Luiz Cláudio Cunha: A anistia para Collor e Sarney

Tempo de leitura: 5 min

Anistia para Collor e Sarney ?

Luiz Cláudio Cunha*, reproduzido no Inter Ação, sugerido pelo Edu Marcondes

Presidente Dilma, que coisa feia, hein?

Resistiu bravamente à pressão do ex-presidente Lula e agora está sucumbindo vergonhosamente à pressão combinada dos ex-presidentes Fernando Collor e José Sarney.

Semana passada, apesar do bafo salvador de Lula, que carimbou Antônio Palocci como “o Pelé da Economia”, Dilma defenestrou o poderoso ministro-chefe do Gabinete Civil, aquele que caiu no governo passado por estuprar o sigilo do caseiro e que voltou a cair neste governo pela comovente defesa da virgindade de seu próprio sigilo.

Esta semana começa com Dilma se dispondo a manter o abjeto ‘sigilo eterno’ (sic) sobre documentos oficiais, uma ignomínia que atravessou incólume os 16 anos de governo somados do sociólogo FHC e do metalúrgico Lula, uma dupla que garantia ter um pé na cozinha da esquerda mais consciente.

Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Fernando Collor sentou em cima do projeto original de Dilma, que quebrava a eternidade do sigilo e permitia o máximo de 50 anos de segredo.

“É temerário”, repudiou o senador das Alagoas, alegando “constrangimentos diplomáticos” para fatos como a ditadura militar (1964-1985), o Estado Novo getulista (1937-1945) e até a Guerra do Paraguai (1864-1870), episódio este ocorrido há século e meio e que levou à morte 50 mil brasileiros.

Presidente do Senado Federal, José Sarney vem agora em socorro de seu temerário sucessor no Palácio do Planalto, alegando que segredos eternos evitariam lesões nas relações diplomáticas do Brasil com seus vizinhos.

“Documentos que fazem parte de nossa história diplomática, que tenham articulações como Rio Branco teve que fazer muitas vezes, não podem ser revelados, senão vamos abrir feridas”, explicou, sem explicar nada, o cuidadoso Sarney, que nasceu 18 anos após o falecimento do Barão do Rio Branco (1845-1912).

Diante da curiosidade geral, cabe a pergunta: que feridas, cara-pálida?

O que poderia sangrar tanto nossa diplomacia? Que bobagens teria cometido o bom barão, o homem que redesenhou nossas fronteiras, para merecer esta santa proteção do bem informado Sarney?

Dias atrás Sarney expurgou da exposição oficial do ‘túnel do tempo’ do Senado o glorioso impeachment de Collor — o único afastamento legal de um presidente em 122 anos de República —, relegado por seu solidário colega de sigilo como um simples ‘incidente’, talvez uma ferida a ser escondida.

É sempre bom lembrar que, dentro de 48 dias, completam-se dois anos em que o jornal O Estado de S.Paulo vive sob a censura patrocinada pela família Sarney, que deseja um sigilo eterno para as estripulias do filho do senador, Fernando, indiciado na (agora secreta) ‘Operação Boi-Barrica’ da Polícia Federal por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e caixa 2.

Sabemos todos o que teme no presente o senador Sarney, mas ninguém imagina o que no passado pode assustar tanto o senador Collor, que aparenta um personagem bifronte da política brasileira.

Na tribuna, com voz grave e empostada, porte ereto e ternos sem vinco que parecem recém saídos da lavanderia, Collor pode ser confundido com um lorde inglês desavindo num parlamento qualquer ao sul do Equador. De repente, porém, Collor pode perder a compostura, o palavreado e a elegância para revelar seu lado mais tosco, mais agreste, mais indecoroso.

Como fez em 2009, quando ganhou a imortalidade dos anais para um fétido discurso, no plenário do Senado, onde confessava que estava ‘obrando, obrando e obrando” na cabeça de um colunista da revista Veja. Como fez em 2010, quando ameaçou enfiar a mão na cara de um repórter da IstoÉ, num telefonema gravado onde o polido senador distinguia o jornalista como “filho da …”.

