“Jumentinho italiano” e “Dona Anta”: quando as brigas de botequim chegam às colunas de economia

Tempo de leitura: 6 min

Guido Mantega. ABr jpg

O ex-ministro Guido Mantega, o “jumentinho italiano” de Schwartsman, ex-diretor do Banco Central?

Há tempos Alexandre Schwartsman converteu-se em uma espécie de Arnaldo Jabor da economia. Não solta análises: faz pregações. E com um estilo debochado que impressiona seus colegas, menos pelo conhecimento, mais pela falta de compostura em uma comunidade em geral menos disposta a brigas de botequim (Por Luis Nassif, em seu blog, ao repudiar ação movida pelo Banco Central contra Schwartsman, que foi arquivada)

Sem saída, os mercados implantam o terror. Contam para isso com a preciosa ajuda da grande mídia impressa e rádio-televisiva e dos doutos pensadores da universidade, onde a cartilha ortodoxa tem domínio quase absoluto. Seu poder de influência é efetivo, pois, em parte, eles podem “produzir” os resultados mentirosos que alardeiam e difundem. Já vimos esse filme em 2002 e vimos também que consequências danosas ele teve, pois o terrorismo econômico foi funcional mesmo após as eleições, levando um governo supostamente de esquerda a ser mais realista que o rei e a “beijar a cruz” do neoliberalismo. (Trecho de artigo de Leda Paulani, de outubro de 2014, em que fala sobre ‘terrorismo econômico)

“…havia até uma Leitoa afirmando que era tudo ‘terrorismo econômico'” (Trecho de artigo de Schwartsman na Folha — em que ele se refere a Leda Paulani)

“Pedimos licença a Immanuel Kant para tomar de empréstimo, sem juros e nenhuma indexação, um excerto do celebrado O Que É o Iluminismo?: Dogmas e fórmulas, instrumentos mecânicos do uso racional, ou antes, do mau uso dos seus dons naturais são os grilhões de uma minoridade perpétua”. (Trecho da coluna Estratosférica Teimosia, em CartaCapital, co-autoria de Beluzzo, em que um relatório assinado por Schwartsman é criticado, sem menção nominal ao autor)

“Dado seu conhecido desrespeito à aritmética, não me espanta que a incompetência do Dr. Bellezza tenha conseguido mandar o Palmeiras para a Segundona. Difícil é entender como ainda permitem que ele insista em fazer o mesmo com o Brasil” (Schwartsman sobre Belluzo, em coluna na Folha)

Ao jornal Folha de S. Paulo

da Plataforma Política Social

Nós, abaixo assinados, vimos a público protestar veementemente contra a vileza de Alexandre Schwartsman (“O Porco e o Cordeiro”, Folha de S. Paulo, 16/12/2015), que atinge de forma acintosa a professora Leda Paulani e o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, com quem o colunista mantém divergências públicas no campo das ideias, aludidos covarde e indiretamente como “Leitoa” e “Porco”.

A agressão é duplamente vil, porque, cifrada, só pode ser compreendida pelas pessoas que tenham conhecimento de outras ofensas, igualmente violentas, perpetradas pelo mesmo colunista aos dois professores.

A falta de decência também se manifesta no chamar de “jumentinho italiano” e de “Dona Anta” duas autoridades legítimas de governo eleito e democrático.

Em geral, tal tipo de vilania merece ser desconsiderado, pois visa sempre a estampar manchetes, às quais não logra o agressor chegar por mérito, talento ou conhecimento. Mas há limites até para a sordidez!

Repudiamos o desrespeito no plano pessoal, a intolerância inadmissível no plano da disputa política democrática e a violação de todas as regras elementares do debate plural e civilizado de ideias.

Repudiamos também a conivência da Folha de S.Paulo e do respectivo editor na prática de tamanha torpeza, transgredindo o código de ética que o próprio jornal afirma seguir.

