Deputado do PT Adriano Diogo: “Nossa estrela perdeu luz, nossas paredes se desmancham, nossa alma sangra”

Tempo de leitura: 8 min

Rillo

Do Facebook de Adriano Diogo

Recebi essa mensagem do amigo João Paulo Rillo, que compartilho com todos vocês:

“Amigo Adriano,

Há quatro anos, eu estava chegando na Assembleia Legislativa. Você já era deputado de dois mandatos, acolheu-me com dignidade e generosidade que nunca lhe faltaram à alma. No bojo, vinha sua candidatura a líder da bancada. Entre você e o outro candidato não houve propriamente uma disputa, você foi logo liquidado.

De 24 deputados, 12 eram novos e o enredo apresentado aos que não conviviam com você era “o Adriano Diogo é um grande deputado, mas é louco, não unifica a bancada, desagrega a tropa”. E por aí seguia a queimação permanente, covarde e desqualificada, que, por ausência de política e verdade, desmanchou-se facilmente no tempo e na história.

Eu sempre me identifiquei com o seu jeito e a sua forma de fazer luta política. Mas, como marinheiro de primeira viagem – pelo menos naquele universo –, achei melhor articular de maneira “responsável” e “agregadora” e garantir o meu lugar ao sol e assento na mesa de decisões.

Ouro de tolo! Com o sangue mouro dos avós, vindos do velho continente, e a convivência intensa com os sábios árabes de São Jose do Rio Preto, logo percebi que o sol era para todos, mas a sombra era para poucos. Não era aquela a mesa das grandes discussões e decisões. Naquele parlamento, e em outros também, há, no mínimo, três mesas de discussão e decisão.

A primeira mesa é a dos que estão fora do clero, que ficam soltos pelos corredores e plenário, feito seminaristas esperando ordenação.

A outra mesa é aquela em que achamos que estamos dentro, um lugar onde a sedução e a cooptação rolam soltas, perfeito para quem quer ser aceito. Um lugar onde tudo se discute e nada se decide, o Colégio de Líderes, que frequentei no primeiro ano de mandato como Líder da Minoria.

A terceira mesa é como cabeça de bacalhau, a gente sabe que existe, mas nunca vê. Essa é a mesa que decide, poderosa e ecumênica. Felizmente, camarada Diogo, nunca a frequentamos. Gente descalça não pisa em chão de esmeralda, ou melhor; em festa de jacu, inhambu não pia. Se havia uma coisa que sua presença reforçava em mim, era a firmeza de se manter do mesmo lado, sempre.

Não precisei de muito tempo para entender a lógica das mesas e dos espaços. Também não demorei em entender que você não era nada louco, irresponsável ou desagregador.

O que você sempre teve, na verdade, foi excesso de lucidez e coragem para se manter homem de esquerda. E o único espaço que alguns da nossa bancada te reservavam era o manicômio.

Passados 4 anos, meu irmão Adriano, cá estou, no isolamento manicomial. Não tão só, Neder, Américo, Lia e Auriel sempre pintam por aqui. O pior mesmo é enfrentar os rabos de arraia pelas costas, os contrabandos magistrais, escondidos em projetos “bem intencionados” vindos da terceira mesa.

O que mais me angustia é saber que o companheiro, que sempre estava trabalhando e aquecendo nossa luta, em algum lugar daquela gélida casa, não mais poderá atender aos meus chamados. Mesmo quando lotado, o plenário me imprime a sensação da solidão, como se estivesse no centro de um Maracanã cheio de ar. Sua ausência, Adriano, é um vazio abissal. Agora, quando me pegam lá fora, na saída do colégio,  falta-me o irmão mais velho ao meu lado para encarar a turma.

Vivemos tempos de apreensão e sofrimento, ajustes e panelaços, censura e terror. Nada é mais triste ao militante do PT do que sair na rua e andar de cabeça baixa, de engavetar a bandeira e evitar o vermelho em dias de paradas cívicas convocadas pela Globo. O que leva uma multidão de gente digna e lutadora, como a esmagadora maioria dos militantes do PT, a andar intimidada, prostrada diante da gigantesca onda conservadora? Essa deveria ser a nossa grande preocupação. O enfrentamento com a direita e seus reacionários deveria unificar o nosso partido e a nossa base social.

