Depoimento de delegado contradiz informação de Roberto Gurgel

Tempo de leitura: 2 min

10/05/2012 13:52
Deputado critica atuação da PGR em investigações em GO

da Agência Câmara

O delegado Matheus Mella Rodrigues explicou aos parlamentares da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira que a Operação Monte Carlo foi motivada por uma denúncia da promotoria de Valparaíso de Goiás que acusava a existência de atividade de jogo ilegal com envolvimento de policiais militares, civis e federais. A informação foi dada há pouco pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP) que participou da reunião fechada da CPMI.

 Esse fato, segundo Teixeira, reforça a necessidade de a Procuradoria-Geral da República explicar por que não prosseguiu as investigações da Operação Vegas que já indicava essas irregularidades.

Na avaliação de Teixeira, a Operação Monte Carlo devia ser um desdobramento da Vegas, não era preciso esperar uma denúncia da promotoria de Valparaíso.

Empresas de fachada
Paulo Teixeira disse ainda que o delegado detalhou a quantidade de empresas de fachada que havia para lavar o dinheiro obtido pela organização de Carlinhos Cachoeira. Duas dessas empresas estão sediadas nas Ilhas Virgens britânicas, sendo uma delas um bingo. O delegado, responsável pela Operação Monte Carlo, também disse que encontrou depósitos da Delta para essas empresas de fachada.

A Operação Monte Carlo ainda não acabou, mas o delegado não falou sobre as novas investigações. O senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) afirmou que ainda há 25 malotes de material apreendido que ainda não foram analisados pela polícia federal.

A 1ª parte da operação não investigou políticos porque não tinha autorização do STF. Agora, a polícia federal tem autorização para investigar o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), o deputado Sandes Júnior (PP-GO) e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que também participou da reunião de hoje da CPMI, disse que, segundo o delegado Matheus Mella Rodrigues, é grande a ligação entre Leréia e a organização de Carlinhos Cachoeira. Ainda segundo o delegado, não está claro o envolvimento de Sandes Júnior com o contraventor.

PS do Viomundo: Acompanhem agora o que disse a Folha de S. Paulo, em primeira página: “O procurador alega que, em 2009, os dados da PF eram insuficientes para a abertura de inquérito, que poderia atrapalhar as demais apurações. No pedido feito neste ano, Gurgel usou escutas antigas”. E, na página A4: “Gurgel diz que o material da Vegas não era suficiente para pedir inquérito contra Demóstenes e que, graças à sua atitude, a apuração pode continuar na Monte Carlo e ser mais efetiva“.

O problema é que não havia “demais apurações” e nem é correto dizer que a “apuração pode continuar na Monte Carlo e ser mais efetiva”. Com a Vegas na gaveta, a apuração foi interrompida e só foi retomada depois de um acordo entre o Ministério Público do estado de Goiás e a Polícia Federal, em 10 de setembro de 2010, conforme documento publicado pelos Amigos do Presidente Lula:


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Comentários

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Rudá

Alguém pode ir ligando o Forno?
Vou ali comprar um Guaraná para a gente beliscas com Pizza que vão servir!

Blog Observatório 74

Humberto Costa: “Nós não vamos proteger ninguém” « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Depoimento de delegado contradiz informação de Roberto Gurgel […]

Roberto Locatelli

Gurgel tem que prestar esclarecimentos. Se não deve, não há o que temer.

Paulo Teixeira: “Praticamente todo o governo de Goiás estava envolvido com a quadrilha do Cachoeira” « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Depoimento de delegado contradiz informação de Roberto Gurgel […]

JORGE

Azenha.

Repito comentário que fiz ao artigo do Dr. Maierovich, no site da Carta Capital, por entender que o assunto é de interesse nacional e de DEFESA DA DEMOCRACIA E DO NOSSO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.

“O Dr. Gurgel está brincando com fogo (o clamor da sociedade) e esquecendo o que dispõe a Constituição Federal, senão vejamos:

Artigo 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
…omissis
XI – aprovar, por maioria absoluta e POR VOTO SECRETO, a exoneração, DE OFÍCIO, do Procurador-Geral da República antes do término do seu mandato;
…omissis

Portanto, o poder político pode e deve ser exercido soberanamente pelo Congresso Nacional. Não para afrontar os demais e sempre nos limites constitucionais.

Por oportuno, é sempre bom relembramos desse poder político exercido pelos constituintes de 1988, quando anularam uma súmula “inquestionável” do STF que obrigava a “identificação papiloscópica em delegacias”, mesmo o cidadão tendo Carteira de Identidade.(art. 5º, LVIII, da CF).

Entendo que estamos em UM momento constituinte, ou seja, mesmo passados quase 24 anos da Constituição de 1988, constatamos que o Judiciário e o Ministério Público só fortaleceram a si mesmos. O peleguismo e a empáfia viraram instituições, com OAB, Grande Mídia e Cia.

