representam a porta de diálogo com com o outro lado, é através deles, que numa eventual vitória da direita, se bandearão todos para o outro lado. Essa "dissidência" é também arma de chantagem, para os que "estão" na base do governo.

    mariazinha

    Boas palavras. Fiquemos de olho no pmdb; nas próximas eleições poderemos mata-lo, como matamos o demo. PQ votar em gente que só quer se fazer às nossas custas? Vamos desentoca-los do poder. É isto, que precisamos fazer. Se criarem dificulddes para D. DILMA, cairemos em suas goelas, nas próximas eleições.
    Sds. cordiais.

    Catarina

    Mesmo sem ser grande conhecedora de política, já defenestrei O PMDB há muito tempo, antes da era Lula. E faço "campanha de difamação". Não me importa se é da base "aliada" ou não. Certas coisas não têm preço…

Juarez Silva

Entrevistas de especialistas na Globo, CBN, Valor e etc, são encomendadas.
O valor delas portanto é desprezivel.

Ivonete

Interessante, no início do governo Lula parecia que havia um concurso de ensaismo niilista, cada ensaista tentando ser mais niilista que outro. Ao fim do governo Lula, esses ensaios tornaram-se um acervo documental que expressa a crise existêncial de uma geração cult. Agora no começo governo da Dilma, parece que esta-se se criando um concurso de profecia catastrófica. ô gente maluca! Tenha paciência, quem é que não conheçe o PMDB?

Durvaldisko

Unicamp produz oligofrênicos em quantidades industriais.E,acadêmicos.VALOR,braço financeiro-jornalistico dos especuladores das"Organizações Marinho",tornou-se instrumento de especulação bursatil e de derivativos elocubrando diuturnamente a melhor abordagem dos segmento que oferecem possibilidades de resultados promissores a curto prazo.

FrancoAtirador

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Sobre o assunto, um artigo despretensioso no Balaio do Kotscho:
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Dilma viaja, mas inferno astral permanece em Brasília

Publicado em 30/05/11 às 12h39

Em viagem adiada por problemas de saúde, Dilma Rousseff resolveu embarcar na manhã desta segunda-feira (30) para o Uruguai, mostrando que está curada da pneumonia, como comentei semana passada no Jornal da Record News e aqui no Balaio.

A primeira grande crise do seu governo, porém, ficou. O pulinho a Montevidéu vai durar menos de 12 horas e, na volta, a presidente vai encontrar o mesmo clima de "barata voa" que tomou conta de Brasília desde as primeiras denúncias contra o ministro Antonio Palocci.

Não adianta tirar foto sorridente ao lado do vice-presidente Michel Temer, na "transmissão do cargo" na Base Aérea, um ato de rotina que nem chamava mais a atenção da imprensa.

Desde o bate-boca entre Temer e Palocci sobre a votação do novo Código Florestal, que o vice fez questão de tornar público, o clima é o pior possível nas relações entre PT e PMDB.

Na verdade, está todo mundo brigando com todo mundo e Dilma hoje não sabe nem por onde começar para arrumar a casa.

Além do mal estar entre a presidente e seu vice e a briga feia de Temer com Palocci, do petista Marco Maia, presidente da Câmara, com o líder peemedebista Henrique Alves, do permanente conflito entre PT e PMDB, e do PT com o PT (na questão do Código Florestal, a bancada rachou), para completar temos o PSDB contra o PSDB, na eterna disputa entre aecistas e serristas.

No auge da crise do governo em torno do Caso Palocci, a oposição encontrou um jeito de brigar pela presidência do Instituto Teotônio Vilela (alguém já tinha ouvido falar?) e por isso se criou um tal de "conselho político" só para não deixar José Serra sem nada.

Aécio Neves fez barba, cabelo e bigode na convenção do PSDB no sábado, mas sabe que não deve comemorar muito a vitória contra José Serra se quiser ser candidato a presidente em 2014. Ter Serra como aliado é um problema, mas como inimigo é pior ainda.

Vivemos um momento delicado na política brasileira, tanto no governo como na oposição, no momento em que a economia volta a dar sinais positivos, com a inflação começando a subir menos, e os melhores indicadores do nível de emprego desde 2002.

A derrota acachapante que o PMDB impôs ao governo, votando a favor dos desmatadores contra os pontos defendidos por Dilma, e o recuo na questão do kit anti-homofobia, foram apenas pretextos adotados pela base aliada para mostrar força no momento em que o todo poderoso Palocci encontrava-se fora de combate.