Diante desse grave cenário político, incomoda-me ocupar o tempo com preocupações menores e cretinices parlamentares. A vida segue em lutas sociais, em escrachos governamentais, em greves, sangue e cães raivosos. Como diz a nossa velha amiga, a vida é mais! A luta pela liberdade será sempre mais! Mas ainda assim eu sofro, meu camarada.

A nossa estrela perdeu luz, nossas paredes se desmancham, nossa alma sangra. Um monte de gente da nossa casa parece não perceber nada e continua vivendo na ilha da fantasia, fazendo proselitismo e se esforçando para ser aceito.

Será que tem saída? Nosso otimismo leninista sempre responderá que há o que fazer, mas nossos líderes, se sabem, não nos dizem o que fazer.

E sei bem que eu, você e muitos outros, resistiremos a essa tempestade até as últimas consequências. Pode ser que a gente até apague a luz, mas sairemos pela porta da frente. Porta dos fundos é exclusiva aos ratos.

Depois do primeiro ano, te acompanhei em quase tudo na bancada, perdemos muitas vezes, vencemos algumas, mas estivemos juntos. Ainda hoje, quando querem me atacar, dizem “você vai virar um Adriano aqui dentro”. Com a alma em graça, eu me pergunto: será que serei merecedor de tal sorte?

Certa vez, ainda no começo de mandato, meu pai me perguntou sobre você e eu lhe respondi “pai, o Adriano é de longe, o melhor deputado da Assembleia. O parlamentar mais trabalhador, mais brilhante e mais genuíno com quem já convivi”. E ele resolveu te apoiar na eleição para deputado federal.

No último ano, disputamos juntos as lideranças da bancada e da minoria. Suamos, mas vencemos. Lembro-me perfeitamente da última reunião da bancada que iria a voto para decidir os líderes. Nossos adversários internos não queriam deixar votar porque sabiam que teríamos maioria. Queriam adiar mais uma vez a decisão e você, com uma genialidade cômica, os quebrou dizendo “olha, companheiros, isso aqui não pode se transformar em uma várzea, onde o árbitro só termina a partida quando o time da casa vira o jogo”.

Isso calou fundo em todos ali e, em seguida, eles retiraram as candidaturas e fomos eleitos juntos para liderar a nossa bancada, apesar das fortes pressões externas e das máquinas poderosas.

Fizemos um trabalho intenso, atento e combativo. Tivemos resultados surpreendentes, como a derrubada de oito vetos, a aprovação de projetos importantes que dialogavam com a nossa base social (a proibição do uso de bala de borracha nas manifestações e o projeto de participação social no estado de São Paulo, vetados pelo governador, mas aprovados na Assembleia), a prorrogação da Comissão da Verdade “Rubens Paiva”, presidida por você (a qual, algum dia ainda, o país vai ter acesso e vai reconhecer o irretocável trabalho de reconstrução de um importante pedaço da história de São Paulo, do Brasil e da esquerda brasileira, que vocês fizeram).

Vale também lembrar, Adriano, a criação e a instalação da CPI para apurar as violações de direitos humanos nas universidades de São Paulo, brilhantemente conduzida por você e seus companheiros de trabalho. Você passou os meses de dezembro, janeiro e fevereiro trabalhando intensamente e foi, sem dúvida, o trabalho investigativo mais importante da legislatura. Foi a primeira vez que a Assembleia foi notícia nacional e internacional.

Hoje, tenho a impressão de que nossa vitória interna foi como o cometa Halley, só acontece de 76 em 76 anos. As coisas mudaram muito por aqui, meu amigo. Mas não mudaram para melhor. A inversão política e ideológica, que acontecia veladamente, agora é escancarada, com o mais alto desprezo pela nossa história e pelos militantes de esquerda desse partido.

Depois de 17 anos presidindo a Comissão de Direitos Humanos, de 13 anos presidindo a Comissão de Educação e Cultura e de 4 anos à frente da Comissão de Saúde, a bancada do PT foi apeada das presidências dessas comissões. Pior: sem contestar, sem oferecer resistência. Aceitou e pronto.

Apesar de sermos a segunda maior bancada da Assembleia e de termos o segundo posto mais importante da mesa diretora, fomos rebaixados à condição de bancada de segunda classe.

