Igor Fuser: A Globo e a imbecilização do Brasil

Tempo de leitura: 3 min

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por Igor Fuser, em depoimento ao Diário Liberdade

A Rede Globo é o aparelho ideológico mais eficiente que as classes dominantes já construíram no Brasil desde o início do século XX. Substitui perfeitamente a Igreja Católica como instrumento de controle das mentes e do comportamento.

A Globo esteve ao lado de todos os governos de direita, desde o regime militar – no qual se transformou no gigante que é hoje – até Fernando Henrique Cardoso. Serviu caninamente à ditadura, demonizando as forças de esquerda e endossando o discurso ufanista do tipo “Brasil Ame-o ou Deixe-o” e as versões sabidamente falsas sobre a morte de combatentes da resistência assassinados na tortura e apresentados como caídos em tiroteios. Mais tarde, após o fim da ditadura, alinhou-se no apoio à implantação do neoliberalismo, apresentado como a única forma possível de organizar a economia e a sociedade.

No plano cultural, é impossível medir o imenso prejuízo causado pela Rede Globo, que opera como o principal agente da imbecilização da sociedade brasileira. Começando pelas novelas, seguindo pelos reality shows, pelos programas de auditório, o papel da Globo é sempre o de anestesiar as consciências, bloquear qualquer tipo de reflexão crítica.

A Globo impôs um português brasileiro “standard”, que anula o que as culturas regionais têm de mais importante – o sotaque local, a maneira específica de falar de cada região. Pratica ativamente o racismo, ao destinar aos personagens da raça negra papéis secundários e subalternos nas novelas em que os heróis e heroínas são sempre brancos. Os personagens brancos são os únicos que têm personalidade própria, psicologia complexa, os únicos capazes de despertar empatia dos telespectadores, enquanto os negros se limitam a funções de apoio. Aliás, são os únicos que aparecem em cena trabalhando, em qualquer novela, os únicos que se dedicam a labores manuais.

A postura racista da Globo não poupa nem sequer as crianças, induzidas, há várias gerações, a valorizar a pele branca e os cabelos loiros como o padrão superior de beleza, a partir de programas como o da Xuxa.

O jornalismo da Globo contraria os padrões básicos da ética, ao negar o direito ao contraditório. Só a versão ou ponto de vista do interesse da empresa é que é veiculado. Ocorre nos programas jornalísticos da Globo a manipulação constante dos fatos.

As greves, por exemplo, são apresentadas sempre do ponto de vista dos patrões, ou seja, como transtorno ou bagunça, sem que os trabalhadores tenham direito à voz. Os movimentos sociais são caluniados e a violência policial raramente aparece.

Ao contrário, procura-se sempre disseminar na sociedade um clima de medo, com uma abordagem exagerada e sensacionalista das questões de segurança pública, a fim de favorecer as falsas soluções de caráter violento e os atores políticos que as defendem.

No plano da política, a Rede Globo tem adotado perante os governos petistas uma conduta de sabotagem permanente, omitindo todos os fatos que possam apresentar uma visão positiva da administração federal, ao mesmo tempo em que as notícias de corrupção são apresentadas, muitas vezes sem a sustentação em provas e evidências, de forma escandalosa, em uma postura de constante denuncismo.

A Globo pratica o monopólio dos meios de comunicação, ao controlar simultaneamente as principais emissoras de TV e rádio em todos os Estados brasileiros juntamente com uma rede de jornais, revistas, emissoras de TV a cabo e portais na internet.

Uma verdadeira democratização das comunicações no Brasil passa, necessariamente, pela adoção de medidas contra a Rede Globo, para que o monopólio seja desmontado e que a sua programação tenha de se submeter a critérios pautados pela ética jornalística, pelo respeito aos direitos humanos e pelo interesse público.

Leia também:

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Comentários

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Sérgio

Meu comentário???

