“É triste saber que os brasileiros que vivem no estado mais rico do Brasil estão passando por uma crise de falta de água sem precedentes na sua história. Muito triste porque estamos falando de um problema alertado há 10 anos. Um problema que segundo técnicos do próprio governo estadual, poderia ter sido evitado com obras feitas antecipadamente” — Presidenta Dilma Rousseff, em campanha
PSDB lança “Meu Banho, Minha Vida”!
Por Altamiro Borges, em seu blog
O irreverente José Simão, um dos poucos colunistas que ainda merecem ser lidos na Folha tucana, publicou mais uma pérola nesta quarta-feira (22). Segundo ironiza, o governo deverá lançar em breve o programa “Meu banho, Minha Vida!” para enfrentar a grave crise de água que tortura os paulistas em decorrência do “choque de indigestão” do PSDB.
Outro programa que está em discussão é o “Balde Família”, que visa armazenar este líquido precioso para os dias piores que virão. “O Alckmin vai lançar o Balde Família: toda família terá direito a um balde vazio! Rarará!”.
Deixando de lado as piadas, o cenário em São Paulo é cada dia mais dramático. Segundo pesquisa Datafolha, os cortes de água se generalizaram pela capital paulista: 60% dos entrevistados relataram ter sofrido ao menos um caso nos últimos 30 dias. Nas pesquisas anteriores, em junho e agosto, os índices foram de 35% e 46%.
“O levantamento mostra também que os paulistanos estão pessimistas em relação ao futuro: 88% deles creem que a metrópole corre grande risco de ficar longos períodos sem água nos próximos meses”, relata o editorial da Folha desta quarta-feira.
O temor é tão real que 66% dos entrevistados já cogitam recorrer à estocagem da água. “Essa iniciativa traz alguns perigos. O armazenamento inadequado – por exemplo, em recipientes não esterilizados –, pode levar à contaminação da água por bactérias, ocasionando prejuízo à saúde dos que vierem a consumi-la. Mais grave, com a proximidade do verão, estação em que costuma se verificar aumento do número de casos de dengue, os reservatórios em casas e apartamentos podem servir de nascedouro para o mosquito transmissor da doença”, alerta o jornal.
Mas o governador Geraldo Alckmin, que foi reeleito graças também à cumplicidade da mídia tucana – que escondeu a grave crise da água –, ainda permanece inerte. Ele “tem sido evasivo em relação à segurança hídrica”, segundo a Folha, que adora “tucanar” a desgraceira.
Na verdade, Alckmin protela o enfrentamento do problema para beneficiar Aécio Neves, o cambaleante presidenciável do PSDB. Tudo é feito com base em cálculos eleitoreiros! Passado o segundo turno, os programas “Balde Família” e “Meu Banho, Minha Vida” até poderão ser implantados!
Este estelionato eleitoral, porém, parece que não está dando resultado. Ainda segundo uma notinha na Folha tucana, “a cúpula da campanha de Aécio Neves culpa a falta de água em São Paulo pela recuperação de Dilma Rousseff na reta final da eleição. A crise, explorada pela propaganda petista, seria o principal motivo da redução da vantagem do tucano no Sudeste. Os aecistas temem que o problema continue a drenar votos até domingo”.
A crise no setor atiça as bicadas entre os aspones de Aécio e Alckmin, dois grão-tucanos que nunca conviveram bem no ninho.
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Comentários
henrique de oliveira
Como assim ? senão tem água , não tem dengue muito menos lava jato , não sei quem é mais safado e burro os tucanos paulistas ou seus eleitores.
Julio Silveira
Que me perdõem os paulistas que não foram hipnotizados pela maquina anestesica de propaganda tucana, a midia cumplice corporativa, é triste, mas chega a ser engraçado analisar como uma licença poetica o fato de que para os pessimos gestores tucanos, com seu arrivismo, a culpa está sempre no inacreditável de Almeida e seu amigo São Pedro, e os tolos anestesiados acreditam. Já foi o raio no apagão eletrico, agora todos os sobrenaturais conspiram. Já tão saindo da cazinha.
Mário SF Alves
A pior elite do mundo, a mais dissimulada, a mais sádica e a mais burra do mundo devia aproveitar o “meu banho, minha vida” e tomar um banho de civilização.
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De nossa parte até uma criança sabe bem o que necessitamos e o pretendemos. Necessitamos de democracia de verdade e pretendemos lutar ainda mais por ela.
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Um recado:
Atenção elitistas! Fiquem tranquilos, pois não nos interessa seus meios de produção. Longe de nós, em nome de um pretenso comunismo, estatizar suas fábricas, seus bancos, seus latifúndios produtivos e legítimos, ou mesmo de retomar as concessões prúblicas usadas em seus empreendimentos de [des]informação de massa.
No entanto, saibam, ó, sádicos, senhores saudosistas do regime Casa Grande-Brasil-Eterna Senzala, queremos ser respeitados em nossos direitos e deveres constitucionais e disso não abriremos mão. Exigimos que o PODER DE FATO, corrupto e corruptor, o seu poder, respeite o PODER DE DIREITO, que é o poder de todos, legitimado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e através das urnas, conforme o que determina o Parágrafo Único, do Art. Primeiro da Constituição da República Federativa do Brasil.
