Não somos racistas (2)

Tempo de leitura: 3 min

dica do Stanley Burburinho, no Facebook do Preconceito Racial Não é Mal Entendido

por Ronald Munk e Priscilla Celeste

Sábado, dia 12 de janeiro, eu, meu marido e nosso filho fomos à concessionária BMW Autocraft na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, interessados em um automóvel.

Eu e meu marido somos brancos e nosso filho é um menino negro de sete anos. Chegando à loja, fomos atendidos pela recepcionista e perguntamos pelo vendedor que conhecemos e que já nos atendeu em outras ocasiões.

Como ele estava de folga, a recepcionista foi chamar um outro funcionário para nos atender. Enquanto olhávamos os automóveis aguardando atendimento, nosso filho assistia TV sentado no sofá.

O gerente de vendas da concessionária veio nos atender. Estávamos conversando com ele, quando nosso filho se aproximou de nós. O gerente voltou-se imediatamente para ele e, sem pestanejar, mandou que ele se retirasse da loja, dizendo que ali não era lugar para ele. “Você não pode ficar aqui dentro. Aqui não é lugar para você. Saia da loja.”

Nosso filho ficou olhando para ele, sem compreender o que estava acontecendo. Nós também. Ele insistiu. Meu marido perguntou então porque ele dissera aquilo e sua resposta foi: “Porque eles pedem dinheiro, incomodam os clientes. Tem que tirar esses meninos da loja.”

Quando meu marido disse a ele que o menino negro era nosso filho, ele ficou completamente sem ação, gaguejando desculpas atrás de nós enquanto saíamos indignados da concessionária. Nosso filho perguntou porque eles não aceitavam crianças naquela loja e porque tinham uma TV passando desenhos animados se não gostavam de crianças.

O gerente de vendas não viu em nenhum momento nosso filho interpelando, incomodando ou pedindo qualquer coisa a quem quer que fosse. Sua atitude foi uma ação preconceituosa e prepotente, além de totalmente descabida.

Como somos clientes da concessionária, esperamos que ela se manifestasse nos dias que se seguiram. Isso não aconteceu.

Enviamos então um e-mail ao Grupo BMW relatando o ocorrido, inclusive com transcrição da lei federal no. 7.716, que regulamenta os crimes de discriminação e preconceito racial.

O grupo BMW nos respondeu desculpando-se pelo fato ocorrido, prometendo que a concessionária seria notificada e isentando-se de responsabilidade, uma vez que, “não estamos legalmente autorizados a exercer qualquer ingerência, influência ou participação nas atividades diárias de qualquer concessionária da rede BMW, quer seja em razão de a BMW do Brasil e as concessionárias serem pessoas jurídicas distintas, quer seja em razão de o artigo 16, da Lei n. 6.729/79 expressamente proibir a BMW do Brasil de adotar qualquer postura que influencie a gestão administrativa dos negócios de suas concessionárias”.

Somente uma semana depois do ocorrido recebemos um e-mail do dono da concessionária, desculpando-se, qualificando a atitude de seu gerente como mal-entendido e justificando-a como reação natural de um funcionário que vê um menor desacompanhado em sua loja.

Segundo ele, “o gerente de vendas entendeu que o Sr. e a sua esposa estariam sozinhos e não acompanhados por qualquer outra pessoa, incluindo-se a criança. Assim, no momento em que o seu filho se aproximou do Sr. e de sua esposa, não se atentou que ele estaria acompanhado dos Srs., até porque, segundo relato do meu funcionário, ele não presenciou qualquer diálogo de vocês com o filho.”

O fato de o gerente de vendas não ter percebido que o menino era nosso filho e sua conclusão imediata de que um menino negro, aparentemente sozinho, dentro de uma concessionária BMW, seria um menor desacompanhado e sua atitude de colocá-lo para fora da loja não constituem, em hipótese alguma, um mal-entendido. Trata-se de preconceito de raça, sem qualquer possibilidade de outra interpretação.