Sérgio

Em 1995 isso era o que as crianças cantavam e dançavam no programa da Xuxa. Hoje essa é a turma que anda batendo panelas. Vejam:
https://www.youtube.com/watch?v=BMwZcMwmaic

jossimar

“ou o brasil acaba com a globo ou a globo acaba com o brasil”

Uma boa maneira de começar a destruir o império do mal seria investigando suas realções promiscuas com a cbf e a fifa. com sonegação, swissleaks e outras.

Urbano

O pig vem a ser o chaveiro dos justiceiros da oposição ao Brasil. Ademais, eu só consigo ver da oposição ao Brasil, o seu aparelho escatológico…

Joca de Ipanema

Já respondeu à enquete de ontem do Fantástico, de como se deve fazer para espantar um tubarão branco de uma tonelada, se você estiver dentro d’água?
A pátria brasileira agradece a mais este esclarecimento fundamental para a boa saúde e fertilidade geral de seu povo.

    Joca de Ipanema

    Maldito corretor eletrônico, é felicidade, no último paragrafo!

Joanisbel Amorim – Livreiro

Caro Azenha, assisti, de meus próprios olhos, a ascenção do “câncer global”, trabalhava em uma empresa de amigos dos Marinhos, no centro do Rio, quando assumiu o governo o Sr. Sarney, no lugar do Trancredo; assisti a criação, cheia de patifarias, da Fundação Pró-(Roubalheira) Memória, em frente à empresa do nomeado Presidente desta Fundação, para um mega cabide de empregos dos amigos, e bota cabide nisso; assisti os contratos do Minc com a Afundação R. Marinho, recém-criada, exatamente para a roubalheira do dinheiro público; somente nesses contratos, foram milhões e milhões de Reais ( Cruzados) roubados.

Joanisbel Amorim – Livreiro

É hora de ficar atento e de levantar a cabeça, passar à frente o aviso aos já politizados, sabemos que, o centro do comando golpista é a Rede Esgoto de Televisão, chamada O “Cancer do Brasil” , pra se ter uma idéia do que preparam, em Nova Iguaçu e Municípios da Baixada Fluminense- RJ, região com aprox. 7 milhões de pessoas, abrem diariamente uma igreja evangélica em cada esquina, algumas ruas já tem número superior à 10 igrejas, é muito estranho tanta religiosidade. Mas, fica o alerta, havendo resistência e derrota dos golpistas, não haverá de ficar intacto nem um azulejo deste câncer.

