Altamiro Borges: A mídia afunda junto com o golpe que promoveu

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Cadê os filhos do Roberto Marinho na foto?

Economia afunda e desmoraliza Temer e mídia

Por Altamiro Borges, em seu blog, via Vermelho

O “golpe dos corruptos” foi embalado com a falsa promessa de que bastaria derrubar Dilma Rousseff para a economia voltar a crescer.

Michel Temer e Henrique Meirelles, o fajuto “salvador da pátria”, prometeram o retorno da confiança do “deus-mercado”, dos investimentos e dos empregos.

Já a mídia privada, principal protagonista da conspiração golpista, reforçou estas falácias e passou a divulgar só notícias positivas sobre a economia.

Antigos “urubólogos”, que na gestão petista alardeavam o caos e difundiam o pessimismo, tornaram-se servis otimistas de plantão.

Passados sete meses, porém, até o “midiota” mais tacanho já percebe que foi feito de otário, sendo usado como massa de manobra.

Na vida real, o país afunda em acelerada recessão e as perspectivas para o futuro são as mais sombrias.

Nesta segunda-feira (21), Fabio Kanczuk, secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, confirmou a tragédia.

Ele anunciou que o covil golpista revisou para pior a sua projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2016 e de 2017.

Para este ano, a estimativa é de que que a economia vai encolher 3,5% — a previsão anterior era de queda de 3%. Já para o próximo ano, a expectativa é que o PIB cresça apenas — menor do que a projeção anterior, de 1,6%.

Ele mesmo elencou como um dos motivos para o desastre a “falta de confiança” das empresas — aquela mentira antes apresentada como verdade pelo Judas Michel Temer e pela mídia chapa-branca.

Estadão lamenta ociosidade na indústria

Antes da confissão oficial do governo, a Fundação Getúlio Vargas já havia divulgado números bem preocupantes sobre a situação do país. Segundo dados do Monitor do PIB, elaborado pela FGV, no terceiro trimestre deste ano a economia encolheu 0,99% em relação ao trimestre anterior. Foi o sétimo recuo seguido.

Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, o PIB diminuiu 3% — o que confirma que o Brasil afunda em grave recessão.

“Esses resultados mostram uma resistência à recuperação da economia maior do que a previamente esperada”, afirmou a nota oficial do instituto. E não é preciso ir longe para constatar a tragédia. Basta olhar para a pasmaceira das indústrias e do comércio.

No último sábado (19), o jornal Estadão — um dos entusiasta do covil golpista — publicou uma matéria que revela o caos no setor produtivo.

Segundo a reportagem, assinada Márcia De Chiara, “a indústria brasileira atravessa seu pior momento em pelo menos 16 anos. De janeiro a outubro, a ocupação média das fábricas está em 73,9%, o menor índice desde 2001, quando a FGV começou a fazer o levantamento. Nesses 16 anos, a média histórica de ocupação de capacidade da indústria é de 80,9%. ‘A grande ociosidade na indústria mostra a profundidade da crise econômica’, diz a coordenadora da Sondagem Industrial do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Tabi Thuler Santos”.
Segundo a FGV, dos 19 segmentos pesquisados, 80% estão com a ocupação baixa ou extremamente baixa.

O setor em pior situação é o de automóveis. Em outubro, as montadoras utilizaram 55,9% da capacidade das fábricas, menor nível mensal de ocupação também em 16 anos.

A japonesa Honda, que investiu R$ 1 bilhão numa nova fábrica em Itirapina (SP), por exemplo, continua com sua planta fechada e sem perspectivas de usá-la no curto prazo.

O Estadão até descarta uma recuperação já no próximo ano. “Um dos efeitos da grande ociosidade na indústria, segundo especialistas, é adiar pelo menos para 2018 a retomada do investimento na produção, com abertura de fábricas e contratações”.
 
Folha agora teme pelos golpistas

Também a Folha parece desanimada.

Em editorial publicado no domingo (20), intitulado “Otimismo abalado”, o jornal admitiu o fiasco — mas sem fazer autocrítica da sua servil posição anterior.

Em tom de lamúria, opinou: “Marca do início da gestão de Michel Temer, a esperança na recuperação da economia vai dando lugar a prognósticos mais sombrios. A melhora dos índices de confiança a partir do segundo trimestre não foi suficiente até agora para suplantar obstáculos concretos para volta do crescimento… Cresce entre analistas do setor privado o temor de resultados ainda piores… O investimento privado ainda patina, em razão dos estoques excessivos e da falta de demanda”.

Diante deste cenário, a Folha golpista prevê dias difíceis para Michel Temer.

“A crise econômica e a resistência da inflação dificultam o ajuste das contas públicas. A situação falimentar dos Estados é mais um sinal de alerta, que pode favorecer o acirramento de protestos. Os riscos para o governo federal são evidentes, uma vez que opera num ambiente de baixa popularidade. Paira sobre ele a ameaça de rápida erosão de seu capital político, nos próximos meses”.

