Movimentos sociais convocam ato em defesa da Petrobras no dia 13

Tempo de leitura: 3 min

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da Assessoria de Imprensa da CUT, via e-mail

DIA 13 DE MARÇO – DIA NACIONAL DE LUTA EM DEFESA:

— Dos Direitos da Classe Trabalhadora

— Da Petrobrás

— Da Democracia

— Da Reforma Política

CONTRA O RETROCESSO!

TODOS NA PAULISTA
Avenida Paulista, 901
Horário: a partir das 16h00

Um dos maiores desafios dos movimentos sindical e social hoje é defender, de forma unificada e organizada, o projeto de desenvolvimento econômico com distribuição de renda, justiça e inclusão social. É defender uma Nação mais justa para todos.

Defender os Direitos da Classe Trabalhadora

A agenda dos trabalhadores que queremos ver implementada no Brasil é a agenda do desenvolvimento, com geração de emprego e renda.

Governo nenhum pode mexer nos direitos da classe trabalhadora. Quem ousou duvidar da nossa capacidade de organização e mobilização já viu do que somos capazes.

Defender os trabalhadores é lutar contra medidas de ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora.

As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora.

Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a alta taxa de rotatividade, que taxe as empresas onde os índices de demissão imotivada são mais altos do que as empresas do setor, e que ratifique a Convenção 158 da OIT.

Lutaremos também contra o PL 4330, que da maneira como está impostolibera a terceirização ilimitada para as empresas, aumentando osubemprego, reduzindo os salários e colocando em risco a vida dos/as trabalhadores/as.

Defender a Petrobrás

Defender a Petrobrás é defender a empresa que mais investe no Brasil – mais de R$ 300 milhões por dia – e que representa 13% do PIB Nacional. É defender mais e melhores empregos e avanços tecnológicos. É defender uma Nação mais justa e igualitária.

Defender a Petrobrás é defender um projeto de desenvolvimento do Brasil, com mais investimentos em saúde, educação, geração de empregos, investimentos em tecnologia e formação profissional.

Defender a Petrobrás é defender ativos estratégicos para o Brasil. É defender um patrimônio que pertence a todos os brasileiros e a todas as brasileiras. É defender nosso maior instrumento de implantação de políticas públicas que beneficiam toda a sociedade.

Defender a Petrobrás é, também, defender a punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção. Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam punidos com os rigores da lei. Tanto os corruptores, como os corruptos. A bandeira contra a corrupção é dos movimentos social e sindical. Nós nunca tivemos medo da verdade.

Defender a Petrobrás é não permitir que as empresas nacionais sejam inviabilizadas para dar lugar a empresas estrangeiras. Essas empresas brasileiras detêm tecnologia de ponta empregada na construção das maiores obras no Brasil e no exterior.

Defender a Democracia – Defender Reforma Política

Fomos às ruas para acabar com a ditadura militar e conquistar a redemocratização do País. Democracia pressupõe o direito e o respeito às decisões do povo, em especial, as dos resultados eleitorais. A Constituição deve ser respeitada.

Precisamos aperfeiçoar a nossa democracia, valorizando a participação do povo e tirando a influência do poder econômico sobre nosso processo eleitoral.

Para combater a corrupção entre dirigentes empresariais e políticos, temos de fazer a Reforma Política e acabar de uma vez por todas com o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. A democracia deve representar o Povo. Não cabe às grandes empresas e as corporações aliciar candidatos e políticos para que sirvam como representantes de seus interesses empresariais em detrimento das necessidades do povo.

No dia 13 de março vamos mobilizar e organizar nossas bases, garantir a nossa agenda e mostrar a força dos movimentos sindical e social. Só assim conseguiremos colocar o Brasil na rota de crescimento econômico com inclusão social, ampliação de direitos e aprofundamento de nossa democracia.

Estamos em alerta, mobilizados e organizados, prontos para ir às ruas de todo o país defender a democracia e os interesses da classe trabalhadora e da sociedade sempre que afrontarem a liberdade e atacarem os direitos dos/as trabalhadores/as.

Não aceitaremos retrocesso!