Agora até os assaltantes de incautos estão mais atrevidos ao ponto de “colaborarem com a moralização do país”, segundos as escutas e, pasmem “ela pode cair”, ou seja, estariam “ajudando” a DERRUBAR A PRESIDENTA. Pode?

Portanto, por vias tortas, talvez seja a hora de o nosso Congresso Nacional exercer soberanamente o seu poder-dever político, punindo e legislando, sob pena de o peleguismo institucionalizado e OS BARÕES DA MÍDIA E, ATÉ ASSALTANTES DE DOENTES VICIADOS EM JOGOS, tentarem mais UM GOLPE DE ESTADO NO BRASIL”.

Um abraço.

RicardãoCarioca

Com este documento fica comprovado que, do lado dos agentes da lei, não houve continuidade da Operação Vegas como alegou o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, e que entre 15 de setembro de 2009 até 10 de setembro de 2010, a organização criminosa atuou sem ser importunada por investigações federais, enquanto o relatório da Operação Vegas dormia na gaveta da Procuradoria.

Gurgel prevaricou, ponto.

paulo roberto

Leitor adestrado pelo PIG é “soda”! Convocar o PGR (um funcionário Público) para explicar suas atribuições é uma coisa, para explicar a possível prática do crime de prevaricação é outra. Ou vc acha que um funcionário público pode estar acima das leis e da obrigação de ser ético e honesto em suas atitudes e ações?

Mardones Ferreira

Hm. Defendido por Gilmar Dantas e pela Globo… boa coisa não pode ser. Esta coisa é o Brindeiro Gurgel.

ricardo

Acho que está faltando senso de proporção para muitos integrantes da CPI e para os setores da mídia que seuem a cartilha dos mensaleiros. Agora onde já se viu tentar enxovalhar, ao mesmo tempo, ministros do supremo, o ministério público e a imprnsa investigativa? Tem gente aqui visivelmente fora da casinha, decretando danação de órgãos da imprensa e autoridades da república como se a realidade fosse regida por suas vontades extravagantes. Saim da caverna!

Alexandre

Quanto mais ele (gurgel) se estremece mais afunda no lamaçal do cachoeira/PIG.
Prevaricou legal!

Paciente

Ou ele fez um pacto com o DEMO ou ele é incompetente. Se fosse funcionário meu, seria demitido.

Espera ai, ele é funcionário meu!

Gil Rocha

Esse Gurgel tem que ser convocado.
E já tem que ser substituído, as explicações
dele até agora não explicaram coisa nenhuma.

Mancini

A República Brasileira corre um sério risco com atores do naipe de um brindeiro gurgel, um gilamar dantas, um peluso, ou de toda a tralha corporativa que ganhar 32 mil por mês. Os gangsteres do legislativo não merecem maiores comentários. Seria bom a população ir para as ruas e todos os dias. Mas, não se sabe o porque, a nossa mistura genética, legou-nos um temperamento dócil e complacente. E não tem que chamar milico nenhum! E duro seria mudar uma cláusula pétrea da CF, e se adotar a pena de morte para quem furta dinheiro público. Todas as mazelas nascem a partir daí. Ou quase todas. http://refazenda2010.blogspot.com

    Gil Rocha

    Essa escolha de ministros do STF
    pelo presidente já está mais do que
    na hora de acabar.

lulipe

“Quanto ao doutor Gurgel, digo apenas que ele é um servidor do estado inatacável. Não há porque convocá-lo (à CPMI) para explicar suas atribuições, que são constitucionais. Ele é um agente que goza de independência. É o titular da ação penal”, afirmou Joaquim Barbosa.

Fonte:

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2012-05-10/ministros-do-stf-saem-em-defesa-do-procuradorgeral-da-republica.html

    Bonifa

    “Não há porque convocá-lo para explicar suas atribuições”. Perfeito. Concordamos. Mas há que convocá-lo sim, para explicar porque não cumpriu com suas atribuições. E não há porque autoridades do Judiciário venham a tentar ensinar a autoridades do Legislativo sobre o que devam ou não fazer.

Leonardo Meireles Câmara

O quadro é bem claro: O Procurador Geral da República obstruiu a ação da justiça. Simples assim.

    paulo roberto

    É simples, mesmo:
    “A 1ª parte da operação não investigou políticos porque não tinha autorização do STF.”
    Por isso o PGR engavetou os autos. Se tocasse pra frente e tivesse requerido autorização ao STF, alguns políticos amigos dele nem teriam sido eleitos, principalmente o Demóstenes.