A maior bancada de oposição, com acúmulo e história de atuação nas referidas comissões, silenciou-se diante de tamanha atrocidade política. A maioria dos deputados petistas está indignada com essa situação, mas impotente diante do jogo subterrâneo e invisível daquela terceira mesa sobre a qual falei, a mesa restrita e ecumênica.

Num momento em que o reacionarismo vira moda e aplaude de pé violações de direitos humanos nas mais amplas e tenebrosas formas, o PT assiste passivamente ao seu desmonte no parlamento paulista e considera normal perder a presidência da Comissão de Direitos Humanos para o PSDB.

No meio de uma greve na educação, que mais parece uma guerra desleal do PSDB contra os professores, em que os tucanos lançam mão dos mais sórdidos métodos para calar e humilhar o educador paulista, no ano em que vamos discutir na Assembleia Legislativa o Plano Estadual de Educação, a bancada do PT (com 14 deputados) abre alas para o PSD (com 4 deputados) indicar o presidente da Comissão de Educação e Cultura.

Sem falar do forte e respeitado movimento artístico e cultural, iniciado pelo então deputado estadual Vicente Cândido, que muito se apoia na Comissão de Educação e Cultura para pautar suas reivindicações e que agora terá que se dirigir ao partido do Kassab. Uma tragédia!

Dos líderes do PT na Assembleia? Nenhuma palavra. Ah, uma pequena correção: teve quem assumisse que, de fato, considerava as referidas e históricas comissões menos urgentes e importantes que a Comissão de Infraestrutura, por exemplo.

Não sei se eles repetiriam essa linha ideológica em uma plenária de professores petistas, ou em uma reunião do setorial de saúde, ou em uma plenária de artistas e militantes da cultura, que assistem ao fechamento de oficinas culturais pelo estado todo. Ou se assumiriam em uma reunião com jovens negros perseguidos pela força repressiva do governo estadual, com mulheres violentadas, com militantes do movimento LGBT, que a Comissão de Direitos Humanos é menos urgente e importante que a tão cobiçada Comissão de Transportes.

Não se tratam apenas de pontos de vistas e preferências temáticas, tratam-se principalmente de urgências. É justamente aí que repousa tranquilamente o conflito a ser discutido e desvendado. Será que essa nova linha ideológica representa a base social do nosso partido? Tenho certeza que não, por isso me revolto, querido companheiro. Por isso te escrevo com a alma transbordando decepção.

Na ausência de direção partidária estadual, resta-me a solidariedade de alguns companheiros deputados e meu direito sagrado de gritar, de compartilhar com você e com os militantes de esquerda desse partido minha indignação. Essa postura parcimoniosa e conciliadora com aqueles que querem nos destruir não me representa, amigo Adriano.

Não me conformo em sermos tão eficientes para ocupar o segundo posto da mesa diretora e compor a estrutura administrativa da casa e sermos tão passivos em aceitar o naufrágio partidário na composição da estrutura política, que deveria ser a nossa bússola orientadora – e não o contrário.

O cerco e aniquilamento se fecham sobre mim e alguns companheiros que caminharam conosco nesses últimos quatro anos. Demissões, assédios e perseguições assombram nosso ambiente de convivência. Talvez seja a hora de recuar a luta interna, mesmo sabendo que a autocrítica e o enfrentamento com os descaminhos do nosso partido se fazem necessários.

Faltam-me, porém, energia e força para continuar essa luta interna inválida, companheiro. Preciso mergulhar na luta social e me fazer presente nos ambientes de verdadeiros enfrentamentos com a direita. Aquele ambiente farsesco de situação e oposição só nos faz mal. Vou encontrar urgentemente o caminho das ruas para não desintegrar a alma. Nesse momento, essa é a minha urgência, o resto é perfumaria e cretinismo parlamentar.

Para você que sempre se comunicou e se manifestou com poesia, ofereço um trecho do pequeno grito poético de Aldir Blanc e João Bosco que expressa bem minha bombardeada posição de resistência, cultivada ao seu lado em 4 anos de companheirismo, sonho e solidariedade.

Saudades, companheiro!