Sabemos todos o que são Sarney e Collor. O que não se sabe, porém, é o que pretende Dilma Rousseff ao capitular diante de argumentos tão pífios de uma dupla de ex-presidentes tão contestados por episódios tão polêmicos no passado e no presente.

Dilma fez muito bem ao seu governo ao seu livrar, em boa hora, de Palocci. Dilma faz muito mal à sua biografia ao se render tão facilmente aos desígnios pouco claros de Collor e Sarney.

A presidente da República deveria respeitar mais sua própria história, bem mais exemplar do que seus dois oblíquos aliados e antecessores. Dilma combateu de armas na mão o regime militar que Collor e Sarney, no verdor da idade e no fervor da utilidade, apoiaram sem peias, nem meias medidas.

Um foi jovem da ARENA, outro foi cacique da velha ARENA. Dilma foi ao limite do sangue para combater essa gente e aquele regime.

Agora mesmo, 39 documentos sustentam uma ação civil pública na 4ª Vara Cível de São Paulo contra três oficiais do Exército e um da PM paulista, integrantes da Operação Bandeirante (OBAN), mãe do DOI-CODI da rua Tutóia, símbolo maior da repressão da regime.

O grupo é acusado pela morte de seis presos políticos e pela tortura em outros 20. Um dos acusados pelo suplício é o tenente-coronel reformado do Exército Maurício Lopes Lima, uma das presas torturadas é uma guerrilheira de 22 anos da VAR-Palmares chamada Dilma Rousseff.

Com o cinismo típico de sua turma, o coronel Lopes Lima deu uma entrevista, em novembro passado, logo após a eleição de Dilma: “Se eu soubesse naquela época (1970) que ela seria presidente, eu teria pedido – ‘Anota aí meu nome, eu sou bonzinho'”, admitiu ao jornal Tribuna de Santos.

O coronel teve o seu nome anotado pela história, como queria, mas com certeza não era bonzinho — apesar da fantasia de pacato veranista que hoje desfila nas águas mansas da praia das Astúrias, no Guarujá do litoral paulista, onde vive.

O frade dominicano Tito de Alencar Lima, o Frei Tito, sobreviveu a terríveis torturas no DOPS do delegado Fleury. O que restava dele foi levado ao DOI-CODI do coronel Lopes Lima, que o deixou sob o trato de seis homens de sua equipe e do inefável pau-de-arara. No seu depoimento, frei Tito contou: “O capitão Maurício veio me buscar em companhia de dois policiais: ‘Você agora vai conhecer a sucursal do inferno’, ele me disse”.

Meses depois, cada vez mais atormentado pelos fantasmas da tortura, frei Tito foi para o exílio e acabou se enforcando numa árvore de um mosteiro nos arredores de Lyon, França, em 1974, um mês antes de completar 30 anos.

Agora, com a candura dos impunes, o coronel que teve seu nome anotado por Dilma e frei Tito reconhece: “Tortura no Brasil era a coisa mais corriqueira que tinha. Toda delegacia tinha seu pau-de-arara. Dizer que não houve tortura é mentira, mas dizer que todo delegado torturava também é mentira. Dependia da índole”.

Dilma conhecia bem a índole da turma do capitão Lopes Lima, que ela mesma impugnou como testemunha de acusação no seu processo da Justiça Militar: “O capitão é torturador e, portanto, não pode ser testemunha”, alegou Dilma, com lógica exemplar e o nome do bonzinho Lopes Lima devidamente anotado.

Apesar da natureza de seu algoz, Dilma sobreviveu a 22 dias de tortura e superou o trauma da dor. Quatro décadas e uma ditadura depois, em vez de escalar os galhos do balouçante desespero de Tito, Dilma subiu a rampa do Planalto como primeira mulher eleita presidente sobre o chão sólido da democracia.

Os homens que machucaram e atormentaram gente como Tito e Dilma eram simpatizantes, aliados, partidários e defensores do regime sustentado pela ARENA de gente como Sarney e Collor.