O alvo agora é Antonio Palocci, mas o objetivo de todos é enfraquecer Dilma Rousseff para obter vantagens, na disputa por cargos e verbas – tudo o que a presidente não queria nos seus primeiros meses de governo, em que deixou clara a sua aversão ao clientelismo.

Nem a precoce e intempestiva intervenção do ex-presidente Lula, que praticamente acampou em Brasília por 48 horas na semana passada, foi capaz de acalmar os aliados. A crise continuou do mesmo tamanho depois que ele foi embora e nada indica que Palocci esteja fora de perigo.

Ainda por cima, a volta de Lula ao centro da articulação política atiçou a ira de grande parcela da imprensa, que estava até simpática com Dilma, mas ainda tinha bronca do antecessor. Desta vez, apanharam os dois.

O inferno astral da presidente Dilma, que atravessou todo o mês de maio, vai entrar em junho buscando uma agenda positiva, mas está difícil. Enquanto não se desatar o nó sobre a repentina fortuna palocciana, todos os outros assuntos parecem menores, à espera de uma solução na Casa Civil.

Para onde se olha, tem problema. Nesta terça, por exemplo, a presidente vai receber prefeitos e governadores para fazer um balanço das obras nas cidades-sede da Copa do Mundo.

Dilma está muito irritada com os atrasos, cada um joga a culpa no outro, e ninguém sabe quem é, afinal, o responsável pela bagunça na organização da Copa de 2014.

Confesso que não gostaria de estar na pele da presidente Dilma. Se alguem tiver alguma boa ideia capaz de tornar o clima em Brasília mais agradável, não se acanhe. Pode mandar aqui para o Balaio. O blogueiro, sempre em busca de boas notícias, agradece. Boa semana a todos.

http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/

    SILOÉ -RJ

    Aécio fez barba cabelo e bigode mas, não se livrou do bafo de cachaça.
    E não comemora porque não se bate em cachorro morto.
    E acho que o Ricardo além de estar olhando com lupa dos PIGs os problemas do governo, está colocando a carroça na frente dos bois.
    Por incrível que pareça, até os PIGs de hoje 30/05 estão cheios de boas notícias é só ele continuar lendo, e espero que reproduzindo, entre outras relativas aos índices: Candidata do FMI começa sua campanha pelo Brasil, por que será???
    Não sei não, mas esse balaio me parece de gatos!!!

Armando do Prado

A única assertiva real é sobre a chantagem peemedebista, que o tempo colocará no devido lugar. Palocci é o menino querido dos banqueiros. Ponto.

João

Independente de gostar ou não do autor do artigo, há uma parte dele que gostaria de transcrever, e depois comentar:

"estava usando todo seu capital eleitoral para fazer essa negociação dura com o PMDB e com os outros partidos, para que aqueles que fossem acolhidos no segundo escalão fossem mais técnicos, com mais qualidade gerencial, e política também, no sentido de tentar encontrar currículos que fossem mais “ficha limpa”. E o caso Palocci termina essa tentativa da Dilma. Nesse momento, a Dilma vai entregar o que o PMDB pedir. É a parte triste da história".

O "caso Palocci" custa caro ao Governo Dilma: como negar ao PMDB o comando de Furnas (por exemplo) ao PMDB (por crítérios técnicos e de "ficha limpa") se a própria Dilma nomeou o Palocci????

Convenhamos, é hora do Palocci voltar para Ribeirão Preto, e ficar quietinho clinicando em um Posto de Saúde, ou então virar consultor sem vínculos formais com o governo federal. Vá de retro Palocci!!

yacov

Esse Nobre como analista político é um mané…. Com 100 dias de governo já sabe oq ue vai acontecer daqui há 4 anos. Vai chupar um cáqui puxa-puxa. Isso ái 'tá me parecendo mais torcida do que análise. Primeiro, o Codigo é uma proposta da própria bancada governista, com o Aldo Rebelo como relator, teve alterações mas o importante foi aprovado e a DILMA fará o veto ás clásulas que impliquem desmatamente e anistia a desmatadores, e depois que o LULA fez muito bem de ir lá e apagar o fogo do PMDB, que já botou o rabo entre as pernas e voltou para a casinha. Esse MN vive em que mundo????

