Valmir Assunção: E como ficam os patrocínios do agronegócio?

Tempo de leitura: 4 min

Valmir Assunção*: camponeses, vocês têm todo o direito de serem patrocinados por órgãos públicos para realizar suas atividades!

A bancada ruralista do Congresso Nacional, subsidiado em matérias de jornais impressos e telejornais, “denunciou” o “absurdo” que seria um banco público apoiar uma feira de produtos da reforma agrária, como a que aconteceu no VI Congresso do MST, há duas semanas. Tentam ligar o patrocínio da feira com um suposto financiamento das ações do Movimento, principalmente a marcha que aconteceu na Esplanada dos Ministérios.

Mas o que quero trazer aqui é o discurso ruralista, extremamente apoiado pelo monopólio midiático deste País. Há pelo menos 10 anos a ladainha é a mesma: trabalhador não pode recorrer a recurso público para suas atividades de produção e cultura.

A tentativa de se colocar em dúvida a idoneidade de entidades populares e a legitimidade de ações como as do MST, que luta por reforma agrária, já motivou, pelo menos, três CPIs com resultados que todos sabemos: criminalização dos movimentos sociais e das associações populares.

Mas vamos aos fatos, ao que é concreto: durante o VI Congresso do MST, as cooperativas de reforma agrária organizaram uma feira, chamada Mostra Nacional de Cultura e Produção Camponesa. A feira foi patrocinada pela Caixa Econômica e pelo BNDES, em um valor total que mal chega aos R$ 550 mil. Não preciso dizer que operações deste tipo não exigem licitação, afinal, são patrocínios. E vale lembrar, ainda nem repassados, pois a organização da Mostra ainda está na fase de prestação de contas.

A Mostra Nacional de Cultura e Produção Camponesa, que tanto incomoda os ruralistas, movimentou cerca de R$ 1 milhão e 170 mil na comercialização de 300 toneladas de alimentos produzidos nos assentamentos de reforma agrária no Brasil.

Além disso, apresentações culturais foram divididas por região do País. Fotografias, espetáculos de dança, grupos afros, grupos de forró pé de serra, etc.

Sabe por que a Mostra incomoda aos ruralistas? Por que a sociedade pôde ver que a agricultura camponesa traz valores e qualidades que o agronegócio nunca poderá fornecer, mas que a reforma agrária é promotora. Falo de empregos no campo, da produção de alimentos saudáveis, da produção livre de agrotóxicos e a preços acessíveis.

O Estado brasileiro, responsável pela reforma agrária no Brasil, tem o dever de apoiar ações como a Mostra da Reforma Agrária e toda e qualquer atividade cultural e de produção da agricultura camponesa. Então, camponeses e camponesas do Brasil, vocês têm todo o direito de serem patrocinados, de procurar os órgãos públicos para realizar suas atividades! O que há de errado nisso?

Mas como bem sei que a tática da criminalização continuará, quero trazer aqui alguns dados que impressionam também, mas que nem a mídia, muito menos os setores mais conservadores gostam de destacar.

O BNDES, por exemplo, patrocinou o VI Seminário GTPS – Programa Pecuária Sustentável na Prática no valor de R$ 100 mil. Sabe quem são os participantes? A ABCZ – Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, a FAMASUL – Federação da Agricultura do Estado de MS, dentre tantas outras entidades identificadas com os ruralistas e o agronegócio.

A Petrobrás, empresa brasileira, patrocinou, com inexigibilidade de licitação, diversos eventos do agronegócio. Exemplifico com a Expoagro 2010, produzida pela Ecoeventos Produções LTDA, que recebeu a bagatela de R$ 190 mil. Ou mesmo a Feira Nacional da Soja, no Rio Grande do Sul, que, em 2010, recebeu da empresa R$ 100 mil e receberá mais R$ 200 mil para a sua 20°edição em 2014.

Vamos ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, cujo ministro é escolhido sempre com a consulta aos ruralistas e aos setores ligados ao agronegócio do Brasil. Em setembro de 2013, o MAPA empenhou um convênio para apoiar a realização da 68° agropecuária do Estado de Goiás em um valor total de R$ 463.522,97, favorecendo, diretamente a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura. Outro convênio, no mesmo período e para o mesmo beneficiário, liberou mais R$ 100 mil para o evento supracitado e outros R$ 200 mil para a realização da 50° Exposição Agropecuária de Goiânia.

O Senar de Natal, ligado a CNA, Confederação de classe do agronegócio, recebeu, em dezembro de 2013, R$ 300 mil do MAPA para o que está registrado como fortalecimento do associativismo e cooperativismo rural na cadeira produtiva leiteira do Rio Grande do Norte.

Sugiro que a CNA divulgue em rede nacional todo o valor que o Estado repassa compulsoriamente aos seus cofres e vamos discutir o porquê do agricultor ter que pagar esta espécie de imposto.

Em 2014, ainda sem publicações de valores, o Banco do Brasil patrocinará uma série de feiras do agronegócio, como a 3° Femec (Feira do Agronegócio do Estado de MG), a 80° Expozebu, seminários sobre agropecuária, além de diversas Expoagros e Agrishows espalhados pelos estados.