CUT -– Central Única dos Trabalhadores

FUP -– Federação Única dos Petroleiros

CTB – Central dos Trabalhadores do Brasil

UGT – União Geral dos Trabalhadores

NCST – Nova Central Sindical dos Trabalhadores

CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

UNE – União Nacional dos Estudantes

MST -– Movimento dos Trabalhadores Sem Terra

CMP -– Central dos Movimentos Populares

MAB -– Movimento de Atingidos por Barragem

LEVANTE Popular da Juventude

FAF –- Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar

MNPR – Movimento Nacional das Populações de Rua

FDE – Fora do Eixo

MÍDIA Ninja


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Comentários

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Eno Pirajú

A Petrobrás é nossa!

    LEANDRO

    Não, ela é de quem está no poder e de quem mama nela. Para o povão sobra um péssimo e caro combustivel. O que o tão propalado pré-sal trouxe para o povão? Gasolina a quase 4 reais?

    Alexandre Deusdett

    Se a Petrobras é sua, vc deveria cuidar melhor dela!
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    Não deixar q o Governo segure o preço da gasolina por anos, dando prejuízo de Bilhões de reais à Petrobras
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    Não deixar q, por decisão política, a Petrobras seja obrigada a construir a refinaria de Abreu e Lima q teve seus custos multiplicados por 10!!!
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    Não deixar q, por arranjo com as “bases”, as diretorias da empresa sejam loteadas e se transformem em feudos de poucos!
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    E, por fim, vc deveria estar na linha de frente, torcendo para a operação Lava Jato estanque o processo de corrupção q, segundo a ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, pode dar um prejuízo de R$ 80 Bilhões à empresa!
    .
    A Petrobras é sua?
    .
    Então cuide bem dela!

Bacellar

União das esquerdas já!

O momento é tão ou mais importante que o pré-eleitoral é hora de uma aliança democrática mais ampla.

Nacionalistas, socialistas, desenvolvimentistas ou simplesmente democratas: Neste momento todos precisam ficar do mesmo lado pois possuem interesses mútuos.

O jogo geopolítico é evidente. Cristalino.

Imediatamente após a eleição já era perceptível que estávamos apenas no primeiro round de uma disputa acirrada.

O financismo transnacional não possui somente como ferramenta a mídia corporativa nacional, que por si apenas é ridícula e não teria amplo alcance: Possui o controle de trafego de dados das redes sociais, possui estoque ilimitado de capital, possui controle sobre as novas ferramentas de comunicação, possui controle sobre os grandes centros de produção cultural de massas (hollywood e produtoras internacionais), possui controle sobre os veículos de propagação do material cultural (e ideológico) de massas (netflix, tvs pagas), possui controle sobre a mídia corporativa internacional que pauta as mídias regionais, possui controle sobre as mídias publicitárias.

Tamanho controle direto ou indireto demonstra-se na capacidade tremenda de desestabilização e desarticulação de qualquer Estado, movimento ou empresa que se entreponha à rapinagem mais despudorada e constante tentativa de dominação completa dos países periféricos.

Não devemos ter ódio dos “coxinhas” que odeiam tudo aquilo que são programados para odiar, devemos é ter inteligencia para maximizar o alcance de nossos parcos recursos de defesa. E agir em conjunto.
Não é hora para egos inflados e discursos segregacionistas. Não é hora de elencar tudo aquilo que deveria ter sido feito. O momento é de fincar posição e defender nossa frágil estabilidade democrática e econômica.

Se queremos um novo grande ciclo econômico impulsionado pelo setor energético, um ciclo que diferente da cana, dos metais e do café, seja finalmente propulsor do tão fundamental salto civilizatório e da formação de uma economia própria, não-assessória mas auto-centrada, urge a defesa incondicional (ao menos momentaneamente) da estabilidade e soberania do Brasil.

Dia 13 todos que puderem na rua. Com serenidade. Todos os veículos alternativos em uníssono precisam convocar e posteriormente divulgar o máximo possível todas as manifestações contrárias a desestabilização nacional.
Os tucanos e comparsas não passam de jagunços da oligarquia e do capital grosso transnacional. Não se trata de uma batalha que possamos vencer em 3 lances. Não se trata de uma guerra que começou agora. Mas trata-se sim de mais um momento decisivo.