A resposta da concessionária demonstra claramente que seu proprietário não tem noção da dimensão do fato ocorrido e compactua com a attitude preconceituosa de seu gerente de vendas. Sua mensagem, que tem como objetivo que esqueçamos o “mal-entendido”, termina com votos de que o fato não abale nosso relacionamento. O mal entendido neste triste episódio foi a tentativa de explicar um crime como mero mal-entendido, ao tentar transformar a situação em “pizza “ e acreditar que tudo acabaria bem e nós, “clientes amigos” para sempre.

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Não somos racistas (1)

 


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Comentários

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Torcida grunhe em estádio e Daniel Alves denuncia racismo « Viomundo – O que você não vê na mídia

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vera lucia

O casal perdeu uma otima oportunidade de mandar esse funcionário para a cadeia; pois a atitude dele foi imperdoavel, e é aconsellhável que todos os compradoes que vão a essa concessionaria, va bem produzido pois caso contrario podera ser expulso.

FrancoAtirador

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Não somos tucanalhas (2)

Não são tucanos?

Então tira o tu…
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Fabrício Alves

Casal acusa concessionária da BMW de racismo

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=bC2i4nWDDrA

José BSB

Romanelli

MUITA calma nessa hora..

do que ouvi e entendi:

A criança estava boa parte do tempo DESACOMPANHADA dos pais que estavam entretidos com a compra do carro novinho. Aqui, é compreensivo intuirmos que o vendedor não sabia que a criança tinha qq vinculo com os clientes que estavam sendo atendidos.

Agora reflita: Se vc fosse proprietário duma loja vc permitiria que uma criança transitasse sozinha correndo o risco de lhe impor prejuízo sem reparo ? então ?

Claro, claro que alguém poderia pensar, mas se a criança fosse branca as coisas seriam diferentes ??!! ..bem, aqui é trabalharmos por hipótese, embora eu concorde que este fato ao menos poderia fazer parte de um cenário mais provável do que o de um casal branco estar acompanhado de seu filho negro e/ou parto ..ou não ?

então ?! ..vocês acham que o vendedor deveria ser adivinho ?

Agora, quanto a se ser racista propriamente, por acaso houve alguma atitude de violência, ofensa ou repreenda que aludisse à cor da criança, que pelo fato dela ser negra ela deveria se retirar, ou por ser pobre e estar potencialmente esmolando num ambiente inapropriado ? verdade é que NÃO houve tal ato, ao menos do que ouvi e li

ènso que o que muitos não entendem é que a sociedade responde por estímulos, conceitos, preconceitos e estereótipos tb, estes que lhes são incutidos frente a REALIDADE que todos conseguem ver

..ORAS bolas, se a grande maioria dos pobres é formada por negros e pardos, que se estes por condições sociais são os que tb representam a maioria da nossa população carcerária, marginal e marginalizada ..é LAMENTAVELMENTE compreensivo, ainda mais em se vivendo nesta sociedade de bárbaros que nos meteram, é comprrensivo que no inconsciente coletivo o negro e/ou pardo, ainda mais o mau trapilho, seja visto como potencialmente mais “nocivo” e representante de certo perigo, ou não ?

Gente do céu, por favor não sejamos hipócritas e nem PREGUIÇOSOS ao tentarmos entender o comportamento das pessoas ..penso que só com boa vontade e com políticas públicas sérias que visem dar oportunidade e condições mais igualitárias aos seus cidadãos é que poderemos efetivamente, no tempo e não na marra, ver tais “resistências” serem devidamente vencidas.

ps – e a propósito, eu NÃO acho que o uso de cotas RACISTAS, pro bem ou pro mal, devam fazer parte do arsenal ..em tempo, defendo sim as cotas SOCIAIS, para pobres de todas as cores e matizes.

    abolicionista

    Se você fosse um empresário responsável, ao ver uma criança sozinha em seu estabelecimento e estivesse minimamente preocupado com a integridade física da mesma, deveria interrogá-la a respeito dos responsáveis. Você poderia perguntar para ela? “Olá, você precisa de ajuda? onde estão seus pais?”. Parece-me que, no caso relatado, ocorreu algo bem diferente.