Dominus dominium juros além
Todos esses anos agnus sei que sou também
Mas ovelha negra me desgarrei, o meu pastor não sabe que eu sei
Da arma oculta na sua mão

Meu profano amor eu prefiro assim
À nudez sem véus diante da Santa-Inquisição
Ah, o tribunal não recordará dos fugitivos de Shangri-Lá
O tempo vence toda a ilusão

Ê andá pa Catarandá que Deus tudo vê
Ê anda, ê ora, ê manda, ê mata, responderei não!

João Paulo Rillo – Deputado Estadual

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Comentários

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José Camargo Mouad

Aqui vemos a pureza ideológica de João Paulo Rillo.

https://www.youtube.com/watch?v=H_dOFYmpqes

Flavio de Oliveira Lima

Pois é, voces cortaram a critica que fiz ao AD. Ele não pode ser criticado? Não admite critica? Lamentavel, comento sempre por aqui, ja contribui com o blog, mas criticar o maluco (sim sim, maluco mesmo) do AD não pode.

Mário SF Alves

Imagine-se o PT e o governo de deplorável coalizão fizessem ou cumprissem a metade das expectativas dos filiados e simpatizantes; imagine-se também que em tal cenário, o PiG fizesse a décima parte do que tem feito para desmoralizar o PT e o Governo…

O que aconteceria após uns poucos meses nesse embate?

Posso estar enganado, mas no mínimo explodiria uma semi-revolução social.

E seria esse o melhor caminho?

Apolônio

Dentro ainda das circunstâncias atuais, o PT é ainda a melhor via para todos nós. O que temos que fazer é lutar, ir para luta para que o país não retroceda. Lutar também para que o partido continue no seu leito, isto é progressista, de esquerda. Agora, não dá é para querer o PT nos seus primórdios, da década de 1980. O Brasil é um país muito complexo em termos culturais, de dimensões continentais, com forte empresariado, com sistema bancário forte, não dá para ter um partido de esquerda ideologicamente puro, nem nos países avançados isto acontece . Mas apesar de tudo, digo, o PT, fez e está fazendo uma revolução em nosso país. Temos que ter orgulho do que esta sendo feito. Não vamos desanimar ! A luta é de todos nós ! É preferível ter um PT governando do que outro partido. Isto é até questão de lógica e de inteligência. Digo isso com propriedade, não sou inscrito no PT, voto nele. Sou um progressista, de esquerda, acho que a esquerda quer queira, quer não, sempre teve um viés histórico de defesa dos valores humanos e iluministas, isto para mim é avanço, é civilização.

    Luiz A A do Sacramento

    É esta complacência ideológica ,essa postura tíbia que nos faz engatinhar indefinidamente ao longo da nossa história!

Mário SF Alves

Enquanto a gente fica por aqui nesse blablá chutando o balde do governo de coalizão liderado pelo PT, o imperialismo corre por fora, comendo os coxinhas pelas beiradas.
Ou será que a antiquíssima guerra pelo botim da velha colônia ainda não teria sido de todo re-declarada? Diga, Barbosa; diga Moro; diga EduCu e PiG-Cia Ltda. E aí, Paulinho? Força que um dia vai, meu fio.
_____________________________________
Nosso maior risco é tomar as partes pelo todo.

lulipe

Não precisa se preocupar, Deputado, os dias do PT estão contados, em 2016 sofrerão uma derrota fragorosa e em 2018 virá a pá de cal. Para o bem do Brasil resquícios do PT ficarão apenas em poucas linhas dos livros de história.

    abolicionista

    Pode ser, mas, se você tivesse certeza disso não precisaria ficar fazendo tanto alarde. De todo modo, com ou sem Lula, estamos ferrados e mal-pagos. Vocês fascistas acham que vão segurar o rojão? Não aprenderam nada com o Riocentro? Podem até ter um tempinho de glória, mas depois a bomba vai estourar no colo de vocês. Olha só o que está acontecendo com o Beto Richa. Agora, imagine em escala nacional.