Como remédio, o jornal da famiglia Frias — que sempre defendeu a linha dura, inclusive a dos generais na ditadura — prega que o governo acelere as destrutivas reformas neoliberais, principalmente a da Previdência Social.

Se até a mídia privada, que protagonizou o “golpe dos corruptos” e apostou as suas fichas no sucesso econômico do covil golpista, já dá sinais de desânimo, o Judas Michel Temer que se cuide.

Como bem apontou André Singer, em artigo na Folha, o usurpador pode estar sendo aos poucos descartado, o que lhe reservaria um futuro tão sombrio como o do ex-presidente José Sarney. Vale conferir o texto publicado no sábado passado (19):

Governo Temer pode sofrer sarneyzação

Os fracos resultados econômicos no trimestre terminado em setembro somados ao desarranjo mundial provocado pela vitória de Donald Trump formam quadro perigoso para o Brasil. A situação já indicava dificuldades estruturais para uma volta dos empregos.

Agora, a incerteza produzida pelo trumpismo deverá congelar as decisões de investimento ao redor do planeta até que, empossado, o novo ocupante da Casa Branca mostre o que realmente vai fazer.

Diante dessa mudança conjuntural, o governo Temer parece inerme, perdido na ilusão de que a austeridade bastará para recolocar o “país nos trilhos”, como gosta de dizer o presidente.

Governar requer alterar rotas quando o horizonte muda. Na ausência de resposta, o caos ameaça tomar conta.

A curta semana pós-proclamação da República foi típica de avião sem piloto na cabine de comando.

Enquanto a sociedade se agitava de maneira furiosa — seja pela legítima revolta dos funcionários públicos cariocas, seja pela amalucada invasão da Câmara Federal por nostálgicos do regime militar -, instituições do âmbito judiciário continuavam a triturar o mundo político.

Desta vez caíram os ex-governadores Anthony Garotinho e Sérgio Cabral, além de surgirem novas denúncias contra o PSDB de São Paulo.

Emblema de toda a confusão, o Rio de Janeiro ficou parecendo uma Grécia em escala subnacional, na qual estivesse em curso também uma megaoperação Mãos Limpas.

No meio do furdunço, o Planalto repetia o discurso monocórdio de que a volta do crescimento depende de mais arrocho, entoando o mantra “acalma mercado” da reforma previdenciária.

Até que ponto os luminares do PMDB acham que os prejudicados vão aguentar em silêncio?

Pode ser que, sustentado pela maioria parlamentar que derrubou Dilma Rousseff, o Executivo consiga até fazer passar a pretendida mudança na idade mínima para aposentadoria.

Mas se os empregos não reaparecerem, Michel padecerá de rápida sarneyzação.

Convém lembrar que o ex-presidente José Sarney conseguiu vencer no Congresso constituinte a difícil batalha em favor do mandato de cinco anos para si, o que não o impediu de deixar a Presidência com uma das maiores rejeições registradas desde o retorno dos civis ao poder.

A seguir assim, a dupla Temer/Meirelles, que pretendia emular a dobradinha Itamar/FHC, acabará abrindo a porta para algum salvacionista de ocasião, como diria Chico de Oliveira.

Com a Lava Jato pondo abaixo as estruturas partidárias, torna-se fácil o surgimento, filiado a qualquer microlegenda, de um messias que prometa colocar ordem na bagunça — tal como Fernando Collor de Mello jurava dar um fim à inflação em 1989. Venceu.

Leia também:

Bancários denunciam que Temer vai demolir Banco do Brasil


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Comentários

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FrancoAtirador

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Os Ícones da Malta de Corruptos Hipócritas

que Tomaram de Assalto o Poder no Brasil

sob o Olhar Complacente da Cúpula Judicial.
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Magda M Magalhães

“A seguir assim, a dupla Temer/Meirelles, que pretendia emular a dobradinha Itamar/FHC, acabará abrindo a porta para algum salvacionista de ocasião, como diria Chico de Oliveira.” Pois é, os professores mineiros acham que o salvacionista de ocasião seja o Bolsonaro. Não que os professores tenham a intenção de votar nele. Estão sentindo o clima da galerinha de 15 a 24 anos que acha que a salvação é, como chamam, o Bolsomito. Carinhoso, não? O Mino Carta sempre previne que a Operação Mãos Limpas na Itália teve como resultado Berlusconi. Sugiro colocarmos as barbas de molho. A falta de conhecimento histórico desta geração, a falta de empregos, principalmente entre os jovens, e o que a mídia e o judiciário fizeram, arrebentando com o legítimo exercício da política, que foi para as cucuias junto com a política suja, tudo no mesmo balaio, pode dar em Bolsanaro presidente mesmo. Se não pararmos de ficar só na defesa, não será outro o resultado. Nossa geração, quarenta anos e mais, precisa, urgentemente, descobrir uma maneira de fazer chegar a educação política ao povo, aos mais jovens, coisas assim como competências do município, estados e união. Separação de poderes, o que fazem, o que podem fazer o executivo, o legislativo e o judiciário. Outra frente seriam os parlamentares ou a sociedade apresentarem projetos para retirar os entulhos de leis que favoreçam a continuidade do autoritarismo, a continuidade de privilégios. Por exemplo, como o STF ficou de mãos atadas perante o processo de impeachment da presidenta Dilma? Como nós não conseguimos evitar a aparência de legitimidade? Existe algum erro na lei, pois não? Como podem os legislativos colocarem servidores nos tribunais de contas dos estados e da união com indicação política e não técnica? É tão absurdo, mesmo depois da Constituição de 1988, existirem órgãos como os tribunais de contas em que servidores são indicadas e não concursados, como foi absurdo conservar suplentes de senadores.
O Congresso Nacional como pôde, participar do teatro do impeachment, como se fossem umas vestais, onde estava a competência deles de fiscalizar o executivo? E isto implicaria também na fiscalização da Petrobras. Por que, em momento algum, bateram a mão no peito, minha culpa e minha máxima culpa, para reconhecer que não fiscalizaram? Constitucionalmente não está na competência das Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas e Congresso Nacional, a função de fiscalizar os respectivos executivos? Como a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro pode se eximir desta debacle do Rio?