    Um pouco mais de cuidado com os conceitos não lhe faria mal: “inconsciente coletivo” é um conceito cunhado pelo psicanalista Carl Gustav Jung para designar os “arquétipos” fundamentais subjacentes à psique humana e não serve para designar o que você pretendia. Seria melhor utilizar uma expressão como “imaginário coletivo” ou, pura e simplesmente, preconceito. Afinal, quando você age guiado por princípios pré-racionais (ou, como você disse equivocadamente, inconscientes), você incorre não apenas em preconceito, mas até mesmo em violência: é muito comum que impulsos de auto-defesa saiam de controle e se tornem agressões.

    xacal

    Romanelli, com todo respeito:

    O racismo se expressa factualmente, por tudo que reunimos de dados acerca dele.
    São os negros os mais pobres entre os pobres, a maioria dos presos, dos mortos por morte violenta, tem menor expectativa de vida e ganham menos fazendo os mesmos trabalhos.

    Isto não se corrige com apenas políticas sociais de compensação.

    Se corrige com políticas afirmativas de inclusão, que permitam a negros superar a dupla clivagem: pobreza e preconceito.

    O que você usa para “justificar” a percepção do vendedor, são dados de racismo real(pobreza, violência, etc) que consagram a visão simbólica do vendedor:

    Um menino negro dentro de uma loja rica só pode ser pedinte.

    Mas a desconstrução da violência simbólica do racismo não se dá pelas “desculpas” posteriores, ao enxergar a c..gada feita.

    Ela se dá pela educação do olhar, e das perguntas, tipo: “Meu filho, você está procurando alguém?”, “Você deseja algo menino”. Ou melhor: “Qual o seu nome, prazer, o meu é tal, em que posso te ajudar?”.

    Estas perguntas ainda que mascarassem a hipocrisia do vendedor, que poderia achar que o menino é um pedinte, como tantos outros que, na verdade, o são, não acabarão com o racismo, nem mudarão a situação dos negros.

    Mas seria importante para aquele menino, porque não lhe diria, nua e cruamente, que seu lugar não é ali. E pouco importa “lugares”, porque o lugar de qualquer humano deveria ser onde quisesse estar, salvo as exceções legais.

    E mais: ainda que hipócrita, elabora limites de civilidade que mostram urbanidade em tratar a todos(principalmente os negros), inclusive os pedintes, que não o são por questões de caráter(sem-vergonha que detestam trabalho) ou pela cor da pele.

    Ou seja: se o menino fosse, de fato, um pedinte, estava tudo ok?

    Eu preferiria esta hipocrisia civilizadora, que a hipocrisia racista, que diz que o ato é um “mal entendido” porque só pode ser entendido de uma forma.

    shirl

    Muito boa compreenção dos fatos .Nossa realidade deve sim passar por atitudes de civilidade e educação.De certa forma ,implicam em respeito!
    E de certa forma, são bons exemplos.

    abolicionista

    Bravo, xacal, matou a pau!

    Romanelli

    Xacal e Abolicionista

    Entendo e respeito o modo idílico de vocês verem o problema, mas reitero, mesmo pelo modo de vocês encararem os fatos, no episódio posso ver falta de tato, de educação, de sensibilidade humana, mas NÃO de racismo explícito como alguns querem classificar o ocorrido.

    Aliás, episódio recente parece que houve por estes dias em SP aonde motoristas se desentenderam e, segundo uma versão (imaginemos que seja a verdadeira) o pau correu solto por desavenças no TRANSITO ..isso pra depois um dos personagens acusar o outro de HOMOFOBIA pela sova sofrida ..se assim, SE assim, houve de tudo, ignorância, agressão e violência desmedida, até covardia, mas não homofobia que teria sido um “tema” alienígena ao problema central, que foi o de DESINTELIGÊNCIA social

    abrá

    e Xacal, o que você disse dos negros eu assevero que tb tem acontecido com o GÊNERO HOMEM, uma doença, um massacre social

    e sobre cota RACISTA, desculpe, reparo histórico, escolha de inocentes vivos por culpa de responsáveis mortos, generalizações por povos carrascos x doutros oprimidos, e/ou resgate de apenas alguns coitados em detrimento de outros entregues a própria sorte …essa história eu já li, e vinha da ALEMANHA do século XX ..é tudo farinha ..numa sociedade dita CIDADÃ (lembremos do 5o artigo), se pra um pra todos (em igual situação) ou para ninguém.

    xacal

    Romanelli, não há intenção em te convencer.