Entende-se, claramente, porque Sarney e Collor defendem o sigilo eterno.

O que não se entende, presidente Dilma, é como a senhora possa estar ao lado dessa gente, depois de tudo o que a senhora fez, depois de tudo o que eles fizeram.

Os nomes deles, presidente Dilma, estão todos anotados.

Sarney e Collor, presidente, não eram bonzinhos. Nunca foram.

Por favor, anote aí!

*Luiz Cláudio Cunha é jornalista. E anota. [email protected]


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Edmar

Azenha, agora, depois dos esclarecimentos da DILMA, voce vai manter esse post tão idiota, desculpa Luis Cláudio. Porra gente, faz semanas que eu aqui no meio da amazônia sei do que se trata. Eu fiquei puto quando, após os 40 anos, vim a saber como foram "heróicas" nossas ações na Guerra do Paraguai e como temos sido benevolente com o criminoso de guerra que chamamos de Duque de Caxias, nome de ruas escolas e outros próprios públicos pelo país afora. A publicação dos "detalhes" das nossa atuação no episódio poderia, realmente, criar embaraços e azedar ainda mais nossas relações com os paraguaios, já tão estigmatizados como introdutores de contrabando em nosso país. Nesses casos, como disse a DILMA, é mais que justificado que, se adequadamente fundamentado o pedido, se prorroguem os prazos do sigilo, ouvindo a Defesa e/ou o Itamarati. O resto é crítica pela crítica.

FatimaBahia

Sei que vou contra a opinião da maioria,ou todos(?),aqui,mas gostaria que aceitassem um contraponto e fizessem uma reflexão:
Pensem um pouco e considerem que podem sim haver documentos que ponham em risco a soberania,a integridade territolrial e a relação com outros países.Claro que Sarney e Collor não são flor que se cheire,mas também,como já foram presidentes,têm conhecimento de dados que nós não sabemos e não podemos avaliar o risco de tornarem-se públicos.Pensem o que seria,nossos vizinhos questionando nosso território e demandando em corte internacional a devolução,p/ exemplo?!Acho sim que o assunto deve ser debatido com critério e deve ter uma comissão muito bem preparada para avaliar esses documentos.EUA podem bancar seus podres expostos,será que nós podemos?Enfim,acho este assunto complexo,tem muita coisa que deve sim,ser liberada,mas não creio que liberar tudo sem analisar seja benéfico.Claro que não incluo aqui os mandos e desmandos dos nossos presidentes,mas tem segurança nacional envolvida e por isso há que ter cautela,sim!Não vivemos em um mundo fácil e amigável e por isso,não dá para sermos ingênuos em nome da transparência absoluta e da verdade,na minha vida particular sou e gosto de ser,mas em matéria de país?de relações internacionais…?

    Morvan

    Boa tarde, FatimaBahia e demais.
    Gostei da maneira civilizada como você contrapõe o assunto, que, como dissera, é espinhoso. O problema, ao meu ver, com relação ao assunto, é a maneira como ele está sendo tratado. A Presidente está falando uma coisa e membros do próprio partido estão dizendo outras. Quando Dilma sinaliza que "é favorável ao sigilo eterno" e logo logo se veem os nomes de Sarney e de Collor, há claramente o sinal de capitulação; porque só estes dois senhores pressionam tanto, se ainda estão vivos (felizmente) dois ex-presidentes: Fernando Henrique Cardoso e o estadista Luiz Inácio [Lula] da Silva. Porque e velha (no sentido mais pejorativo que houver) mídia comemora tanto esta guinada? São perguntas que não calam…
    Outra coisa: você já pensou se a publicação dos dados fosse total e irrestrita – contribuiríamos para uma sociedade mais aberta, mais altiva, ou o contrário?

    Morvan, Usuário Linux #433640.

