PF errou ao acusar diretor da Petrobras de receber propina

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José Carlos Cosenza (à esquerda) foi vítima do erro do delegado Márcio Adriano Anselmo (à direita),  o  mesmo que, ao se referir a Lula, disse: “Alguém segura essa anta, por favor”

PF admite erro ao relacionar Cosenza a pagamento de propina

FÁBIO BRANDT – O ESTADO DE S. PAULO

19 Novembro 2014 | 14h 47

Após solicitação do juiz, delegado responsável pela Lava Jato alegou ‘erro material’ ao associar nome de diretor como beneficiário de desvios na estatal durante interrogatório de investigados

Brasília – A Polícia Federal afirmou nesta quarta-feira, 19, que foi um erro ter mencionado o nome do atual diretor de Abastecimento da Petrobrás, José Carlos Cosenza, entre os beneficiários do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

“Em relação ao quesito que figurou em alguns interrogatórios, por erro material, constou o nome de Cosenza em relação a eventuais beneficiários de vantagens ilícitas no âmbito da Petrobrás”, afirmou o delegado da PF responsável pela Lava Jato, Márcio Adriano Anselmo, ao juiz da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, Sergio Fernando Moro, que cobrou provas do envolvimento de Cosenza no caso.

“Cumpre esclarecer que não há, até o momento, nos autos, qualquer elemento que evidencie a participação do atual diretor no esquema de distribuição de vantagens ilícitas no âmbito da Petrobrás”, escreveu o delegado.

José Carlos Cosenza sucedeu Paulo Roberto Costa, um dos presos da Lava Jato que já firmou acordo de cooperação com as autoridades, na Diretoria de Abastecimento da petroleira. Nesta semana, Cosenza entrou para a lista de protagonistas do escândalo após seu nome ser mencionado no interrogatório de alguns presos pela PF.

“Paulo Roberto e Youssef [o doleiro, Alberto Youssef] mencionaram o pagamento de comissões pelas empreiteiras que mantinham contratos com a Petrobrás para si, para os diretores Duque, Cerveró e [José Carlos] Cosenza, e para agentes políticos, confirma?”, perguntou o delegado de Polícia Federal Agnaldo Mendonça a três executivos presos na sétima fase da Lava Jato, batizada de “Juízo Final”.

Após o assunto repercutir, o juiz Sergio Moro cobrou, também nesta quarta, explicações da PF. “Acerca de supostos pagamentos efetuados a outro dirigente da Petrobrás, José Carlos Cozenza, intime-se a autoridade policial para esclarecer se, de fato, há alguma prova concreta nesse sentido, uma vez que até o momento este Juízo não foi informado de nada a esse respeito”. O documento anexado por Márcio Anselmo ao processo foi uma resposta a essa solicitação do juiz.

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Comentários

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italo

O maior escândalo de corrupção conduzido por apaixonados pelo Aécio ‘erram’ ao incluir o nome de um diretor entre beneficiários de propina, mantém errado por algum tempo, sem que ninguém envolvido notasse, até que, questionados por um Juiz revelam: erro material. Vai que cola. Fala sério, PF que erra nome, MP que arquiva em pasta errada e corte que condena sem provas. Tô com a Itália, não enviaria um semelhante à justiça brasileira. Delegado, tem mais alguma coisa que gostaria de dizer? Quer dar mais uma revisada no tema, isso pode incomodar até eleitor errado.

enganado

” … ‘erro material’ … ” Erro?!? Como?!? Pelo visto os delegados da PFDB não passaram na escolinha da Dona Teteia e não aprenderam a LER, coisa que não acredito! Esse xerife fez de propósito a mando da DIREITA, levou GRANA, acho até que vai ser promovido a Xerife-Mor e agraciado com a Medalha do Pacificador, pela gang do FHC. Aliás a Direita paga muito bem aos seus jagunços, ou seja, NINGUÉM deve ganhar menos de R$ 40.000,00 como: Merdal, Miriam Leitoa, Monfort, Garcia, Camarotti, Sardenberg, Demétrios, Waack, … aliás me perdoem se estiver faltando algum jagunço-mercenário. Boa xerife, Márcio Adriano Anselmo, vc é muito inteligente! Tá cumprindo o prometido já estabelecido com o a Direita. Nota 10! Por favor, das próximas vezes inclua, como erro, os nomes do Putin, Fidel, Evo, Maduro (já li que o Maduro vai invadir o BRASIL), Xi, … por que assim a lista vai ficar mais garbosa. Quem sabe que a GRANA que ganhaste por fora para esse mero servicinho não dobra? O Merdal já está podre de Rico! Pois vá atrás dele e seu sucesso será sempre garantido. Safado!