    Você despreza a dupla clivagem, e desconhece que entre os mais pobres, os negros são ainda mais sacrificados, justamente pela cor da pele.

    O fato da BMW é a prova, mas você a rejeita, ou seja, mesmo já em situação econômica superior a do vendedor, o menino negro é vítima do racismo dele!

    Se o menino fosse branco? Por óbvio, não haveria aquilo que você considera, ao que parece, um mal entendido, uma desinteligência social, tal e qual os arianos da BMW.

    E se os pais fossem negros? Ah, raramente estaria ali, eu te respondo, mas é provável que ainda assim, o vendedor ainda assim considerasse o menino um pedinte em potencial.

    Mas se nada falasse, está claro que ele identificou uma similaridade étnica decisiva para seu comportamento.

    Ou seja, por onde olharmos, a coisa não melhor.

    Claro, você tem o direito de ver as coisas de forma distinta.

    Mas eu lhe digo:

    Reconhecer que há raças, ou melhor, que o homem se enxerga através destes filtros, não é legitimar o racismo. Não nas posições que defendo.

    Não aceito, e repudio que você use esta denominação para nivelar todos que enxergam as raças como manifestação de reconhecimento humano, com os que usam esta constatação para subordinar e aniquilar determinadas raças por outras.

    Ora, o que fazemos aqui é justamente o contrário. Inverter esta lógica, sem desprezar que os homens, SIM, se enxergam e se agrupam por vários motivos, crenças e SIM, pela cor da pele.

    Usar o conceito de raça como inclusão, e não como segregação!

    Agora, restrição de direitos ou imposição de violações a estes direitos pela cor da pele não pode, é RACISMO.

    Sua percepção sobre o artigo 5º da CRFB não encontra acolhida em nenhum estipêndio de direito.

    A igualdade não é mero formalismo(todos iguais), porque sistemas constitucionais reconhecem e principiam sobre sociedades e sua dinâmica.

    Nossa CRFB e seu legislador soube enxergar que as pessoas, dependendo da posição social ou da cor da pele, vão ter tratamentos diferenciados pelo Estado.
    Assim como relativizou direitos de propriedade. O direito de greve e por aí vai.
    O que vale como princípio para nossa CRFB em relação a igualdade é a ISONOMIA: aos iguais na forma de sua igualdade, e aos desiguais de acordo com a desigualdade em que estão inseridos.

    De todo modo, valeu o debate.

    Ricardo Gerevine

    Meu caro, você está tampando o sol com uma peneira… Se há uma criança sozinha no seu estabelecimento comercial, a primeira atitude é chegar perto dele, falando baixo e de maneira educada: “oi garoto, tudo bem? Vem cá, você precisa de alguma coisa? Seus pais sabem que você está aqui?” E outras dezenas de abordagens humanizadas e respeitosas. Mas o FDP racista já usou a violência verbal, despejando seu conteúdo preconceituoso. Espero que esses pais entrem com o devido processo contra a loja e esse péssimo atendente.

    Ronaldo Silva

    …e a boçalidade continua…aguardem cenas do próximo comentário rançoso do mesmo…lembra-se da insinuação que vc fez sobre a relação misteriosa de edir e sílvio no site do PHA? Vc é figurinha conhecida por ataques…menores.

    Romanelli

    e vc quem é ?

    tomou as dores de quem ..do Silvio PANAMERICANO, ou do Edir Mercenário ?

Dionísio

O Apartheid na Bahia e a privatização das praias pelos hotéis e condomínios.

http://atv.atarde.uol.com.br/video.jsf?v=10007

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=tQoaaptdGUo#!

bira

Isso não cabe um processo, para servir de lição?