Patrocinar com dinheiro público, a grande maioria deles sem nenhuma licitação, eventos do agronegócio foi, algum dia, considerado como um crime? Não é possível comparar o volume de recursos que o agronegócio recebe de órgãos públicos, bancos públicos e privados para suas atividades, sem falar do volume de empréstimos, financiamentos, do que é repassado pelo Plano Safra e da dívida aos cofres públicos que sempre é caloteada.

No entanto, para camponês torna-se crime só pelo fato de ser um trabalhador. Em que espécie de democracia a imprensa e os ruralistas acham que vivemos? Ou será que pensam que vivemos, ainda, divididos em capitanias hereditárias, em que o latifúndio e o agronegócio tudo podem?

Essa discussão é muito interessante. Mostra que a ladainha ruralista não mudou e como a questão de fundo é de classe. É por que envolve trabalhadores cooperados que não se submetem ao agronegócio e ao latifúndio, aos que querem seguir hegemonizando um modelo de desenvolvimento para o campo que não alia produção de alimentos saudáveis com preservação ambiental.

*Valmir Assunção é deputado federal e vice-líder do PT na Câmara

Leia também:

A guerra suja da Syngenta contra o cientista Tyrone Hayes


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FrancoAtirador

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Quem paga a campanha do candidato privatiza o recurso público

Por Ladislau Dowbor*, na Carta Maior, via ESCREVINHADOR

Podemos começar com um exemplo prático.

A Friboi é da JBS, o maior grupo mundial na área de carne.

O pesquisador Alceu Castilho constata:

“Existe uma bancada da Friboi no Congresso, com 41 deputados federais eleitos e 7 senadores.
Desses 41 deputados financiados pela empresa, apenas um, o gaúcho Vieira da Cunha, votou contra as modificações no Código Florestal.
O próprio relator do código, Paulo Piau, recebeu R$ 1,25 milhão de empresas agropecuárias, sendo que o total de doações para a sua campanha foi de R$ 2,3 milhões.

Então temos algumas questões.

Por que a Friboi patrocinou essas campanhas?
Para que eles votassem contra os interesses da empresa?
É evidente que a Friboi é a favor das mudanças no Código Florestal.

A plantação de soja empurra os rebanhos de gado para o Norte, para a Amazônia, e a Friboi tem muito interesse nisso.
Será que é mera coincidência que somente um entre 41 deputados financiados pela empresa votou contra o novo código?” (1)

No Brasil este sistema foi legalizado através da lei de 1997 que libera o financiamento das campanhas por interesses privados. (2)
Podem contribuir com até 2% do patrimônio, o que representa muito dinheiro. Os professores Wagner Pralon Mancuso e Bruno Speck, respectivamente da USP e da Unicamp, estudaram os impactos.

“Os recursos empresariais ocupam o primeiro lugar entre as fontes de financiamento de campanhas eleitorais brasileiras. Em 2010, por exemplo, corresponderam a 74,4%, mais de R$ 2 bilhões, de todo o dinheiro aplicado nas eleições (dados do Tribunal Superior Eleitoral)”(3).

A empresa que financia um candidato – um assento de deputado federal tipicamente custa 2,5 milhões de reais – tem interesses.
Estes interesses se manifestam do lado das políticas que serão aprovadas, por exemplo contratos de construção de viadutos e de pistas para mais carros, ainda que se saiba que as cidades estão ficando paralisadas.
Ou maior facilidade para o desmatamento, como no exemplo acima.

Do lado do candidato, apenas assentado, já lhe aparece a preocupação com a dívida de campanha que ficou pendurada, e a necessidade de pensar na reeleição.
Quatro anos passam rápido.
Entre representar interesses legítimos do povo – por exemplo, mais transporte de massa e mais saúde preventiva – e assegurar a próxima eleição, o político fica preso na armadilha.

É o próprio processo de decisão sobre o uso dos recursos públicos que é de certa maneira privatizado.

Neste sentido o resgate da dimensão pública do Estado torna-se essencial.

O Brasil não está sozinho neste processo de deformação da política.
O próprio custo das campanhas, quando estas viram uma indústria de marketing político, é cada vez mais descontrolado. Segundo o Economist, no caso dos EUA, os gastos com a eleição de 2004 foram de 2,5 bilhões de dólares, em 2010 foram de 4,5 bilhões, e em 2012 ultrapassaram 5 bilhões.
Isto está “baseado na decisão da Corte Suprema em 2010 que permite que empresas e sindicatos gastem somas ilimitadas em marketing eleitoral”.
Quanto mais cara a campanha, mais o processo é dominado por grandes contribuintes, e mais a política se vê colonizada.
E resultam custos muito mais elevados para todos, já que são repassados para o público através dos preços.

E a deformação é sistêmica: além de amarrar os futuros eleitos, quando uma empresa “contribui” e por tanto prepara o seu acesso privilegiado aos contratos públicos, outras empresas se vêem obrigadas a seguir o mesmo caminho, para não se verem alijadas.
E o candidato que não tiver acesso aos recursos, simplesmente não será eleito.

E como este dinheiro gira em grande parte na mídia, que veicula as campanhas, não se denuncia o processo.

Todos ficam amarrados.

Começa a girar a grande roda do dinheiro, partindo do sistema eleitoral.