    Antônio Lange

    FátimaBahia, não me admira que aí floresça os magalhães e outros jagunços. Que complexo é esse que os Steites podem bancam e nós somos incapazes. Ora faça o favor estamos falando de democracia ou o quê? Nossas fronteiras foram definidas há gerações. É claro que não há nada de estranho nem de ilegítimo nesse assunto. O que quer se esconder são os negócios escusos da chamada "elite brasileira".

walter araujo

Tenho grandes dificuldades de acessar esta página.
Enviei dois comentários e ambos não foram publicados.
Neste caso acho melhor não voltar aquí.. Nem para ler,
nem para comentar. By, by.

    Daniel

    Ninguém te ama, ninguém te quer…

walter araujo

O jornalista Luiz Cláudio Cunha correu o risco de ser apressadinho.
O factóide vomitado pelo Estadão é uma grosseira empulhação.
Ouvir as fontes é o melhor remédio.

spin

Vocês que afirmam que Dilma quer o sigilo estão que nem birutas, ou seja, seguem o que o pig, foi o Estadão que afirmou isso, tomem juizo
Segue link para a posição do governo sobre o tem
Agora vi, a blogosfera outrora combativa e critica agora fazendo coro com o pig http://blog.planalto.gov.br/ministra-ideli-esclar

Luiz Moreira

A verdade hístórica deve ser exposta, ou vamos cultuar canalhas eternamente. E se causamos prejuizos para outros paíes devemos restituir o roubo. Não estao agora devolvendo as obras de arte historicas roubadas do EGITO e Peru? Pois outras coisas devem ser devolvidas ou acertadas, como roubos. Uma imagem feita de mentiras é tudo o que querem os canalhas que galgaram altos postos. E se nada é feito, outros seguem o exemplo. Se não adotamos práticas honestas com todos, teremos de aceitar que os EUA joguem sujo, intervenham em nossa política, e mande a CIA raptar cidadãos e matá-los em qualquer lugar, inchusive aqui no Brasil. É a lei do mais forte.

FrancoAtirador

.
.
Estão confundindo Segredo de Estado com Ocultação de Malfeitores.
.
.

    Antônio de Sampaio

    Já pensou se o Delúbio Soares resolve abrir o bico??? ia todo mundo do partidão em cana.

    walter araujo

    Acho que o autor do texto Luis Claudio Cunha não
    tinha inteiro conhecimento do assunto sobre o qual
    falava. A Presidente Dilma disse hoje que não haverá
    sigilos sobre a ação da repressão durante o período
    da ditadura militar.
    Quanto a questão dos limites territoriais, aventadas por
    Sarney e o Collor creio que dê para fazer ampla
    discussão sobre o problema

francisco

acho que este assunto está enviesado, mesmo naqueles casos onde há boa intenção como no presente post .

acho que o post tenta botar a dilma na roda mas a questão está no congresso e, aí, se nos identificarmos os intereses de fundo, veremos que o "buraco é mais embaixo".

se no projeto temos o sigilo de até 50 anos, o governo do sarney começou em 85, logo vamos até 2035. e o collor é depois.

acontece que este projeto, se não me engano, amplia, de forma bastante elogiável. o conceito de documentos públicos. Acho que o viomundo, se puder, deveria consultar pessoas da area de transparência publica e veremos que muitas entidades, na nova lei, passariam a ser regidas por essa lei. Vi um artigo no obsevatório da imprensa muito interessante sobre este ponto do projeto.

Assim, me parece que o sarney está mais preocupado com as verbas de sua fundação e não sobre seu governo. Ele tá pensando no futuro.

acho que a transparência com o dinheiro ´público é que é o x da questão. acho que são os lobbies de ongs, etc,
quem está agindo por trás.
os sigilos dos acordos de fronteiras, governos, etc. são os bodes na sala. E culpar a dilma tb. Acho melhor a sociedade organizada pressionar pela aprovação da lei e para isso é necesssário conhecer quem está contra.

falando nisso: o caso palocci era legal mas não era ético. Por este brasil a fora temos secretários estaduais, municipais, etc . que devem estar fazendo o mesmo.
vamos criar legislação ou o caso palocci era só pra derrubá-lo?
o caso passou e não se fala mais nada.

combatemos os corruptos e não a corrupção. Bela forma da mídia conservadora, e alguns blogs progressistas, exercerem indignação seletiva, não é mesmo PHA?