Assinaturas:

Ademir Aparecido Paschoa, produtor.
Adriana Nunes Ferreira, economista.
Adriano Biava, economista.
Airton Paschoa, escritor.
Alcides Goularti Filho, Unesc.
Alcides Silva de Miranda, Professor Associado – Cursos de Graduação, Pós-graduação e Laboratório de Apoio Integrado em Saúde Coletiva – UFRGS.
Amilton Jose Moretto, economista.
Ana Mesquita, economista.
Ana Rosa Ribeiro de Mendonça, professora do IE/Unicamp.
Ana Tereza da Silva Pereira Camargo, médica, Diretora Administrativa do CEBES.
Anderson Henrique dos Santos Araújo, professor, Universidade Federal de Alagoas.
Andre Lázaro, professor da UERJ e pesquisador da Flacso-Brasil.
André Martins Biancarelli, professor e diretor associado do Instituto de Economia (IE/Unicamp).
André Paulani Paschoa, Advogado.
Andrés Vivas Frontana, economista, professor de Economia da ESPM e da Fecap.
Anivaldo Padilha, presidente do Fórum 21.
Antônio do Amaral Rocha, jornalista e editor, São Paulo.
Antonio Prado, economista.
Antonio Tadeu Oliveira, demógrafo.
Barbara Fritz, director of the Institute for Latin American Studies (Freie Universität Berlin).
Bruno de Conti, economista.
Camila Gripp, pesquisadora, The New School for Social Research.
Carlos Alonso B. de Oliveira, economista.
Carlos Eduardo Silveira, economista.
Carlos Salas, economista.
Ceci Vieira Jurua, economista.
Celso Amorim, diplomata.
Christy Ganzert Pato, professor da Universidade Federal da Fronteira Sul.
Cilaine Alves Cunha, professora de literatura brasileira (FFLCH/USP).
Claudio Castelo Branco Puty, professor UFPA e secretário executivo do Ministério do Trabalho e Previdência.
Cornelis Johannes van Stralen, psicologo social e cientista político, professor aposentado da UFMG.
Dainis Karepovs, historiador.
Daniel Brazil, roteirista e diretor de TV.
Daniela Magalhães Prates, economista, professora associada do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisadora do CNPq.
Danilo Araujo Fernandes, professor da Universidade Federal do Pará.
Denis Maracci Gimenez, professor do Instituto de Economia da Unicamp.
Domingos Leite Lima Filho, Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Eduardo Fagnani, economista (IE/Unicamp).
Eleutério F. S. Prado, professor titular da USP.
Eli Iola Gurgel Andrade, professora associada da Faculdade de Medicina da UFMG.
Elias Jabbour, professor adjunto da FCE-UERJ.
Elizabeth Harkot de La Taille, professora associada, Estudos Linguísticos e Literários em Inglês, Departamento de Letras Modernas (FFLCH/USP).
Elizete Mitestaines, jornalista.
Emilio Chernavsky, doutor em Economia (FEA/USP).
Erminia Maricato, professora titular aposentada da USP.
Fabrício de Oliveira, economista.
Fernando Caldas, historiador, mestre pela USP.
Fernando Ferrari Filho, professor de Economia da UFRGS.
Fernando Nogueira da Costa, professor titular do IE-UNICAMP.
Fernando Rugitsky, professor da FEA/USP.
Francisco Alambert, professor de História (FFFLCH/USP). istóriaHist´roia
Francisco Luiz C. Lopreato, economista e professor do IE/Unicamp.
Francisco Menezes, economista.
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti, professor.
Frederico Gonzaga Jayme Jr., professor Economics Department, Cedeplar (UFMG).
Frederico Mazzucchelli, economista.
Gaudencio Frigotto, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Gema Martins, advogada.
Giorgio de Marchis, Università degli Studi Roma Tre, Dipartimento di Lingue, Letterature e Culture Straniere.
Guilherme Leite Gonçalves, professor de Sociologia do Direito da UERJ.
Guilherme Mello, economista.
Heloísa Fernandes, socióloga, USP.
Iná Camargo Costa, professora aposentada da USP.
Isabel Frontana, historiadora, mestre pela USP.
Isabel Loureiro, professora de Filosofia (UNESP).
Isabela Soares Santos, cientista social.
João Policarpo R. Lima, Departamento de Economia da UFPE/Pesquisador do CNPq
João Sayad, economista, professor da FEA/USP.
João Whitaker, professor livre-docente (FAU/USP) e secretário municipal de Habitação de São Paulo.
José Carlos Braga, economista.
Jose Dari Krein, economista.
José Esteban Castro, Newcastle University, Reino Unido.
Juan Pablo Painceira, economista, Banco Central do Brasil.
Julia Braga, professora associada da Faculdade de Economia da UFF.
Jurema Alves Pereira, assistente social, doutoranda (UERJ).
Laura Carvalho, professora da FEA/USP.
Laura Tavares, economista.
Lauro Mattei, professor de Economia da UFSC.