Ficam deformados tanto os sistemas de captação, como de alocação final dos recursos.

Uma dimensão importante deste círculo vicioso, e que resulta diretamente do processo, é o sobre-faturamento.

Quanto mais se eleva o custo financeiro das campanhas, conforme vimos acima com os exemplos americano e brasileiro, mais a pressão empresarial sobre os políticos se concentra em grandes empresas.

Quando são poucas, e poderosas, e com muitos laços políticos, a tendência é a distribuição organizada dos contratos, o que por sua vez reduz a concorrência pública a um simulacro, e permite elevar radicalmente o custo dos grandes contratos.
Os lucros assim adquiridos permitirão financiar a campanha seguinte, além de engordarem contas em paraísos fiscais.

Se juntarmos o crescimento do custo das campanhas, os custos do sobre-faturamento das obras, e em particular o custo da deformação do uso dos recursos públicos, estamos falando no vazamento de imensos recursos para onde não deveriam ir.

Estes “gatos” que sugam os recursos públicos são muito mais poderosos do que os que encontramos nos postes de iluminação das nossas cidades.

Pior: o processo corrói a gestão pública e deforma a democracia ao gerar uma perda de confiança popular nas dinâmicas públicas em geral.

Não que não devam ser veiculados os interesses de diversos agentes econômicos na área pública.
Mas para a isto existem as associações de classe e diversas formas de articulação.

A FIESP, por exemplo, articula os interesses da classe industrial do Estado de São Paulo, e é poderosa.
É a forma correta de exercer a sua função, de canalizar interesses privados.

O voto deve representar cidadãos.

Quando se deforma o processo eleitoral através de grandes somas de dinheiro, é o processo decisório sobre o uso dos recursos que é deformado.

* Este artigo foi editado a partir do capítulo 4 do livro “Os Estranhos Caminhos do Nosso Dinheiro”, de autoria do professor.
Você pode conferir o livro completo aqui:
(http://www.fpabramo.org.br/forum2013/wp-content/uploads/2013/12/colecaooquesaber-01.pdf).

Notas:
1. Alceu Castilho, Partido da Terra
2. O financiamento está baseado na Lei 9504, de 1997 “As doações podem ser provenientes de recursos próprios (do candidato);
de pessoas físicas, com limite de 10% do valor que declarou de patrimônio no ano anterior no Imposto de Renda;
e de pessoas jurídicas, com limite de 2%, correspondente [à declaração] ao ano anterior”, explicou o juiz Marco Antônio Martin Vargas.
3. “Pouquíssimos candidatos conseguem se eleger com pouco ou nenhum dinheiro”, comenta Mancuso, que coordena o projeto de pesquisa Poder econômico na política: a influência de financiadores eleitorais sobre a atuação parlamentar. Ver em Bruna Romão, Agência USP
4. Le Monde Diplomatique, Manière de Voir, Où va l’Amérique, Octobre-Novembre 2012, p.11

Íntegra em:
(http://www.rodrigovianna.com.br/forca-da-grana/dowbor-quem-paga-a-campanha-do-candidato-privatiza-o-recurso-publico.html#more-25790)
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Lista de algumas marcas que pertencem à JBS:

Proteína Animal
Friboi
Seara [!!!]
Vigor
Frangosul
LeBon
Tramonto
Agrovêneto
Vêneto
Leco
Mesa
Faixa Azul
Amélia
Sola
Anglo
Bertin
Pilgrims
Swift
Swift Angus Prime
Swift Maturatta
Swift Orgânico
Swift Black
Cabana Las Lilas
Gold Kist Farms
Pierce
1855
Canelones Foods

Embalagens metálicas
JBS Embalagens Metálicas

Colágeno
NovaProm

Transportes
TRP

Gestão de resíduos
JBS Ambiental [SIC]

(http://pt.wikipedia.org/wiki/JBS)
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14 de abril de 2010
FIFA.com

O fornecedor internacional de alimentos Seara assina acordo
de Patrocinadora das Copas do Mundo da FIFA™ 2010 e 2014.

(http://pt.fifa.com/worldcup/archive/southafrica2010/organisation/media/newsid=1193774/index.html)
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01/10/2013 10:08
Reuters, via Exame/Abril/Naspers

JBS e Marfrig assinam transferência da Seara Brasil

A JBS, maior empresa de carnes do mundo, comprou a Seara Brasil, divisão de aves e suínos da Marfrig, no início de junho, em uma operação que envolveu a assunção de 5,85 bilhões de reais em dívidas e levou a empresa à liderança global na produção de aves.

O negócio, que inclui ainda participação na empresa de couros Zenda, no Uruguai, torna a JBS a segunda maior processadora de carnes do Brasil, atrás da BRF.

(http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/jbs-e-marfrig-assinam-transferencia-da-seara-brasil)
(http://www.seara.com.br/seara/historia-da-marca)
(http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/26227_A+JOGADA+GLOBAL+DO+MARFRIG)
(http://www.jbs.com.br/pt-br/historia)
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24/02/2014
Exame/Abril/Naspers

Fátima Bernardes estreia como garota-propaganda da Seara

São Paulo – A jornalista e apresentadora Fátima Bernardes estreou no mundo dos comerciais na noite de ontem, como garota-propaganda da Seara, marca de produtos da empresa JBS.