A Petrobrás não foi destruída nos últimos 12 anos como prega a mídia subserviente à Washington, pelo contrário; descobriu reservas impressionantes, atingiu novos patamares tecnológicos, serviu como âncora inflacionária e força motriz econômica, renovou parte de seu capital fixo sucateado e finalmente iniciou a expansão de sua capacidade de refino.

Corrupção e petrolífera são palavras que andam juntas desde a infância das 7 irmãs passando pela criação da Opep e por inúmeros conflitos bélicos motivados pelo óleo até os dias de hoje. Corrupção seguirá existindo no curto e médio prazo .

Não é de hoje que existe corrupção na Petrobrás, Chevron, exxon mobil, BP, Shell, Pedevesa…Precisamos cutucar a memória seletiva do conservadorismo. Combater os conservadores cínicos e esclarecer os conservadores ignorantes em política.

União das esquerdas e dos democratas em defesa do Brasil já! Dia 13 vamos demonstrar mobilização em defesa dos interesses nacionais.

    Alexandre Deusdett

    Rapaz,

    não li o seu comentário pq ele é muito grande…

    E depois, um cidadão q, em pleno século 21, usa a foice e o martelo, tem chance ZERO de escrever alguma coisa coerente!

    Bacellar

    Grande? Fraquinho de leitura hein…

FrancoAtirador

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Suiçalão.
Lista HSBC.
Vazou Tudo…
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…Na Grécia…
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(http://jornalggn.com.br/noticia/hsbc-grecia-vazou-tudo-por-alexandre-teixeira)
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FrancoAtirador