"O BRASIL PARA TODOS não passa na glOBo – O que passa na gLOBo é um braZil para TOLOS"

muniz

O problema da Dilma é que a sobrevivêcia política do PMDB depende apenas marginalmente dos acertos do Governo. De fato, o PMDB sobrevive do controle de recursos públicos e sempre os vai controlar porque o atual sistema político brasileiro não prescinde as coalizões partidárias, o que torna o PMDB imprescindível quando os dois grandes partidos de conteúdo mais programático (PT e PSDB) opoem-se em um sistema fragmentado. O PMDB, neste caso, paradoxalmente tem poder de barganha exatamente porque é fraco pragramaticamente. Ou seja, pode se opor ao próprio governo que formou porque não é responsivo ao eleitor e, por sua vez, não é responsivo ao eleitor exatamente porque não é programático, o que significa dizer que não obtém votos por seu programa mas por meio de realizações de seus líderes, daí a essencialidade de acesso a recursos públicos. Graças ao eleitor, o PMDB pode sempre se recompor em um outro governo – qualquer que seja o seu programa. Para resolver este problema não basta engenharia política porque diminui-se o número de partidos mas se multiplicam as facções com as quais o governo terá que negociar. Não obstante, a diminuição do número de partidos os tornam mais visíveis e potencialmente mais responsivos aos eleitores. A reforma política pode ser, portanto, o ponto de partida para uma cultura política partidária que precisa de tempo para se institucionalizar.

FrancoAtirador

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O Clube

Os donos do poder no Brasil vivem num clube fechado, no qual só entra quem lhes convém.

Mas é um clube curioso.

Pelas suas janelas, não são os sócios do clube que vêem a história acontecer aqui fora.

São os do lado de fora que vêem a história do seu país acontecer lá dentro.

Ela acontece: períodos se sucedem, grupos progridem e declinam, a economia muda, o poder se desloca.

Mas nada dessa pantomima de transformações afeta o Brasil do lado de fora, o grande e miserável país dos que não são sócios.

Lá dentro, exportadores e banqueiros brigam para dominar o “modelo”, e não se tem para quem torcer.

A oligarquia rural cede um pouco de espaço à oligarquia industrial e é como o movimento de placas continentais, uma acomodação geológica cuja energia ninguém aproveita e cujo único efeito social é a catástrofe.

Nem a perda do poder da oligarquia rural nos livra do feudalismo e da escandalosa concentração de terras, nem a ascensão da oligarquia industrial nos garante um capitalismo moderno e inteligente, nem o terremoto derruba o clube.

Tudo se passa lá dentro como numa usina desconectada cujo produto é a sua autoperpetuação e que usa o país como matéria-prima e não lhe dá nada em troca. Salvo lixo.

O clube tem uma das dez maiores economias do mundo [hoje, é a sétima].

Já o país que cerca o clube tem alguns dos piores índices do mundo nas áreas da saúde, educação e qualidade de vida.

Não se espera uma mudança voluntária nos estatutos do clube para que todo mundo possa entrar – é preciso pensar nos tapetes e nos lustres – mas pelo menos um pouco da história do Brasil poderia começar a acontecer aqui fora, e a condicionar a pantomima de poucos lá dentro.

Só isso já bastaria para atenuar o contraste entre o clube e a sua circunstância.

E é preciso conectar a usina à nação.

Países com elites tão safadas quanto as nossas, pelo menos, aproveitaram a sua energia.

Não existe um país do novo mundo que não tenha sido desenvolvido por uma forma ou outra de banditismo empreendedor.

Em alguns, a cumplicidade mais ou menos aberta entre ganância e poder teve proveito social, em outros, como o Brasil, ela não teve este perdão.

Em vez de construir um país, limitaram-se a melhorar as dependências do clube.

O clube, fora os intervalos em que os seguranças tomaram conta, como em 64, é democrático.

Há eleições regulares da diretoria, e os novos diretores tomam posse.

Nem todos terminam seu mandato, como os que acompanham a vida dentro do clube pelas suas janelas sabem, mas isso se deve às turbulências naturais da sua história, já que o clube é granfino, mas não deixa de ser latino-americano…

Mas alguns sócios começam a se dar conta que existe alguma coisa lá fora, que aquelas caras prensadas na vidraça não são só de curiosos.

São de gente que não se contenta mais em só assistir sua história, a salivar com os banquetes.