Narr

O tal funcionário não foi racista, o erro dele foi geográfico. Se ele tivesse ido para as áreas carentes da Baixada Fluminense, de São Gonçalo ou de Niterói teria boas oportunidades de enxotar crianças negras sem dar mancada de pegar a “errada”. Não existe racismo, o que existe é mapa de bairros com poucos indicações. Botem os geógrafos e urbanistas do PT na cadeia e tudo estará resolvido.

mucio

Cadeia pro cara que fiz isso com a criança e multa milionária pra concessionária.

Luana Tolentino: Ordem de serviço da PM e genocídio da juventude negra « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Não somos racistas (2) […]

Abel

Os partidários do Ali Kamel e do Denis Rosenfield andam exultantes com um vídeo do Morgan Freeman, onde “Deus” diz que ainda está por surgir o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Para Freeman, Obama é mestiço – não é negro. Perceberam a sutileza? Kamel e Rosenfield assinariam embaixo; isso de dizer que pardo é preto é coisa de racialista brasileiro ;)

José Livramento

O que esperar destes nazistinhas:

http://www.telegraph.co.uk/history/world-war-two/8796157/BMW-dynasty-breaks-silence-over-Nazi-past.html

luana

Deixa eu tirar o paizinho rançoso, e colocar um grupo específico, em determinados lugares específicos do país que, pelo poder que tem, tem uma forma absurda de emanar energia negativa. Não é o país, são determinadas pessoas de determinado estado da federação que contamina muitos, mas não todos.

Luana

Minha nossa, eta paizinho rançoso! Uma alma doente que todos os dias insistem em descarregar por um determinado estado, uma bateria recorrente de energia negativa. Enquanto isso, um outro povo não muito distante, consegue reter, vamos ver até quando esse embate vai continuar.

De uma coisa eu sei, ainda que pensem diferente, não é um confronto entre o bem e o mal, mas um confronto entre pessoas que pensam que são feitas de algum tipo de pó diferente do outro. Triste ignorância,viu. O que eu sei é que a luz irá sempre vencer a treve, pois a treva nada mais é do que ausência de luz.

Valdir

Sabe oque é preconceito ?
É eu pobre branco perder a vaga em uma universidade para um negro rico porque ele é negro.

    ROSI SOUSA

    Sabe o que é preconceito, Valdir?

    É o fato de pessoas como você usarem sempre este mesmo discurso para fazerem de conta que não enxergam o racismo no nosso país.

    Conselho pra você: troque o disco e coloque os óculos!

    xacal

    Sabe o que é preconceito? É achar que todas as pessoas que se identificam como valdir façam comentários idiotas.

    Mas sabemos que o fenômeno está restrito a você.

    Primeiro, achar negro rico nesta sociedade excludente e racista é quase como achar um trevo de quatro folhas.

    Depois, se fosse rico, por óbvio, como todos os demais, entrariam na Universidade sem depender de cota alguma.

    Mas ainda assim, mesmo sabendo que você não conseguirá alcançar o raciocínio, eu jogo pérolas aos porcos:

    E se fosse um branco rico, não teria problema?

    Ué, as vagas tiradas de você(embora eu duvide que qualquer curso superior vá servir a você)estão ocupadas por brancos ricos, e por que isto não te incomoda?

    francisco niterói

    Este Valdir, como o Dionisio abaixo, É UM GRANDE PRESENTE PRA HUMANIDADE QUANDO FICA DE BOCA FECHADA.

    Danton

    Há pouco mais de um século tínhamos escravidão no Brasil. Penso que por causa das cotas, daqui há 20, 30 anos, poderei olhar para o lado num restaurante caro e encontrar famílias negras, encontrar médicos negros nos melhores hospitais, advogados negros, etc…(pelo menos na mesma proporção que a população) Quantos encontramos hoje? Não vale citar exceções para tentar derrubar a regra. Neste dia o Brasil será melhor! Penso que minha filha poderá ter essa sorte. As cotas em nada me beneficiam… mas se pensasse só em mim que m. de pessoa eu seria.

Dionísio

Pra quem diz que isso é racismo então faz o seguinte.
Quando tiver alguém de “cor” rondando sua casa ou seu filho, não chame a polícia pois você estará sendo racista afinal de contas existem bandidos negros e brancos.

    xacal

    Dionisio(ou será baco?),

    Bobocas como você são como os porteiros dos prédios chiques, que abrem todas as trancas para qualquer um que esteja de terno, e tenham a pele branca.

