Captadores de alunos: Enterrando Florestan e Paulo Freire, de novo

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por T. via Facebook

Excelente matéria com esse sociólogo Wilson de Almeida.

Mas o problema reside na Lei de Diretrizes de Base do Darci Ribeiro/FHC, influenciada pelas finanças internacionais.

O critério de 30% de Mestres E Doutores gerou o expediente desses grupos financeiros de comprar todas as universidades particulares e despedir todos os docentes (transformando-os em diaristas, “prestadores de serviço”, com empresa própria).

Em lugar deles contrata-se graduados orientados por apostilas.

Mestres e doutores são apenas contratados para produzir essas apostilas e assinar papéis quando avaliados pelo MEC (nos períodos de avaliação e fiscalização).

Docentes são reduzidos a captadores de alunos (como vendedores em escolas) para encher salas de aulas das faculdades, sob metas agressivas.

Não existe humilhação maior.

O trabalho do professor-pesquisador revolucionário (como Florestan Fernandes) está praticamente extinto.

O que o Alckmin está fazendo na USP é para sucatear e privatizar de vez e impedir o surgimento de novos Florestan Fernandes e Paulo Freires.

E o ensino virtual veio para enterrar de vez a Pedagogia do Oprimido/Educação como Prática da Liberdade de Paulo Freire.

Leia também:

Wilson de Almeida: Os grandes lucros das fábricas de diplomas


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Comentários

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Flavio Marcio

Com todo este nhe, nhe, nhein, cometeu-se uma tremenda injustiça ao se repetir mais de mil vezes que os tucanos condenaram o ensino universitário ao esquecimento.
Não, não!
Eles não só criaram ZERO universidades públicas, mas também trataram/tratam de solapar as existentes.
Depois, cabotinos, dizem-se indignados quando são chamados de coveiros da luz.

abolicionista

A USP segue a todo vapor… rumo ao despenhadeiro. A receita é sucatear e privatizar. Mas não se iludam, jamais chegará aos pés de uma grande universidade privada estadunidense: vai virar, no máximo, uma Uninove melhorada. Estamos mesmo destinados à chafurdar nas trevas…

Valcir Barsanulfo de Aguiar

O Paulo Renato se prestou a mercantilizar o ensino superior no Brasil, tutelado pelo cínico ociólogo fhc. Agora vem o Alckmin OPUS DEI sucatear a USP e Unesp.

    Rodrigo

    Não sabia que o MEC era controlado pelo governo de São Paulo.

    Que coisa, não?

Maria

De certo modo, em algum momento da vida, os professores viram a maré se formando e não agiram. Pularam do lado do mais forte, como costuma ser.

O castigo veio a jato.

Nas empresas piratadas também foi assim. Aos gerentes se prometeu cargos, e depois, cargos no governo. Mas muitos enfartaram ou suicidaram qundo a pedra caiu na cabeça. Político não tem compromisso.

Carlos Lima

Azenha, alguém lançar dúvida nos programas de inclusão de educação é no mínimo insano, corrigir erros e proporcionar mais acertos é o que seria salutar, a veemência com que os blogs expuseram a mistificação do sociólogo Wilson de Almeida que pouca gente sabe quem é o e que ele estuda ou produz em suas pesquisas como sociologista por assim dizer, foi voraz, expondo até a capacidade do MEC de avaliar os cursos. Seria o MEC cúmplice de fábricas de diplomas? Essa crítica não poderia ter sido linear a ponto de desvalorizar o diploma generalizando dessa forma. Não vi nada nesse texto que comprovasse a “fábrica de diploma” ficar nessa utopia ideológica a meu ver tola é coisa fora de moda, se anda é para frente. Enquanto uns defendem os processos tecnológicos como expressão de avanço, outros se agarram simplesmente em nomes e seus livros escritos em épocas que somente estudavam em faculdades e universidades eram ricos e todos nós sabemos que as universidades a períodos não muito longe também entregavam diplomas pois eram aparelhadas para servir a máquina da direita, da elite e seus filhos pródicos e protegidos. Sem essa de querer interromper a ascensão dos pobres ao diplomas usando frases de efeito, se tem gente ficando milionário indevidamente, PF e MP neles. Não vamos fazer o jogo da direita o de achar defeito em tudo que é para pobre. O que será que acha o “grande” sociólogo da burra de dinheiro que enche o bolso das universidades mundo afora nesse ciência sem fronteira? Porque todos esses autores citados e sem fazer juízo de valor não produziram nada que promovessem a ascensão ao diploma dos pobres. Porque a fixação de falar mau é mais eficaz do que defender e melhorar. Fogo amigo é o que não falta.