Veiculado em rede nacional, o comercial promove a conversa da apresentadora com os consumidores e tem como objetivo de encorajar mudança de hábitos, assim como ela fez quando optou deixar a bancada do Jornal Nacional, da Rede Globo, para assumir um programa matinal na mesma emissora.

Realizada pela agência da WMcCann, a campanha tenta traçar o paralelo entre a mudança do comando da Seara, que foi comprada no ano passado pela JBS, com o da carreira da jornalista.

Após falar de si, Fátima, já cercada de produtos da Seara, convida a todos para experimentar os produtos da marca.

Por meio de comunicado oficial, Washington Olivetto, presidente do conselho da WMcCann, afirmou que a ideia é que a campanha consiga mesclar a persuasão da propaganda e a credibilidade do jornalismo. Segundo o publicitário, neste quesito, ninguém melhor que a própria Fátima para assumir o papel.

O fato é inédito na carreira da jornalista, pois, quando atuava na bancada do Jornal Nacional, o contrato firmado com a Rede Globo não permitia nenhum tipo de merchandising – jornalistas da casa não podem ter contrato publicitário.

Fátima se tornou exceção por desvincular sua imagem do jornalismo, passar a atuar como apresentadora e integrar o time de entretenimento da Globo.

Já no ano passado, a emissora fechou um contrato milionário de merchandising com o Banco Itaú, o primeiro de uma série de ações previstas para o programa, que deverá contar com um modelo semelhante aos que outros apresentadores da casa, como o Faustão e a Ana Maria Braga, têm.

Queridinha do público
Em 2013, Fátima Bernardes desbancou o Silvio Santos e foi apontada como a apresentadora mais confiável do Brasil, de acordo com lista elaborada pela 12ª edição da Pesquisa Marcas de Confiança, parceria da Revista Seleções e

Ibope Inteligência
Segundo o estudo, a global conquistou a confiança de 74% dos entrevistados para o estudo, cerca de 1.500 pessoas.
A previsão é que a campanha, que também conta com versão para mídia impresa [SIC], ações de internet, mídia exterior e rádio, fique no ar nas próximas semanas.

Veja, a seguir, o comercial: (http://www.youtube.com/watch?v=uE_r_YITWhs)

(http://exame.abril.com.br/topicos/seara)







    FrancoAtirador

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    JBS aceita reduzir ritmo em frigorífico

    Por Leonardo Sakamoto, no Brasil de Fato

    O Ministério do Trabalho e Emprego suspendeu, nesta segunda (24), a interdição que havia imposto à unidade do JBS, em Montenegro (RS), no último dia 19, motivada por uma “situação de grave e iminente risco à saúde e segurança dos trabalhadores” – detectada após fiscalização em conjunto com o Ministério Público do Trabalho.

    A interdição havia ocorrido na mesma semana em que a JBS apresentou seu novo garoto-propaganda, o cantor e ex-vegetariano Roberto Carlos.

    O que está acontecendo com a unidade é um exemplo do debate que está em curso, em todo o país, sobre a qualidade de vida dos trabalhadores desse setor.

    E a necessidade de diminuir o ritmo do trabalho a fim de garantir isso.

    Os empregados da fábrica não tiveram desconto em seus vencimentos no período.

    Alguns equipamentos e setores ainda estão passando por ajustes e devem ser liberados em breve, de acordo com o Olavio Lepper, gerente de recursos humanos da unidade.

    A JBS de Montenegro processa frangos, parte deles exportados para o Oriente Médio.

    Máquinas com risco de causar amputação e esmagamentos de membros, provocar choques elétricos fatais e adoecimento.

    Atividades de movimentação de cargas sob riscos de queda sobre o trabalhador, entre outros problemas foram apontamos pelo MTE e o MPT.

    De acordo com o auditor fiscal do trabalho Mauro Muller, coordenador estadual do programa de fiscalização em frigoríficos, a empresa atendeu às determinações, realizando melhorias em seu maquinários e removeram processos que levavam ao adoecimento dos empregados.

    Um dos fatores mais críticos era o “ritmo de trabalho imposto pelas máquinas”. Por isso, uma das mudanças mais significativas foi a redução no ritmo de embalagem de frangos inteiros.

    Segundo relatório técnico elaborado para justificar a interdição, os trabalhadores do setor de frangos embalavam de 30 a 32 aves por minuto, o que exigia mais de 85 ações técnicas (movimentos) nesse período de tempo.
    Pelas normas brasileiras, o ideal seria no máximo 40 ações por minuto.

    A empresa aceitou reduzir até esse limite e, para isso, irá instalar mais máquinas e empregar mais pessoas.
    “Estamos redistribuindo com mais funis de envasamento. E contrataremos mais equipes”, explica Olavio.

    A suspensão da interdição está condicionada ao cumprimento dessas mudanças.
    A cada dez dias, a unidade deverá encaminhar um relatório informando a produção e o pessoal empregado nessas atividades a fim de que os auditores fiscais possam checar se o combinado vem sendo cumprido.

