Filho de assassinado pela ditadura rebate Lobão e relata saque dos presos

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O plenário da comissão

por Luiz Carlos Azenha

Para Ernesto “Guevara” Carvalho o depoimento diante da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”, na Assembleia Legislativa de São Paulo, nesta quinta-feira, foi especial.

Deu detalhes que, no passado, pela carga emocional envolvida, já o fizeram travar a fala.

Ernesto, batizado em homenagem ao Che Guevara, é filho de Devanir José de Carvalho, militante do Movimento Revolucionário Tiradentes que foi morto entre 5 e 7 de abril de 1971.

“Pelo que foi possível reconstituir da morte de Devanir, ainda hoje recoberta de mistério, ele foi recebido por uma rajada de metralhadora quando chegou à sua residência da rua Cruzeiro, no bairro Tremembé, em São Paulo. Levado ao DOPS, onde teria permanecido dois dias, foi torturado pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury”, registra o livro Direito à Memória e à Verdade, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

Ernesto tinha 3 anos quando o pai foi morto. A mãe também foi presa e, quando saiu do DOPS, partiu com Ernesto e o irmão Carlos Alberto para o exílio.

No depoimento de hoje ele relatou detalhes sobre o “saque” de bens a que a família foi submetida depois da morte do pai por agentes da polícia política.

Ernesto, que é músico, também falou da polêmica causada nas redes sociais pelas declarações do cantor Lobão, que recebeu o apoio de integrantes das bandas Paralamas do Sucesso e Ultraje a Rigor.

Depois do depoimento, refletiu sobre a posição assumida por artistas que admirou no passado, sugerindo que foram oportunistas na rebeldia juvenil que, agora envelhecidos, aderiram ao status quo conservador.

Ernesto usou a mesma frase dita por Lobão a respeito das vítimas da ditadura para rebater.

Ouça qual foi clicando abaixo (na entrevista, ele e o ex-preso político Ivan Seixas também falam sobre o saque das famílias das vítimas da ditadura):

guevara 1

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Comentários

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souza

momento tenebroso que deve ser esclarecido para população brasileira.

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Narr

O que Lobão descobriu é o caminho pra ser relembrado pelo PIG>

Urbano

E o mentiroso disse que todas as mortes ocorreram em combates. E eu nem sabia que, por exemplo, o Rubens Paiva foi assassinado num confronto armado e direto contra a ditadura de boston.

Elias

Tem um momento, na fala de Ernesto em que é citado o oportunismo desses caras cujo rock nunca me identifiquei. Eu era mais pra Raul Seixas e Camisa de Vênus, Biquini Cavadão. Ernesto diz a verdade quando aponta que Roger era oportunista. E hoje, novamente está sendo oportunista quando vai no bojo de programa de TV direitista, comporta-se como baba ovo da mídia imperialista, usa o tuiter pra se autoafirmar e não passa de um bufão que só faz rir patricinhas e mauricinhos.

    Elias

    Se bem que me dói os testículos ao falar de figuras como Lobão e Roger e lembrar a velha frase: Falem bem ou mal, mas falem de mim.

Coutinho

Uma fruta que amadurece demais sem ser servida fica podre.

Bonifa

Todos amadurecem à sua maneira. Lobão está maduro o suficiente para escrever uma coluna semanal no Globo.

Elton

Azenha fiquei sabendo hoje que nas escolas de Bauru interior de São paulo os livros, “Guia politicamente incorreto da história do brasil” e “Guia politicamente incorreto da história da América latina”, são sugeridos na ementa dos cursos para adolescentes. Esses livros sustentam que uma ditadura de esquerda seria pior do que a “ditabranda” ocorrida no golpe de 64, essa é a qualidade da educação de São Paulo…Detalhe esses livros também foram doados as bibliotecas.

Alemao

Só pode ser piada né Azenha? Você vem
criticar o Lobão ao mesmo tempo que demonstra ser à favor do antigo Guevara. Os militares torturavam e matavam em nome de uma causa, o Porco Fedorento também, assim como os terroristas brasileiros que queriam implantar uma ditadura comunista no Brasil. A Lei da Anistia perdoou tanto os militares como os terroristas de esquerda. Pelo jeito, aos guardiões da “única verdade” confere-se o direito de matar.