Bacellar

Palmas pro Miro, haja disposição pra “fazer a ronda” nessa nossa mídia corporativa de….Digamos…De araque.

O mais complicado dessa questão é que efetivamente seria possível com as medidas tomadas em 2012/13, se não houvesse a desestabilização e o travamento do congresso e senado, além da paralisação das construtoras e da Petrobrás, enfrentar a crise internacional com alguma resistência…Mas a economia não funciona ao sabor das intenções e oportunidades perdidas não retornam, esse grande assalto que está sendo promovido pela lobbiecracia e seus cupinchas do judiciário e da mídia, e o fim do invesdtimento público de retorno social (retorno econômico por consequência) o privatismo criminoso e a grande esculhambação da república – pois esse golpe foi um dos processos mais avacalhados e “jaboticabanos” que o mundo já viu, e o mundo percebeu claramente o retorno do Brasil ao status de republiqueta – é irreversível. Nem Temer e seus jagunços e coronéis nem os demotucanos cronicamente incompetentes e mamateiros possuem quaisquer condições de conduzir a economia para além do desastre.

Como cereja do bolo a mão forçada da mídia (incluindo a massmedia global de entretenimento) fomentou o pior tipo de fascismo brucutu. O pensamento mais raso e inconsequente, se é que se pode classificar como pensamento, o que abre um cenário ainda pior de retrocessos, com pseudo-políticos como o Bolsonazi ou agora – chego a rir escrevendo – Roberto Justus.

FrancoAtirador

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Um Ofensor do Serra foi Condenado a pagar

R$ 1.000,00 de Indenização por Dano Moral.

É quanto Vale a Moral do Chanceler do braZil.

E custou isso, porque o Valor foi SuperFaturado,

pois o Juiz é Tucano e Fã dos C@lunistas da Globo.
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    Bacellar

    Grande F.A.! Bicho…mil reais é um disparate, essa moral aí não tá valendo mil piastras sudanesas…Alias eu não dava mil tampinhas de tubaína enferrujadas nela…

Guanabara

Sair de queda de 3,5% para crescimento de 1,6% em menos de 12 meses? Nem a velhinha de Taubaté cai nessa.

Nelson

Amigo. O caos está só no começo. As propostas que a turba podre que tomou conta do poder tem para como solução para os problemas do país – o Ponte para o Futuro – só vão ampliar a queda econômica.

Tais propostas vão reduzir ainda mais os parcos ganhos dos trabalhadores. O resultado disso todo sabemos. O trabalhador vai se ater apenas aos gastos mais básicos, essenciais; o resto assumirá, cada vez mais, a categoria de supérfluo.

Ao mesmo tempo, a solução encontrada pelos “iluminados” que estão no poder em todos os quadrantes do país é o encolhimento do Estado. Justamente o Estado que foi o garante do crescimento econômico que embalou o país nos anos petistas.

Com essas medidas “iluminadas”, o futuro mostra a demanda se reprimindo ainda mais. Ou seja, um tiro direto e mortal na pretendida recuperação do crescimento econômico.

OSVALDO LESCRECK FILHO

Nessa “onda de otimismo” que só os canalhas veem, o pasquim santista “A Tribuna” (“enganando os santistas há mais de cem anos !!!) é figura de proa. E o que faz de propaganda (desde já…) do geraldinho da Daslú “não está no Gibi”. Casa povo tem o governo que merece, mas os santistas estão exagerando…

Luiz Carlos P. Oliveira

Hoje a festa é sua, hoje a festa é vossa,
É de quem vier…
O futuro, já começou…

E os patos, por onde andam?

Plim plim

FrancoAtirador

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Cara! Esti PaíZ Não EZisti!

Líderes e Vice-Líderes dos Partidos

da Bázialháda do Fantoche MiShell

fazem Moção de Apoio ao Geddel!

https://pbs.twimg.com/media/Cx6GbPRWIAA3Dxh.jpg

https://twitter.com/MidiaNINJA/status/801225606176215040
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