    O trecho, a seguir, foi retirado do relatório técnico e feito com base em questionamento aos trabalhadores.
    Traz as consequências do ritmo acelerado no frigorífico:

    “- Cerca de 73% dos empregados responderam ser necessário a redução do ritmo de trabalho para assegurar a adequação das condições de trabalho.

    – Em relação as queixas de dor, 93,33% dos empregados relataram terem sentido dor na última semana. As regiões corporais com maior comprometimento foram o ombro, seguido de costas e braços.

    – Em relação ao uso de medicamentos para dor, 73% dos empregados relataram o uso na última semana, com uso predominante de analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares.

    – Em relação a permanência do estado doloroso, 46,66% dos entrevistados relataram que as dores não são sentidas após um final de semana completo de repouso, sendo que 40% relataram que as dores não são sentidas após o término da jornada com um descanso noturno.

    – A dor e o uso de medicamentos foi relatada por empregados bastante jovens, muitos com idade variando entre 22 a 26 anos de idade.
    Aproximadamente, 60% dos entrevistados relatou quadro de dormência em membros superiores fato que comprova a grave inadequação das condições de trabalho.”

    De acordo com o Procurador do Trabalho e coordenador nacional do projeto de adequação das condições de trabalho nos frigoríficos, Sandro Sardá, essa mudança por parte da empresa pode ser considerada um avanço importante, uma vez que o ritmo acelerado e os movimentos repetitivos nas indústrias processadoras de carne tem levado à aposentadoria precoce de milhares de trabalhadores em todo o país.

    “A empresa poderá voltar a trabalhar, desde que o ritmo seja adequado e não cause o adoecimento dos trabalhadores.”

    No relatório técnico elaborado para justificar a interdição, aliás, há uma parte que diz bastante sobre o nosso tempo.
    E sobre quem manda em quem:

    “A empresa sabedora dessas condições já desenvolveu uma máquina para automatizar a atividade de ensacamento.
    Tal máquina realizará o ensacamento de 20 frangos por minuto.”

    Ou seja, o ritmo intenso estava exigindo forças do trabalhador para além de sua capacidade.
    Na prática, ele ensacava dez frangos a mais do que uma máquina deve fazer nas mesmas condições.
    Como resultado, dor e adoecimento.

    A automação deve ocorrer em novembro.
    (…)
    Coincidentemente, esses números de frangos embalados por máquina (20) e por gente (30) por minuto repetiram-se em outra ação envolvendo a empresa, esta ganhadora de holofotes da mídia.

    O cantor Roberto Carlos, que passou 30 anos sem comer carne, tornou-se garoto propaganda da Friboi, pertencendo à JBS, a maior processadora de proteína animal do mundo.

    De acordo com o que foi divulgado pela empresa, o objetivo é que as campanhas de marketing – na qual as peças do cantor estão inseridas – ajudem a aumentar em 20% a receita líquida global neste ano.

    Cresci ouvindo LPs do Roberto Carlos que minha mãe colocava na vitrola, dividindo espaço com os do Julio Iglesias – o que deve ter marcado indelevelmente minha personalidade…

    Portanto, tenho em minhas memórias um tempo em que ele jogava flores ao público – ao invés de bifes, coxas e sobrecoxas.

    Longe de mim questioná-lo por isso.
    Cada um sabe o tamanho do carnê do crediário que tem em casa para pagar.

    Não seria simpático se, além da redução no ritmo de trabalho sem redução de salário, os trabalhadores que reclamam de dores e adoecimentos em frigoríficos tivessem direito a um show, daqueles que Roberto Carlos faz em cruzeiros por aí?

    Ou pelo menos um DVD grátis, daquele do especial de Natal, para assistir enquanto estiverem afastados por lesões causadas pelo trabalho?
    Tantas emoções…

    Veja o documentário ‘Carne, Osso’, sobre a situação dos trabalhadores em frigoríficos brasileiros, clicando aqui:
    (http://globotv.globo.com/globonews/globonews-documentario/v/carne-osso-mostra-a-dura-rotina-de-quem-trabalha-em-frigorificos-no-brasil/2557412).

    Íntegra em: (http://www.brasildefato.com.br/node/27557)
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    FrancoAtirador

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    Livro
    CASTILHO, Alceu Luís. O partido da terra: como os políticos conquistam o
    território brasileiro. São Paulo: Contexto, 2012, 238p.

    Resenha
    O PARTIDO DA TERRA:
    COMO OS POLÍTICOS CONQUISTAM O TERRITÓRIO BRASILEIRO.

    Por Camila Ferracini Origuéla*, Mestranda em Geografia
    FCT/UNESP – Campus de Presidente Prudente

    Alceu Luís Castilho é formado em Jornalismo desde 1994 pela Universidade de São Paulo (USP).
    Foi repórter do jornal O Estado de São Paulo (1994-2001), fundador e diretor-executivo da Agência Repórter Social (2003-2010).
    Ao longo de sua carreira jornalística recebeu diversos prêmios: Fiat Allis de Jornalismo Econômico (1999), Vladimir Herzog (2004), Direitos Humanos de Jornalismo (2004), Andifes (2007).
    Recebeu em 2007 o título de jornalista Amigo da Criança, pela Agência de Noticias dos Direitos da Infância e foi, neste mesmo ano, finalista do Prêmio Esso com a reportagem Câmara Bilionária.
    Atualmente, além da carreira como jornalista, cursa graduação em Geografia pela USP.