    Marco Antônio dos Santos Silva

    Caro, quais as evidências de que se queria implementar uma “ditadura comunista” no Brasil, naquela época? As manchetes dos jornais? O discurso dos “cidadãos de bem” da TFP? Os editoriais do Carlos Lacerda? Os embaixadores americanos no Brasil? Por acaso havia guerrilha de esquerda ANTES do golpe? Tente pensar no CONTEXTO HISTÓRICO em que o PLANETA inteiro estava inserido, Guerra Fria, Revolução Cubana, a paranoia norte-americana com o comunismo, o medo dos EUA perderam o seu “quintal”… Lamento informar, mas você ainda vive numa realidade parelela, um mundo de mentira que a Ditadura Militar te vendeu, e você comprou, sem fazer sequer um questionamento a respeito. Dos piores males daquela odiosa época, esse é o pior: a lavagem cerebral completa a que imensa maioria do povo foi submetido, que se perpetua através de gerações, e se verifica até hoje, notadamente através de comentários esdrúxulos como os que se veem aqui…

    alderijo bonache

    Boa tarde Dando uma olhadinha noViomundo, achei o seu texto o mais completo, coerente com o que aconteceu! Outros que digitaram alí, Deus tenha piedade deles!

    Alemao

    Como se mantinha o socialismo/comunismo na URSS, e em Cuba? Na base da democracia?

    Nelson

    Como podemos notar, nosso comentarista Alemão dá mostras de ser um aluno dileto da escola ideológica do sistema dominante. Até mesmo a linguagem adotada por ele é a recomendada pelo seu amo do norte.
    Ele qualifica como terroristas os lutadores pela independência e soberania de seus povos ao mesmo tempo em que defende ditadores e torturadores a soldo do mesmo amo do norte, sob a justificativa de que cometiam seus crimes “em nome de uma causa”.
    Na verdade, ele só reconheceu que “os militares torturavam e matavam” para poder enquadrar no mesmo nível o Che, para poder colocá-lo no mesmo saco.
    É de imaginarmos com que dor o Alemão deve ter escrito essas palavras – contra seus heróis, ditadores, torturadores e assassinos -, só para tentar dar razão aos imprompérios que tece contra o Che.

    Alemao

    Como posso estar defendendo a ditadura se estou exatamente apontando o fato de que totalitarismo por ditadura por o que quer que seja são “soluções” erradas porque conferem um tipo de poder covarde.

    Bonifa

    Este papo já morreu. Ditadura comunista? O que é isso? Um sonho americano dos anos sessenta? Não há, jamais houve, nenhuma ditadura comunista no mundo. A ignorância histórica, quando escrava de antigas propagandas, não poderia sequer aparecer em público como plausível. A mesma ignorância histórica também justifica q existencia de todos os atuais grupos de neonazistas do mundo.

    abolicionista

    Não soube de nenhum caso de tortura praticado pela luta armada. Ainda que tenha sido cometido (e, nesse caso, penso que deva ser condenado) não se trata de uma prática sistemática como o foi por parte do estado ditatorial. Tortura é um crime de guerra, e imprescritível. O que os militares fizeram durante esse período mancha a história do país e a dignidade de nossas forças armadas. Quanto a instaurar uma ditadura no Brasil, para isso não seria preciso lutar, afinal ela já estava instaurada. O que deu início a ulta armada foi a atitude de colocar os partidos na ilegalidade.
    Vá estudar um pouco a história do Brasil, ou da Alemanha…

Julio Silveira

Me desculpem mas estão dando muito espaço para o Lobão, um artista no ocaso de sua vida artistica e de pouca expressão politica.
Ele está conseguindo seu intento, polemizar para vender seu livro, já que disco mesmo sempre vendeu pouco no contexto do rock nacional.