Lafaiete de Souza Spínola

Votei no Lula duas vezes e na Dilma.
Porém, considero, faz bom tempo, que as estruturas partidárias, no mundo, não conduzem às mudanças necessárias em nossos dias.
Essa estrutura demasiadamente centralizada está caminhando para a sua falência total. O caminho é demorado, dolorido, pois, obstaculizado pela lei da inércia. Será o surgimento de partidos com participação popular, o povo passando a ser o autor da história. É o fim dos salvadores da pátria, dos líderes criados ou destruídos pela manipulação da mídia.
Quem almeja grandes transformações pode ler esse esboço que apresentamos, aqui:
https://www.facebook.com/LafaieteDeSouzaSpinola/posts/376383689185712

mineiro

o pt se tornou dois partidos , um é progressista e de vergonha na cara e o outro é que nos todos vem descendo a lenha em cima , o lado tucano, udenista, golpista , elitizado , vendedor de patria. e onde esta a angela merkel do brasil , a desgovernada russef, o proprio lula para minha tristeza, o ze desgraça, o hibernado o bernadao do pig, o mercador mercadante o mesmo que defendeu a falha de sp , o pres. do curinthias , andres sanches e muito mais que fazem do partido , tomar nojo. por causa dessa maldita tal de governabilidade , que no fundo é uma safadeza para nao lutar contra a elite. faz o partido ficar de quatro , calado , acovardado e no fim vai ser um democrata da vida.

hora

Olha, com toda franqueza, os maiores opositores do governo/PT está dentro do PT, porque não espere nada além desta mídia com interesse de “trabalhar a corrupção e outras coisitas más em cima do PT” até que o PSDB assuma o poder e as coisas “corruptivas” no país se acomode para interesses das elites. É assim, então este título: “A nossa estrela perdeu luz, nossas paredes se desmancham, nossa alma sangra”, continuará assim, mesmo porque vocês não criaram jornais alternativos na internet no nível da Folha e o Globo, não criaram uma TV Brasil decente, no mais o PT encontrará esta resistência, sem resposta, sem que os eleitores do PT e das oposições vejam, leiam o que o governo realiza, sem educação sistemática, ninguém fica sabendo de nada, e vocês (nós que votamos na Dilma) não temos poucos inimigos. A verdade ´´e que o governo não apresenta à sociedade suas realizações que dê brilho a estrela do PT. O governo/PT não se dão conta doo que fizeram para o país, são os autênticos portadores do complexo de “vira-latas”.

João Vargas

A Dilma e o PT deixaram a esquerda brasileira órfã. Não dá pra engolir o Sr. Levy comandando a economia brasileira. Não dá pra engolir os bancos em meio à crise batendo recordes de lucratividade com juros que tornam os agiotas verdadeiros santos (cartão de crédito : 300% ao ano). Não dá pra engolir o governo mandar para o Congresso um ajuste fiscal para os pobres e menos favorecidos pagarem a conta novamente ( mexer com o seguro defeso? é bricadeira). Não dá pra entender a taxa Selic subindo todos os mese aumentando os lucros indecentes do sistema financeiro. Defendi a candidatura Dilma com unhas e dentes, entre amigos, familiares e redes sociais. Não me arrependi porque sei que com o Aébrio seria bem pior, mas, francamente, me sinto traído. A esquerda tem que procurar outro caminho porque este partido e esta presidenta abandonaram aqueles que os colocaram no poder.

    Mário SF Alves

    Assim como não dá para entender o porquê e nem como o imperialismo ainda tem tanta penetração e poder na América Latina. Ah, diriam alguns, é a força das mídias foras-da-lei… será que é apenas isso? Quem dera.

Nelson nobre

Assim como o Dep. Rillo, que está indignado com a atuação do PT frente ao seu desmonte na Assembléia Paulista, acredito que assim como eu, muitos estão indignados com a atuação do PT no Governo e no Congresso Nacional. No Governo uma Presidente refém do fisiologismo político e apática frente ao desmonte das conquistas sociais obtidas como muito suor e sangue. No Congresso uma liderança fraca que só conseguiu aprovar até agora somente as reformas do Ministro Joaquim Levy, que são justamente as reformas que Dilma disse que não faria caso fosse reeleita. A proposito aonde anda a indignação dos lideres petista nas tribunas do Congresso Nacional ou com recursos nos tribunais competentes, principalmente nestes tempos em que a sua história é diariamente jogada na lama? Aonde está a luta em preservar as conquistas dos trabalhadores?
PT, em reuniões da terceira mesa sobrará apenas o entulho de sua história e as lembranças de suas conquistas.