FrancoAtirador

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O Caso BANESTADO, a Petrobras e o Feitiço do Tempo

A Lava Jato tem ligação com o Caso BANESTADO
mais do que se possa imaginar.

Por Iriny Lopes(*), na Carta Maior

“Foi o maior roubo de dinheiro público que eu já vi”.

A declaração do deputado federal oposicionista Fernando Francischini, do PSDB,

não é sobre a Petrobras, ou o que a mídia convencionou chamar de Mensalão,

mas sobre o Escândalo do BANESTADO (Banco do Estado do Paraná).

O BANESTADO, por meio de Contas CC5, facilitou a evasão de divisas do Brasil

para paraísos fiscais, entre 1996 e 2002, na ordem de R$ 150 bilhões.

O Caso se transformou na CPMI do BANESTADO, em 2003,

da qual fui integrante em meu primeiro mandato.

Foi uma longa investigação que resultou no relatório final com pedidos de indiciamento

de 91 pessoas pelo envio irregular de dinheiro a paraísos fiscais,

dentre eles o ex-presidente do Banco Central do governo FHC (PSDB),

Gustavo Franco (PSDB), o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta,

Ricardo Sérgio de Oliveira (PSDB), que foi arrecadador de fundos

para campanhas de FHC (PSDB) e José Serra (PSDB),

funcionários do BANESTADO, doleiros e empresários.

Na época da CPMI, o presidente da comissão,
o então senador tucano Antero Paes de Barros (PSDB-MT),
encerrou os trabalhos da CPMI
antes que o relatório fosse apresentado.

O motivo principal era poupar seus pares,
sobretudo Gustavo Franco e Ricardo Sérgio de Oliveira.

A ação do PSDB para soterrar o relatório tinha como objetivo impedir que a sociedade tomasse conhecimento de um amplo esquema de desvios de recursos públicos, sobretudo vindos das privatizações do período FHC, para contas em paraísos fiscais.

[…]

A Operação Lava Jato tem ligação com o Caso BANESTADO mais do que se possa imaginar.

Se no Caso BANESTADO se tivesse ido até as últimas consequências, provavelmente estaríamos hoje em outro patamar.

As condenações necessárias a políticos, grandes empresários e doleiros, teria evitado a dilapidação de recursos públicos em todas as instâncias. A impunidade amplia os limites de corruptos e corruptores.

Basta lembrar do esquema de licitação fraudulenta dos metrôs e trens de São Paulo, que atravessou mais de uma década de governos do PSDB, e a ausência de investigação e punição para entender do que estamos falando.

Os personagens do enredo da Lava Jato remetem, não por acaso, a muitos do Banestado, inclusive Alberto Youssef, que conseguiu não responder pelos crimes de corrupção ativa e de participação em gestão fraudulenta de instituição financeira (BANESTADO), por acordo, com MPF de delação premiada, em 2004.

Youssef entregou o que quis e continuou sua vida criminal

sem ser incomodado até este ano, quando o juiz federal Sérgio Fernando Moro,

responsável pelas prisões da Operação Lava Jato

– este também outro personagem coincidente com BANESTADO –

resolveu que o doleiro cumpriria quatro anos e quatro meses de cadeia,
por uma sentença transitada em julgado.

“Após a quebra do acordo de delação premiada, este Juízo decretou, a pedido do MPF, a prisão preventiva de Alberto Youssef em decisão de 23/05/2014 no processo 2009.7000019131-5 (decisão de 23/05/2014 naqueles autos, cópia no evento 1, auto2)”, diz o despacho de Sergio Moro, datado de 17 de setembro deste ano.

(ver mais em: http://jornalggn.com.br/sites/default/files/documentos/acao_penal_no_5035707_sentenca_youssef.pdf).

Além de Youssef, do juiz Sérgio Moro, as operações de investigação

do BANESTADO e da Lava Jato tem como lugar comum o Paraná.

Apesar do BANESTADO ter sido privatizado, Youssef e outros

encontraram caminhos que drenaram recursos públicos

para paraísos fiscais a partir de lá.

Se no Caso BANESTADO foram remetidos R$ 150 bilhões de recursos públicos

adquiridos nas privatizações da era FHC para contas fantasmas em paraísos fiscais,

na Petrobrás a estimativa da Polícia Federal até o momento
é que tenham sido desviados R$ 10 bilhões.

Importante ressaltar que pouco importa os valores.