    Fiote, abordar negros e brancos é tarefa da polícia, e de fato, policiais obedecem uma clivagem que lhe ensina que a bandidagem é, majoritariamente, negra.
    Assim como você, ensinado a desconfiar dos pretos, enquanto os brancos fazem a festa.

    Mas daí a colocar isto como política oficial em documento com ordens explícitas, como se fosse tarefa exclusiva da polícia abordar alguns criminosos, e deixar os que moram nos jardins, atrás dos colarinhos brancos, dos sigilos bancários, etc, seria cômico senão fosse trágico.

    Está aí, na fala do dionisio, a essência do discurso que legitima a violência estatal e policial, com viés étnico e classista.

    E depois vocês colocam a culpa só na polícia.

    Luiz Reis

    Meu Deus! Você tem a chance de pensar melhor e escrever após… leia o que escreveu, por gentileza! Que loucura, rapaz!

    francisco niterói

    Comparar uma situacao que talvez revele perigo (alguem rondando uma casa ou uma crianca) com uma crianca numa loja só pra mostrar o seu ponto de vista estupido, revela que vc, alem de ser alguem incapaz de qualquer empatia com uma crianca, é muito desprovido de senso critico. Realmente nao sei o que é o pior.

    Sendo assim, so me resta dizer: VC DE BOA FECHADA É UM PRESENTE PARA A HUMANIDADE.

    jonas de carvalho

    Pois é Dionisio existem mesmo ladrões brancos e negros. E os brancos – esses engravatados que a gente vê na TV e nos jornais – são não apenas racistas de cor, são racistas de classe, de nivel social, de nivel economico, cultural e outros mais.

    E esse tipo de bandido é muito, mas muito pior, do que o neguinho que te assalta ali na esquina, que pelo menos é mais sincero em suas atitudes. Pois o ladrão branco pode destruir familias inteiras, populações enormes, com suas falcatruas revestidas de legalidade.

    Fique esperto meu chapa. Aquele lourão de olho azul que mora no apto ao lado do seu, pode estar te comendo por uma perna e voce nem desconfia, e voce não vai mesmo chamar a policia.

    Julio Silveira

    Esse sua visão apenas reflete o quanto são miopes tantos brasileiros. Enquanto se preocupam com a possibilidade de um pobre negro lhe surrupiar alguma coisa, um branco rico costuma estar roubando o País e causando tudo isso, mas é muito longe para se prestar atenção.

Marat

Houve um fato semelhante há alguns meses, numa pizzaria do Bairro do Paraíso em SP, inclusive o Eduardo Guimarães relatou em seu Blogue.
As pessoas andam muito armadas, muito preparadas para a briga, e, o elemento de preconceito também (ainda) está muito forte, embora estejamos no século XXI. Isso é triste, porém esclarecedor.
Há muitas políticas e legislação que combatem esse tipo de (grave) problema, porém o cerne da questão (preconceitos social e racial) estão longe de ser resolvidos… Quando mexerem no bolso da turma, e quando os canais de televisão (que são concessões!) forem obrigados a informar com frequência que temos leis e elas devem ser seguidas, talvez as coisas iniciem a mudar.

Julio Silveira

Nesse nosso Brasil pouca coisa de boa é ensinada de maneira formal, acostumamo-nos a ficar na esperança, na expectativa, na acumulação de experiências muitas vezes negativas, que nós é que teremos de reverter em lição positiva, quando existir força humana para isso.
Só realmente costumamos reforçar nosso aprendendizado quando fatos trágicos como esse ocorrem. Aí nos damos conta de que para termos de fato uma nação ainda falta muiiiito, apesar da crença de muitos deslumbrados, desmiolados.

Ronaldo Silva

Duvido que o tratamento será diferente em qualquer outra concessionária que eles forem, principalmente as de luxo.

fabio nogueira

Não vou sair de casa. Vou desfazer o encontro de três amigos meus que são negros também.

É agora?!!!

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