Wendel

É um desabafo, ao qual devemos dar atenção. mas………….
Considero que o momento seja de máxima cautela, mas nem por isto devemos encetar um discurso melancólico e desanimador, pelo contrário! É nestas horas, que nadando contra a maré, é que devemos nos unir, nos fortalecer, nos reerguer para fazer frente a avalanche da direita que possuidora do apoio da mídia prostituta e de setores traiçoeiros do capital nacional aliados ao internacional, querem nos saquear!!
Avante companheiros, pois a luta continua e devemos nos fortalecer, repito, para continuarmos fazendo a diferença neste maravilhoso pais chamado BRASIL que querem desagregar para saquearem !!!!!
Avante, pois não podemos e não devemos abandonar a trincheira !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Apolônio

Temos que ir para luta. O PT, quer queira, quer não, fez uma revolução nesse país. Nenhum partido conseguiu tal proeza. Agora, tem falhas, indubitavelmente que tem. Pois todos os partidos são tocados por seres humanos. Mas apesar dos erros, foram muito mais acertos. Então, está na hora de todos erguerem a cabeça e partirem para luta. Temos que parar de lamuriar. O saldo de transformações que o PT deu e dá a nação é por demais importante, vamos então continuar em nossa luta. O país não pode retroceder. Isto tudo depende também de nós. Cabe o PT ir trabalhando e corrigindo os erros. O que não se pode é retroceder e cair no desânimo. Isso vale para todos. A nação precisa de nós.

    Mário SF Alves

    “isto tudo depende também de nós.”
    ___________________________
    Concordo, com ou sem a “síndrome” da Geni e o Zepelim Gigante. Até porque, essa “síndrome” vai e volta, e o povo brasileiro precisa, é de direito e merece muito mais; mesmo quando não entende nada e feito maria-vai-com-as-outras acaba batendo panelas e penicos contra a Geni.

    E… nem que o raio da vaca tussa: modificar a lei de partilha, reduzindo os 30% do Pré-sal, jamais.
    A propósito:
    1- “Em dezembro de 2010, com a publicação da Lei nº 12.351, a Petrobras tornou-se protagonista na exploração do petróleo situado na camada do pré-sal. Aquela Lei, além de instituir o regime de partilha, conferiu várias prerrogativas para a empresa, onde se pode destacar ter-se tornado operadora única de todos os campos licitados, com participação mínima de 30% nos consórcios, e a possibilidade de receber o direito de exploração de áreas sem necessitar passar por processos de licitação.

    Também em 2010, a Lei nº 12.276 cedeu onerosamente à Petrobras o direito de explorar 5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), no âmbito do processo de capitalização da empresa.

    Não se sabe ao certo o tamanho do pré-sal. As reservas provadas já atingem 15 bilhões de boe, mas as estimativas mais pessimistas apontam para um mínimo de 30 bilhões de boe, e as mais otimistas dizem que pode chegar a 100 bilhões de boe. Em qualquer cenário, trata-se de uma imensa riqueza, que, para ser explorada, exige muito investimento.”

    2- “Está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), aguardando sugestões de emendas, o projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que revoga a participação obrigatória da Petrobras no modelo de exploração de partilha da produção de petróleo na camada pré-sal. O projeto (PLS 131/2015) também exclui a condicionante de participação mínima da empresa em, pelo menos, 30% da exploração e produção em cada licitação.

    Em defesa de sua tese, Serra alega ser “inconcebível que um recurso de tamanha relevância sofra um retardamento irreparável na sua exploração devido a crises da operadora”.
    Fontes:
    http://www.brasil-economia-governo.org.br/2013/07/01/a-petrobras-conseguira-explorar-plenamente-o-pre-sal/
    http://www.brasil-economia-governo.org.br/2013/07/01/a-petrobras-conseguira-explorar-plenamente-o-pre-sal/

    Bonobo, Severino de Oliveira

    Ai estão os motivos dessa gritaria toda no mais perfeito estilo da velha UDN. Eles nunca desistirão do BraZil e cabe a nós manter o Brasil nosso.

    Mário SF Alves

    Em tempo:
    Detesto petróleo. E lembro o Tom Zé, mas… fazer o quê?

    “o Brasil só vai ser um pais rico no dia que esse diabo desse petróleo acabar.” Tom Zé.