A verdade é que estamos pagando uma conta do passado,
em que parte das instituições fez corpo mole
e deixou crimes dessa natureza prescreverem.

Essa omissão (deliberada ou não) nos trouxe até aqui.

Não por acaso, Alberto Youssef está de novo em cena.

Sua punição no Caso BANESTADO foi extinta em 2004 e quando revogada, neste ano, foi apenas para que MPF e Judiciário não passassem recibo de seus erros anteriores.

Deram um benefício a alguém que mentiu e continuou sua trajetória criminosa.

*Deputada Federal (PT-ES)

Íntegra em:
(http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/O-Caso-Banestado-a-Petrobras-e-o-feitico-do-tempo/4/32268)
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Eduardo

Um Delegao Federal, presidente de inquérito, trocar ladrão por inocente e ainda “acusar formalmente”, é suprassumo da incompetência e despreparo ou é um errozinho inocentinho materialzinho perdoavelzinho? Esse inquérito esrá a merecer uma CPIzinha!

Eduardo

Que delegadozinho hein?!Presidente de inquérito! Interrogo- lhe : É malidicência, incompetência , Ou Delegado é assessor de Deus?Vai ser candidato pelo PSDB a quê? Alguém segure essa anta!

Adilson

Pergunta que não quer calar: o injustiçado terá o mesmo espaço, nos esgotos que vincularam sua pessoas a atos de corrupção? Claro que não terá, razão pela qual a sociedade não pode aceitar que pistoleiro de tubulação de esgoto macule a dignidade da pessoa humana e não seja devidamente punido.

Marat

A banda podre da PF só serve para vazar informações confidenciais (mas somente as que lhes convêm), para prender trabalhistas e esquerdistas, para apoiar o PSDB e para lamber as botas do PIG, mas quando é para fazer algo certo, eles erram…

FrancoAtirador

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Desde o fim-de-semana passado, a Máfia Empresarial Midiática

está caluniando e difamando o atual Diretor da Petrobras,

tomando por base em um inexistente interrogatório prestado

ao delegado da Polícia Federal do Paraná Agnaldo Mendonça Alves.

(http://abre.ai/a-desmoralizacao-da-policia-federal)
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Notinha de Rodapé no Detrito Fétido da Marginal da Naspers:

Nesta quarta-feira, a Polícia Federal admitiu

que errou ao vincular Cosenza ao escândalo.

“Em relação ao quesito que figurou em alguns interrogatórios,
por erro material, constou o nome de Cosenza em relação a eventuais
beneficiários de vantagens ilícitas no âmbito da Petrobras.

Cumpre esclarecer que não há, até o momento, nos autos, qualquer elemento
que evidencie a participação do atual diretor no esquema de distribuição
de vantagens ilícitas no âmbito da Petrobras”, diz nota da PF.

(http://abre.ai/urinoldo-azevedo-veja-acusa-diretor-petrobras)
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    FrancoAtirador

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    E essa Banda podre quer escolher

    o Diretor-Geral da Polícia Federal.

    E também o Ministro do SupremoTF.
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Carlos Ribeiro

Esse delegado é uma Anta!

italo

Que errinho, hein? Eu também ja misturei meias brancas com cinzas e demorei mais para me perdoar.

Vlad

Que importante isso.

    Julio Silveira

    Talvez, para você, ser tratado como ladrão seja uma coisa confortavel, quem sabe normal ou corriqueira, mas para um cidadão que sente o peso de uma acusação injusta, inocente, isso é um erro gravissimo, passivel de reparação judicial. Logo se vê como você encara a legalidade.

    Maria José Nunes Marques

    Realmente não se pode acusar a quem quer que seja sem provas, imagina como é que fica psicologicamente um diretor desses? um chefe de família? Este erro tem que ser reparado.

Donizeti – SP

Se tem esse erro essencial sobre atribuição de recebimento de propina por um diretor que agora se diz inocente, quantos erros mais tem nesses vazamentos escandalosos ?

No que dá para confiar nesse inquérito e procedimento, que é sigiloso, mas vaza mais que peneira furada ?

Não estou perdendo meu tempo em acompanhar esse assunto, não tenho saco para ler e ver o comportamento histérico da mídia tucana e golpista.

Donizeti – SP

Essa investigação contaminada da PF tucana/aécista tá começando a virar palhaçada.

Vai dar em nada toda essa pirotecnia e vazamentos seletivos para as manchetes escandalosas do PIG, esse inquérito tem mais furos jurídicos e legais que queijo suíço.

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