    Luís CPPrudente

    Eu conheci um cantor de rock chamado Lobão. Ele era muito produtivo e de qualidade nos anos 80. Mas parece-me que ele morreu, no seu lugar ficou um pilantra, um safado que usa o nome daquele que foi um grande roqueiro no anos 80.

Nelson

O Lobão se acha o rei da cocada preta. Na verdade, ele tenta parecer que o é, mas, como se deu conta que seu tempo já passou, que é “bananeira que já deu cacho”, e, para se manter “em foco”, passa a dar pitaco em coisas que desconhece ou conhece pouco, porque nunca se interessou, verdadeiramente, pela história do nosso povo.
Obviamente, que, para ser visto ele tem que agradar o sistema.
O Lobão está levando à risca aquele verso do Chico Buarque, esse sim, grande: “Vence na vida quem diz sim”

sergioa

Bandas decadentes de cantores mediocres, que desapareceram da midia. Tudo explicado. Precisam aparecer. Tal qual o Faustão que não cansava de criticar a grobo no seu PERDIDOS NA NOITE, e ai “vendeu?” a alma ao satanás.

Mardones

Lobão, Paralamas e Ultraje são a mostra da precariedade artística nacional. Juntam-se a Reginas, Luanas e Ivetes no desserviço à democracia brasileira. ‘Artistas’ que jamais teriam vida sem o apoio do PIG.

FrancoAtirador

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Comparando épocas

Impressiona o fato de que, no tempo da Ditadura Militar, na maioria das vezes, os direitistas se assumiam, ainda que falsamente, como democratas restauradores de uma democracia supostamente perdida devido a uma alegada invasão totalitária comunista advinda de Cuba e da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

Porém, atualmente, cada vez mais, os adeptos da direita fascista se assumem publicamente e desavergonhadamente como defensores não apenas daquela Ditadura Militar que perdurou de 1964 a 1985, mas de uma forma específica de ditadura civil, em que o indivíduo se coloca acima do Sistema Democrático de Natureza Coletiva, um regime ditatorial de exceção, propriamente dito, instaurado sob um Estado Policial mantenedor da ‘Ordem’ e dos “Valores Morais da Sociedade”, porém hoje não mais concentrada na figura de um General, mas de um Justiceiro, midiaticamente elevado acima dos 3 Poderes da República, subjetivamente significando dizer, em síntese: o Sumo Protetor da Propriedade Particular dos cidadãos.

E uma questão simbólica a ser observada é que, por trás da defesa da redução da maioridade penal, da necessidade de “aplicação de penas mais duras aos bandidos” e até da pena de morte a adolescentes, está ocultada a tentativa, sempre dolosa, de genocídio (http://bit.ly/ZSZ2Xt e http://bit.ly/YJk1xd), a política de extermínio, característica dos regimes nazistas, cuja exaltação recrudesce com brutalidade nos dias atuais, fundamentalmente, mas não apenas, entre os adultos jovens de origem sócio-econômica abastada.

Nesse aspecto, o mau uso dos Meios de Comunicação, especialmente da Televisão, é o principal responsável por esse recrudescimento fascista, no sentido de formar um senso comum no inconsciente coletivo, através da criminalização exacerbada e generalizada, igualando em grau máximo os delitos contra o patrimônio e a propriedade privada aos crimes contra a vida humana, vindo daí a resolução instintiva e, portanto, irracional de que, se um simples furto é o mesmo que um homicídio qualificado com requintes de crueldade ou que um estupro praticado com sadismo bárbaro, então todos os já pressupostos igualmente “bandidos”, via de regra, os ‘3Ps’, independentemente da idade, devem sofrer a punição máxima, qual seja, a pena de morte.

Além, é claro, da dramatização das ações policiais, que, como dito na entrevista acima, permanecem com o mesmo ‘modus operandi’ da época da Ditadura Militar, tanto na investigação e no interrogatório, quanto no policiamento ostensivo de repressão.