Luís Fernando Veríssimo
(Jornal da CUT-RS, ago-set 1994, página 4)
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Post Scriptum:

Citando Manuel Bandeira

Onde estão aqueles sonhos da Frente Popular (PT/PCdoB/PSB),
da CUT e da militância da esquerda brasileira ?
"Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente…"
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http://nelifce.files.wordpress.com/2010/11/pginas
http://nelifce.files.wordpress.com/2010/11/texto-

    Gabriel

    Impressiona-me a lucidez do artigo. É vendo situações como essas que ocorrem que penso como é atual a "Revolução dos bichos".

    edu

    Doidinha pra gente diferenciada ir para as ruas, fazer greve geral, sei lá qualquer coisa pra acuar essa máfia que só legisla,julga e executa em causa propria, sem medo do povo, essa máfia JAMAIS fará nadica de nada pelos trabalhadores, sem nós o país para.

Washington

Meu Deus, o homem falou muitas verdades óbvias e na hora do arremate vem com essa de que Dilma vai fazer um governo como o de Lula. Ruim. Se o governo de Lula foi Ruim, o de Dilma também é e ainda por cima Aécio é um playboy oportunista….já sei a quem o texto serve. Vou imprimir, fazer uma bolinha de papel e jogar na careca do responsável, ou pelo menos, do favorecido!!

Luiz Fortaleza

Ele descobriu a VERDADE dos fatos… pura INTERPRETAÇÃO e ESPECULAÇÃO… DEDUÇÃO! Cada um dá o tom ideológico que quer…

Teed

Mas este cientista político é muito fraquinho.
Quanta besteira!

Antonio

Pronto! Agora acabou o governo Dilma. Vamos todos voltar para casa, porque o Nobre/Valor decretou e o Azenha replicou.
Quantas baboseiras. De alguns, mal intencionados. De outros, apenas afobados.

carlos saraiva

Acho que em toda analize existe exagero , para enfatizar a tese defendida. O governo Lula se seguisse e tivesse sido refem do PMDB não teria feito "a revolução" que fez no país. A atuação agora do Lula, não substitui, nem diminui e muito menos ofusca a autoridade de Dilma. Lula faz o seu papel como lider do partido que tem a hegemonia, e o dever de sustentá-la no governo. Esta atuação por paradoxal que pareça, coloca o PMDB no seu devido lugar. Acho que Dilma continua o processo, agora com maior participação do PT. O PMDB, procura contrabalançar essa hegemonia, com a chantagem da "governabilidade". Esquece que sua importancia na governabilidade se restringe na atuação parlamentar sem nenhuma sustentabilidade social. O PMDB como o grande partido conservador, sem projeto nacional é um gigante com pés de barro. O PMDB sabe que precisa mais do PT e de Dilma do que o inverso, apenas estica a corda em um blefe perigoso. A votação do codigo florestal foi uma situação atípica. Começou quando o relator, um comunista histórico, não sei se por ingenuidade, desideologisou o processo, tornando-o extremamente confuso, focalizando como uma falsa disputa entre desenvolvimentistas nacionalistas,versus ambientalistas sustentados pela organizações internacionais. Abriu caminho, para o PMDB, hoje representante do agronegocio, agir com desenvoltura, sem parecer ser contra os interesses do governo. Concordo que a articulação desastrada do lider do governo facilitou as coisas. Acho que a presidenta está agindo com a mesma firmeza e já deu o recado quando disse que o governo é um só. Concordo, que o rumo do governo e o embate com o PMDB, depende principalmente da atuação firme do PT.

    edu

    A firmeza do PT coff coff coff… heim??????!

Arthur Schieck

O PMDB é o maior inimigo da democracia brasileira. Sua existência é um argumento forte para aqueles que defendem um regime totalitário.
Seria o primeiro partido a "morrer" com um eventual voto em lista.
Assim espero!

Marco Antonio L.

O jornal Valor Econômico pertence ao PIG(Folha e Globo). Azenha, por favor.

Giane Rocha Prati

Marcos Nobre não é confiável para fazer uam análise de tal porte.
Marcos Severino Nobre – Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 1C – possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1986), mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1991) e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1997). Atualmente é pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, coordenador de projeto temático da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, pesquisador 1C do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e professor assistente doutor da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da Filosofia, atuando principalmente nos seguintes temas: Teoria Crítica, Filosofia Política, Filosofia do Direito, Teoria das Ciências Humanas.
(Texto informado pelo autor)
Última atualização do currículo em 13/12/2010 – Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/5494800835674977

Mari

Marcos Nobre
Pesquisador Senior
Marcos Nobre é professor do Departamento de Filosofia da UNICAMP e pesquisador do CEBRAP e do CNPq. Graduou-se em Ciências Sociais pela USP, onde obteve também o grau de Mestre e o título de doutor em Filosofia. Realizou seu pós-doutorado na Universidade Johann Wolfgang Goethe, de Frankfurt am Main, Alemanha. É colunista semanal do jornal Folha de S. Paulo. http://www.cebrap.org.br/v1/template.php?lang=pt&…

    Marco Antonio L.

