Rogério Correia: “Inquérito contra jornalista é fantasioso, peça de ficção”

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Deputados do Minas Sem Censura e representantes da OAB-MG com o procurador-geral do MP, André Mariani

por Conceição Lemes

Deputados estaduais do bloco parlamentar Minas Sem Censura (MSC) reuniram-se na tarde dessa quarta-feira, 5 de fevereiro, com o procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais, Carlos André Mariani Bittencourt.

Finalidade: tratar do caso do jornalista Marco Aurélio Carone, diretor-proprietário do Novo Jornal, preso desde 20 de janeiro.

Rogério Correia, vice-líder do Minas Sem Censura, Durval Ângelo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas, Maria Tereza Lara e Paulo Lamac (todos do PT) relataram ao procurador-geral o que está acontecendo no inquérito instaurado pelo promotor André Luiz Garcia de Pinho e a situação de saúde do jornalista preso.

“Eu li o inquérito inteiro, é fantasioso, uma peça de ficção”, diz o deputado Rogério Correia (PT), vice-líder do Minas Sem Censura. “O promotor chama o Carone de relações públicas da quadrilha, pelo fato de o jornalista publicar denúncias contra o senador Aécio Neves (PSDB) e o governo mineiro.”

Também participaram da reunião os advogados William Santos, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, Daniel Dias Moura, conselheiro da OAB-MG, e Vinícius Marcus Nonato, presidente do Sindicato dos Advogados de Minas Gerais.

O grupo comunicou ao procurador-geral que irá solicitar a suspeição de André Pinho para atuar no caso.

Primeiro, porque o Novo Jornal publicou matérias em que Marco Antônio Garcia de Pinho faz várias acusações ao irmão promotor. Logo, há conflito de interesse.

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Segundo, porque Carone diz que o promotor ofereceu a ele delação premiada fajuta em troca de falsas acusações a Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e candidato do PT ao governo de Minas, assim como contra deputados, delegados e advogados, em troca de liberdade.

Marco Aurélio Carone está na enfermaria da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

Na próxima segunda-feira, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia de Minas vai ouvi-lo oficialmente.

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