FrancoAtirador

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O mínimo que ocorreu, por essa negligência de Gurgel,

foi a reeleição de Demóstenes, ao Senado, em 2010.
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Constituição Federal 1988
Título IV
Da Organização dos Poderes
Capítulo IV
Das Funções Essenciais à Justiça
Seção I
Do Ministério Público
Art. 127 – O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Art. 128 –
§ 2º – A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
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Bonifa

Eraa tudo o que se esperava ouvir. Não fosse a Promotoria de Valparaíso jamais haveriam as investigações que deram no que deram e tudo estaria engavetado por Gurgel. Sabe-se que a imprensa oposicionista está muito aflita em socorrer seu membro mais ilustre, a revista Veja. E sabe-se que ela também está interessada na condenação dos acusados do mensalão, principalmente de José Dirceu, o que para a imprensa oposicionista é uma questão não apenas de honra, mas de sustentação das versões dos fatos que criaram, anabolizaram a bel prazer e selecionaram quem e no que o povo deveria acreditar ou não. É sabido que a imprensa oposicionista desde o começo estava radicalmente contra a instalação da CPI do Cachoeira, já que via aí, entre outros possíveis problemas, uma possibilidade de perturbação para o julgamento de seu querido mensalão. Não podendo impedir sua instalação, passou a aliar-se com alguns políticos que dela fazem parte, para defender suas teses e seus interesses. Inventaram a versão fantasiosa de que a convocação do Procurador, uma necessidade que surgiu do andamento normal dos trabalhos da comissão, atenderia não a esta necessidade mas a sórdido desejo situacionista de prejudicar o futuro julgamento do querido mensalão da imprensa oposicionista. Uma reles falácia, já que Gurgel não irá julgar nada e não poderá obrar milagres com sua peça condenatória. Como o Procurador Gurgel não estava encontrando nenhuma saída diante da iminência de sua convocação para depor na CPI, e já que de modo algum poderá se explicar diante dos parlamentares, não pensou duas vezes em aderir à versão fantasiosa da imprensa oposicionista, como uma última tábua de salvação, para tentar conservar seu cargo. Juntos, correrem atrás do Gilmar para que ele dê uma força à causa de Gurgel, o que é sintomático. Está havendo, devagar e de modo firme, uma flagrante unidade de interesses políticos que se assemelham e que estão convergindo com grande velocidade para uma ação em bloco: Imprensa oposicionista, Gilmar Mendes e Gurgel estão no centro do redemoinho dessa convergência. A unidade de seus interesses e de suas manifestações está ficando a cada dia mais clara para todos, porém, um tal conjunto já não tem mais um décimo do poder que possuía há poucos anos atrás.

Julio Silveira

Infelizmente para o Gurgel a credibilidade dele está em baixa.
Muito justamente por sinal.

Gerson Carneiro

Ainda resta ao Roberto Gurgel a opção de alegar que estava aguardando a volta de Jesus Cristo.

    Luís CPPrudente

    É Gurgel, pode falar que estava esperando Jesus Cristo, com isto você vai ter garantida a sua contratação pela famiglia Marinho para apresentar o Viva o Gordo 2, o retorno.

Fabio Passos

A situação é clara: o procurador roberto gurgel sabotou as investigações para proteger demóstenes torres.

Um procurador geral da República trabalhando para o crime organizado.

E por falar em crime organizado, além do PIG e políticos nível alvaro dias, sabem quem mais partiu prá defesa do gurgel?

gilmar dantas.
ele mesmo. rsrs

Confiram:

“Gilmar politiza debate sobre Gurgel”
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/gilmar-politiza-debate-sobre-gurgel


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes defendeu nesta quinta-feira o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, diante das acusações de parlamentares de que ele demorou a investigar as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com o senador Demóstenes Torres (sem partido-MS).

    FrancoAtirador

    Por outro lado, o ministro do STF Marco Aurelio Mello
    eufemisticamente chamou Bob Gurgel de “extravagante”:

    “Não consigo imaginar o extravagante, que essas críticas (a Gurgel) seriam uma retaliação, principalmente por parte das duas Casas do Congresso.”
    “A base aliada está apenas questionando a problemática de não ter se tocado um certo inquérito em 2009 e busca esclarecimentos sobre isso. Faz parte do procedimento que nós vemos sempre nas CPIs. Eles fustigam para levantar elementos e esclarecer os fatos. É natural.”
    “Precisamos olhar sempre o lado positivo das práticas republicanas. Não se pode desviar o foco. A CPI começou a trabalhar agora e não podemos nos precipitar e tirar ilações, muito menos dessas extravagantes, que contrariam a razão.”

    Terra Magazine, via Luis Nassif OnLine

    Bonifa

    Isso mesmo, o Ministro Marco Aurélio acertou em cheio. O Congresso quer que o procurador preste esclarecimentos que só ele pode prestar e que ajudem no desdinde de um caso difícil de ser entendido. Levantar a hipótese de que o Congresso deseja isso para atrapalhar o andamento de outros processos que correm no poder júdiciário não passa de uma extravagancia. E pior, aprofundar esta tese até o âmbito interno do Congresso para especificar que tal desejo de atrapalhar parte deste ou daquele partido, é uma exorbitância absurda que fomenta a crise institucional.

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