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Quem Pagará a Conta do ‘Ajuste Fiscal’?
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“Por que Renan Calheiros aceitou
as MPs que prejudicam os trabalhadores
e devolveu a que que afeta os mais ricos?”
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Só os Trabalhadores pagarão o Pato?
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‘Ajuste Levy’ Poupa os Endinheirados
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Por Najla Passos, na Carta Maior
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A reunião da presidenta Dilma Rousseff com os líderes partidários, nesta quarta (4), no Palácio do Planalto, pode ter cumprido o propósito de acalmar alguns ânimos em relação às medidas de ajuste fiscal do governo, a partir da apresentação de propostas mais positivas para a retomada do crescimento.
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Mas sequer considerou a discussão sobre a principal alternativa apontada pelos partidos mais ideológicos de esquerda às medidas de retirada de direitos dos trabalhadores:
a criação do Imposto sobre Grandes Fortunas.
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De acordo com o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-CE), o assunto não foi abordado no encontro.
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O líder, porém, classificou a reunião como muito produtiva.
Primeiro, porque a presidenta se comprometeu a discutir antecipadamente com a base aliada quaisquer novas medidas que venha a tomar no seu governo, sejam elas do âmbito de análise do parlamento ou não.
Mas, principalmente, porque ela garantiu que as duras medidas de ajuste fiscal são transitórias.
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Costa defendeu que as medidas já anunciadas são apenas parte de um pacote mais amplo, focado na retomada do crescimento.
“A presidenta apontou o horizonte de mostrar ao Brasil que essas medidas que estão sendo tomadas agora não são a política do governo.
Elas são medidas que estão sendo tomadas para uma transição à retomada do crescimento”, ressaltou.
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Segundo ele, Dilma Rousseff explicou aos líderes que outras medidas, mais propositivas, ainda estão por vir e terão impacto muito mais positivo na economia, favorecendo, especialmente, o setor produtivo, agora afetado pela proposta de redução na desoneração da folha de pagamento de 56 setores.
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“Agora virão outras medidas com características acíclicas e de desenvolvimento da economia como, por exemplo, um plano nacional para as exportações, a adoção de novas regras para o simples e supersimples, essa questão da retirada da cumulatividade de impostos sobre a cadeia produtiva e também investimentos do governo em habitação, ciência e tecnologia, educação e saúde”, atestou.
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Quem paga a conta da crise?
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Apesar do otimismo do líder do governo, no parlamento, os arranjos oficiais entre situação e oposição de nada servem quando o assunto é discutir quem vai pagar a conta da crise. Partidos da base, como PT e PCdoB, se unem a outro de oposição, como o PSOL, para evitar a aprovação das medidas que implicam na redução de direitos dos trabalhadores.
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Todos os três já se pronunciaram contrários às medidas provisórias que afetam o seguro desemprego e a previdência, segundo o governo, com o objetivo de corrigir abusos e distorções nas políticas sociais.
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“É claro que ninguém quer compactuar com abusos, mas a posição da bancada do PT é contrária à violação de direitos. Por isso, vamos trabalhar para mudar as medidas provisórias relacionadas às questões trabalhistas”, explica o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
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O deputado defende que as diferentes medidas de ajuste fiscal sejam analisadas individualmente, para que o parlamento possa discutir, de fato, as especificidades de cada uma. “Temos que apoiar as medidas de equilíbrio fiscal, mas sem deixar que os trabalhadores paguem sozinhos a conta da crise”, ressaltou.
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Do outro lado, o ‘governista’ PMDB se alinha com PSDB e afins para tentar impedir as medidas que afetam os mais ricos, como a redução da desoneração da folha de pagamento de 56 setores da economia, prevista na medida provisória que foi devolvida ao executivo pelo presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-XX), nesta terça (3).
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“Por que o presidente do senado aceitou as MPs que prejudicam os trabalhadores e devolveu logo a que começa a afetar os mais ricos?”,
questiona o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), para quem a medida patrocinada pelo expoente do PMDB é contraditória, casuística e reveladora da sua opção pelos mais ricos.
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“Há uma contradição de coerência.
Em momentos anteriores, quando deveria devolver MPs, o presidente não o fez.
Desta feita, ele faz a devolução de uma MP que trata claramente de fazer o ajuste fiscal sobre os mais ricos, e não se manifesta sobre as outras medidas provisórias, como as que incidem sobre os mais pobres”, justifica.
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Ele acrescenta que a atitude é casuística em função do momento político, em que Calheiros é acusado pela Operação Lava Jato.
“Há um casuísmo nesta atitude intempestiva, que coincide com o momento em que o presidente da casa está acuado por conta das denuncias da Operação Lava Jato.
E como o governo não atende seus pedidos, ele faz uma retaliação que nada tem de republicana”, ataca.
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Para apagar o incêndio
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Para o líder Humberto Costa, apesar de toda a polêmica, tanto as medidas que incidem sobre questões previdenciárias e trabalhistas quanto a que atinge o setor produtivo serão aprovadas em tempo recorde. As duas primeiras serão analisadas como MPs e, ainda que modificadas com o apoio até mesmo do próprio PT, significarão economia para o país.
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“Nenhuma MP que eu tenha conhecimento entrou e saiu daqui do congresso da mesma forma.
Sempre há mudanças, às vezes mais substantivas, às vezes menos expressivas.
Eu acredito que, neste caso, haverá uma negociação, que envolverá trabalhadores, governo e congresso.
E daí sairá uma lei de conversão que, certamente, vai atender a todas as partes ou, pelo menos, a maior parte”, afirmou.
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Já a medida que reduz a desoneração da folha de pagamento, devolvida por Calheiros, retornará ao parlamento na forma de projeto de lei que, em regime de urgência, deverá ser discutido e aprovado em 45 dias no máximo, em cada casa.
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“Essa medida é mais simples do que a dos ajustes trabalhistas e previdenciários.
Creio que o congresso vai se sensibilizar com a importância dela, que faz parte de uma política de transição para a retomada do crescimento econômico”, justificou.
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Taxação das Grandes Fortunas
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A taxação das grandes fortunas é apontada pelos movimentos sociais, sindicais e partidos de esquerda como forma de impedir que os trabalhadores paguem sozinhos a conta da crise. Une, por exemplo, partidos da base, como PT e PCdoB, e da oposição, como PSOL.
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Segundo Paulo Teixeira, a taxação das grandes fortunas ganha cada vez mais espaço no campo da esquerda e, até o momento, parece ser a solução mais adequada para enfrentar a crise.
“Na sua última reunião de executiva, o PT aprovou apoio a um dos projetos que trata do tema”, esclareceu.
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O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) também acredita que a medida é a melhor solução para evitar o arrocho dos trabalhadores.
“Tramitam tanto no senado quanto na Câmara vários projetos de taxação das grandes fortunas. Mas o ideal seria o governo apresentar o seu, principalmente após o presidente do Senado ter devolvido ao executivo a medida provisória que afetava o setor produtivo”, avalia.
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(http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Quem-vai-pagar-a-conta-da-crise-/4/32994)
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francisco

pessoal, deixem a democracia falar no Brasil dia 15 de março, assim como ela falou agora na greve dos caminhoneiros. Afinal ter que ficar parado na fila sob o risco de ter o caminhão apedrejado (a maioria) é ou não é uma democracia? Se fosse a ditadura defendida pela direita não tinha fila porque ninguém ia ser louco pra tanto.