    Comprometido com um jornalismo em defesa dos direitos humanos e sociais, Alceu Luís Castilho lançou recentemente o livro ‘O partido da terra’:
    como os políticos conquistam o território brasileiro, no qual expõe de maneira didática quem são os políticos eleitos nos anos de 2008 e 2010 (ou 2006 no caso de 27 senadores e 54 suplentes) proprietários de terras no Brasil e como estes detêm uma parcela do território nacional.
    Para isto, o autor reuniu, comparou e analisou mais de 13 mil declarações de bens apresentadas pelos candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
    São senadores, deputados federais, deputados estaduais, governadores, vice-governadores, vice-presidente da República, prefeitos e vice-prefeitos que juntos possuem pelo menos 2,03 milhões de hectares declarados à Justiça Eleitoral.

    Desta forma, o autor revela um Brasil agrário dominado por alguns poucos homens públicos.

    O livro é composto por 5 capítulos, além de uma breve apresentação.

    No primeiro capítulo, “O território”, o autor revela a dimensão da posse da terra por políticos eleitos em 2008 e 2010.
    São aproximadamente 1,2% do território nacional ou 4,4 milhões de hectares controlados por estes políticos, sendo que 2,3 milhões de hectares foram declarados pelos próprios proprietários à Justiça Eleitoral.
    Acontece que, estes 2,3 milhões de hectares apresentados equivalem a apenas R$ 1,37 bilhões dos R$ 2,16 bilhões declarados em imóveis rurais, os R$ 785 milhões restantes, seguindo a mesma lógica, corresponderia a 1,3 milhões de hectares não informados somados a 1,1 milhão de hectares de empresas controladas por estes políticos.
    Os dados apresentados pelo autor, ainda que exorbitantes, expõem apenas uma parte desta realidade.
    Estas propriedades têm se multiplicado não só nas Unidades da Federação em que estes políticos foram eleitos, mas, sobretudo, fora delas, corroborando na migração das posses para áreas de fronteira agrícola, sobretudo, para as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

    No segundo capítulo, “O dinheiro”, o autor dispõe acerca dos preços das terras declaradas pelos políticos à Justiça Eleitoral. Estes valores em alguns casos são extremamente pequenos, pois a Justiça considera como válido os valores históricos dos imóveis.
    A evolução patrimonial destes políticos também é discutida.
    Além da aquisição de propriedades rurais, estes políticos atuam em diferentes atividades agropecuárias, como:
    usinas de cana-de-açúcar, frigoríficos, indústrias de alimentos, mineradoras, madeireiras, entre outras.
    Um exemplo claro disto é o caso do deputado mais rico do Brasil, o alagoano João Lyra (PTB), que declarou em 2010 a Usina Lagina Agroindustrial S/A, de açúcar e álcool no valor de R$ 213 milhões.
    Estes homens públicos controlam parte significativa do território nacional e, ainda, empresas no ramo do agronegócio.
    Estes elementos explicam a existência no país de políticos que dominam a produção de soja e gado, por exemplo, além da mineração.

    No terceiro capítulo, “A política”, há detalhes a respeito dos partidos políticos que concentram o maior número de proprietários de terras, com destaque para o PMDB, seguido do PSDB, PR e PP.
    O autor também retrata neste capítulo a lógica de atuação da bancada ruralista no Congresso Nacional, que possui grande capacidade de organização e articulação em assuntos que lhes são de interesse como, por exemplo, o novo Código Florestal Brasileiro.
    A maior parte destes políticos proprietários de terras representam poderes e interesses regionais ou locais e se perpetuam no poder por meio da transmissão familiar de cargos públicos, conformando uma espécie de coronelismo, segundo o autor.
    Grande parte destes políticos, principalmente governadores, deputados federais, estaduais e senadores receberam para a campanha política de 2010 mais de R$ 50 milhões de grupos ligados ao agronegócio como, por exemplo, o Grupo Friboi (JBS) que doou mais de R$ 30 milhões, a Cosan R$ 3,8 milhões, Bunge Fertilizantes R$2,72 milhões, Cutrale R$ 1,89 milhão e Marfrig Frigoríficos R$ 1,2 milhão.
    Dentre as empresas financiadoras de campanhas, algumas já foram acusadas de cometer irregularidades ambientais e, até mesmo, trabalho escravo.

    No quarto capítulo, “O ambiente”, há informações sobre 69 madeireiras e serrarias que estão entre os bens dos políticos eleitos, e os estados do Amazonas, Rondônia, Pará e Mato Grosso são alvos deste tipo de atividade.
    O autor cruzou os dados referentes ao “arco do desmatamento”, lista dos municípios que mais desmataram no país segundo o IBAMA, com as informações a respeito dos políticos com propriedades rurais nestes municípios, que equivale a 95 mil hectares.
    Deste modo, o arco do desmatamento no Brasil coincide com os arcos do trabalho escravo, assassinatos de camponeses e posse de latifúndios por políticos eleitos.

