Campanha quer banir no Brasil agrotóxicos banidos em outros países

Tempo de leitura: 2 min

Campanha lança abaixo-assinado por banimento de banidos

Qui, 31 de Maio de 2012 21:17

do Contra os Agrotóxicos

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida lançou um abaixo-assinado em que exige o banimento, pelo governo brasileiro, de toda importação, produção e comercialização de 14 agrotóxicos e substâncias já proibidas em vários países do exterior.

“Inúmeros estudos realizados nesses países já demonstraram, comprovadamente, que o seu uso causa terríveis danos ao ser humano e ao meio ambiente”, aponta o documento, que circula nacionalmente há cerca de dois meses e está disponível para assinatura em papel. “Vamos deixar que nos tornemos a ‘maior lixeira tóxica do mundo’?”, questiona o texto.

O abaixo assinado se refere a agrotóxicos que têm na sua formulação princípios ativos como Endosulfan (banido em 45 países), Cihexatina (proibida na União Europeia e em países como a Austrália, Canadá, Estados Unidos, China, Japão, Líbia, Paquistão e Tailândia) e Metamidofós (proibido, por exemplo, na União Européia, China, India, e Indonésia), entre outros (veja lista completa abaixo).

“A ideia é entregar o máximo de assinaturas possível à presidenta Dilma Rousseff para que tome as providências para o banimento imediato dessas substâncias no país, mas também para sensibilizar a população brasileira sobre esse assunto”, afirma Cleber Folgado, da Coordenação Nacional da Campanha.

O abaixo-assinado pode ser encontrado aqui e deve ser entregue no endereço:

Av Thomas Edison, 301, CEP 01140-000, Barra Funda, São Paulo, SP

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Comentários

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Jotace

POR OPORTUNO
Não abordei o assunto antes porque de uma certa forma já havia sido feito num comentário aqui. Mas acontece que a campanha do Cleber Folgado carece de uma informação extremamente importante: o nome ou nomes dos produtos comerciais que correspondem a cada um da chamada ‘lista de substancias’. Sem eles como pode o grande público ser realmente informado a respeito de cada um daqueles agrotóxicos? Jotace

Jotace

Prezada MariaC,

Creio que você deve estar se referindo ao algodoeiro mocó, um tipo arbóreo e que era cultivado em regiões secas do Nordeste. Mesmo antes do bicudo se introduzir naquela região (ou ser introduzido, como supõem alguns), o cultivo do mocó já era deficitário por inúmeras razões. Mas, quanto ao seu comentário no tocante ao uso de agrotóxicos, você está certa. Pois aplicação de venenos nas plantas lhs causa desequilíbrios metabólicos, e que estimulam a ação dos ‘insetos-pragas’ ou dos agentes de doenças (bactérias, fungos etc) que têm então mais facilidade de se alimentarem. O fenômeno é denominado ‘proteólise’, que significa a quebra das proteínas, que são formadas por aminoácidos (úteis para os atacantes). Já na agricultura natural, o procedimento é inverso e denominado ‘proteossíntese’. Por isso ela dispensa o uso de venenos. Jamais que o lobby dos defensores do uso dos venenos pôde contestar isso. A descoberta se deve a um biólogo e pesquisador francês de nome Francis Chaboussou. Cordial abraço, Jotace

MariaC

O link não abre. Não podem colocar no http://www.avaaz?

eunice

Não há coisa pior do que consulta pública. É a maneira que encontraram para enfiar goela abaixo do povo, legalmente, o veneno, já que o mesmo nem comparece, por óbvio é ignorante e está trabalhando no horário comercial.

Campanha quer banir no Brasil agrotóxicos banidos em outros países

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Aline C Pavia

O arquivo em .PDF do site está corrompido. Quando vc clica em “download” abre uma página HTM imensa com caracteres embaralhados. É bom avisar ao pessoal da campanha.

lia vinhas

Cuba desenvolveu biolarvicidas, porque não utilizar algo assim também no Brasil?

    Jotace

    Prezada Lia,
    A agricultura desenvolvida em Cuba, particularmente nas modalidades urbana e periurbana, dá um grande e devido destaque às praticas fitossanitárias de caráter biológico. Contudo, nem todos os chamados (erroneamente) ‘insetos- pragas’ podem ser controlados ou combatidos pelos biolarvicidas, seja por questões da biologia deles, seja porque a pesquisa ainda não pôde encontrar o exato material para produzí-lo em laboratório, testá-lo por um tempo ponderável, e depois produzí-lo em maiores quantidades. Mas no Brasil, nós empregamos diversos biolarvicidas há um bom tempo, como são os casos do Bacillus thuringiensis e do B. sphaericus. O primeiro, em ‘pragas’ de diferentes lavouras e o segundo no controle dos mosquitos do dengue. Faz-se também o emprego de inseticidas biológicos a partir de certas espécies de vírus, como é o caso do Baculovirus anticarsia, de ação específica, de grande sucesso no combate à lagarta-da-soja, uma mariposa que ataca, em sua fase de larva, lavouras de soja. O método é também inteiramente natural. Cordial abraço, Jotace

    MariaC

    Se continuarem a aplicar essa quantidade de veneno vai acontecer igual à praga do algodão. Não vai adiantar.O bicudo venceu e não se planta mais algodão.