Lukas

Pobre Dilma, manifestações contra o seu governo dia 13 e dia 15 de março, da esquerda e da direita. PMDB rebelado.

Que solidão!

    LEANDRO

    Isso que reparei, a esquerda e a direita unidas contra dilma.

FrancoAtirador

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A ex-deputada federal e candidata à Presidência nas Eleições de 2014
Luciana Genro (PSOL-RS), atual Presidente da Fundação Lauro Campos,
afirma que o primeiro ponto para que tenhamos eleições mais limpas e democráticas
é o fim do financiamento privado de candidatos e partidos. Mas isso não basta.
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É possível arrancar uma Reforma Política decente?
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Por Luciana Genro, na Carta Maior
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Junho de 2013 trouxe à tona de forma aguda a falta de representatividade das instituições da democracia burguesa. E quando falo em democracia burguesa não estou apenas usando um conceito da ciência política, mas me referindo a um tipo de democracia que, de fato, só funciona para garantir os interesses dos de cima, capturada pelo poder econômico. As relações espúrias entre os agentes públicos/políticos e o setor privado foram desnudadas pelo escândalo da Petrobrás, mas não são de fato uma novidade.
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O Partido Socialismo e Liberdade (Psol) foi o único partido que elegeu deputados sem o financiamento das empreiteiras. Aliás, é por disposição estatutária que não recebemos dinheiro de empreiteiras, bancos e multinacionais. Gastamos, em nossa campanha presidencial inteira, o que Dilma e Aécio gastavam em um único dia de campanha. Dilma recebeu mais de R$ 64 milhões das empreiteiras envolvidas na corrupção descoberta pela operação Lava Jato, e Aécio quase R$ 35 milhões destas mesmas empresas corruptas.
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O primeiro ponto, portanto, para que tenhamos eleições mais limpas e democráticas é o fim do financiamento privado dos candidatos e dos partidos políticos. Isso é muito importante, mas não basta.
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Nas últimas eleições, a candidata Dilma polarizou com Aécio Neves, atacando o PSDB por suas propostas neoliberais, mostrando até mesmo uma peça publicitária em que a comida sumia da mesa de uma família diante das medidas que o PSDB iria tomar se vencesse. Pois Dilma venceu, conseguindo até mesmo fazer com que muitos crédulos achassem que, de fato, o PT estava dando uma guinada à esquerda. Aliás, Dilma recebeu a maioria dos votos no segundo turno, mas o programa do PSDB, que já havia sido incorporado pelo PT desde o primeiro mandato de Lula, é que foi vitorioso. A escolha de Joaquim Levy para o comando da economia foi o símbolo do estelionato eleitoral.
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Que democracia é esta que o povo é chamado a se pronunciar sobre os rumos do país a cada 4 anos, num processo viciado pelo poder econômico e pelo marketing político, e ainda assim o rumo escolhido é flagrantemente desrespeitado pelos eleitos?
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Este processo democrático “representativo” não permite que as decisões mais importantes para o povo sejam tomadas por ele, mas sim pelos “representantes” eleitos. Mas estes, de fato, só representam os interesses econômicos dos bancos, empreiteiras e outros grandes grupos econômicos que os financiam.
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É por isso que, por exemplo, o povo não é chamado a decidir o que fazer diante da crise.
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Tudo é apresentado como se o “ajuste” proposto por Levy fosse um caminho natural, o equivalente a uma família que é obrigada a apertar o cinto para não gastar mais do que ganha.
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Assim, a decisão se o Brasil deve continuar pagando os juros da dívida pública e o aperto deve se dar via cortes nos investimentos, nos repasses para as universidades públicas e outras áreas vitais, não passa pelo povo.
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E nem poderia passar, pois nesta lógica da democracia para garantir os interesses dos de cima não é possível a soberania popular. Ou alguém acredita que o povo iria, num plebiscito, decidir por cortar na própria carne e preservar os interesses dos rentistas e os lucros dos bancos?
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Por isso, quando falamos em Reforma Política uma questão crucial é esta: garantir mecanismos de soberania popular que viabilizem informação de qualidade para a população (mais um problema) sobre as alternativas possíveis para enfrentar os problemas do país, para então o povo decidir, de forma direta.
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A questão da informação é decisiva neste processo, seja para a tomada de decisões via plebiscito ou via eleições de representantes. No atual modelo, o horário eleitoral é, além de um espetáculo de marketing e não um debate político, totalmente injusto.
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As grandes coligações, formadas das formas mais suspeitas, abocanham a maior parte do tempo, enquanto os partidos que não entram nas barganhas – como o Psol – ficam com míseros segundos para apresentar suas propostas. Além disso, nesta “liberdade de imprensa”, o que vemos é a liberdade para os donos dos meios de comunicação veicularem o que eles entendem ser útil aos seus interesses. Na televisão, uma concessão pública, e o meio mais popular, temos uma situação absurda no processo eleitoral.
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No primeiro turno, no qual eu estava representando o Psol, a Rede Globo chegou ao cúmulo de colocar os 3 candidatos melhor colocados nas pesquisas (outro problema) todos os dias no seu telejornal, e os demais apenas de 15 em 15 dias, aos sábados, dia de mais baixa audiência! Sem falar no conteúdo do telejornal, sempre induzindo opiniões para favorecer as candidaturas mais “afinadas” com os interesses da emissora. Evidentemente que uma reforma política real não pode deixar de se debruçar sobre o problema da informação, buscando uma verdadeira liberdade de imprensa.