    __________________________________
    E esse dia não tarda a chegar. Felizmente. E não será em razão do fim do “maledeto” recurso, mas pela superação do imperialismo que sobre ele se afirma e determina.
    ___________________________________________
    Outra humanidade virá e junto dela outras fontes de energia virão.

    Essa é minha utopia. Enquanto isso, enquanto esse dia não vem, e já que sonhar ainda não paga imposto…

    Mário SF Alves

    Um barril de petróleo vale hoje, dia 15/04/15, US$ 56, 93.
    __________________________________
    Fazendo as contas:

    Um barril é igual a 42 galões U.S. ou 158.9873 litros ou 34.97231575 galões imperiais (UK).

    Multiplicando tudo dá: 30 bilhões de BOE (barril equivalente em petróleo) conforme referido, é igual a
    30 bilhões de barris, logo, considerando o valor do barril, tem-se a estúpida e fabulosa soma de US$ 1,5 trilhões (de dólares). E quando de tudo isso a presidenta Dilma legalmente destinou à educação e à saúde, alguém sabe?

    Pois é, é isso, essa merreca, essa desimportância econômica, que o enCerra vem, desde 2010, planejando serelepemente e “Moro-PiG-juridicamente” doar. Dúvidas ao ano? Vide vazamentos do WikeLeaks.

    Ah, razões de Estado do enCerra… sim, tal qual as do Estado-FHC.

    Mário SF Alves

    Humm… US$ 1,5 trilhões (de dólares)… Peraí, com esse dinheiro quantas rede globo daria pra comprar?
    ______________________________________________
    Melhor não. Melhor esquecer essa coisa aí de fazer as contas pra comprar o PiG. Até porque, pelo andar dessa carruagem, é o PiG que deve estar doidin pra comprar; comprar a PetrobraX, obvio. Não à toa todo esse golpe, dessa vez vazando a jato.

Djalma

Felizmente há alguns que conservam a capacidade de se indignar.
A classe política brasileira é um lixo; até quando?

FrancoAtirador

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Presidente da Argentina fala em tom mais alto que o som dos Pinicos Midiáticos.
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Cristina Kirchner, no 17º pronunciamento em Rede Nacional em 5 meses:
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“Eles não gostam, mas se não for assim não há como informar o País”
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Aos que a criticam pelo uso regular da Rede Nacional de Rádio e TV, Cristina responde:
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“Também não gosto da rede deles; inocula ódio”
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(Hora a Hora – Carta Maior)
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    FrancoAtirador

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    Boas Práticas Hermanas
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    Uma ou duas vezes por semana, a Presidente Cristina Kirchner
    fala aos argentinos em Rede Nacional de Rádio e Televisão.
    Está com 50% de aprovação, e subindo.
    .
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    Mário SF Alves

    É… se fossemos iguais à Argentina, humm… talvez, sim, poderíamos fazer o mesmo. Porém, por enquanto, não dá. A não ser que, dado a pancadaria geral moro-retumbante, importássemos – sabe-se lá de onde – fábricas e fábricas de penicos e panelas.

    FrancoAtirador

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    Pois é, Mestre Mário, lamentamos muito.
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    Mas, antes da ‘bateção de pinico’, dava.
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    E quanto mais se acovardar, menos dará.
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    São tempos em que não há meio termo.
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    É o Ciclo Histórico “Socialismo ou Barbárie”.
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    .

Romanelli

Pra quem já viveu, por mais de uma vez, num ambiente de liquidação extra judicial, isso me soa como a FIM DE FEIRA
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e sobre suas “urgências” como o “descortinar” da ditadura, as causas dos negros, gays e LGBTs, a causa do desmanche das oficinas de arte ..desculpe, elas não são minhas ..assim como não o é o fomentar das GREVES infames que todo ano o sindicato dos professores DESFERE contra a SOCIEDADE CIVIL, honesta e desarmada
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Estivesse o sr preocupado com a SAÚDE, a qualidade da educação (não só c/salário de professor), com a mobilidade urbana, a questão ambiental, a Habitação e a VIOLÊNCIA que somados, DEZENAS de bilhões de US$ nos acarretam em prejuízos, não só em vidas precocemente perdidas, mas tb em recursos materiais ..aí eu poderia dizer que comungo das suas emergências.
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fora isso, é isso, quem sabe desta toada maluca, pouco ou nada pragmática e consequente que abraças, quem sabe não seja pela INSIGNIFICÂNCIA de suas preocupações e pautas, a grande causa das aparentes aflições que o sr e sua sigla enfrentam ?
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desculpe caro deputado, eu quero é MAIS do que esta BOBAGEM de procurarmos culpados de UM SÓ LADO ideologizado, isso quando a maioria já esta INCLUSIVE morta ..e os vivos colega ? o cidadão. o pobres branco ou os brasileiros que são atentos ao 5o artigo da nossa constituição (que sequer estão na bancada do STF atual), aonde eles ficam nas suas urgências ?!