    Andre

    utopia ideológica tá mesmo fora de moda. A moda agora é ficar rico.

Narr

A direita diz que as maiores universidades americanas são privadas. O correto seria dizer que são autônomas.

Quem é o dono de Harvard?

Quem são os acionistas de Yale?

Não existem.

Os recursos da universidade não viram dividendos para os investidores: o destino é a própria universidade.

Se Harvard abrir um shopping, a renda do empreendimento será toda para a Universidade, para salários, laboratórios, publicações.

    abolicionista

    Sem falar no fato de que essas universidades recebem bastante verbas públicas, mais do que a USP, aliás. Além disso, a mensalidade caríssima que cobram (e que gerou um problema nacional de endividamento, passível de tornar-se uma bolha) não cobre nem um quarto do orçamento. E a Falha de São Paulo ainda tem a pachorra de dizer que a solução é privatizar e cobrar mensalidade. Só a indigência mental da elite brasileira explica esse disparate.

mineiro

que assim seja , o ensino a distancia e pela internet vai dar uma varredura nesse ensino golpista. mas os professores de verdade tem que entrar na luta e engajar nesse ensino a distancia. para da uma sova nesse ensino golpista. é o que isso é de verdade , ensino golpista, nao passa disso.

O Mar da Silva

Não veja nada pior atualmente do que o ensino virtual. É uma fábrica de autoengano.

    Andre

    É uma fábrica de dinheiro. O que tem picarategem com curso a distancia por aí….

Francisco

Me deixa intrigado é a quantidade de gente disposta a jogar água gelada na cabeça pelo YouTube ou a quantidade de gente disposta a tocar fogo no Itamaraty por R$0,20 centavos de passagem de ônibus.

E pela educação/emancipação nacional… nem água e nem fogo…

Mancini

Meu deus, não poderia ser pior, mas São Paulo é tudo diferente mesmo. O neoliberalismo só produz m.! E parabéns ao Wilson Almeida! http://refazenda2010.blogspot.com.br/

Rodrigo

“E o ensino virtual veio para enterrar de vez a Pedagogia do Oprimido/Educação como Prática da Liberdade de Paulo Freire.”

Ainda bem. Precisamos de mais técnicos, não de filósofos.

    Nelson

    Comentário ridículo; para dizer o mínimo.

    Andre

    Precisamos de pessoas que não pensem foi o que você quis dizer?? fico me pergunto quem precisa que trabalhador não pense???
    você por exemplo, é uma pessoa que se pensa é no mínimo mal informada. Paulo Freire não era filósofo, era educador (se não sabe a diferença procura no google!). Ademais Paulo Freire ia até as favelas, ao interior do Nordeste para alfabetizar adultos. Não ficava no gabinete pensando sobre a morte da bezerra. Talvez não precisemos de filósofos acadêmcos, mas de pessoas que pensem os problemas do Brasil e do mundo e busquem soluções e não de ‘animais adestrados’ (era assim que Taylor se referia aos trabalhadores que só deviam executar, mas nunca pensar!).

    abolicionista

    Os nazistas diziam a mesma coisa e… deu no que deu. Ao ler esse tipo de imbecilidade, certamente fruto de um espírito pequeno e mutilado pela amargura, eu ficou me questionando: os anos passam e as mesmas burrices são repetidas, será que ainda há esperança para a humanidade? Será que ainda vale a pena ter esperança ou a conclusão é que a raça humana é completamente fadada à estupidez, à violência e ao egoísmo?