Insere-se nesse contexto a fama do Magnânimo Juiz da ‘Time Magazine’, o Ministro-Presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que, por sinal, abraçou integralmente, no que foi acompanhado por oito de seus pares, uma tese do Procurador-Geral da ‘Ré-Pública’ que, à falta de provas e usando e abusando de analogia simples e direta, estendeu a aplicação da Teoria do Domínio do Fato a supostos crimes contra o patrimônio, quando, em verdade, foi originalmente concebida pelo jurista alemão Hans Wentzel para ser estritamente aplicada em relação aos atos que caracterizam Crimes Contra a Humanidade – e o próprio jurista Claus Roxin, que a desenvolveu, ratificou-o, há pouco (http://bit.ly/RDfTYK) – que dizem respeito a agressões à integridade física e psicológica, em atentado à vida da pessoa, e a formas de privação da liberdade humana, “quando cometidos no quadro de um ataque, generalizado ou sistemático, contra qualquer população civil, havendo conhecimento desse ataque”, assim definidos e elencados no artigo 7º do Estatuto para a Corte Internacional Criminal (Tratado de Roma) que criou o Tribunal Penal Internacional:

Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional – D-004.388-2002
Capítulo II

Artigo 7º
Crimes Contra a Humanidade

1. Para os efeitos do presente Estatuto, entende-se por “crime contra a humanidade”, qualquer um dos atos seguintes, quando cometido no quadro de um ataque, generalizado ou sistemático, contra qualquer população civil, havendo conhecimento desse ataque:
a) Homicídio;
b) Extermínio;
c) Escravidão;
d) Deportação ou transferência forçada de uma população;
e) Prisão ou outra forma de privação da liberdade física grave, em violação das normas fundamentais de direito internacional;
f) Tortura;
g) Agressão sexual, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada, esterilização forçada ou qualquer outra forma de violência no campo sexual de gravidade comparável;
h) Perseguição de um grupo ou coletividade que possa ser identificado, por motivos políticos, raciais, nacionais, étnicos, culturais, religiosos ou de gênero, tal como definido no parágrafo 3º, ou em função de outros critérios universalmente reconhecidos como inaceitáveis no direito internacional, relacionados com qualquer ato referido neste parágrafo ou com qualquer crime da competência do Tribunal;
i) Desaparecimento forçado de pessoas;
j) Crime de apartheid;
k) Outros atos desumanos de caráter semelhante, que causem intencionalmente grande sofrimento, ou afetem gravemente a integridade física ou a saúde física ou mental.

2. Para efeitos do parágrafo 1º:
a) Por “ataque contra uma população civil” entende-se qualquer conduta que envolva a prática múltipla de atos referidos no parágrafo 1º contra uma população civil, de acordo com a política de um Estado ou de uma organização de praticar esses atos ou tendo em vista a prossecução dessa política;
b) O “extermínio” compreende a sujeição intencional a condições de vida, tais como a privação do acesso a alimentos ou medicamentos, com vista a causar a destruição de uma parte da população;
c) Por “escravidão” entende-se o exercício, relativamente a uma pessoa, de um poder ou de um conjunto de poderes que traduzam um direito de propriedade sobre uma pessoa, incluindo o exercício desse poder no âmbito do tráfico de pessoas, em particular mulheres e crianças;
d) Por “deportação ou transferência à força de uma população” entende-se o deslocamento forçado de pessoas, através da expulsão ou outro ato coercivo, da zona em que se encontram legalmente, sem qualquer motivo reconhecido no direito internacional;
e) Por “tortura” entende-se o ato por meio do qual uma dor ou sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são intencionalmente causados a uma pessoa que esteja sob a custódia ou o controle do acusado; este termo não compreende a dor ou os sofrimentos resultantes unicamente de sanções legais, inerentes a essas sanções ou por elas ocasionadas;
f) Por “gravidez à força” entende-se a privação ilegal de liberdade de uma mulher que foi engravidada à força, com o propósito de alterar a composição étnica de uma população ou de cometer outras violações graves do direito internacional. Esta definição não pode, de modo algum, ser interpretada como afetando as disposições de direito interno relativas à gravidez;
g) Por “perseguição” entende-se a privação intencional e grave de direitos fundamentais em violação do direito internacional, por motivos relacionados com a identidade do grupo ou da coletividade em causa;
h) Por “crime de apartheid” entende-se qualquer ato desumano análogo aos referidos no parágrafo 1º, praticado no contexto de um regime institucionalizado de opressão e domínio sistemático de um grupo racial sobre um ou outros grupos nacionais e com a intenção de manter esse regime;
i) Por “desaparecimento forçado de pessoas” entende-se a detenção, a prisão ou o seqüestro de pessoas por um Estado ou uma organização política ou com a autorização, o apoio ou a concordância destes, seguidos de recusa a reconhecer tal estado de privação de liberdade ou a prestar qualquer informação sobre a situação ou localização dessas pessoas, com o propósito de lhes negar a proteção da lei por um prolongado período de tempo.