    No último e quinto capítulo, “Excluídos”, o autor apresenta, primeiramente, casos de políticos eleitos envolvidos em denúncias de trabalho escravo, segundo, em assassinatos e, por fim, em ameaças de morte, relatando o quão violento é o campo brasileiro e a participação de políticos nesta barbárie social. O autor apresenta alguns dos casos mais emblemáticos da história recente do Brasil no que diz respeito a mortes no campo como: o assassinato da missionária Dorothy Stang em 2005, os massacres de Corumbiara e Eldorado dos Carajás em 1995 e 1996 e a execução de líderes camponeses na Paraíba.
    Evidenciando que o acesso a terra no Brasil é repleto de conflitos.

    Alceu Luís Castilho conclui afirmando que embora o livro seja uma espécie de reportagem, levanta a tese de que não existe apenas uma bancada ruralista no Brasil, mas, sim, um sistema político ruralista que controla parte do território nacional, formado por clãs familiares e financiado pelo agronegócio.

    *(http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=W0052442)

    (http://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/viewFile/1858/1757)


david

– Sobre esta versão de que a manifestação em Brasília do MST os manifestantes teriam “simplesmente tentaram invadir o Supremo Tribunal Federal”.
– Será que foi o estagiário do advogado que disse que uma manifestante teria dito por telefone que um dos “baderneiros” teria ligação com um deputado do governo que teria dado a ordem para invadir o tal tribunal?
– Ou será que foi mais uma provacação da repressão política da polícia mesmo?

    Mauro Assis

    Ah, tá, david, quer dizer que a desculpa para a depredação do patrimônio público e privado de agora em diante é a “provocação política”? E o que seria isso? Ah, já sei. O policial chega pega um megafone e berra:

    – Bem feito! O FHC fez muito mais reforma agrária do que a Dilma!!!!!

    Se eu fosse do MST, sairia mesmo botando prá quebrar… ou amarrava uma pedra no pé e me atirava no Lago Paranoá.

Isabela

Muito bem lembrado! Eu fiquei p. da vida quando vi no JN a matéria sobre a feira de Brasília; e como assim, a presidenta receber os baderneiros? Há quem diga que a polícia provocou um grupo, o que motivou a confusão. O artigo é bastante esclarecedor mesmo: obrigada Viomundo!

    Mauro Assis

    ISabela, veja a minha resposta ao david acima.

Mauro Assis

Nada contra governo federal patrocinar mostra disso ou daquilo que ex-sem-terras produzirem. Afinal de contas, se até há assentados que produzem algo, vamos incentivar, certo?

Acontece que o governo patrocinou o deslocamento de pessoas a Brasília que simplesmente tentaram invadir o Supremo Tribunal Federal, que teve que suspender as sua sessões. A polícia judiciária foi atacada e houveram feridos.

Ou seja, ao fim e ao cabo o governo financiou a baderna, que não teria sido possível sem que essa turma viajasse a Brasília por conta da Viúva.

Enquanto isso, os verdadeiros heróis do campo no Brasil, aqueles que trabalham para sustentar toda a ineficiência do resto da nossa economia seguem no campo, silenciosamente trabalhando as suas terras…

    clemente

    Realmente um absurdo estes agricultores quererem ir abrir uma faixa na frente do STF, que todos sabemos é um lugar apenas para a rede globo fazer transmissões ao vivo. E a pobre polícia, tadinha, estava apenas exercendo seu dever de impedir cidadãos de exercerem seus direitos de ir e vir, afinal criticar o JB é inaceitável por um movimento social que defende a reforma agrária, sem necessidade, afinal não há injustiça no campo brasileiro e o Brasil não é um dos países mais atrasados do mundo em distribuição de terra. Que audácia movimentos sociais quererem fazer política que vaiam plantar batatas, sem direito a opinião nenhuma senão me ofendo, num lugar bem longe, para que agente não tenha mais o desprazer de ve-los e a Dilma, que absurdo receber comissão de quem nem terra tem, o certo é fazer como faz com os latifundiários de comódites que é ir lá na terra deles afinal o MST só produz comida para os brasileiros e o agronegócio produz ração para o gado dos Americanos e Europeus, muito mais glamuroso. Este MST é um bando de bandidos, marginais é inaceitável eles não cometerem suicídio e nos obrigarem a ter que querer suas mortes E o líder deles em discurso na internet, na abertura do congresso do MST, falando tão bem de maneira tão racional, era só o que faltava agora um outro Lula no campo. Este mundo está acabando mesmo. Ajudar eles a pagar ônibus, que horror por que não fazem como na época do FHC e vão andando pelas estradas até Brasília. Só falta quererem dar terras para eles, ai vai ser o fim da picada;

Jeanette

E por falar em agronegócio, me vem à mente o Roberto Carlos. Que decepção!

FrancoAtirador

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Banco do Brasil amplia funcionalidades do cartão Agronegócio

O Banco do Brasil anuncia hoje (29/4), às 16:00 horas, em seu estande na 15ª Agrishow Ribeirão Preto (SP), a ampliação do acesso às linhas de investimento rural por meio do cartão Ourocard Platinum Agronegócio.

O cartão Ourocard Platinum Agronegócio é o primeiro cartão do mercado brasileiro voltado especialmente para o segmento do agronegócio. Possui as funções bancárias de débito e crédito e mais a função financiamento rural. Desde agosto de 2007, o cartão do BB já permitia a utilização de recursos de custeio agrícola.