Lena Lavinas, professora titular do Instituto de Economia da UFRJ.
Lenina Pomeranz, professor da FEA/USP.
Léo Heller, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz.
Leonardo Boff, teólogo, professor emérito de ética da UERJ e membro da Iniciativa Internacional Carta da Terra.
Ligia Giovanella, médica, pesquisadora Fiocruz.
Luciana Vieira, economista.
Luiz Eduardo de Vasconcelos Moreira, psicanalista.
Luiz Eduardo Simões de Souza, Universidade Federal do Maranhão – PPGDSE.
Luiz Fernando de Paula, economista (UERJ).
Luiz Filgueiras, professor de Economia da UFBA.
Magda Biavaschi, desembargadora aposentada e pesquisadora CESIT
Manuela Lavinas Picq, Universidade San Francisco de Quito.
Marcelo de Carvalho, docente do Curso de Ciências Econômicas (Unifesp).
Marcelo Miterhof, economista.
Marcelo Weishaupt Proni, economista.
Márcio Lupatini, professor da UFVJM.
Marcio Pochmann, economista.
Marcio Sotelo Felippe, advogado.
Maria Augusta Bernardes Fonseca, professora universitária.
Maria Ciavatta, PPG-Educação Universidade Federal Fluminense.
Maria de Lourdes Rollemberg Mollo, professora do Departamento de Economia da Universidade de Brasília.
Maria Elisa Cevasco, professora (FFLCH/USP).
Maria Noemi de Araujo, psicanalista.
Maria Rita Kehl, psicanalista.
Marildo Menegat, professor (UFRJ).
Marina Macambyra, bibliotecária.
Mário da Costa Campos Neto, professor titular em Geologia Estrutural e Geotectônica do Instituto de Geociências (USP).
Maryse Farhi, economista.
Maurílio Maldonado, advogado.
Miguel Bruno, economista.
Nazareno Affonso- Urbanista e artista Plástico
Nelson Fernando de Freitas Pereira, médico.
Niemeyer Almeida Filho, professor titular do Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia e presidente da Sociedade Brasileira de Economia Política.
Paula Motagner, economista.
Paulo Daniel e Silva, economista.
Paulo Sérgio Fracalanza, diretor do IE/Unicamp.
Paulo Henrique Furtado de Araujo, economista, professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e diretor da Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP).
Pedro Cezar Dutra Fonseca, professor titular do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFRGS.
Pedro Paulo Zahluth Bastos, professor associado (livre-docente) do Instituto de Economia/Unicamp.
Pedro Rafael Lapa, economista.
Pedro Rossi, economista.
Pierre Salama, Professor emeritus, economia, Universidade de Paris XIII
Potyara Pereira, professora da Universidade de Brasília.
Ramón García Fernández, professor (UFABC).
Raquel Raichelis, assistente social, professora da PUC/SP.
Remi Castioni, Faculdade de Educação (UnB).
Rennan Martins, jornalista e editor do Blog dos Desenvolvimentistas.
Ricardo Antônio de Souza Karam, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, doutor em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (PPED/UFRJ).
Ricardo Musse, professor de Sociologia (FFLCF/USP).
Ricardo Oliveira Lacerda de Melo, professor associado da Universidade Federal de Sergipe/ Departamento de Economia.
Roberto Schwarz, professor de Literatura, Unicamp.
Rodrigo Pimentel Ferreira Leão, mestre em Desenvolvimento Econômico.
Ronaldo Coutinho Garcia, técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Rosana Icassatti Corazza, economista, doutora em Política Científica e Tecnológica e professora do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas.
Rosangela Ballini, Professora – IE/Unicamp
Rubem Murilo Leão Rego, professor (Unicamp).
Rubens Luis Ribeiro Machado Jr., professor da ECA/USP.
Rubens Sawaya, economista.
Salete de Almeida Cara, professora (FFLCH-USP).
Sandra Regina Alouche, professora universitária.
Sebastiao Velasco, IFCH/Unicamp.
Sérgio Alcides Pereira do Amaral, professor da Faculdade de Letras da UFMG.
Sérgio Rosa, bancário.
Silvio Antônio Ferraz Cario, economista e professor da UFSC (Campus Florianópolis).
Simone Deos, economista.
Solange Puntel Mostafa, professora da USP.
Tania Bacelar de Araujo, doutora em economia e professora aposentada da UFPE.
Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul.
Tiago Oliveira, economista, mestre e doutor em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp.
Vanessa Petrelli Corrêa, professora titular, IE/UFU.
Wagner Nabuco, editor da Caros Amigos.
Waldir Quadros, professor.
Walquiria Domingues Leão Rego, professora universitária, Unicamp.
Walter Belik, economista.
Wilson Cano, economista.
Wladimir Pomar, economista.