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Estes três pontos, fim do financiamento privado, soberania popular com democracia direta e informação de qualidade são vitais para avançarmos rumo a uma democracia real. Mas, infelizmente, as chances de uma reforma política deste tipo prosperar na atual correlação de forças do Congresso Nacional é nula. Além disso os problemas não se resumem a uma reforma nas regras eleitorais, muito embora elas seja fundamentais. Precisaríamos de uma Assembleia Constituinte, já eleita com novas regras eleitorais, para começar a construir um novo caminho.
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No Congresso Nacional a situação não é nada animadora.
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A Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas (formada pela CNBB, OAB e outras organizações)* elaborou um projeto de iniciativa popular que é o melhor até agora apresentado, mas com chances quase nulas de aprovação.
Na Comissão Especial da Reforma Política, nosso representante, o deputado Chico Alencar [PSoL-RJ], tem lutado bravamente ao lado destas entidades para buscar uma proposta que signifique um avanço.
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Mas o risco é termos até mesmo um retrocesso.
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Um Grupo de Trabalho destinado a estudar e apresentar propostas referentes à reforma política e à consulta popular foi criado em julho de 2013, sob coordenação do deputado Cândido Vaccarezza, também tesoureiro do PT e enrolado em doações suspeitas das empreiteiras para o partido.
Não por casualidade a proposta deste grupo não acaba com as doações privadas, apenas faz com que elas sejam exclusivas para os partidos e não para candidatos.
Diga-se de passagem que o PT recebeu quase R$ 350 milhões em doações de empresas na última campanha e o PSDB mais de R$ 222 milhões.
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Vaccarezza propõe, ainda, sem democratizar um milímetro as regras da disputa eleitoral, uma cláusula de barreira para restringir ainda mais o acesso dos partidos pequenos ao tempo de TV e ao fundo partidário.
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O desempenho mínimo começaria em 3% dos votos nas eleições de 2018, 4% em 2022 e chegaria a 5% em 2026.
Esta proposta tem um objetivo claro: impedir o crescimento de partidos como o Psol, que não fazem parte do esquema.
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A desculpa de acabar com os partidos fisiológicos é totalmente esfarrapada.
O PT é um dos maiores alimentadores dos partidos fisiológicos, fazendo alianças, distribuindo cargos e dinheiro. É preciso unir forças para derrotar a proposta de Vaccarezza.
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2015 começou quente, com greves vitoriosas, como a dos metalúrgicos da Volks, protestos pela água em São Paulo – onde é o PSDB o protagonista do estelionato eleitoral – a paralisação dos caminhoneiros, a greve dos servidores do Paraná, e tantos outros.
São lutas parciais, é verdade, mas acumulam para uma estratégia geral de mobilização, único caminho para barrar os ataques do governo via ajuste fiscal e arrancar mais direitos.
A necessidade de uma greve geral está colocada, muito embora as condições para que ela se realize ainda tenham que ser construídas.
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A crise social e política se agrava junto com a crise de legitimidade do governo federal e dos governos estaduais, todos comprometidos com o mesmo modelo político que garante os interesses do capital.
A credibilidade do parlamento também definha, mais ainda agora com o Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o Presidente do Senado, Renan Calheiros, envolvidos com as empreiteiras corruptas, acompanhados de mais uma penca de deputados e senadores, tanto do governo como da oposição de direita.
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O ajuste Dilma/Levy coloca nas costas do povo o preço da crise, aumentando a carestia, o desemprego e precarizando ainda mais os serviços públicos.
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O PSDB e seus aliados não estão parados, tentando capitalizar o descontentamento popular.
Apropriaram-se da data do dia 15 de março para defender o impeachment, o qual, protagonizado por este Congresso, seria como bem definiu Vladimir Safatle,
“bandidos querendo julgar bandidos para ver se, ao final, tudo volta ao normal
e os criminosos travestidos de juízes possam voltar a fazer seus negócios em paz”.
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O Psol trilha um caminho independente, denunciando a oposição de direita e o governo, ambos de acordo em manter um sistema político que possibilita fazer com que os de cima sigam ganhando e os de baixo paguem a conta.
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Estamos junto com os movimentos sociais que querem conquistar uma democracia real e enfrentar o ajuste.
Mobilizar o povo, organizar os protestos, as greves, as manifestações.
Esta é a grande tarefa.
Só assim avançaremos também na possibilidade de arrancar uma reforma política decente.
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*(http://www.reformapoliticademocratica.org.br)
.
(http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/e-possivel-arrancar-uma-Reforma-Politica-decente-/4/32989)
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Leia também:
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Reforma Política: As 10 armadilhas da ‘Emenda Vacarezza’
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A Maior Armadilha da PEC 352, ou Emenda Vaccarezza,
é a Constitucionalização de Medidas que Agravam
as Distorções do Sistema Político Brasileiro.
.
Por Maria Inês Nassif, na Carta Maior
.
(http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/As-10-armadilhas-da-Emenda-Vacarezza-/4/32984)
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Cláudio