    Quando ao cidadão Rodrigo, recomendo que leia um pouco aquilo que a tradição filosófica escreveu a respeito da Razão Instrumental. Esse conselho é vício de professor, sei que você não lerá nada disso, mas a gente não morre por tentar. Ou morre. Em todo caso, o que mais resta fazer? Tocar um tango argentino?

Leila Brito

Avalizando ipsis litteris os termos da denúncia, como educadora e assessora de pesquisas científicas. Os tais cursos de Educação à Distância, inclusive, são uma aberração, pois deformadores jorrando incompetentes no mercado de trabalho.
IMORAL este nosso sistema educacional. IMORAL!!!

Nelson

É a mercantilização final da educação. O lucro é a prioridade primeira e, muitas vezes, única; educar, ensinar, vêm depois, se possível.

O que vemos é muitas universidades, que se arvoram de excelência, a patrocinarem provas de rally e outros diversionismos, como lances de marketing. Coisas que nada têm a ver com educação.

É inevitável que os custos de matrículas e mensalidades acabem por subirem às alturas.

Edgar Rocha

Coitadinhos do mestres e doutores. Tão humilhados que, apesar de serem a nata da formação de opinião e produção de conhecimento, nada fizeram nestes anos pra discutir as políticas educacionais junto aos seus pares ideológicos. Não se articularam, não tiveram pique pra organizar nada pra reverter tal situação “humilhante”. A propósito, onde está a USP, a FFLCH, tão forte pra organizar greves e manifestações sazonais pela “qualidade no Ensino Superior” e não foram capazes de formular uma crítica ou acionar sua enorme influência em favor da “Liberdade de Pensamento”? A resposta é uma só: Florestan, com toda sua enorme força moral, juntamente com seus pares notáveis e equiparáveis, formou e acolheu às cadeiras de suas disciplinas um bando de borra-botas, vendidos, elitistas da pior qualidade. Neste quesito, o da formação moral e ética, infelizmente, os velhos dinossauros da academia foram proverbiais incompetentes. Fosse o jovem filho de lavadeira, por mais brilhante e dotado intelectualmente, prestar o vestibular e apresentar suas inovações, não chegaria a concluir o curso, caso fosse pelas mãos de seus escolhidos e orientandos. Entenderia o Florestan uma palavra do francês do já aposentado Carlos Guilherme Mota (seu herdeiro na cadeira de História Moderna e Revolução Francesa) em seu primeiro dia de curso? Encontraria nos sebos a bibliografia inexistente na biblioteca e exigida por pelo docente? Concluiria o curso de História Antiga com a Marlene Suano, depois de ser enxotado sob a alcunha de ilustre e desconhecido imbecil, inerente a condição de calouro, segundo a ilustre doutora? Resistiria ao elitismo dos professores que faziam de tudo pra garantir os honrosos noventa por cento (!) de evasão, nos idos anos 90?
Vão argumentar que hoje esta velharia já se aposentou em sua maioria. Mas, receio terem sido mais competentes que seu velho professor ao aprovar os sucessores com a mesma mentalidade, as mesmas características éticas e morais de sua estirpe. Doutores que, tal como Vera Fellini, acreditam que História não é profissão, que é preciso ter tempo e dinheiro pra formar-se e que alguém que more na periferia, dependendo de ônibus e trabalhando pra sustentar-se “deveria fazer SENAI” (sic). Não fosse assim, ao menos, o país teria suporte para compreender melhor sua História. Uma história um pouco menos elitista e ideológica do que nos tempos atuais. Talvez os alunos da FFLCH USP teriam algo mais a reivindicar do que o direito de fumar baseado ou aumento para o salário da japonesa da secretaria (a qual, espero ter se aposentado também, no mínimo).

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