Fabio Passos

O agribusiness faz lucros enquanto nos envenena!

Sob aplausos do PIG e passividade do Estado.

Há solução:

“Os sistemas agroecológicos tem índice de produção maior e reduzem a pobreza rural. É com a agroecologia que os camponeses conseguem sua subsistência sem necessariamente ter de passar pelas regras do mercado”

“A Reforma Agrária é essencial. Sem acesso à terra não há como assegurar o direito à vida. É fundamental que o movimento ecológico se uma na luta pela terra”.

Maria Emília Pacheco – FASE/Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil

Articulação Nacional de Agroecologia debate alternativas para o Agronegócio
http://www.mst.org.br/Agencia-Nacional-de-Agroecologia-debate-alternativas-para-o-Agronegocio

Julio Silveira

Vamos buscar nos livrar dos venenos na alimentação. Mas no tocante aos produtos que são utilizados na agricultura como defensivos, apresentar alternativas também é producente, senão ficaremos sujeitos ao marasmo das criticas sem consequência, ao contrabando dos venenos, coisa bastante em voga hoje, e não adiantará medidas governamentais para tentar impedir como aquelas leis que “não pegam”, nessa área os maiores consumidores são os pequenos e médios e são também os que mais contrabandeiam, até pelos valores. Não esqueço que a introdução dos produtos geneticamente modificados ao arrepio do governo foi imposto por produtores que contrabandeavam da Argentina. Com isso criaram o fato consumado, e a criminalização depois se tornou impossível tal a generalização.

    Jotace

    Caro Júlio,

    Peço-lhe minhas desculpas mas não procede sua tese acusatória de que os pequenos e médios (produtores rurais) são os maiores consumidores de veneno e até são os que mais contrabandeiam os agrotóxicos. De fato não cabe a eles essa pecha de criminosos. Se você se der ao trabalho de estudar o assunto com mais profundidade, verá que cabe aos grandes do agronegócio a grande parte do veneno usado no Brasil. Contrabando de venenos (inclusive usados por grandes criadores de gado para engorda precoce dos animais) usualmente é feito por quadrilhas. Aos componentes das gangs, habituados ao crime, não interessa o trabalho digno e honesto do pequeno e do médio agricultor que, pelos seus méritos, deve ser celebrado. Por outro lado, a introdução dos OGMs ao arrepio da lei, tem sido feito sistematicamente em muitos países do mundo. Agora, você recorra àquela velha pergunta usada em criminologia : “Cui prodest?” Ou seja, quem é o beneficiário? Quem ganha com a estória? Raciocine e extraia a exata conclusão. Cordial abraço do, Jotace

    eunice

    Até 20 anos atrás, quando aparecia hormônio na carne também isso aparecia na mídia. Agora não mais. Por que? Porque todas as carnes bovinas e de frango estão cheias de hormonios. Já que não é novidade também não é noticia. E dá-lhe hormonios. E há fígado de criança que aguente? E como é que a população vai contra? A população adulta ganha seu dinheirinho comercializando hormonios para si mesma, tipo proteina para fazer músculos, que na prática está cheia de hormonios e é vendida em qq lojinha.

Fabio Passos

O agribusiness faz lucros enquanto nos envenena… sob aplausos do PIG e passividade do Estado.

É preciso dar um basta a estes assassinos:

Jotace

Nobre e muito importante campanha, ainda que se defronte com o que é, talvez, o lobby mais poderoso que atua no Brasil. Ele tem conexões profundas com a crista dos ‘representantes do povo’ no Senado e nas empresas de telecomunicações. A Senadora Kátia Abreu, por exemplo, defende a estranha tese de que os pobres devem comer alimentos com agrotóxicos e a Rede Globo, através de um programa televisivo destinado ao público rural, confunde propositadamente o termo ‘agrotóxico’ (definição legal) com ‘defensivo agrícola’ (expressão criada pelo lobby para mascarar os efeitos do veneno) e adota como sua política o uso deles indistintamente. Como sugestão eu diria que seria melhor se fosse possível ler e assinar a proposição na Internet, a exemplo do que se faz em alguns grandes países. Jotace

Cairbar Garcia Rodrigues

No comentário anterior, onde digitei Rand up, leiam Roundup e perdoem a falha.

Cairbar Garcia Rodrigues

Muito importante. Sugiro, porém, que se discrime alguns dos agrotóxicos que se utilizam desses princípios ativos. Eu, particularmente, sei apenas sobre o Clifosato, que é utilizado no Rand up e similares.

pedro

Onde esta o link/documento do abaixo-assinado?

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