Reconheçamos os lobbies: no da lei dos sigilos são os "recebedores de verbas públicas.

não nos esqueçamos tb de uma lei pra questão das consultorias e quarentenas mais amplas. Ou o caso palocci será só issso: criar problemas pra governos que a midia não apoia?

Ronaldo Cananéia

Eleitos democraticamento com o voto do povo.

Vocês conseguem citar algum partido progressista que deveria ter investido na formação política dos brasileiros?

Cida

Sr Luiz, envio meus cumprimentos pelo excelente artigo sobre os "porões obscuros" do nosso Congresso: nunca engoli a dupla Sarney-Collor ocupando posições da mais alta hierarquia no nosso País (entre outras celebridades políticas non grata). por muito menos, outros membros já caíram. o fato é que a mídia é conivente, não forma opinião pública com criticidade. os noticiários finjem que nada está acontecendo. se fosse qualquer bobagem envolvendo PT, aí a mídia faria de um tudo, até derrubar ministros de Estado. Acredito que a nossa presidenta não deixará que os fascistas tomem conta do Brasil!

    Ostermann

    A mídia de novo culpada?
    Há algo pelo qual a mídia não seja culpada?
    A qualidade indigente da educação, por não formar espírito crítico nos cidadãos, não seria cúmplice dos políticos coniventes (até com com os judas) nesse caso?
    Claro que não, né?

    Antônio de Sampaio

    Já tomaram Cida.. Perdeu amiga.

    Dilma não manda é nada, quem manda é Sarney, Temer e Renan…

    Já era… acabou… esse governo é uma farsa…

Julio Silveira

Duas pragas, frutos da cultura nacional da permissibilidade e troca de vantagens e favores que muitos cidadãos, mesmo prejudicados como um todo, não se dão conta. Só se explica pela sindrome de estocolmo esta duradoura permanência destes nomes na vida publica.

Morvan

Boa tarde.
Mais um recuo de Dilma, dentre tantos que, acredito, virão.
Mas, vendo as coisas de um modo mais panorâmico do que o articulista, advogo que o desvencilhamento de Dilma, com relação ao Lula, é bom, a longo prazo. Mesmo tentando, com estas vaciladas, mostrar à direita que ela, Dilma, é mais palatável que Lula, alguém mais adequado ao modus operandi da elite brasileira, Dilma pode estar mostrando a todos que somente o Lula pode fazer uma política onde o contemplado seja o povo, ou pelo menos não seja massacrado. Dilma não está considerando a inteligência do brasileiro mediano (pode chamar a isto de síndrome de Estokolmo, ao que quiserdes; eu prefiro imaginar que Dilma Roussef está vendo a política brasileira com a ótica do PIG).
Isto, acreditem, é bom para o processo político (sempre pontuando: a longo prazo).
Fico feliz com o desvencilhamento de Dilma. Triste com as suas escolhas. Mas são suas escolhas e quem tem o mandato é ela.
Quem viver verá.
E parabéns ao articulista pela bravura de escrever sobre o tema. Um tanto quanto espinhoso.

Abraços,

Morvan, Usuário Linux #433640

Marcelo

Existe um corporativismo mafioso entre nossoas politicos , Nunca esse tipo de informação vira a publico se depender de vontade politica , todos tem o que esconder .

Gustavo Pamplona

Leiam esta bobagem aí…
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2011/06

O mais interessante é que em BH também tem um viaduto, na realidade um “elevado” Castelo Branco que cruza sobre a Av. Nossa Senhora de Fátima e liga a AV. Dom Pedro II a Av. Bias Fortes no centro.

E até hoje ninguém se incomodou.