    O fhc era mais ou menos isso. O LULA não era nada disso.

    Alexei_Alves

    E mesmo assim falou um monte de besteiras…. na minha humilde opinião.

fernandoeudonatelo

Uma coisa é certa, sem debate público e mobilização em torno de assuntos estratégicos ao desenvolvimento, ou mesmo à inclusão, qualquer país entra em paralisia.

Agora, o condomínio pmdebista não foi montado durante o Governo Lula, mas se articulou politicamente a partir do Impeachment de Collor (com o enfraquecimento do projeto da oligarquia alagoana), e se desdobrou pelo país, regionalmente, através de Itamar, FHC e até Lula.

Outro ponto, o PMDB só capilarizou sua representatividade eleitoral e nos governos, por ter uma plataforma provinciana, de lideranças atreladas à comunidades locais, mas totalmente oportunistas e imediatistas.

Esse foi um processo clássico de composição partidária, de ganho de representatividade, que capilarizou sua influência.

José F4k3

TL;DR

Exagero. Dilma está na metade do 1º ano de mandato. Ainda tem muito tempo pra se recuperar, desde que entenda que a atividade do PIG é uma guerra contra seu governo. Será que seus assessores políticos não leram Maquiavel ? Faça todo "mal" possível no início de seu governo, depois faça o bem a conta-gotas por muito tempo.

PS. Exemplo de "mal": "Ley de Medios".
PPS. Eu também não li Maquiavel, mas isso não me impede citá-lo. :)

Edinho

Fiar a governabilidade do país ao PMDB tem sido o grande problema da "democracia" brasileira. Não creio que mudanças fundamentais possam ser efetivadas enquanto o PMDB orbitar "acima dos governos"…

sergio

Saco de gatos, o PMDB só quer cargos, multifacetado, incoerente, dereruba qualquer governo, Henrique Eduardo Alves deveria estar em Bangu 1,2, ou 3 nunca no Congresso Nacional, Eduardo Cunha então…

Marcelo de Matos

Lá vem entrevista do jornal Valor Econômico, leitura obrigatória do stablishment financeiro, com mais um gênio da Unicamp. Não vou comentar nada. Está na hora de ir ao dentista. Melhor sofrer lá que aqui. Como diz a Carmem Leporace – Tchau rapaz!

Rasec

Caramba! O cara já está dificuldade pra presidenta se eleger? Puta bola de cristal! Faz lembrar das previsões de que a mulher era apenas um poste! E a blogosfera reproduzindo, algo dito pelo jornal dos homens do dinheiro: valor econômico!
Lamentável!

Fernando

Carlos Lessa se filiou ao PSOL.

Agora é Lessa 2014. Xô PT-PMDB-PSDB-DEM.

Chapa puro sangue pelo socialismo do século XXI brasileiro: Carlos Lessa e Ivan Valente.

    Jorge Nunes

    Eles são quem?

    Tá certo que o PSOL vai tomar o lugar da opsição do PSDB, mas não será com este discurso. Sempre peço ao povo do PSOL andar um pouco além das regiões de classe média. Se é do Rio de Janeiro fique um pouco longe da Zona Sul para ganhar outro discurso.

    Zhungarian Alatau

    Ah tá, e vai governar com quem? Sozinho, ditatorialmente? Pois, ao que se sabe, o sistema brasileiro é um misto de presidencialismo e parlamentarismo. Collor tentou botar as asinhas de fora, e se danou. Muito bonito o discurso do PSOL. Mas, na atual realidade política do Brasil, sem viabilidade.

Bertold

kkkkkkkk! …..fala sério, desde quando Marcos Nobre produziu uma análise política coerente e isenta?? Ele e o Carlos Novaes bem que tentaram ser intelectuais referenciados no PT. Não conseguiram, então, para o Cebrap tucano e para os PIGs estão de bom tamanho em estatura.

    Marcio A. Cruzeiro

    Esse Novaes é tão maluco que num desses programas de TV-PIG, quis associar as mortes de lidrres camponeses, ao relatório que o Aldo produziu sobre o Código Florestal, esse doido nunca ouviu falar em Congresso Nacional, e como aquilo ali funciona.

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