Leo

A estrela do PT perdeu a luz (se é que já teve) e precisa de reparos. As coisas vão mal mesmo!
Nesses dias de delação premiada de Ricardo Pessoa, para tornar menor a relação com a UTC, o partido informa por meio de seu sítio na internet que o PSDB recebeu o mesmo montante de doações que a empreiteira entregou à legenda de Lula. Essas informações sobre as doações estão disponibilizadas em http://www.asclaras.org.br/arvores/partidos.html.
Contudo, ao visitar o Portal Às Claras, percebemos que o PT publicou uma inverdade, pois enquanto para o PSDB estão registrados R$ 8,7 milhões em doações, para o Partido dos Trabalhadores estão computados R$ 13,4 milhões.
Bom, ao final dessa história, independentemente do valor, é preciso pedir ao PT que corrija sua matéria e, mais importante, saber se os valores destinados a ambas as legendas são recursos provenientes de corrupção.

Julio Silveira

Saudo todos os companheiros esquerdistas que não avalizam o discurso desqualificante da direita de que só se é esquerda quando jovem. Aqueles que persitem mantendo seu idealismo juvenil, aqueles que acreditam nos melhores valores humanos com a convicção de serem uma necessidade de mudança cultural, esses são os Verdadeiros herois. E o Brasil está carente de heroismo e de herois e a direita subversiva tem toda a responsabilidade por isso.

Álvares de Souza

São os que nunca foram petistas e que ocupam muitos espaços, oportunisticamente, sempre. Hoje podemos vê-los despojados das vestes da hipocrisia. Não arriarão suas solertes armas nunca. Creio que é chegada a hora de desmascará-los e fazer a assepsia de que tanto necessita o PT. São ratos que invadiram a casa na escuridão das noites. Melhor um PT com poucos, mas confiáveis e eternos combatentes das lutas que o glorificaram.

Caracol

Que me desculpem os paulistas de esquerda autêntica, mas desde Getúlio Vargas, época em que eu criei consciência quanto à política nacional, eu ando entalado com S. Paulo no gogó.
Atualmente, com a derrocada do “leite” Aécio Neves, a supremacia da política do café-com-leite virou só café. Já era ruim, agora ficou Intoxicante.
Sempre vi Lula e Dilma como paulistas acima de qualquer outra coisa. Com mais Serra, FHC, Alckmin, Marta, Mercadante, é tudo farinha de um saco só: S. Paulo.
O baixo clero de petistas paulistas em sua assembleia é apenas o rebotalho dessa farofa.
Não se trata de ideologia ou de partido político, o problema é a mentalidade. Em S. Paulo, a mentalidade vigente é unânime. A “mentalidade paulista” é suprapartidária. Não que inexistem patifes em outros estados, mas realmente S. Paulo intoxica.
Triste.

    jader

    Non Ducor Duco.
    Viva o MMDC e a Revolução Constitucionalista de 1932!

Museusp Batista

Em meio às adversidades, revelam-se os grandes guerreiros e o verdadeiro marinheiro é o que sabe navegar em águas revoltas com serenidade e destemor. O Brasil sempre esteve sob ataque e agora está sob fogo serrado do inimigo desesperado com a clara sinalização da quebra iminente das amarras da submissão e não pode prescindir de seus militantes. Muitos já tombaram mas alguns resistirão até a libertação.

ana s.

Texto brilhante e tocante. Daqui de Pernambuco, minha saudação ao companheiro Rillo.

Carlos Santos

De nada adiantará a militância do PT espernear se a cúpula do partido continuar com o binômio “ajuste fiscal já e, em 2018, LulaLá”.

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