—-
Gustavo Eduardo Paim Pamplona – Belo Horizonte – MG
Desde Jun/2007 não se incomodando com bobagens no "Vi o Mundo" e no "Conversa Afiada" também! ;-)

    eduardo

    Para quem não se incomoda…

Antônio de Sampaio

Dilma não manda é nada, quem manda no Brasil é Sarney, Temer e Renan. Dilma só assina o que eles mandam. Poste.

luciano

É difícil, depois de ler o texto tão comovente e verdadeiro de Luiz Claudio Cunha, não ficarmos indignados com essa atitude de nossa presidente. Por que teríamos que esconder fatos históricos recentes ou passados? Ou se sabe a história, ou se vive na obscuridade. Com certeza, isso é o que se chama vulgarmente de censura. Que decepção Dilma!

Roberto Locatelli

As últimas notícias dizem que não é bem assim. O assunto não está resolvido como quer fazer crer o PIG.

Gustavo Pamplona

"É sempre bom lembrar que, dentro de 48 dias, completam-se dois anos em que o jornal O Estado de S.Paulo vive sob a censura patrocinada pela família Sarney, que deseja um sigilo "eterno para as estripulias do filho do senador, Fernando, indiciado na (agora secreta) ‘Operação Boi-Barrica’ da Polícia Federal por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e caixa 2."

Então quer dizer que você, Azenha, agora concorda com o Estadão? Bom… se postou um texto de um "xará" (ou "tocaio" como se diz no sul do Brasil) seu significa que concorda com o texto ou pelo menos parte dele.

Mas peraí, não são vocês, digo a blogosfera "progressista" que odeia o PIG, em particular o Estadão?

Também eu pergunto aos leitores o seguinte: Porquê será que vocês me negativaram quando falei e falava mal do Sarney? Vai ver que é porque eu falava também que o Marcelo Tas não gosta do cara…. e vocês também não gostam do CQC. hahahhahaha

Esta vai com o PORCO anexo… (opcional)

—-
Gustavo Eduardo Paim Pamplona – Belo Horizonte – MG
Desde Jun/2007 sendo negativado por falar mal do Sarney e por gostar do CQC no "Vi o Mundo"! ;-)
Fundador do PORCO – Partido de Oligarcas Representantes de Capitalistas Opressores (PIG)

    João Bahia

    Esse negócio de "ódio" é mais coisa da direita empedernida do que dos blogs progressistas…

Marcelo de Matos

Não sei se o ilustrado jornalista é de esquerda (parece ser) ou de direita. De qualquer forma, é inegavelmente um radical. Até aí, tudo dentro do contexto. A blogosfera é parte de nossa classe média, estrato social que ora pende à direita, ora à esquerda, mas, é quase sempre radical. Na Europa, ora apóia os socialistas, ora a direita, que reprime a entrada de refugiados africanos e asiáticos. Collor e Sarney são cultos, inteligentes e providos de bom senso. Como dizia Machado de Assis, há coisas que melhor se dizem calando. Há episódios horríveis na nossa História que, revividos, só iriam causar constrangimento. O Estado do Acre foi abocanhado da Bolívia através da promessa de construção de uma ferrovia que não conseguimos construir? E tem coisa muito pior, na Guerra do Paraguai e em outros episódios. Por que reviver esse passado escatológico? Por que não reeditamos então a obra proibida “A História Secreta do Brasil”, de Gustavo Barroso? Aí saciaríamos de vez a ânsia de publicidade de nossa blogosfera. Seria um infindável arremesso de caca no ventilador.

    Márcio Bustamante

    Não é possível que você esteja falando isso de forma séria.

    Afirmo com toda convicção que uma nação que se pretenda fundamentada nos princípios da igualdade, liberdade e fraternidade (os princípios revolucionário lá de 1789), deve ter como ponto de partida uma política da justa memória. Sua proposta, basicamente, defende a ideia de que os direitos humanos são negociáveis frente ao pragmatismo da política ordinária. Não, não são. Constrangimento é fazermos de conta que nada aconteceu e que ninguém foi perseguido, torturado e assassinado sob os auspícios da razão de estado.

    Absolutamente fascista esse tipo de proposição.

Deixe seu comentário

Leia também