FrancoAtirador

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PERVERSIDADE CAPITALISTA NA LUTA DE CLASSES
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Empresários da Mídia Fascista e UltraLiberal
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tentam criminalizar Sindicatos de Trabalhadores
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São Paulo – O nome da Presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira,
surgiu nos últimos dias com mais intensidade em reportagens
que tratam da Operação Lava Jato.
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Por descuido ou talvez maldade, foram divulgados dados sigilosos
de alguém sobre quem não paira qualquer suspeita,
nenhuma atuação irresponsável ou crime imputável.
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O crime, talvez, seja o do trabalho incansável da dirigente,
como tantos outros sindicalistas no país e no mundo,
na defesa dos direitos dos trabalhadores.
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No caso dela, desde o início da década de 1990.
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Juvandia, além de representante de quase 150 mil bancários em São Paulo, Osasco e região,
e de cerca de 500 mil em todo o Brasil, faz parte da Direção da CUT.
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Está à frente da Editora Atitude, da Rede Brasil Atual (rede de comunicação dos trabalhadores),
e integra o Conselho da Cidade e do Instituto Lula, motivo pelo qual muitas vezes
participa de reuniões com empresários de vários setores.
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Discutir conjuntura e fazer a defesa dos interesses dos trabalhadores,
seja em que fórum for, é papel do Sindicato.
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Por essa razão, ela foi convidada para uma reunião organizada pelo ex-presidente Lula
e pela empreiteira Odebrecht em maio de 2012, sobre conjuntura nacional.
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A participação de nenhum empresário foi questionada – dentre eles banqueiros
como Roberto Setubal, do Itaú, e Luiz Trabucco, do Bradesco,
Jorge Gerdau, Abílio Diniz, do Grupo Pão de Açúcar,
e o vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho –
mas dos representantes dos trabalhadores, sim (além dela, Sérgio Nobre,
então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC).
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A ponto de a mulher de Marcelo Odebrecht,
ao ser comunicada da presença da sindicalista [na reunião],
afirmar:
“Se sujar minha toalha de linho ou pedir marmitex…vou pirar.
Saudações sindicais? Não mereço!”.
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O Sindicato apoia a apuração dos crimes de corrupção,
problema estrutural que assola o país há décadas.
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Mas não aceita a seletividade que expõe alguns e protege outros.
Nem que Juvandia, por ser presidenta de um sindicato,
seja atingida sem provas e seus dados pessoais revelados de forma tão irresponsável.
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A entidade manterá firme sua atuação em defesa dos direitos dos bancários
e de todos os trabalhadores. Mesmo que isso incomode muita gente.
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NOTA À IMPRENSA – Editora Atitude
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1. A Editora Atitude, fundada em 2007, não funciona como gráfica e sim como editora com o objetivo de viabilizar um projeto de comunicação construído em conjunto por entidades sindicais e movimentos sociais para levar à sociedade informação de qualidade e fortalecer a luta dos trabalhadores e sua participação maior em assuntos relacionados ao seu cotidiano.
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2. A Editora Atitude é formada por 40 entidades sindicais que escolheram o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para representa-los. Localizada no centro de São Paulo, sua estrutura é composta por 34 profissionais que integram a equipe.
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3. A Editora Atitude é uma empresa privada que produz conteúdo jornalístico para vários veículos, sem vínculo partidário. Seu conteúdo é focado no mundo do trabalho, no emprego, no crescimento econômico do País com inclusão social, nos direitos humanos e na defesa da cidadania do povo brasileiro.
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4. A matéria publicada pelo site ignora os depoimentos de diretores, funcionários e coordenadores da Editora Atitude, prestados no mês de julho, perante à justiça, onde foram esclarecidas as demandas com total transparência.
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5. As transações financeiras da Editora passam por uma única conta corrente e sua contabilidade é retratada nos respectivos extratos. Entre junho de 2010 a abril de 2015, a Editora teve receita média de R$ 6,1 milhões/ano (o que totaliza R$ 33 milhões no período) para custeio de despesas com a folha de pagamento e produção jornalística, valor este totalmente compatível com as atividades prestadas.
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6. Não é verdadeira a informação de que seriam depositados em espécie (em dinheiro) na conta Editora Atitude R$ 17,95 milhões entre dezembro de 2007 e março de 2015. Não há nenhuma movimentação financeira em dinheiro feita pela Editora e todos os depósitos ocorrem por meio de cheques cruzados e nominais.
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7. A matéria também erra ao relacionar a Odebrecht com a Editora Atitude. Em relação a reunião organizada a pedido do ex-Presidente Lula em 2012, tratou-se de evento realizado entre sindicalistas e empresários para debater a conjuntura nacional, absolutamente comum no meio político e empresarial.
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8. A Editora contesta a publicação do Estado de São Paulo que apresenta relatório policial confidencial, expondo dados pessoais de jornalistas e dirigentes sindicais.
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9. A Editora Atitude reafirma que toda a receita da empresa destina-se ao custeio das atividades de produção jornalística.
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Editora Atitude Ltda
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(http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=11953)
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Leia também:
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A Rede Brasil Atual, a Liberdade de Expressão e o Direito de Incomodar
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(http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2015/04/a-rba-a-liberdade-de-expressao-e-o-direito-de-incomodar-8138.html)
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