3. Para efeitos do presente Estatuto, entende-se que o termo “gênero” abrange os sexos masculino e feminino, dentro do contexto da sociedade, não lhe devendo ser atribuído qualquer outro significado.

(http://bit.ly/148It9D e http://bit.ly/148EwSq)

É de suma importância, no momento, a reflexão sobre essa involução sociológica que ocorre no Brasil, em que o patrimonialismo individual se coloca contra o Interesse Coletivo da Cidadania, até mesmo sobrepujando, em carácter terminativo, o próprio conjunto constitutivo e indissociável da Nação Brasileira, tendo em vista a direção para a qual caminham a passos largos determinados grupos quantitativamente significativos e qualitativamente vulneráveis, porque suscetíveis de manipulação por uma Mídia Empresarial Sensacionalista, cujo interesse único, como de toda Corporação Econômica, é o Lucro a qualquer custo, inclusive, de vidas humanas.
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Luiz

No Brasil, roqueiros e humoristas parecem ser de direita.. é uma pena, por que o rock e a humor seriam, em princípio, libertários.

Por outro lado, vamos combinar: nosso rock é bem ruinzinho, não? Quando comparamos com os grandes roqueiros do Reino Unido, principalmente, é de doer.

Quanto ao humor, não fica muito distante…

    Humbert

    Luiz, de onde você tioru essa? Rock e humor nunca foram libertários! Ambos aproveitam o que há de pior no ser humano que é o deboche, o desprezo ao próximo, à condição humana das pessoas comuns, suas fraquezas…Rock , o grande Rock, as grandes estrleas do Rock, deixaram de poder ser libertários quando Lennon foi assassinado! Esse ssim um libertário. Aquilo foi um recado do Stablishment: Rock spo se for para fazer apologia das drogas, só se for para reunir grande publico em shows que se tornaram bverdadeiras Feiras Livres da Droga, oportunidades para iniciar novos viciados! Lobão e toda essa escória são na verdade agentes do Império, que lucram com o descmainahmento da nossa juventude, com sua lavagem cerebral, para torná-la cínica, passiva, sem esperança, cretina, descrente de tudo, da familia, do seu país e de qualquer valor, para assim , se aproximar da droga, tolerar a droga, aceitar a droga e depender da droga. Exatamente como propõe Fernando henrque cardoso, outro agente velho e decadente do império americano e de suas tropas de ocupação , os narco-traficantes.

    Gabro

    Não entro no mérito da sua opinião sobre o Rock.

    Porém sua difinicão do humor é, digamos, um pouco reducionista, não?

    Vc talvez tenha escrito isso pensando no CQC.

    Mas o humor em si não é sinônimo de humilhação nem de opressão.

    Pelo contrário, o humor, a ironia, a sátira, podem sim servir (aliás, na maioria das vezes eles servem) como meio de resistência e denuncia dos absurdos do poder.

    Eles podem ainda ter um efeito catártico e pedagogico, mostrando à sociedade o quão idiotas são alguns de seus pensamentos e atitudes conservadoras.

    Aliás, o conservadorismo vem de uma certa rigidez e inflexibilidade de pensamento, de uma falta de tolerância e capacidade de adaptação, da recusa do outro e do doferente. E é justamente essa tendência à rigidez que o riso tenta denunciar (tese do filosofo Henri Bergson).

    Dickens, Kafka, Machado de Assis foram mestres do humor.