Com a nova funcionalidade, o produtor portador do Ourocard Agronegócio poderá adquirir bens e produtos agropecuários com débito direto no financiamento de investimento, de forma rápida, segura e desburocratizada, sem precisar voltar à sua agência para a liberação do recurso.

Durante o mês de março o cartão Ourocard Platinum Agronegócio foi responsável pelas maiores transações registradas na América Latina por cartões pessoa física Visa: R$ 584 mil e R$ 800 mil, em Rio Verde (GO) e Lucas do Rio Verde (MT), respectivamente.

FINANCIAMENTO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

O Banco do Brasil participa entre 28 de abril e 03 de maio da 15ª edição da Agrishow de Ribeirão Preto (SP) a maior feira de agronegócios da América Latina e uma das maiores do mundo.

Como um dos patrocinadores do evento, o Banco montará uma estrutura especial dentro da Agrishow e deslocará funcionários para atender os produtores, tanto em espaço próprio quanto em estandes de empresas parceiras. O objetivo é viabilizar a realização de negócios com a prestação de atendimento ágil e de qualidade a todos os visitantes.

O Banco do Brasil vai oferecer sete linhas de financiamento aos produtores rurais. Uma delas é o Moderfrota, que financia tratores, máquinas e implementos agrícolas com taxas que variam de 7,5% ao ano até 9,5% ao ano. Além do Moderfrota, há também o Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra), com juros de financiamento e teto de contratação de R$ 1 milhão.

Outra opção de financiamento é o Moderagro, que financia investimentos na fruticultura, conservação de solos e pecuária. Essa linha tem juros de 6,75% ao ano e teto de até R$ 200 mil. O BB também vai contratar operações com lastro no Programa de Integração Lavoura-Pecuária (Prolapec), que tem juros de 6,75% ao ano e limite por produtor de R$ 300 mil.

A Agrishow 2007 movimentou R$ 710 milhões, com desempenho 42% superior ao resultado da edição anterior (R$ 500 milhões). Cerca de 140 mil visitantes freqüentaram a área total de 190 mil metros quadrados de exposição, que teve a participação de 660 expositores.

Banco do Brasil
Assessoria de Imprensa do BB

(http://www.agrosoft.org.br/agropag/100712.htm)

    FrancoAtirador

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    21/08/12
    Banco do Brasil
    Notícias
    Agronegócios

    BB amplia oferta de cartões para o agronegócio

    Novos cartões serão apresentados a produtores rurais
    neste final de semana, na Expointer

    O Banco do Brasil vai apresentar seus novos cartões para o segmento de agronegócios neste domingo (27/8), na Expointer, feira agropecuária internacional realizada em Esteio, no Rio Grande do Sul.

    São os cartões Ourocard Agronegócio Elo (voltado para produtores rurais da pessoa física), Ourocard Empresarial Agronegócio Elo (destinado a agroempresas e cooperativas rurais) e Ourocard Agronegócio Visa Infinite (para clientes produtores rurais pertencentes ao segmento de alta renda).

    Os cartões são de múltiplas funções e agregam, no mesmo produto, as funcionalidades de crédito, débito, bancária e financiamentos rurais.

    Mas a principal funcionalidade dos cartões Ourocard para o agronegócio é mesmo a possibilidade de aquisição de insumos, maquinários agrícolas e produtos agropecuários nos estabelecimentos conveniados com a utilização de recursos disponíveis nos financiamentos rurais contratados no Banco do Brasil.

    Esse é mais um importante instrumento facilitador na estratégia do BB de aumento das concessões de crédito.

    Os cartões Ourocard Agronegócio Elo e Ourocard Empresarial Agronegócio Elo, nas versões físicas ou virtuais, marcam a estreia da bandeira Elo no segmento do agronegócio.

    Trata-se de bandeira totalmente brasileira, cujo crescimento é estratégico para o BB. Os cartões Agronegócio também foram desenvolvidos em parceria com a Cielo S.A.

    O principal diferencial desses cartões é que, ao liberar o financiamento do agronegócio contratado no Banco do Brasil por esse meio, o cliente vai pontuar no programa de relacionamento ‘Ponto Pra Você’ do Banco do Brasil, que permite a conversão do saldo acumulado em milhas aéreas ou a troca por prêmios.

    Outra novidade a ser divulgada pelo BB na Expointer é o produto Ourocard Agronegócio Visa Infinite, cartão internacional desenvolvido em conjunto com a bandeira Visa.

    O foco da oferta desse produto é agregar maiores benefícios e requinte, incluindo, ainda, a temática de identificação com o agronegócio.

    O produto carrega também o diferencial de personalização por parte do produtor rural, que poderá optar por imagens escolhidas e geradas por ele mesmo, como, por exemplo, a foto da sua propriedade rural ou agroempresa.

    Atualmente, o Banco já disponibiliza para seus clientes os cartões Ourocard Platinum Agronegócios Visa e o Ourocard Empresarial Visa.

    (http://www.bb.com.br/portalbb/page118,3366,3367,1,0,1,0.bb?codigoNoticia=34761)
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FrancoAtirador

Naor Nemmen

É Friboi…

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