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Bom banho. Ainda há tempo.
Roberto
Essa crise da água vai durar longos anos. Acredito que uns 6 ou 7 anos para ser amenizada. A não ser que Alckmin encha a Cantareira com caminhões pipa vindos de Minas.
Mário SF Alves
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O que dizer de um dono de jornal, um dos mais tradicionais de SP, ex-arauto do liberalismo e agora o mais radical defensor da ideologia neoliberal, onde sua família sempre exerce a mais absoluta liberdade de imprensa, que vai às ruas em manifesto contra a reelição da presidenta Dilma, e se expõe publicamente com cartaz que confunde seu País de origem com a Venezuela?
Urbano
Rsrsrs… muito bom o ‘Meu banho, minha vida’…
Edmorc
Os maiores adversários do Aécio:
1) Ele mesmo
2) José Serra
3) Alckimin
Os dois últimos podem até querer uma boa votação do Aécio, desde que ele não vença, pois aí teria cacife para pleitear a reeleição em 2018. Por isto o Serra declarou aos quatro cantos que Aécio deveria abrir mão da reeleição. Precisa desenhar??????
Marcelo
Imaginem a desvalorização de imóveis que ocorrerá em São Paulo com uma crise hídrica que não possui solução a curto prazo. Leiam este blog. Cosmopista.com
Edgar Rocha
A culpa é sempre da população. Quando a população é assaltada em locais pra lá de manjados, sempre aparece um comandante da PM “instruindo” o cidadão a não andar em certas áreas da cidade, a portar corretamente uma bolsa, a não usar o celular na rua. Também, quando a polícia abusa da autoridade, é a mesma coisa: vem um ensinando “regras de etiqueta” no trato com os policiais, pra evitar um tiro ou um bofetão.
Com a água é a mesma coisa: cabe ao cidadão armazenar água de chuva, verificar vazamentos na residência, comunicar a Sabesp sobre os problemas, demorar menos no chuveiro, fechar a torneira na hora de escovar os dentes. Se a coisa tá ruim, é porque o cidadão não fez o dever de casa.
Só que com a elite, isto não funciona. Se faltar água pros ricos, o Governo corre pra dar satisfação. E diga-se, ninguém economiza nada!
Minha maior raiva é saber que o Alckmin ganhou também nos bairros pobres.
Cracol
É, a coisa está séria. Não investiram e agora os acionistas estão tentando conseguir água, mas “debalde”.
Geraldo Lins
Alckmin em entrevista coletiva ao lado da última gota do Cantareira:
-A dengue num se reproduz em água parada? Então, achei um jeito de acabar com a dengue! Acabar com a água. De nada.
Monteiro
Que direita facista!Acorda povo, da besteira do 1turno ,pensem por suas próprias cabeças e não pela mídia corrupta e corruptora.Dia 26 vamos de Dilma e diga não aos facistas.
José Ademar
Esse é o tema da próxima novela das 6 da Rede Globo que vai estrar depois das eleições junto com o racionamento em SP e os arquivamentos e absolvições da operação lava jato do Sérgio Moro.
Não sei se Guilherme Arantes vai querer liberar a música deixa chover,já que os autores da novela José Aníbal,José Alvaro Moisés e Marco Antônio Villa preferem contar com as músicas da dupla sertaneja Lobão & Leonardo.
Claudomiro
Segue texto publicado no Le Monde em Maio/2014.
Vale a leitura.
http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1638
Miro
Coletivo Curupira
Mário SF Alves
Claudomiro,
Segui sua sugestão de consulta e achei por bem reproduzir um dos tópicos:
“Mercantilização da água e privatizações
O saneamento da região submetida à escassez é promovido principalmente pela Sabesp, uma empresa de economia mista controlada pelo governo de São Paulo, que tem 51% das ações. A partir de 2002, suas demais ações passaram a ser negociadas na Bovespa e, em seguida, na Bolsa de Nova York. Em 2008, a Sabesp passou a se dedicar também a outros serviços, como os de águas pluviais, limpeza urbana, resíduos sólidos, além daqueles ligados à energia, em outras regiões do país e no exterior. A descaracterização de sua função pública prosseguiu com a criação3 da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), quando pôde assumir participação e controle de capital com outras empresas, formando subsidiárias, nacionais ou internacionais.
A lucratividade da Sabesp é obtida com o fornecimento de água e a prestação de serviços de esgotos, o que a impele a vender quantidades cada vez maiores de água, cobrando tarifas vantajosas, mesmo dos serviços de esgotamento, que não são prestados para boa parte dos usuários. Além disso, ela não paga os encargos pelo uso de patrimônios públicos, como os reservatórios Guarapiranga e parte das represas do Alto Tietê. Esse conjunto de procedimentos expressa uma política privatizante, que se opõe à consideração da água como um bem público e recurso vital para a população. Essa é a bandeira de luta internacional dos movimentos sociais que querem assegurar a universalização do acesso à água.”
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Eis a raiz financeira do “meu Banho, Minha Vida”. Ou melhor, eis a raiz da irresponsabilidade pública. A continuarem assim, logo, logo os tucanos estarão em entendimento direto com Cuba para a ampliação do Mais Médicos.
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