Ouvindo A Voz Do Brasil e postando:
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Mais um outro acróstico para a Mulher PresidentA que deixou definitivamente os tucanus de quatro:
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Deixou a tucanalha ó-posição de quatro
Igual a como o Lula já fez
Lutando contra o pig & Cia e seu teatro
Mantendo a vitória mais uma vez
Apesar do contrário espectro atro.
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**** ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
**** ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥ ****
♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥ ****
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************* Abaixo o PIG brasileiro — Partido da Imprensa Golpista no Brasil, na feliz definição do deputado Fernando Ferro; pig que é a míRdia que se acredita dona de mandato divino para governar.
************* Lei de Mídias Já!!!! **** “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” **** Joseph Pulitzer. **** … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” **** Malcolm X. Ley de Medios Já ! ! ! !
************* “O propósito da mídia não é de informar o que acontece, mas sim de moldar a opinião pública de acordo com a vontade do poder corporativo dominante.”. Noam Chomsky.
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************* Poemas engajados de Cláudio Carvalho Fernandes (anarcoexistencialismo):
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**** Poema “Desalienando a ma$$ificaçãø Coisificante” /
.
É melhor /
ser um, mesmo que zero, à esquerda /
do que, títere-palhaço, a penas só faz-ser número$ à direita
.
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**** Poema “Bistância” /
.
Tele Visão /
Tele Vazão /
Tele Vazio
.
.
**** Poema “Cem Rimas” /
(para o PT e o PSTU) /
.
A vida passa de graça /
E fica ainda mais rica /
Nos olhos de esperança /
Que às mãos multiplicam
.
.
**** Poema “Clic” /
.
A luz /
Assombra /
As sombras
.
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**** “Poema Z” /
.
Penso /
Logo(S) /
Rexisto
.
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FrancoAtirador

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Vâmo Prás Cabêça !!!
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