Leia também:

Eric Nepomuceno: A direita troglodita sai do armário


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Comentários

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Waldo

Alexandre Schwartsman versus Luiz Gonzaga Belluzzo
Resumo comentado

https://medium.com/nota-bene/alexandre-schwartsman-versus-luiz-gonzaga-belluzzo-um-choque-rei-sem-vitoriosos-22d65b8c1454#.t33zrv3ij

Eduardo

Alexandre Schwartsman apenas tenta vender-se como uma marca em Jornais e TV’s! É como Mailson da Nóbrega! Ambos, produtos obsoletos, vendidos por mercadores decadentes e ainda comprados por incautos!

Heloísa Coellho

Que textos mais grosseiros desse senhor. Baixo nível geral. Muitas vezes, a adjetivação exagerada, inclusive a que evidencia falta de educação, é uma forma de esconder a inconsistência dos argumentos. Na minha opinião, é uma típica conduta protofascista e o resultado final é instilar algum tipo de ódio também no leitor de baixa instrução ou educação doméstica. Essa identificação torna o leitor mais agressivo, porém, num paradoxo apenas superficial, muito menos crítico. No Brasil confundem-se senso crítico com agressividade. Vejam o exemplo do gênio de Chico Buarque, botando os pingos nos is, quando agredido por prováveis leitores do sr. schartsman e outros da direita sem noção.

Urbano

O código etitica da falha de São Paulo vem de longe, muito longe mesmo…

Gerson Carneiro

Esse idiota já esteve na bancada do Jornal da Cultura (outra porcaria) ao lado do estorinhador Marco Antonio Villa.
Overdose de bestialidade.

Lukas

Como é mesmo que Paulo Henrique Amorim chama a Miriam Leitão?

    SILVIO MIGUEL GOMES

    Urubóloga.
    Igual ao “Urubulino” personagem do Chico Anísio, que conhecia o Brasil e o apresentava por meio de suas geniais criações.

    lulipe

    É a conhecida seletividade petista…Hipocrisia ilimitada!!!

    Gerson

    Miriam Leitão recebeu o apelido merecido de Urubóloga por suas previsões diárias catastróficas sobre a economia brasileira a partir de 2002. Não há nada pessoal nesse apelido. E falando em seletividade, como está a seletividade do Moro, do MP, do PIG e da PF comandanda pelos delegados aecistas?

    ana cruz

    Leitão não é o sobrenome dela?
    Quanto ao urubóloga, é pelas previsões catastróficas que teima em fazer. Ela fez jus para merecer o urubóloga e continua fazendo

    Sidnei Brito

    Em acréscimo às respostas do Silvio e do Gerson, lembro que Miriam Leitão também conta com um gigantesco aparato para se defender: TV (aberta e fechada), rádio e jornal, nos quais tem a mais absoluta liberdade para, se quisesse, renegar sua fama de urubóloga, coisa que, aparentemente, ela não quer jamais fazer.
    Muito diferente, portanto, das vítimas do colunista com espaço cativo num dos maiores jornais do país.

FrancoAtirador

.
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Mas por falar em Bichos de Orwell…
.
Parafraseando o Satírico Macaco Simão:
.
Há uma Espécie de Mosquito Economista,
.
Vetor dos Vírus Mutantes do NeoLiberalismo
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que causam uma Febre ProtoFascista Mortal
.
nos Filhotes de Tucanos, Patinhos e Muares
.
habitantes da Asfáltica Floresta de São Pau Ôco:
.
Zica Serra, FHChikungunya e Alck Opus Dengue.
.
.

Marat

E o pior é que este coitado, este escravo do capitalismo ainda tem seguidores, os eleitores do Aébrio, por exemplo…

Messias Franca de Macedo

O escroque lacaio, sórdido e covarde Alexandre Schwartsman atua também para receber convites dos animadores de palco da GloboNews!…

    Pedro

    Animadores de palco é muito bom!

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