    E que falar de Shakespeare, Cervantes, Molière?

    O fato de o humor no Brasil ser normalmente de direita, conservador, um tipo de bulling (pra usar uma palavra da moda), revela um traço da cultura brasileira, não a natureza do humor em si.

    Quem dera tivéssemos humoristas do nivel dos franceses Coluche ou Desproges.

    Ademais se existe algo que nos caracteriza como seres humanos e sociais, é não a razão, mas o riso.

    um abraço

    Marcos

    Lobão nunca foi o melhor do rock nacional, mas temos bons artistas e bandas como Legião, Titãs, Paralamas, …

    Valdeci Elias

    Oque acabou com o Rock nacional, foi a musica sertaneja.

edson

A matéria deveria conter a frase transcrita. Ficou vago.

Tiago Tobias

Decadence avec “Torturence…”

Francisco

É inacreditável a elegância que as vitimas têm com os algozes no Brasil.

Quando é que alguém vai abrir a boca e relatar a quantidade imensa de estupros que foram realizados pelos torturadores para “combater o comunismo”.

O que estuprar tem a ver com combate a comunismo?

Duas nações indigenas, pelo menos, foram riscadas do mapa para “combater o comunismo”.

O que indio tem a ver com URSS?

O que rolou muito foi grana e pistoleiragem, grilagem e genocidio, sadismo e tara. Ainda somos prisioneiros desses sociopatas.

Vivemos a sindrome de Estocolmo. E suportamos mais e mais e mais emais…

O equivalente feminino da ARENA esta sendo julgado, neste instante, na Alemanha. Uma demente que assassinou dez turcos. O equivalente de Lobão na Alemanha fica de bico calado para não sofrer a reprimenda justa pela ofensa aos direitos humanos. Reprimenda pesada, cana dura.

O que nos faz terceiro mundo é essa incapacidade de não perdoar.

Tudo. Todos.

    wander

    falou tudo!

    Cibele

    Francisco, comentário phoda! Geral feliz aqui! Assino embaixo. Sim, nós existimos e estamos aqui!

    Tiago Tobias

    A propósito, na Alemanha, quem se refere ao nazismo de forma “elogiosa” ou saudosista, leva um baita esporro. Os alemães tem um respeito imenso pela memória de seu país. Os alunos das escolas, por exemplo, sempre são levados para campos de concentração para verem e aprenderem o que aconteceu. Já no Brasil, em uma das escolas (particulares) que eu estava trabalhando, fizeram uma excursão para a sede da ROTA (com o aval da direção). Para verem e aprenderem sobre a crueldade da ROTA? Não! Mas para tecerem elogios ao trabalho dessa ramificação psicopata da polícia. Dois países, duas formas de lidarem com o passado.

    edson

    Perfeito.

    Edgar Rocha

    Parabéns! Muito boa comparação. Vivemos num país onde a liberdade de expressão é pervertida pela neutralidade ideológica e pela falta de posicionamento dos representantes. A política do pé em cada canoa, esperando qual das duas vai afundar primeiro prevalece. Oportunismo puro. Nossa “inteligência” é expressão disto. Artistas, intelectuais, todos têm sua parcela de “neutros”, esperando pra soltar frases bombásticas que os coloquem acima da realidade e lhes confiram um semblante condoreiro, pairando por cima de tudo, capaz de ver as coisas de uma forma mais “clara”. Balela! O Lobão é bem isto. Diz impropérios só pra chocar o senso comum e as emoções da maioria. Fala besteiras como quem toma sopa de pênis de ornitorrinco: pra chamar atenção, pra mostrar que pode, que é diferente, sofisticado… Não percebe que só está sendo repulsivo. Se desse cadeia, ficariam quietos e comeriam canjiquinha.

    barreto

    Disse tudo!
    Li diversos livros que relatavam as torturas impostas aos prisioneiros políticos na época da ditadura militar ( 1964-1985) e fiquei estarrecido com a “criatividade” dos torturadores, que sobrepuseram, em muito, os métodos cruéis utilizados na inquisição.

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